Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Ventuzelos
Ventuzelos - Chaves
Estava para começar por dizer que mais uma vez subimos à montanha à procura de alminhas, capelas e capelinhas, etc., mas em Chaves, basta sair da cidade e do vale para subirmos a uma montanha, pois estamos rodeados delas. Então para sermos mais precisos digamos antes que subimos a Serra do Brunheiro, mas só até ao Peto de Lagarelhos, a aí saímos da E314 e subimos mais um bocado em direção a Ventuzelos e Santa Bárbara, por esta ordem, e também ser por esta ordem que vão ficar as imagens das representações religiosas que hoje vamos deixar aqui, começando por um nicho recente que temos logo na entrada de Ventuzelos.
Depois entramos pela aldeia adentro até a sua capela, uma de duas que hoje vamos ter aqui, esta, uma pequena capela num plano elevado em relação à rua, mais precisamente a 11 degraus, que lhe dá uma ar mais altivo.
Como não encontrámos mais nada dentro da aldeia, o que não quer dizer que não haja, pois pode-nos ter escapado. Lembramos sempre isto porque esta ronda pelas nossas aldeias apenas foi feita no nosso arquivo de imagens, ou seja, até hoje nunca fomos a nenhuma das nossas aldeias com a intenção de fazer registos para esta rubrica, dai poder escapar-nos sempre qualquer coisa. Mas íamos dizendo que saímos da aldeia em direção ao monte de Santa Bárbara, onde existe uma capela, no entanto a meio do caminho, um pouco desviado do centro da aldeia e junto à estrada que nos leva até Vilas Boas, encontrámos um cruzeiro coberto, penso que do Senhor dos Milagres, mas também penso, a julgar pela sua base com pequeno nicho, que este cruzeiro nasceu a partir de umas antigas alminhas, mas isto só sou eu a supor. Uma coisa é certa e bem visível que este cruzeiro passou por várias fases até chegar àquilo que hoje é.
Um pouco à frente deste cruzeiro, a cerca de 60m, siga em frente deixando a estrada, tomando o caminho de terra batida até ao alto do monte de Santa Bárbara, a cerca de 600m, onde existe uma capela e uma espécie de santuário, que não são visíveis desde o caminho que sobe até ela, pois está encoberta por um grande rochedo e só nos apercebemos da capela quando chegamos lá, ou quase, pois há uma longa escadaria para subir até a alcançar.
Uma capela e lugar de culto, mas também um autêntico miradouro com vistas lançadas para a veiga de Chaves e parte do seu concelho, para os concelhos barrosões e de Vila Pouca de Aguiar. Foi talvez graças a estas vistas privilegiadas sobre terras mais baixas e montanhas mais distantes que, o General Silveira a as suas tropas fugiram, abandonando a cidade de Chaves e a população flaviense, aquando as tropas da segunda invasão francesa estavam às portas de Chaves. Uns anos mais tarde, 1823, este monte de Santa Bárbara serviu também de campo de batalha entre miguelistas e liberais.
Dizíamos atrás que a capela de Santa Bárbara só se avistava quando estávamos quando estávamos em frente a ela, e se isto é verdade para segue o caminho que lhe dá acesso, já não é verdade para quem está na outra face do monte de Santa Bárbara, pois daí a capela já mostra um ar da sua graça, embora misturada como os rochedos da sua envolvência, mas destaca-se deles pala brancura das suas paredes.
E para finalizar fica atrás o nosso mapa/inventário devidamente atualizado com mais duas capelas, um nicho, um cruzeiro coberto e um santuário.
Resto de um bom fim-de-semana.