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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

22
Fev20

Pedra de Toque


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Há dias assim…

 

Como o de hoje.

Chove, o céu está plúmbeo.

Faz  frio.

A tristeza anda no ar que penetra e as pessoas ficam cinzentas como o tempo.

Não apetece fazer nada.

As notícias que os periódicos ou a net anunciam, leem-se com todo o pessimismo.

Os dramas parecem mais dramáticos, as tragédias mais trágicas.

Estou a escrever, estou a tentar escrever, mas sinto que não me sai coisa nenhuma, para além destes desabafos.

Interrompi de momento este texto, porque uma velha amiga, com quem já não falava há muito, telefonou-me a procura r por mim, pela minha saúde.

Lembrou-me a data do meu aniversário que ocorreu há cerca de um mês e parabenizou-me.

Recordei os meus que já cá não estão mas que não deixavam passar o dia dos meus anos em vão.

Saí então à rua e vi jovens namorados com quem me cruzei que levavam com eles brilhos nos olhos e esgares e sorrisos que transbordavam felicidade.

A amiga que me chamou fez-me ver a importância da vida (agora mais curta), da amizade e do amor.

Foi então que o dia se tornou mais claro, mais limpo e luminoso.

Aos meus olhos voltou o azul do firmamento.

 

Espero que a serenidade seja minha esta noite, que desça sobre o meu leito e me permita um sono repousante e tranquilo CONTIGO no pensamento.

 

 

António Roque

 

 

 

15
Fev20

Pedra de Toque

a antena radiante


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 A ANTENA RADIANTE

 

Hoje comemora-se o dia Mundial da Rádio.

Não deixar de aqui assinalar uma experiência de rádio marcante na minha vida:

As emissões da Antena Radiante que esteve no ar durante alguns anos, com grande sucesso na minha, na nossa cidade.

Já não me lembro quando começamos a emitir, nem quando, forçados, tivemos de parar.

Sei sim que os diretores e colaboradores (eu fui um deles) fazíamos rádio com grande dedicação, entusiasmo e até amor.

 O número de ouvintes crescia a cada emissão.

Realizávamos entrevistas, passávamos boa música, estivemos atentos à cidade, emitindo opinião, não descurávamos o desporto com programas dedicados às várias modalidades, sobretudo ao futebol.

 Foi um período que em parte marcou a história da minha vida, apesar de a rádio ser uma paixão de sempre que permanece até aos dias de hoje.

Mas à Antena Radiante ligavam-nos laços de afetividade, de saudável bairrismo.

Escrevo este texto com a mesma emoção com que escrevi crónicas para alguns programas que lá produzi e realizei.

 

Por hoje cabe-me a mim fechar a emissão.

Caros leitores, caros ouvintes, uma manhã, tarde ou noite feliz, conforme a hora que nos estiverem a ler ou a “escutar”.

Aqui fica um até breve e um abraço,

Da Antena Radiante, a rádio de Chaves.

                       

                       

13.fevereiro.2020 

António Roque

 

08
Fev20

Pedra de Toque


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O Beijo

 

Creio que foi pelos 6/7 anos, que me mandaram para a catequese.

 

A catequista era uma Sra. idosa e austera.

 

Fomos aprendendo de cor as orações, algumas delas, belos poemas, como por exemplo a Salve Rainha.

 

Mas ensinaram-nos essas orações, sem nos explicarem o sentido e a beleza que de algumas emanam.

 

Vinha depois, o medo dos pecados com que nos assustavam, e os pensamentos que confessados, davam origem às penitências que temíamos.

 

O beijo que víamos em filme e revistas que circulavam, quando lembradas, eram pecados que tínhamos de confessar ao Sr. Padre que, com dureza nos criticava.

 

Até aos 10/12 anos o beijo mesmo fugaz, mesmo com a menina com quem trocávamos olhares ou papelinhos na turma, não acontecia, nem quando os nossos corações palpitavam ou as nossas faces se ruborizavam.

 

Nos anos 50/60 a revista portuguesa lançou um dito; “ um beijo na face, pede-se e dá-se” que facilmente pegou e se espalhou por todo o país, sobretudo através dum espetáculo “ Os companheiros da alegria”, que também se exibiu na nossa cidade.

 

E assim os dois beijos no rosto passaram também, a ser um cumprimento vulgar, mesmo entre rurais. Os emigrantes vindos a férias deram o seu contributo.

 

Os cançonetistas então na moda, cantavam inflamados canções que faziam a apologia do beijo, agora mais sensual, como por exemplo “ A tua boca quando beija é como a lava dum vulcão” ou “ Dá-me um beijo devagar para a boca não queimar…”

 

Com o decurso dos anos, o beijo foi-se banalizando. Enquanto pelas nas nossas terras ainda era mito discreto e até escondido, via-se acontecer com toda a normalidade nos transportes públicos, na via pública na Europa.

 

Vejamos então nos tempos que correm.

 

O beijo mais prolongado selou o afeto, a ternura, o amor entre dois jovens que se gostam, entre duas pessoas que se amam.

 

O húmido como agora o definem, permite que os amantes se saboreiem sempre com muito carinho e pelo que se vê na televisão e no cinema veio para ficar.

 

O pecado já não atormenta.

 

Penso que nas relações humanas mais intimas, estão a triunfar os afetos e os sentimentos:

 

 

O beijo é a distância mais curta entre dois seres apaixonados.

 

                                                                                       

António Roque

 

 

18
Jan20

Pedra de Toque


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                        Um amigo, companheiro da noite em tempos idos, pediu-me para republicar este texto.

Faço-o com gosto.

 

 As criaturas da noite

 

Com neblina, geada ou frio de amolgar ossos, com breu, com céu limpo ou estrelado, luarenta ou cálida, a noite é poiso de homens e mulheres que por fascínio ou ofício protelam o sono, até ao branquear da aurora.

 

São as criaturas da noite.

 

Nela movimentam-se como se o dia raiasse em cada um dos seus passos.

 

Nas fábricas complementando as máquinas, nos jornais compondo e redigindo a notícia, nos hospitais vigiando a doença, nos quartéis expectantes face ao rastilho dos fogos.

 

Nas ruas, hoje motorizadamente, outrora palmilhando-as, os agentes da autoridade velam pelo sono tranquilo da maioria, defendem os legítimos direitos sobre os bens, sobre a propriedade de cada um.

 

Dantes, o polícia agasalhado no seu pesado sobretudo escuro, nas gélidas noites deste Inverno longo, era figura carismática que ornamentava a noite da cidade.

 

Taciturno, solitário, temido e respeitado no seu enfrentamento não só com intempérie, mas também com a marginalidade, era vê-lo sempre presente nas ruas e vielas.

 

As tabernas, depois os cafés, hoje mais os pubs ou as discotecas, são sítios da noite, lugares onde se sonha, onde se esquece, onde se bebe, onde o amor se espevita.

 

A noite é pretexto de conversas férteis, de diálogos lúcidos onde a imaginação se enamora da poesia na celebração dos grandes momentos da vida.

 

As descobertas, os mistérios, a magia, a aventura, o feitiço, o ódio, a amizade, o ciúme, o amor são companheiros prediletos da noite.

 

É de noite que normalmente se nasce.

 

É de noite que habitualmente se morre.

 

A saudade bate quási sempre de noite à porta do nosso peito.

 

Se a farra, o festim, o baile são atributos da noite, a solidão fere muito mais fundo quando a noite cai.

 

Por ela trespassa o vício – a euforia do álcool, o fumo que sobe à memória e as narinas expulsam, a droga que semeia flores que num ápice murcham em mentes atormentadas.

 

Para os doentes o pôr-do-sol é prenúncio de escuridão que espreita, do sofrimento, do tempo com horas em demasia.

 

Para os amantes, a noite é sempre uma vertigem imparável e doce até ao centro da terra.

 

Quando trabalho noite dentro, escutando o silêncio envolvente, passa-me pelos olhos o mar liso e infindo, reflectindo brilhante o luar, nas margens do equador quando fiz a longa viagem para o outro continente onde vi chitas exóticas envolvendo corpos de seda e sóis irreais em louvor à natureza.

Na cabeça arrumo no sótão mais distante os problemas dos outros e, refrescado pela brisa, caminho na noite em direcção à cama.

 

Antes de adormecer pego no genial Pessoa, mais precisamente no seu amigo Álvaro Campos, breviário de há muito na minha mesa-de-cabeceira.

 

E em tom de prece, pela milésima vez, releio algumas estrofes da sua ODE À NOITE.

 

Adormeço então em paz, sereno, com o mesmo sorriso interior que aflorava quando aconchegado colocava a cabeça no colo de minha mãe.

 

António Roque

 

11
Jan20

Pedra de Toque


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Onde?

 

Onde é tu andas?

Onde pára o teu sorriso?

Não te vi de noite,

Nem te vi de dia!...

 

Procurei-te no caudal do rio,

E nas flores que restam.

Nem o teu sorriso murchou com as flores

Nem se desfez com a força do caudal.

Depois da chuva, chegou o frio que penetra.

Ontem a muita música que ouvi,

Inundou-me a alma, com a emoção que se espalhou em mim.

 

O meu país, vai caminhando seguro e sereno.

Entretanto, eu queria que me aquecesses,

Com os teus olhos, com as tuas mãos, com a tua boca.

 

A minha entrada no novo ano,

Seria mais feliz!...

Mas é melhor viver sem felicidade,

Do que sem amor.

 

Amar-te-ei para sempre!

  

António Roque

 ( chaves,6/1/2020)

15
Dez19

Pedra de Toque


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VILA REAL – DE 1959 A 1961

 

                        Os últimos anos, durante o mês de setembro, tem-se reunido um grupo de amigos que frequentaram o Liceu Camilo Castelo Branco em Vila Real e que concluíram o 7º ano no já distante ano de 1961.

                        Gostosamente fiz parte desse grupo.

                        Na bila, inicia-se a satisfação dos reencontros.

                        Recordam-se os colegas ausentes que não puderam comparecer, ou os que definitivamente jamais comparecerão.

                        Os professores são tema de conversas.

                        Faz-se a revisão da matéria dada.

                        Contam-se estórias de vidas já longas, destes septuagenários, que relatam doenças e maleitas e que também lembram alegrias e tristezas que ocorreram no velho Liceu.

                        Não se esquecem as dores de barriga motivadas pelos exames para os quais éramos obrigados a estudar por vezes intensamente.

                        Não esquecemos a cidade que curtimos, desde a Gomes à Avenida, da Rua Direita e demais vielas, tudo lugares onde, claro também no Liceu, cimentamos fortes amizades.

                        Lembro a família Lima Teixeira que na rampa de S. Pedro, numa casa com mirante, me acolheu com enorme simpatia e amizade que jamais esquecerei.

                        Este ano, depois da visita até ao Douro que navegamos, aconteceu o repasto que nos reuniu à volta da mesa para com mais intimidade contarmos as conversas com saudosas recordações e gargalhadas francas.

                        O dia aproximou-se do fim e despedimo-nos até ao próximo ano.

                        Trocamos beijinhos e abraços e ficaram as saudades do Chico Macedo, do Álvaro Duarte, do António Teixeira, do Celso, do Óscar e de todos os outros.

                        Para o ano espero rever o Abel Lacerda e o Bessa Monteiro.

                        Gostaria que todos esses amigos aparecessem na minha cidade, bem como a Hercília e a Isabel Mansilha.

                        Estarei de braços abertos para vos receber.

                        Muita saúde para todos e votos de um Feliz Natal.

 

António Roque

 

30
Nov19

Pedra de Toque


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AS ILHAS

 

Num curto período de férias, já no distante ano de 1987, visitamos a ilha de Zarco, a florida Madeira e, fomos à descoberta de S. Miguel, a ilha verde do arquipélago açoreano.

 

E em boa hora o fizemos.

 

Se no Funchal encontramos uma cidade bonita e em franco desenvolvimento, pejada de turistas com quem percorremos o habitual roteiro, em S. Miguel deslumbramo-nos com o remanso dos campos, verdes – muito verdes e com o impressionante espetáculo da paisagem.

 

Aí miramos cenários abismais, profundos, onde a paz e a serenidade enchiam o peito no ar que se respirava.

 

As hortênsias salpicavam os campos e perfumavam as narinas enquanto o olhar repousava no verde azul das grandes lagoas e na quietude das vacas face ao banquete da erva a cobrir as encostas.

 

Gente simples, solícita, hospitaleira, recebeu-nos com gentileza na grande ilha dos Açores, ainda longe do bulício turístico.

 

Recompensam, reconfortam umas férias, ainda que breve, nas nossas ilhas.

 

É bom, é compensador, reequilibra, conviver com o povo anónimo e poisar o sonho – “uma constante da vida” – no maravilhoso espetáculo da natureza.

 

Esta viagem inesquecível fi-la na companhia da família.

 

Mas quero voltar aos Açores e conhecer outras ilhas onde habitam vários amigos.

 

 

António Roque

 

 

 

23
Nov19

Pedra de Toque


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A Mariazinha dos Plissados

 

Maria de Jesus Barradas, creio.

 

Mulher pequena, ladina, esperta, amiga.

 

Uma vida cheia, que terminou tarde, em idade indefinida.

 

A sua incultura escolar não lhe criou peias para ser cidadã do mundo.

 

Correu continentes, cruzou céus, percorreu estradas, viajou por mares já dantes navegados-

 

Nunca temeu outras línguas, outros costumes.

 

Descia os Champs-Elysées em Paris, ou a 5ª Avenida em New York, com o mesmo fair-play, com a mesma simplicidade que calcorreava esta cidade que amava.

 

E entrava numa casa de Cascais ou visitava gente fina no Porto, com a educação que lidava com os estudantes que gostavam da sua companhia.

 

Era bom ouvi-la falar das suas paixões antigas que preservou ate ao fim, da sua origem nunca assumida pelo progenitor, que narrava com enigmas que envolviam os amores impossíveis doutros tempos.

 

Falava do seu filho morto. Que nunca deixou de embalar ao colo. Pessoa já dizia: - “Todos nós embalamos ao colo um filho morto”.

 

E de sua mãe que vendia doces e pirolitos e sabia coisas, lembrava com veneração.

 

O livro de São Cipriano, o Tarot, as cartas, os segredos dos chás e das plantas, as crenças viviam com ela e assumia-as mais com religiosidade do que como negócio, com o qual também ganhava.

 

Predisse o futuro com acerto. Nalguns casos, eu testemunhei. E apesar de para mim a casualidade, a coincidência, justificarem a previsão, quando convicta a ouvia fazer futurologia, escutava-a com todo o respeito que tenho pelas coisas ocultas.

 

Não tinha família. Conheciam-se-lhe parentes afastados quase todos residentes fora de Chaves. Mas tinha muitos amigos e era generosa para os carecidos.

 

Quando sentiu o fim, e previu-o com grande lucidez, procurou os melhores. Foi aconselhada por alguns mas outros que quis ouvir , consta que não os chamaram.

 

Do que veio depois, e da sua morte, falou-se com o mistério que a percorreu durante a vida.

 

Limpa, luxuosamente vestida, ornamentada com bom ouro, maquilhada a seu gosto, de nariz arrebitado, foi personagem da cidade onde deixou muitos amigos que a estimavam.

 

Em tempos, quando era moda, plissava saias. Daí a alcunha que não a importunava minimamente.       

 

Maria de Jesus Barradas, ficará na história das figuras carismáticas de Chaves deste século como a Mariazinha dos Plissados.

 

Orgulho-me de ter sido amigo dela.

 

 

António Roque

 

 

 

09
Nov19

Pedra de Toque

o piropo


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O Piropo

 

A mulher portuguesa continua a reagir muito mal ao piropo, ou, limita-se a não reagir.

 

Mesmo quando ele tem o sabor de um galanteio, ela cora ou responde com um incorreto disparate.

 

Na vizinha Espanha era, e penso que continua a ser, totalmente diferente.

 

Nos tempos em que embarcáva-mos em velhos coches, sem lotação, ali de Feces de Abaixo até à simpática vila de Verin, para as animadas verbenas veranegas, ou para os bailaricos das festas do Lázaro, à procura de uma “Nóvia”, que todos íamos tendo, as jovens galegas respondiam sempre com um sorriso, com um alegre “Gracias”, quando as brindávamos de “guapas” ou de “lindas”.

 

Por vezes era através do piropo que iniciávamos o conhecimento, que alicerçávamos a amizade duradoura, que principiávamos o namorico adolescente.

 

Mudaram os tempos. As fronteiras vão-se esbatendo. Vive-se com mais liberdade. Os costumes alteraram-se, mas…   

 

O piropo infelizmente continua a ser visto pela mulher portuguesa como um atrevimento, um insulto.

 

E é pena que assim aconteça.

 

Quando ela agradecer, descomplexada, com um simpático obrigado ao elogio à sua beleza, à sua elegância, não só terá uma atitude mais bonita como, como contribuirá para evitar por parte dos homens “bocas”

 

Tantas vezes incorretas e soezes.

 

É que nada melhor que um sorriso, um agradecimento, para desarmar o mal-intencionado, para envergonhar o mal-educado.

                                                                                                      

 António Roque 

 

 

  ( Esta crónica foi escrita no ano de 1992 e publicada no jornal “ Noticias de Chaves” )    

 

02
Nov19

Pedra de Toque


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A LUA

 

                        O teu perfume inebriava

                        Na tua elegância tão frágil,

                        Que apetecia tanto.

 

                        Todo o teu corpo

                        Tinha oriente na pele.

 

                        A tua boca

                        Falava sorrisos

                        Para mim.

 

                        E os teus olhos

                        Projetavam claridade

                        Nas minhas sombras.

 

                        Quero descobrir os teus lugares recônditos.

 

                        Entretanto,

                        Dá-me a tua lua para eu adormecer.

 

António Roque

 

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