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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Mar12

Os Castelos que já não nos protegem dos maus...


Castelo de Chaves

 

O Sr. Doutor Cavaco Silva, que também foi professor, funcionário público, economista, 1º Ministro e hoje é Presidente da República e que já tem uma certa idade e por isso também é reformado e deve ter alguma experiencia numas das coisas que foi, deu-se conta, agora, que é preciso repovoar o mundo rural e levar (no nosso caso trazer) de volta as pessoas para a agricultura, a mesma que,  com todos os políticos de todas as cores, ajudou a deixar de poulo quando todas as suas (deles) políticas contribuíram para o despovoamento do mundo rural. Um destes dias também vai dar conta que há poucos barcos a pescar no mar, que em tempos tivemos grandes estaleiros navais com o último em vias de ir à vida e que os comboios afinal também fazem falta e, talvez até se lembre que foi ele (o atual Presidente) quem roubou o Comboio à cidade de Chaves quando esteve no outro poleiro.

 

Castelo de Monterrei - Galiza

 

Claro que o repovoamento rural faz falta e se calha a urgência do repovoamento já é tardia demais. Que venha o povo de volta para o campo, mas primeiro, é preciso dar-lhes condições para voltarem, pois o povo de hoje já não se contenta (e bem) com cultivar os campos para apenas sobreviver. Também querem ter condições e ter por perto aquilo que existe nas grandes cidades, sobretudo ao nível de apoio e infraestruturas sociais e comunitárias, falo-vos por exemplo de hospitais a sério, escolas, pólos de cultura (cinema, espetáculos, música, festas, etc), mas também de outros modos de vida para além da agricultura, pois só a agricultura não chega, mas pode e deve haver um monte de atividades e pequenas indústrias a ela ligadas. Os senhores de Lisboa são pagos por todos nós para pensar e agir. Que pensem (se conseguirem), que reconheçam os seus erros do passado e que ajam pela primeira vez a pensar nos outros para além deles e das seitas que os acompanham e, sobretudo, que ponham os ricos (a quem eles se rendem) a trabalhar para a riqueza de Portugal em vez trabalharem só para a deles.

 

Castelo do Pontido - Vila Pouca de Aguiar

 

Todos sabemos que temos muitas mais riquezas por explorar para além da agricultura. Uma delas é o turismo, mas um turismo a sério, com gente por trás a trabalhar a sério nele, devidamente formada para trazer e receber turistas, e não estou a falar de licenciaturas em turismo, embora também façam falta, mas nos (a)gentes que diretamente trata e terá de tratar com os turistas e nesses, cabemos todos, nós os autóctones, os nossos comerciantes, a restauração e hotelaria, as associações mas sobretudo os políticos têm de ser os primeiros interessados, pois motivos turísticos, não nos faltam,  aliados àquilo que melhor temos – hospitalidade e uma boa mesa.

 

Turismo natural, de montanha, termal, histórico e religioso, de aventura (ligado ao desporto à montanha, ao ar e aos rios), a caça e a pesca (para além dos clubes e associativas). Eu sei lá. As cabecinhas pensadoras de Lisboa e os imitadores de província que pensem nisso em vez de andarem para aí a esbanjar dinheiro em obras inúteis e em querer arranjar outros futuros que não queremos nem têm o mínimo de sustentabilidade.

 

Castelo de Montalegre

 

Mas não quero com isto dizer que o nosso futuro passa pelo turismo. Não, bem longe disso. O turismo poderá ser apenas uma parte de um todo que temos potencialidade de desenvolver, onde também se inclui a agricultura, as pequenas indústrias ligadas às coisas da terra, o comércio e o resto virá por acréscimo onde, se calha, virá também o comboio e retomem o antigo projeto de ligação à Galiza. Agora que o TGV já foi à vida, pois não acredito que tenham coragem de voltar a essa grande asneira que em nada iria contribuir para a nossa felicidade e muito menos economia, pode ser que se lembrem novamente de termos uma rede ferroviária como deve ser, porque o desenvolvimento também passa por aí.

 

Castelo de Monforte de Rio Livre - Chaves

 

Isto tinha aqui conversa para todo o dia e para páginas e páginas de escrita e, estou em crer que os pavões dos políticos também têm alguma capacidade para conseguirem pensar em algumas destas coisas, mas o sistema da busca do “lucro” fácil e rápido que dá acesso ao voto de manutenção é mais atrativo. Concordo com umas palavras que ouvi há dias em que diziam que este sistema está falido, não a democracia, mas já está na altura de deixarmos a alínea a) e passar à alínea b) da democracia. A a) já está esgotada e já vimos que não resulta.

 

Para compor o texto, deixo-vos um roteiro pelos castelos cá do sítio, quem embora não tivesse medido estou certo que cabem todos num circulo com 50 quilómetros de diâmetro e que também já não nos protegem de quem nos quer fazer mal, mas bem podem, ainda, fazer parte de uma parte de um projeto do nosso futuro.

 

 

  

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