5 de Outubro - Chaves - Portugal
Hoje é 5 de Outubro, dia em que se celebra a implantação da República Portuguesa, aquela que, desde 1910, se vai celebrando todos os anos como um feriado nacional.
Mas, para quem não sabe, vamos a algumas curiosidades (breves e numéricas) sobre a nossa República.
Até à presente data costuma-se dividir a república em 3 ou 4 repúblicas, ou seja, a 1ª República que corresponde à sua implantação; a 2ª que está associada ao fascismo e a 3ª que é a actual, a democrática e que nasceu com o 25 de Abril.
No entanto há quem a divida em
O Primeiro Presidente da República Eleito foi Manuel da Arriaga e dos 19 Presidentes da República, aquele que teve uma passagem mais breve pela presidência foi Sidónio Pais, que exerceu o cargo apenas durante pouco mais de 4 meses (29/05/1911 a 05/10/1911) e o que esteve mais tempo no cargo foi Óscar Carmona, que presidiu até à sua morte durante 25 anos (
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Já 1926 foi um ano rico em Presidentes da República, pois só neste ano Portugal conheceu 4 Presidentes da República diferentes.
De entre todos os Presidentes da República, a grande maioria foram eleitos (democraticamente ou não), 7 foram nomeados e 1 tomou o poder. Também a grande maioria cumpriu o seu mandato, no entanto um morreu no exercício de funções, outro foi assassinado, 5 foram depostos e 2 demitiram-se ou renunciaram ao cargo e 1 exilou-se.
Até à presente data houve 9 Presidentes da República militares, 3 professores, 3 advogados, 3 escritores, 1 médico e 1 economista.
De entre os 19 PR’s, até hoje, apenas 4 foram reeleitos, 3 dos quais no Regime Democrático.
Ainda e para terminar estas curiosidades e números, 1 Presidente da República era flaviense, que servirá de mote para os próximos parágrafos.
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Entre todas a cidades portuguesas, Chaves, deve ser a mais republicana e, para quem este dia, até pode ter um significado mais aprofundado. Não pelo 8 de Julho de 1912 cuja importância para a República sempre foi “ampliada” pelo bairrismo flaviense e pelas famílias republicanas cá da terra, mas precisamente pelas famílias republicanas que deram um Primeiro Ministro a Portugal, António Granjo, com o qual terminava a 1ª República com o seu assassinato e, um Presidente da República, Francisco Costa Gomes, com o qual (praticamente) se iniciou o Regime Democrático.
Assim, se Chaves pode ter orgulho dos seus filhos monárquicos e no seu passado monárquico e militar também o pode ter nos seus filhos republicanos que ocuparam os mais altos cargos de Portugal. A Presidência do Concelho de Ministros com António Granjo e a Presidência da República com o Marechal Costa Gomes, orgulho que se deveria reflectir na cidade e nos flavienses e, se a António Granjo já lhe têm sido feitas diversas homenagens e é o menino querido das famílias republicanas flavienses, para com o Marechal Costa Gomes estamos em dívida.
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Fica assim um lembrete para os próximos autarcas que forem eleitos no próximo fim-de-semana para ocuparem o palacete do morgado de Vilar de Perdizes, sito na Praça do Duque: Chaves deve uma homenagem ao Marechal Costa Gomes, o 2º Presidente da República Portuguesa do regime democrático, que de todas as Repúblicas portuguesas (as 3 ou 4 conforme preferirem) é sem dúvida (pelos seus valores da democracia e liberdade) a mais importante.
Até amanhã!