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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

09
Ago19

A mãe natureza num dia perdido...


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Em geral, aos fins-de-semana, deixamos aqui uma das aldeias de Chaves e uma do Barroso, mas como devem entender, para estarem aqui, primeiro, temos que andar por elas a recolher imagens. Claro que antes de sairmos para o terreno fazemos um roteiro, escolhemos as aldeias a visitar, escolhemos o itinerário mais interessante, verificamos o equipamento, etc. Tudo como mandam as regras, e até deitamos um olho ao boletim meteorológico para ver se o tempo está de feição, embora a este último pormenor não lhe demos muita importância, ainda para mais sabendo que é habitual ou com muita frequência acontece que no entretanto as previsões alteram-se e em vez de chuva temos sol ou um céu limpo passa a nublado, etc. Em geral o tempo deixa-nos cumprir a nossa missão. Mas há exceções…

 

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Pois ontem propusemo-nos ir mais uma vez até ao Barroso, aquele que segundo alguns existe além do concelho de Boticas e Montalegre e embora as previsões do boletim meteorológico houvessem por lá uns chuviscos, acreditámos que iria ser coisa pouca, mas não foi, a chuva caiu a bom cair, principalmente quando entrávamos numa aldeia decididos a fotografar é que ela caía com mais força, parecia de propósito. Mesmo assim fizemos algumas imagens, bem molhadinhas. Como a coisa não estava para melhorar e as máquina fotográficas não gostam de chuva, decidimos acabar o nosso trabalho à hora de almoço.

 

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Pela tarde, o nosso itinerário de regresso a casa coincidia, em sentido contrário, com a volta a Portugal em bicicleta. Já que a manhã não tinha dado para as aldeias, pela tarde, com o céu a prometer abrir e parar com a chuva, decidimos esperar pelas bicicletas da volta e não dar o dia todo como perdido. E assim foi, em plena Nacional 103, junto à ponte sobre o Rio Beça, estacionámos para umas fotos às bicicletas.

 

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Como as bicicletas ainda andariam a rolar entre Chaves e Boticas, decidimos descer até ao rio Beça,  atravessando umas pequenas e verdejantes pastagens que se localizavam entre a ravina para a estrada, o Rio Beça e muros de pedra solta com alguns carvalhos e amieiros à mistura. Um lugar que respirava frescura com a agradável companhia do sussurro das águas do Beça em pequenas quedas entre pequenas rochas.

 

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Como o tempo era de espera deu para reparar nos pormenores da natureza, naqueles que não se veem num olhar distraído em que o verde das pastagens e do arvoredo ocupa todo o espaço. Na realidade há muitas mais cores para além do verde e muita vida que os olhares distraídos não conseguem captar. Com a máquina fotográfica em punho, dediquei-me à descoberta de alguns desses pormenores, e teria continuado com agrado se as sirenes da GNR na estrada e helicóptero no ar, não estivessem a anunciar que as bicicletas estavam próximas.

 

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Mesmo assim, só nuns minutos e dentro de numa pequena pastagem,  deu para registar cinco espécies deferentes de plantas com a sua respetiva flor, algumas mais volumosas como as dos cardos, outras assim-assim e outras minúsculas, com milímetros apenas que, para se fazerem ver se juntam às dezenas parecendo uma única flor. Tenho pena de não ser um especialista na matéria para vos poder dizer quais as espécies que por lá há, mas ficam as imagens.

 

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E no meio de tanta natureza viva também há alguma morta, principalmente junto ao Rio Beça. Árvores que talvez não tivessem resistido ao peso da neve, à força dos ventos ou das águas mais embravecidas do Beça, e que ali jazidas nos convidam a apreciar arte onde ela realmente e naturalmente existe, como na casca de um choupo-branco (Populus alba).

 

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Claro   que a delicadeza de uma borboleta atrai sempre uma objetiva, o que nem sempre é fácil captá-las. Em movimento nem pensar, paradas, nem sempre são visíveis, tal como esta que lá apanhei, imóvel, rente ao chão. Quase a trepá-la e não dava por ela de tão bem camuflada que estava, mas fez-me o favor de se manter de asas abertas e imóvel para a foto.

 

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Por último uma preciosidade de beleza e engenharia, parecendo quase impossível como finíssimos fios de seda podem com as enormes gotas de água, formando uma espécie de colar de pérolas com o seu brilho e transparência, e lá em cima, imóvel e de cor a confundir-se com a erva seca, a mestre aranha à espera de uma presa. Na foto parece enorme, mas na realidade este conjunto não tinha mais que 6 ou 7 centímetros de diâmetro.

 

Às vezes vale a pena perdermos o dia para ganharmos outro.

 

 

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