Crónicas Ocasionais - " ... ou da Meca dos Chouribebes"
“…ou da Meca dos Chouribebes”
A NORMANDIA TAMEGANA (para os mais apressados nas leituras esclarecemos que este é o nome que criámos e preferimos para o “Alto Tâmega”) é rica e cheia de preciosidades - no património Histórico-cultural, na multiplicidade de quadros da Natureza, nas matizes multicoloridas dos seus céus, na “bendição” (bênção”) dos imensos frutos da sua terra, e na grandeza de alma das suas Gentes.
Ninguém ama com tanta paixão, ninguém sofre com tanta saudade, como um TRANSMONTANO e, em especial, como um NORMANDO TAMEGANO.
…. “Porque és Tu A NOSSA TERRA”!
Assim a cantamos e celebramos na corrente de uma lágrima, sempre teimosa em orvalhar-nos o olhar e a afogar-nos o coração.
Já o dissemos, porque o sentimos e o vivemos, que essa TORRE DE MENAGEM é o ponto cardeal de referência de todos esses Lugares, Aldeias, Vilas e Cidades que se albergam na NORAMANDIA TAMEGANA.
Por isso, quando nos lembram, sempre que nos falam, de Tourém ou de Salto, da Venda Nova ou de Mourilhe; de Atilhó ou de Torneiros, de Pinho ou de Serraquinhos; de Canedo e de Santo Aleixo, de Agunchos, de Alvadia ou de Penalonga; de Vilarandelo ou de Lebução, de Sonim ou de Águas Revés e de Carrazedo de Montenegro; do Peto de Lagarelhos ou do Cambedo, de Stª Cruz da Castanheira ou de Vilela do Tâmega; do Castelo de Monforte ou do Castelo de Montalegre; do Castro de Curalha ou do Castro de Carvalhelhos; da Srª da Livração, da Srª da Guia e da Srª da Saúde, de Valpaços, ou da Srª da Saúde de Agostém; da Srª das Brotas, dentro da Fortaleza; do Sr. da Piedade (na Meca dos Chouribebes), ou do Senhor do Monte e do S. Caetano; do Museu de Fornos do Pinhal, ou do Centro de Artes Nadir Afonso; da Pedra da Bolideira ou da Pedra de Pevide; dos penedos da Mijareta, ou dos lagares na pedra, nos cabeços de Santa Valha; da Srª da Azinheira ou a Capela do Anjo da Guarda (Lebução); das Trutas do Beça e do Mente, ou das Bogas do Rabaçal ou de Paradela; da Sêmea de Lebução e do trigo de 4 cantos, de Faiões, ou da bica de manteiga de Barroso e da costeleta de vitela, do mesmo sítio; do cabrito de Macieira ou da Padrela, ou do cordeiro de Castelões; da «pinga» de Sonim ou de Anelhe, ou de «Balcerdeira» e de Asnela; do fumeiro de qualquer dessas ALDEIAS, dos grelos da Gaiteira, do Azeite de Valpaços, da aguardente de Merogos, de S. Lourenço; do mel de Boticas; das chegas de touros; d’“O Desportivo”, do Atlético ou do Flávia ; do padre Fontes e Mons. Alves da Cunha; dos «Pardais», dos «Canários» e do «Calypso»; das Verbenas, no Jardim Público; da Feira dos Santos; da bruxa de Escarei ou da bruxa de Amoinha; do Café e do Livro “Terra Fria”; do «Jardelino» e da «Soreta»; do «Pàraqueto», do «Jorge», do Central ou do Ibéria; por isso, quando nos lembram, sempre que nos falam, dos signos e dos símbolos, dos mitos e dos deuses, dos santos e heróis da NOSSA TERRA, prestamos atenção, escutamos com interesse, e exultamos de emoção.
Terra de tesouros , é tempo de cessar de ser maltratada e posta «à margem»!
Tupamaro