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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

08
Mai10

Calcorreadores da Saudade


Matosinhos

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Acabadinho de chegar de outros ares, por pouco tempo que fosse, sentia já saudades dos nossos…

 

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Fornos

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Podemos admirar, gostar, pasmar até com outros sítios e lugares, mas levamos connosco sempre a “pasmaceira” que nos corre no sangue, que é nossa e que nos faz sentir em casa…

 

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Santa Cruz da Castanheira

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Não admira, nada admira aliás, que os nossos calcorreadores de mundos e civilizações levem sempre com eles a saudade e a vontade, sempre presente, de regressar e, não é coisa de raça, é coisa de castas, das boas castas que só esta terra sabe dar… Torga, pela certa,  concordaria comigo.

06
Dez09

Tudo isto pode não ser nada...


 

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Tudo isto pode não ser nada. Pedra sobre pedra, apenas, e em redor, mais pedras, mais pedra, pedra. Talvez alguns arbustos, quiçá árvores, nuvens, vento, chuva e sol por companhia. Talvez nada em redor, talvez tudo junto, que importa… para quem isto é nada, continuará sempre a ser nada.

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Claro que, para quem tudo isto é nada, não poderá sentir o verde dos campos, o azul das montanhas ou ver para além delas, fazer desenhos nas nuvens, ouvir a música do vento, seguir o voo das aves. Talvez por aqui falte o glamour das luzes e neons. E a quem não falta!?

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Já bebi da água das nascentes, segui o riacho até ao rio, percorri-o e desaguei no mar… tudo isto pode não ser nada, mas pouco me importa, pois é nas nascentes que continuo a matar a minha sede.

 

 

 

 

23
Ago09

Aldeias de Chaves - Portugal


Mosteiró de Baixo

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Olá!  Penso que estou de regresso à quase normalidade do blog, pois esta semana que passou, é para esquecer, uma verdadeira semana de inferno, não só pelo calor próprio destes três meses de inferno, mas também pela PT, Portugal Telecom, que me brindou com uma semana inteirinha sem internet e 6 dias sem telefone  e, diga-se a verdade, foi graças e com recurso à cunha que consegui ter o serviço restabelecido. Pois é, parece que a PT com números de facturação, até funciona bem, agora com avarias, continua a ser uma empresa tipo “terceiro mundista” que pouco ou nada se preocupa com os seus clientes… mas é melhor ficar caladinho, pois com os tempos que correm, as represálias parecem estar de volta e, enquanto não tiver alternativas aos seus serviços, o melhor mesmo é não fazer muitas ondas.

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Póvoa de Agrações

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Enfim, já estava com algumas saudades de  vir aqui ao fim do dia com uns devaneios sentidos.

 

Como calhou regressar por aqui num Domingo, não poderia esquecer que os fins-de-semana são para as nossas aldeias, mas como o tempo ainda é pouco, vamos ficando apenas com algumas imagens que não couberam no post da aldeia.

 

Entretanto ainda não esqueci as aldeias que ainda não tiveram por aqui post alargado. Foi prometido que todas passariam por aqui e hão-de passar, mantenho a promessa e, podem ficar descansados, pois não é promessa de político.

 

Entretanto o blog está na rua, mais propriamente em exposição de fotografia no foyer do antigo cine teatro de Chaves onde, não couberam todas as aldeias nem freguesias, mas onde mesmo assim consegui arranjar espaço para a nossa ruralidade se bater com as modernidades da cidade e, até, um pequeno espaço para o fio azul, o melhor.

 

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Matosinhos

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Sobre a exposição e inauguração, mais logo, talvez deixe por aqui uma pequena reportagem, mas desde já agradeço a todos os amigos que me brindaram com a sua presença, e também com um agradecimento especial para as empresas que tornaram possível receber os amigos em inauguração com alguma dignidade.

 

Obrigado a todos. Aos amigos que não foi possível estarem presentes na inauguração, a exposição continuará patente ao público até meados de Setembro.

 

14
Jun08

Matosinhos - Chaves - Portugal


 

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Posso tardar a cumprir as minhas promessas, mas geralmente cumpro-as sempre que possíveis. Pois há uns meses atrás prometi a alguém de Matosinhos umas fotos da aldeia, é  para lá que vamos hoje.

 

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A história das aldeias é importante, mas para uma primeira análise gosto de entrar por elas adentro, aprecia-las, falar com as suas gentes e tirar as minhas próprias conclusões.

 

À primeira vista é mais uma das aldeias de montanha, mas com uma localização privilegiada, recolhendo-se e abrigando-se num encontro de montanhas onde se formam pequenos vales férteis atravessados por uma ribeira que, quando perguntei o seu nome, me disseram que por lá toda a gente o conhece por rigueiro, que será um dos que vai engrossar mais abaixo a Ribeira de Oura para desaguar no nosso Rio Tâmega.

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Assim e embora Matosinhos seja mais uma das aldeias de montanha, sai fora das suas características, que se nota, por exemplo,  nas suas duas casas senhoriais, uma mais senhorial que a outra, mas ambas pertença pela certa de famílias abastadas que antigamente dominaram a aldeia.

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Geralmente na maioria das aldeias do concelho onde existem casas solarengas ou senhoriais, as mesmas estão dotadas ao abandono ou até mesmo em ruínas. Sinal da mudança dos tempos em que o poder dos senhores sobre as aldeias foi perdendo importância por vários fenómenos bem conhecidos de todos. Curiosamente as duas casas senhoriais existentes em Matosinhos, suponho que de herdeiros dos antigos senhores da aldeia, encontram-se em bom estado de conservação e habitadas, uma delas, a Quinta do Real, foi mesmo recuperada para turismo rural.

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Ambas as casas senhoriais são dignas de ser apreciadas e são bons exemplares do rico património arquitectónico que vamos tendo espalhado por este nosso Portugal em casas do género. Pela localização e vistas, realço a Quinta do Real.

 

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Quanto à restante aldeia, é o costume das aldeias tradicionais de montanha, ainda com alguns exemplares interessantes das típicas construções em granito, com algumas recuperações felizes e feitas com gosto e, também, com as inevitáveis intervenções e construções recentes, com as comodidades que as antigas construções não ofereciam, mas que pouco têm a ver com o típico das tradicionais aldeias do granito. Mesmo assim, ainda é uma aldeia que na sua maioria mantém a sua identidade.

 

Interessante também um pequeno moinho, que embora não esteja em funcionamento, ainda se mantém em bom estado de conservação.

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Moinhos que são também património da cultura de um povo e dos velhos trabalhos ligados ao “pão”, que mereciam ter a atenção das entidades competentes, ser referenciados, classificados e protegidos para que não se perca a sua memória, como tem acontecido a tão belos exemplares (lembro os moinhos da Ribeira de Sampaio).

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Infelizmente, cada vez mais estou convencido que vamos tendo aquilo que merecemos e estas preciosidades  que poderiam fazer a riqueza das nossas aldeias de montanha, são pura e simplesmente ignoradas, maltratadas até, pelos “anedóticos” senhores da política que apenas estão preocupados com o pedestal do poder e o seu umbigo. Tinha que dizer isto, pois a revolta é sempre a mesma cada vez que visito uma aldeia de montanha, onde apenas resistem os resistentes, e aos poucos as aldeias vão morrendo e perdendo a sua identidade, tão rica que era, em tradições comunitárias, religiosas e ligadas à terra da qual tiravam o sustento.

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Matosinhos não foge à regra do despovoamento, do envelhecimento da população, da ausência de crianças, da emigração. Não é dos casos piores, mas também conhece de perto todos estes males.

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Matosinhos fica a 15 quilómetros de Chaves e pertence à freguesia de Stª Leocádia. Segundo os Censos de 2001, tinha nessa data 101 habitantes, dos quais 33 tinham idade superior a 65 anos e 47 entre os 20 e os 64 anos e 10 crianças com menos de 10 anos.

 

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E pouco mais tenho para dizer de Matosinhos, para além de integrar a aldeia nas terras da boa castanha, algum gado de pastoreio, alguma vinha e muitas pastagens.

 

É uma das aldeias à qual recomendo uma visita e que está integrada num dos roteiros ou itinerários interessantes das nossas aldeias de montanha, que claro, a partir de Chaves, lá se tem que tomar a E.N. 314 (Chaves-Carrazedo), passar pelo Peto de Lagarelhos (como sempre obrigatório) e logo a seguir a France, ou melhor, no Carregal ou Fornelos, vira-se à direita e seguem-se as placas. São terras de montanha, da freguesia de Stª Leocádia, que poderiam muito bem ser uma referência de turismo rural, religioso e de montanha, com o que de mais tradicional há em aldeias de montanha,  se os tais senhores anedóticos da política (que são os que mandam) não andassem entretidos com o seu umbigo e com sonhos megalómanos e manias das grandezas e que tão facilmente se esquecem dos engaços que lhes pagaram as viagens até às sedes do poder ou da capital.

 

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Até amanhã. com mais uma aldeia deste nosso concelho de Chaves.

 

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