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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

26
Mar09

A Emoção da Geometria, por Nadir Afonso até Agosto


 

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Tal como disse no post anterior, ontem Chaves prometia ter um acordar diferente de uma comum quarta-feira, e assim foi.

 

Por entre um dia normal de trabalho, lá fui espreitando como pude o dia das comemorações e no final, já noite, lembrei-me de espreitar as notícias da NET a respeito do assunto, e a notícia que mais se repete é:

 

“Cavaco Silva recebe, em Chaves, livro de Agostinho Santos sobre Nadir Afonso” e ainda bem que assim é.

 

Pois vamos começar precisamente por Nadir Afonso, o Livro de Agostinho dos Santos e a inauguração da exposição do Mestre na Biblioteca Municipal de Chaves.

 

Vamos à notícia da NET:

 

Porto, 24 Mar (Lusa) - A editorial Afrontamento e a Fundação Nadir Afonso apresentam quarta-feira ao Presidente da República, em Chaves, a obra "Itinerário (com) sentido", uma biografia do pintor em edição de luxo, disse hoje à Lusa o seu autor, Agostinho Santos.

 

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Capa e contra-acapa da caixa do livro Itinerário (com)sentido

Agostinho Santos, que é também jornalista e pintor, apresentará o livro ao Presidente da República durante a inauguração da exposição de obras de Nadir Afonso, a que Cavaco Silva presidirá, no âmbito da sua visita oficial à cidade.

 

"É uma espécie de biografia ilustrada de Nadir Afonso que considero como um dos maiores artistas vivos da arte contemporânea portuguesa", disse à Lusa Agostinho Santos.

 

Profusamente ilustrado, o livro integra mais de cem pinturas e desenhos das várias fases do pintor (algumas inéditas), assim como muitas fotos que mostram o pintor em várias circunstâncias, ao longo da sua vida.

 

Com o título "Itinerário (com) sentido", integra também excertos de textos escritos pelo pintor ao longo dos tempos.

 

A obra aborda todo o percurso de vida do artista, os tempos da infância em Chaves (sua terra natal), a época do Porto, o tempo de estudante na Escola de Belas-Artes do Porto onde fez o Curso de Arquitectura, a sua estada em Paris, onde pintou enquanto trabalhava no atelier de Le Corbusier, assim como o período em que esteve no Brasil, onde trabalhou com outro dos maiores arquitectos do século XX, Óscar Niemeyer.

 

"O livro é o resultado de uma grande conversa, feita de muitas conversas realizadas ao longo dos tempos, que põe em evidência a vida e a obra de Nadir, em que o pintor-arquitecto fala de si, do seu percurso, da sua carreira, das pessoas que ama, do futuro e da morte", disse Agostinho Santos.

 

O livro tem também uma análise que aborda as pinturas mais importantes da carreira do pintor, por Maria José Magalhães, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto.

 

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Inclui ainda depoimentos do pintor Júlio Resende, de Laura Afonso (a segunda mulher do pintor, com quem vive há 30 anos) e poemas do pai de Nadir e do filho Artur, que trabalha actualmente em arquitectura em Nova Iorque.

 

"Trata-se de uma edição trilingue (português, inglês e espanhol), com arranjo gráfico de José Miguel Reis, que sairá com caixa, com 450 páginas e uma tiragem limitada de 1500 exemplares" disse o autor.

 

"Espero que este trabalho contribua para uma maior divulgação da pintura de Nadir Afonso, que ficará, tenho a certeza, na história da pintura moderna portuguesa", disse Agostinho Santos.

 

Esta mesma obra será oficialmente apresentada ao público a 23 de Abril no Museu de Serralves, pelo director da instituição, João Fernandes, e por Maria José Magalhães, estando a apresentação em Lisboa prevista para o Museu do Chiado, em data a anunciar.

 

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É, resumindo, o mestre Nadir em tamanho grande, XL, quer no livro que hoje se deu a conhecer, com grande dimensões, peso e conteúdo, quer na exposição onde o Mestre apresenta algumas das suas obras de maior dimensão, quer na arte da qual que já estamos habituados à sua grandeza, a grandeza do Mestre Nadir Afonso.

 

NADIR AFONSOA Emoção da Geometria, uma exposição para ser mastigada devagarinho, como convém, que poderá ver e rever na Biblioteca Municipal de Chaves até ao próximo dia 31 de Agosto de 2009 – Sem desculpas para quem não a visitar.

 

 

16
Fev09

Nada melhor que começar uma segunda-feira com arte, com a arte dos artistas.

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Eurico Borges

 

É o nosso artista plástico convidado de hoje. Um pouco da sua arte um pouco da sua vida, um pouco das suas pinturas e exposições. Um pouco de tudo para ficarmos a conhecer melhor este flaviense que tem dedicado quase toda a sua vida à arte.

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Eurico Borges nasceu em Chaves em 1950, de uma família humilde sem qualquer ligação à arte. Teve uma infância feliz entre a cidade e a, então, primitiva aldeia de sua mãe, experiência que o ajudou a formar uma relação de amor com os outros, e sobretudo com a natureza. Aos 13 anos, a pintura aparece no seu caminho como algo absolutamente natural, familiar e inevitável. A circunstância de ficar órfão aos 11 anos, marcará toda a sua vida. A fugaz passagem por um seminário, o trabalho desde muito jovem compaginado com os estudos, bem como o facto de viver numa ditadura, levam-no até França como estudante e trabalhador, vivendo ali o Maio de 68, marco incomparável para a sua consciência política e artística. Aos 22 anos, depois de vários anos às voltas com as cores e os pincéis, realiza a sua primeira exposição individual. Vive em Portugal até que, em 1965, retoma a sua vida de viajante.

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Primeiro Espanha, depois Holanda e Alemanha até que em meados dos 80, regressa de novo ao seu país. Entretanto, sucedem-se as exposições e as vivências-aprendizagem, com importantes criadores europeus. Alguns anos, poucos, em Portugal e, de novo, transfere o seu estúdio cinco anos para Espanha e finalmente durante quatro anos para Cuba. Acompanhou a sua carreira de pintor, com outras actividades, desde muito jovem. Deu aulas, foi jornalista, fez teatro, cinema e até fez parte de uma companhia de dança contemporânea. Foi apresentador de televisão, animador cultural e director de estações de rádio. Em Madrid criou, com outros seis pintores, o "Display Group", ilustrou livros, recebeu prémios, foi homenageado e realizou mais de uma centena de exposições individuais e inumeráveis exposições colectivas, em países da Europa e América Latina. Segundo a velha tradição, é um artista marginal, um "franco-atirador", que nunca se rendeu a valores menores. É para ele reconfortante que, depois de mais de 35 anos a pintar, os críticos de arte o continuem a ver como um Artista romântico.

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EXPOSIÇÕES

 

1969- Primeira exposição colectiva.
1972- Primeira exposição individual.

Individuais

 

Portugal - Chaves, Caldas da Rainha, Guimarães, Leiria, Maia, Pombal, Porto, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Régua, Vidago.
Espanha - Benidorm, Cáceres, Cádiz, Getafe, Granada, Leganés, Madrid, Motril, Ourense, Salamanca, Valencia, Valladolid, Zamora.
Holanda - Amsterdam e Utrecht.
França - Orléans.
Alemanha - Dortmund, Duisburg, Düsseldorf, Krefeld, Osnabrück.
Cuba - La Habana.

Colectivas

 

Portugal - Braga, Chaves, Estoril, Guimarães, Lagos, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Nova de Cerveira.
Espanha - Getafe, Leganés, Madrid, Ourense, Valencia, Verín, Vigo.
Holanda - Amsterdam e Utrecht.
França - Orleáns e Paris.
Suiça - Genebra.
Cuba - La Habana

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PRÉMIOS E SELECCIONES

 

- Artista seleccionado para el Salón de Otoño - Valencia, 1976.
- Medalla al Mérito Artístico. Ministerio de Información y Turismo, 1977.
- Seleccionado para la Bienal de Vila Nova de Cerveira - Portugal, 1980 y 1986.
- Seleccionado para la Bienal de Diseño de la Cooperativa Árvore-Oporto (Portugal) 1985.
- Seleccionado para la Bienal de Lagos - Portugal, 1986.
- Artista Homenajeado en la III Bienal Joven - Chaves (Portugal), 1987.
- Seleccionado para Palexpo - Ginebra (Suiza), 1992.
- Seleccionado para las exposiciones de Eixo Atlántico (Galicia y Portugal), 1997.
- Seleccionado para la Bienal de Avante - Portugal, 2003.

 

Eurico Borges tem também o seu sítio na NET, cuja visita se recomenda para ficar a conhecer mais um pouco da sua obra:

 

http://www.euricoborges.com/

 

 

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09
Fev09

Rui Rodrigues - Pintor


Mesmo longe dos grandes centros, dos grandes interesses e influências, Chaves tem tido sempre uma palavra a dizer no campo das letras e das artes, quase sempre por conta própria, sem ajudas e sem mercado, é certo, mas é nesta aventura constante que a arte e as letras se fazem por cá, por amor, e sempre com arte e a mestria da resistência.

 

Falar de arte em Chaves é falar também de Rui Rodrigues, um dos pintores de referência da cidade. É ele o nosso convidado de hoje.

 

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RUI RODRIGUES nasceu no Lubango, Angola em 1953.

 

Em 1976 viaja para o Brasil onde trabalhou em desenho gráfico e publicitário. Vive em Chaves desde 1980 onde conheceu o Mestre Nadir Afonso, do qual foi colaborador até 1982. Curso de Pintura do Instituto Parramon.

 

Expôs individualmente pela primeira vez em 1978, tendo realizado até ao presente mais de duas dezenas de exposições individuais no Continente, Madeira e Espanha.

 

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Marlene Obesa

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Participou em mais de uma centena de mostras colectivas.

 

Em 1993, nas comemorações do dia da cidade de Chaves, participou numa exposição conjunta com o artista galego Manolo Busto, organizada pela Câmara Municipal de Chaves.

 

Em 1997, realizou uma retrospectiva de 20 anos de actividade, na Galeria Faustino, em Chaves.

 

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Pintura Matérica

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Sócio fundador da “Tamagani” – Associação dos Artistas Alto Tâmega e Vale de Monterrei.

 

É membro da Sociedade Nacional de Belas Artes desde 1985.

 

Está representado no Museu da Região Flaviense.

 

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Vénus Adormecida

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Principais colectivas:

 

1982 – Certame de Pintura e escultura, Chaves.

1983 – I Bienal “Jovem arte”, Chaves.

1984 – V Salão de Outono, Estoril.

1985 – II Bienal “Jovem arte”, Chaves. - II Bienal Nacional de Desenho, Porto e Lisboa. - V Bienal da Festa do Avante, Lisboa. - Expo Internacional de cartazes, Bagdad – Iraque.

1986 – Galeria AS , Porto. - Salão SNBA, Lisboa. - I Festival do mar, Sesimbra. 1987 – II Festival do mar, Sesimbra.

1990 – Gallaecia 90, Chaves.

1991 – “Nove artistas flavienses”, Sint Niklaas, – Bélgica. - “A Musaraña”, Pontevedra – Galiza.

2003 – IV Arte Nossa, ADRAT – Chaves.

2005 – Centenário da Casa de Trás-os-Montes, Chaves e Lisboa.

2006 – Expo Tamagani – Chaves.

2007 - II Encontro Luso-Galaico "Aromar" - Galiza.

 

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Zódes Voadores

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Prémios:

 

1º Prémio e Menção Honrosa no “Certame de Pintura e escultura” – Chaves, 1982.

Prémio “Nadir Afonso” – I Bienal Jovem Arte -Chaves, 1983.

Prémio aquisição – II Bienal jovem Arte – Chaves, 1985.

2º Prémio – IV Concurso de Pintura do Inatel, 1994.

Menção Honrosa, Salpodium, 2006.

 

 

Embora a pintura seja a sua principal actividade artística, também lhe conhecemos a arte que tem para a escultura e a fotografia. Pena que por cá não sejam modos de vida, pois é a arte quem fica a perder.

 

E se por aqui apenas deixo quatro reproduções de obras suas que marcam diferentes períodos da sua vida artística, no seu espaço da NET poderá apreciar cerca de uma centena de outras obras e que poderá visitar seguindo este link:

 

Gindungo no Matako

 

E por hoje é tudo. Amanhã cá estarei de novo com outros olhares fotográficos sobre a cidade de Chaves.

 

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