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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

28
Jan23

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Ventuzelos

Ventuzelos - Chaves


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Estava para começar por dizer que mais uma vez subimos à montanha à procura de alminhas, capelas e capelinhas, etc., mas em Chaves, basta sair da cidade e do vale para subirmos a uma montanha, pois estamos rodeados delas. Então para sermos mais precisos digamos antes que subimos a Serra do Brunheiro, mas só até ao Peto de Lagarelhos, a aí saímos da E314 e subimos mais um bocado em direção a Ventuzelos e Santa Bárbara, por esta ordem, e também ser por esta ordem que vão ficar as imagens das representações religiosas que hoje vamos deixar aqui, começando por um nicho recente que temos logo na entrada de Ventuzelos.

 

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Depois entramos pela aldeia adentro até a sua capela, uma de duas que hoje vamos ter aqui, esta, uma pequena capela num plano elevado em relação à rua, mais precisamente a 11 degraus,  que lhe dá uma ar mais altivo.

 

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Como não encontrámos mais nada dentro da aldeia, o que não quer dizer que não haja, pois pode-nos ter escapado. Lembramos sempre isto porque esta ronda pelas nossas aldeias apenas foi feita no nosso arquivo de imagens, ou seja, até hoje nunca fomos a nenhuma das nossas aldeias com a intenção de fazer registos para esta rubrica, dai poder escapar-nos sempre qualquer coisa. Mas íamos dizendo que saímos da aldeia em direção ao monte de Santa Bárbara, onde existe uma capela, no entanto a meio do caminho, um pouco desviado do centro da aldeia e junto à estrada que nos leva até Vilas Boas, encontrámos um cruzeiro coberto, penso que do Senhor dos Milagres, mas também penso, a julgar pela sua base com pequeno nicho, que este cruzeiro nasceu a partir de umas antigas alminhas, mas isto só sou eu a supor. Uma coisa é certa e bem visível que este cruzeiro passou por várias fases até chegar àquilo que hoje é.

 

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Um pouco à frente deste cruzeiro, a cerca de 60m, siga em frente deixando a estrada, tomando o caminho de terra batida até ao alto do monte de Santa Bárbara, a cerca de 600m, onde existe uma capela e uma espécie de santuário, que não são visíveis desde o caminho que sobe até ela, pois está encoberta por um grande rochedo e só nos apercebemos da capela quando chegamos lá, ou quase, pois há uma longa escadaria para subir até a alcançar.

 

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Uma capela e lugar de culto, mas também um autêntico miradouro com vistas lançadas para a veiga de Chaves e parte do seu concelho, para os concelhos barrosões e de Vila Pouca de Aguiar. Foi talvez graças a estas vistas privilegiadas sobre terras mais baixas e montanhas mais distantes que, o General Silveira a as suas tropas fugiram, abandonando a cidade de Chaves e a população flaviense, aquando as tropas da segunda invasão francesa estavam às portas de Chaves. Uns anos mais tarde, 1823, este monte de Santa Bárbara serviu também de campo de batalha entre miguelistas e liberais.  

 

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Dizíamos atrás que a capela de Santa Bárbara só se avistava quando estávamos quando estávamos em frente a ela, e se isto é verdade para segue o caminho que lhe dá acesso, já não é verdade para quem está na outra face do monte de Santa Bárbara, pois daí a capela já mostra um ar da sua graça, embora misturada como os rochedos da sua envolvência, mas destaca-se deles pala brancura das suas paredes.

 

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E para finalizar fica atrás o nosso mapa/inventário devidamente atualizado com mais duas capelas, um nicho, um cruzeiro coberto e um santuário.

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

 

18
Dez22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Aldeia de Curral de Vacas


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Curral de Vacas, da freguesia de Santo António de Monforte, é o nosso destino de hoje nesta rubrica em que queremos dar a conhecer aquilo que cada aldeia tem no que respeita a arquitetura religiosa e outros símbolos onde a religião esteja presente.

 

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Desde já fica também um aviso que vai sendo habitual, o de que nesta ronda pelas nossas aldeias, no que respeita a imagens, temos recorrido àquilo que temos em arquivo, que fomos recolhendo ao longo dos anos nas passagens pelas aldeias, quando ainda esta rúbrica não existia, e daí, poder falhar alguma coisa ou as imagens já não serem atuais. No entanto, como esta rubrica se vai manter em aberto, fica a garantia que numa próxima passagem por Curral de Vacas iremos com olhos de ver e de descoberta, não só de possíveis falhas como alterações que entretanto tenham ocorrido. Já agora e a título de informação as imagens que hoje aqui vão ficar são dos anos de 2006, 2007, 2010, sendo a mais recente a vista geral da aldeia, que é do ano de 2015.

 

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Então em Curral de Vacas no nosso arquivo existem imagens da igreja, de uma capela, um cruzeiro descoberto, um cruzeiro coberto e uma entrada carral com uma cruz sobre a padieira da porta, já no telhado.

 

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O Cruzeiro descoberto e a capela, encontram-se localizadas no largo principal da aldeia que é atravessado pela estrada municipal que liga por um lado liga à N103-5 em Vila Verde da Raia, e por outro liga a Paradela e Mairos. É precisamente na saída do largo principal para Paradela e Mairos que se encontra a Igreja a confrontar diretamente com a estrada, do lado esquerdo e avistando-se desde o largo, logo a seguir à igreja temos a entrada carral com cruz e um pouco mais acima, do lado direito, temo o cruzeiro coberto, que na altura de recolha da imagem que aqui fica, a cobertura em betão à vista era suportada por 4 pilares de granito e ao centro, uma cruz também em granito com uma imagem de cristo crucificado mas já muito gasta pelo tempo onde apenas se conseguia distinguir a cabeça. Não sei se, entretanto, este cruzeiro foi restaurado, esperemos que sim, pois já então pedia uma intervenção que o dignificasse e embelezasse.

 

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Se no meu tempo de criança já andasse nesta recolha de imagens, poderia deixar aqui mais algumas do Auto da Paixão que então se realizava em Curral de Vacas e que, ainda tive a sorte e oportunidade de assistir, como não temos mais imagens, vamos dando por concluído este post, apenas nos restando deixar aqui o nosso mapa/inventário com a atualização dos elementos de arquitetura da aldeia.

 

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Resto de um bom fim-de-semana e o desejo de boas festas que já se vão respirando com a aproximação do Natal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

03
Dez22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Dorna


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Nesta ronda pelas nossas aldeias de Chaves à procura da arquitetura religiosa e outros símbolos religiosos, hoje vamos até a aldeia da Dorna, uma das aldeias flavienses da Serra da Padrela.

 

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Também nunca é demais repetir aqui que algumas das imagens que vamos deixar aqui são de arquivo, e algumas já não são muito recentes, embora também não sejam antigas, pois as mais distantes (em tempo) são de 2006 e 2008, isto para vos dizer que a realidade de hoje pode estar um bocadinho diferente.

 

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Outro aviso que também deixamos é o de que esta rubrica, no que respeita a cada aldeia, não se encerra com esta ronda, pois na altura em que recolhemos estas imagens não tínhamos a preocupação de fazer estes registos da arquitetura religiosa e outros símbolos, daí poder haver alguma falta de umas alminhas, nichos ou até mesmo de capelas e outros, mas se faltarem, cá estarão de futuro, pois na próxima ronda já estaremos atentos às possíveis faltas.

 

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Vamos então até à Dorna, onde no nosso arquivo encontrámos imagens da igreja nova e da capela velha que por sinal se veem e não passam despercebidas a ninguém, pois encontram-se logo numa das entradas da aldeia.

 

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A acrescentar à capela e igreja, temos ainda um nicho num entroncamento de caminhos e um “quadro” de azulejos embutidos na parede de uma construção particular, por baixo de um terraço. Tal como já dissemos atrás, se houver mais, fica para a próxima passagem pela aldeia, com a certeza de que o que encontrarmos o deixaremos aqui num novo post.

 

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E por último só nos falta mesmo deixar aqui o nosso mapa/inventário atualizado onde ficam já sinalizada a aldeia da Dorna.

 

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Até amanhã!

 

 

 

 

 

 

 

 

26
Nov22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Tronco

Aldeias do Concelho de Chaves


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O nosso destino de hoje é a aldeia de Tronco para onde fomos à procura das suas representações e manifestações religiosas, e é mesmo assim, um destino onde seria suposto irmos, mas na realidade não vamos, isto porque já lá fomos, várias vezes até, e em recolha fotográfica mais alargada, pelo menos duas vezes, uma no ano de 2006 e outra em 2009. Serve esta pequena introdução também para justificar e dizer-vos que as fotos que hoje aqui ficam são todas de arquivo, precisamente dos anos atrás citados, daí, algumas, podem eventualmente estar já desatualizadas.

 

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Pois em Tronco, pelo menos, temos uma igreja, uma capela, um pequeno nicho e outras manifestações ou alusões de carater religioso, algumas bem interessantes e outras curiosas.

 

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Pelo meio deixamos também imagens e alusões ao São Tiago e ao Senhor dos Passos, imagens e referências que aparecem quer no interior da capela e igreja, bem como no exterior, como o Senhor dos Passos que dá (ou dava pois não sei se ainda existem como tal) a um café e uma sapataria, que neste último caso até teria algum sentido ao juntar “passos” a “sapatos”, mas não é por essa razão, na verdade o São Tiago é o orago da aldeia e o Senhor dos Passos é celebrado na festa da aldeia que acontece anualmente no segundo domingo de agosto.

 

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Penso que existem na aldeia também alminhas, mas infelizmente não temos imagens em aquivo, isto porque aquando ocorreram as nossas visitas à aldeia esta rubrica ainda não existia e daí não tivemos a preocupação de as procurar ou informar-nos se existiam, mas penso que existem porque na página oficial do município de Chaves, numa referência à aldeia de Tronco estão lá mencionadas. Ficam para uma próxima oportunidade, pois já está prometida e planeada mais uma ronda pelas nossas aldeias do concelho, e nessa, já temos agendadas as alminhas como uma prioridade. Mas não vai ser para já.

 

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Por último fica, como habitualmente, o nosso mapa inventário com mais uma atualização e as referências à aldeia de tronco.

 

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Até amanhã!    

 

 

19
Nov22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Redondelo

Aldeias do Concelho de Chaves


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Cá estamos com mais uma aldeia do concelho de Chaves e as suas alminhas e afins, como quem diz, arquitetura de cariz religioso e símbolos religiosos, no caso da aldeia de Redondelo.

 

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Curiosamente e embora as alminhas emprestem o seu nome a esta rúbrica, hoje não temos nenhuma, e se existem na aldeia de Redondelo, não as vimos, mas encontrámos por lá um cruzeiro descoberto, uma igreja uma porta carral que sobre a padeira ostenta uma cruz e alguns pináculos e duas fontes de mergulho.

 

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Quanto às fontes de mergulho, uma, à beira da estrada que liga a Casas Novas e Rebordondo, tem uma cruz sobe o arco que serve de abertura/acesso à nascente. Ao lado e a um nível ligeiramente inferior tem um pequeno tanque que me parece ser (ou ter sido) um bebedouro para animais, bebedouro esse que recebe água da fonte de mergulho e por sua vez serve de passagem da água para alimentar um enorme tanque com alguns lavadouros à sua volta, tudo isto em granito. Um conjunto muito interessante, mesmo à beira da estrada a partir da qual se faz o acesso a esta fonte,  descendo alguns degraus também em granito (penso que oito).

 

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Uma segunda fonte de mergulho, maior e mais elaborada com uma antecâmara de dimensões consideráveis com teto em arco perfeito, com bancos corrido de pedra em ambas as paredes laterais, é encimado por uma cruz e dois pináculos. Esta fonte também descarrega para um grande tanque também com lavadouro e simultaneamente decorativo, também com bancos de pedra à sua volta. Todo este conjunto está integrado num jardim particular e anexo a uma antiga casa senhorial, a mesma que tem a porta carral da qual deixamos imagem, igualmente com uma cruz e alguns pináculos sobre a padieira da porta.

 

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Quanto à igreja, toda ela construída em granito à vista sem molduras nos vãos com uma torre soneira lateral que se eleva acima da cobertura que recebeu posteriormente um acrescento, não se se para receber o relógio. Um acrescento a meu ver pouco feliz que lhe tira alguma beleza, principalmente pela cor do granito (azul), diferente do que foi aplicado nas paredes da igreja, e também diferente no tamanho das pedras e altura das fiadas. Enfim, um acrescento que dá nas vistas. A título de curiosidade também não tem qualquer cruz ao nível da cobertura, embora existam duas cruzes de granito, separadas da igreja, mas encostadas à sua fachada principal, uma de cada lado da porta principal mas junto aos cunhais que dobram a fachada principal para as paredes laterais. Um pormenor também este diferente do habitual, já a casa mortuária localizada junto à igreja, essa sim, tem uma cruz na cumeeira.

 

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Para finalizar, fica como habitualmente o nosso mapa/inventário com a localização de Redondelo e onde ficam também assinalados mais uma igreja, um pelourinho, duas fontes de mergulho e uma porta carral.

 

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Até amanhã!

 

 

22
Out22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Carregal

Cruzeiro Coberto e Capela


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O nosso destino de hoje é Carregal, a penúltima aldeia do concelho antes de entrarmos no concelho de Valpaços pela E314, ou seja, pela estrada que liga a cidade de Chaves a Carrazedo de Montenegro.

 

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Carregal é uma pequena aldeia à beira da estrada no planalto da serra do Brunheiro e lá podemos encontrar numa das suas três entradas para a aldeia, mais precisamente na do meio, uma pequena construção toda em perpianho de granito, incluindo a cobertura inclinada contendo no seu interior uma cruz cum uma pintura de cristo crucificado com a inscrição de Senhor do Bom Caminho, e na padieira da porta inscrita a data de 1920, o que nos leva a crer ser um cruzeiro, mas com uma cobertura sui generis, eu, pelo menos, nunca vi igual.

 

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Um pouco mais à frente deste cruzeiro, na mesma entrada para a aldeia, podemos ver a sua capela, com a data de 1980 inscrita na padeira da porta principal e única. Uma capela que a fotografámos em dois momentos, o primeiro no ano de 2008 e o segundo no ano de 2012, apenas 4 anos de diferença, mas que neste entretanto a capela foi sujeita a obras de restauro que também fazem toda a diferença, neste caso para melhor, principalmente no frontão da capela que deixou de ser um murete em betão para deixar à vista, aquele que penso ser o frontão original em granito. Também a cobertura desceu ligeiramente e em vez da telha marselha inicial passou a ter telha lusa, toda a parede exterior foi limpa e o sino tem um novo contrapeso, quase parecendo uma nova capela.

 

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Penso que dentro desta temática é tudo o que há em Carregal, mas numa próxima visita à aldeia, procuraremos com mais atenção, ou então se alguém der pela falta de alguma coisa, que nos informe, que nós vamos lá, fazemos o registo e num futuro post trazemos aqui outra vez a aldeia de Carregal.

 

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Como vem sendo hábito fica também o nosso mapa de localização/inventário com mais este cruzeiro e capela.

 

Até amanhã com “O Barroso aqui tão perto” e a aldeia da Granja, do concelho de Boticas e mais um ano do passado da Ferira dos Santos em Chaves.

 

 

08
Out22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Vilela Seca - Chaves


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Nesta ronda pelas aldeias do concelho de Chaves à procura de símbolos e arquitetura religiosa hoje vamos até Vilela Seca, e nunca é demais repetir aqui que as imagens são de arquivo e não resultaram de uma recolha com esta temática, mas sim, são de uma recolha geral de motivos da aldeia, assim, é natural que alguns dos motivos já tivessem sido alterados e que outros, desta temática, não estejam aqui hoje.

 

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Passemos então ao que encontrámos em Vilela Seca e que hoje fica em imagem, ao todo temos duas igrejas, a antiga, abandonada e fechada ao culto e a nova que substituiu a anterior.

 

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Na entrada do cemitério temos um cruzeiro descoberto e dentro, uma capela. Cruzeiro que no meu entender e gosto é o mais interessante do concelho e mais elaborado. Trata-se de um cruzeiro setecentista tendo na face frontal da cruz latina esculpida a Pietá e na face posterior estão esculpidos instrumentos da Paixão. Na base da cruz podem-se ver ainda esculpidos alguns Querubins, quer na face dianteira como na posterior e laterais da cruz/cruzeiro.

 

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Quanto à antiga igreja, hoje abandonada e em mau estado de conservação, tem no entanto alguns pormenores bem interessantes, como a torre do campanário, os vãos e a entrada lateral encimada por um relógio com moldura, penso que em betão a imitar granito, ladeado por dois pináculos no enfiamento dos cunhais, estes sim em granito, do verdadeiro. Todos eles pormenores bem interessantes, pena o mau estado de conservação, incluindo o relógio e algum betão à mistura, mesmo assim, no meu entender, foi deixar esta igreja ao abandono. Não tivemos acesso ao interior, mas segundo apurámos não há nada para ver ou mostrar.  

 

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A igreja nova está construída com paredes em granito à vista, assente em fiadas, mas com pedra irregular, com junta tomada, ou seja, não seguem a regularidade nem as dimensões do perpianho. Já os vãos principais têm molduras em cantaria executado com pico fino e trabalhada com perfeição. Digamos que os panos de parede bem mereciam ser rebocadas e pintadas deixando apenas as molduras dos vão com o granito à vista, isto para seguir as “regras” das construções antigas com paredes em granito.  

 

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O restante que aqui deixamos para além da capela do cemitério são pormenores que encontrámos em Vilela Seca, como uma cruz aparentemente antiga, que resistiu de pé no meio das ruínas de uma construção. Não sei se seria de uma pequena capela ou se apenas encimava um muro de um pátio ou coisa do género.

 

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Já o outro pormenor que aqui deixamos, o da cruz de ferro incorporada num catavento, é o remate da cobertura do campanário da igreja antiga. A figura do catavento em chapa fina de ferro (ou latão) representa um anjo de asas abertas com um braço estendido e o dedo indicador a indicar a direção do vento, isto se ainda funcionar, pois pode acontecer que a ferrugem o tenha congelado naquela posição em que aparece na imagem.

 

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E tal como acontece habitualmente, terminamos com o nosso mapa de localização/inventário com os novos elementos que hoje lhe inserimos.

 

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O resto de um bom fim-de-semana.

 

 

01
Out22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Cela


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Cela - Chaves

 

Nestas andanças de procurar, divulgar e inventariar elementos de arquitetura e outros símbolos de cariz religioso no concelho de Chaves, hoje vamos até a aldeia de Cela.

 

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Nesta aldeia, e sempre ao longo da estrada e rua principal, podemos encontrar uma igreja, um cruzeiro descoberto, um cruzeiro coberto e uma inscrição de uma data e cruz numa fonte de mergulho.

 

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Como já tivemos oportunidade de o dizer aqui algumas vezes, na abordagem desta temática temo-nos valido das imagens que temos em arquivo de levantamentos fotográficos de algumas voltas que demos pelas nossas aldeias ao longo dos anos de existência deste blog, pelo que algumas das imagens ou motivos que aqui trazemos poderão não corresponder à imagem atual, e repetimos este facto, porque hoje deixamos aqui uma imagem, a do cruzeiro coberto, que temos conhecimento que recentemente recebeu uma cobertura de um telhado de quatro águas revestido com telha cerâmica, que ainda não tivemos oportunidade de fotografar, pelo que fica uma imagem já com alguns anos, mais precisamente de novembro de 2007, mas prometemos que logo que tivermos a imagem atual, também a deixaremos por aqui, bem como outros motivos que nos tivessem escapado nas passagens anterior pela Cela.

 

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Ficam então algumas imagens dos motivos que atrás enunciamos e também o nosso mapa de localização/inventário devidamente atualizado, embora ainda com a falta de muitos motivos que ainda não foram aqui abordados, mas lá iremos…

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

17
Set22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Segirei

Capela e Nicho


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Nesta rubrica de dar a conhecer os símbolos e arquitetura religiosa do concelho de Chaves, hoje vamos até Segirei, uma aldeia que se localiza bem dentro do mar de montanhas que nasce no concelho de Chaves e se prolonga pelos concelhos de Vinhais, Valpaços e além fronteira, pela Galiza.

 

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É uma pequena aldeia, a mais distante da sede do concelho de Chaves, fazendo fronteira com a Galiza e concelho de Vinhais, com alguns motivos de interesse, como as cascatas (na fronteira entre Portugal e Galiza) e a praia fluvial e rio Mente, rio que este ano parece ter feito justiça ao seu nome, pois teoricamente, sem água, não é rio, e este ano o Mente também foi vítima da seca prolongada. Esperemos que neste outono/inverno que se aproxima a natureza lhe restitua a sua dignidade, dando-lhe água para correr no seu leito.

 

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Como aldeia pequena não podemos esperar grandes obras de arquitetura religiosa, mas há sempre lugar para uma capela e um nicho, foi o que encontrámos por lá, e à escala da aldeia, principalmente o pequeno nicho embutido num muro de suporte de terras/escadas de acesso à capela, a confrontar com a estrada que atravessa a parte mais elevada da aldeia, estrada que depois de passada a aldeia nos leva até a praia fluvial/rio Mente e entrada no concelho de Vinhais, pois o rio é o que faz a separação dos dois concelhos.

 

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Quando atrás referi um pequeno nicho, ele é mesmo pequeno, pequenino, mas está construído com todos os pormenores, com um pequeno “portão”, com chave, e um beiral para o proteger da chuva, e mesmo pequeno, tem lugar no seu interior para dois santos, ou melhor, duas imagens, pois o santo é o mesmo – Santiago, e ainda, uma também pequena jarra de flores, tudo sobre um pequeno estrado de madeira, tudo numa escala miniaturista. Ao lado, parece ter existido um antigo nicho, muito mais simples, mas também já pertence ao passado, pois pelo que sei já foi tapado.

 

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Como já vem sendo hábito, fica também o nosso mapa/inventário com a localização desta aldeia, capela e nicho

 

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Continuação de um bom fim de semana.

10
Set22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

A Capela de Vilar de Izeu


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Na nossa ronda pela arquitetura religiosa que existe nas nossas aldeias, no caso, do concelho de Chaves, hoje vamos até Vilar de Izeu, uma pequena aldeia das terras de Monforte, já na pendente que desce para terras de Valpaços (Nozelos e Tinhela).

 

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Arquitetura e símbolos religiosos que rara é a aldeia que não os tem, em geral do domínio público municipal ou propriedade da igreja católica, mas às vezes também particulares. Podem não ter cruzeiros, nichos, alminhas… mas pelo menos uma capelinha ou capela têm sempre, é o caso de Vilar de Izeu onde, do nosso conhecimento, apenas tem uma capela.

 

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Capela que hoje apresentamos aqui em dois dos seus momentos, um num registo de imagens que fizemos em 2008 e outro, num registo de 2015, com algumas diferenças de realce, as que resultaram de um restauro da capela, com limpeza das paredes de pedra, pinturas das carpintarias e restauro do telhado com colocação de telha nova e uma nova cruz na torre sineira, esta última, no meu entender foi único pecado cometido neste restauro, por não ser a original, que apenas estava torta, apenas por nova é nova, e por lhe faltar a arte do pico manual. Desculpável porque a intenção pela certa que foi boa, e sendo assim, é apenas um pecadinho que nem precisa de absolvição.

 

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Para finalizar fica o nosso mapa/inventário com mais a localização desta capela.

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

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