Blog Chaves faz hoje 12 anos
Pois é, o tempo passa. Ainda parece que foi ontem que este blog apareceu na internet e já lá vão 12 anos que anda por aqui.
É tempo, como vem sendo habitual ao longo destes últimos 12 anos, de neste dia de aniversário do blog fazer um pequeno balanço do que por aqui se tem feito e os também habituais e merecidos agradecimentos a todos os que colaboram com o Blog Chaves, Olhares sobre a cidade.
Podemos começar pelos “olhares sobre a cidade” que no ano de 2016 alargou “oficialmente” com uma rubrica fixa aos domingos, os olhares à região que nos é mais próxima, com “O Barroso aqui tão perto” mas também com uma outra “A Galiza aqui ao lado”, esta ainda em fase de rubrica ocasional.
E este alargamento de olhares aos concelhos vizinhos não é inocente. Primeiro porque com alguns deles temos ligações muito fortes, quer familiares, quer de amizades mas também de interesses comuns. A cidade de Chaves mais que sede de concelho é também “sede” de uma região, infelizmente de uma região que não existe oficialmente nem administrativamente, embora exista uma coisa chamada CIM Alto Tâmega, que para além de ter sido inventada para garantir “tacho” aos ex-autarcas que por força da Lei foram obrigados a abandonar o poder, pouco mais se sabe daquilo que fazem e nem se dá pela sua existência. CIM Alto Tâmega onde estão presentes os Municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
Pois a região à qual me refiro nada tem a ver com a tal CIM, mesmo porque para além dos municípios que a integram, a meu ver, deveriam também constar o Município de Vinhais e os concelhos galegos da raia seca que confrontam com os concelhos de Montalegre, Chaves e Vinhais. Essa sim, para quem gosta de ir buscar as grandezas de há 500 anos para conforto do ego, tal como o Camões, Chaves teria de regresso a importância que teve num passado não muito distante, que para além da importante praça militar que foi, era a capital comercial, da saúde e da educação de toda essa região, com algumas exceções para os municípios galegos. Mas verdade seja, para além de Chaves ter a mania de copiar alguns dos eventos que os outros municípios ergueram com sucesso, pouco ou nada tem feito por manter a sua grandeza do passado, antes pelo contrário, tem perdido valências em tudo que é importante para uma cidade e a região que serve, principalmente ao nível da saúde, da educação e do grande comércio tradicional, aquele que estava ligado ao mundo rural, à agricultura, à floresta e à criação de gado, entre outros, ou seja, daquilo de que Chaves ao longo dos séculos da sua existência sempre dependeu. E fico-me por aqui e nem sequer quero abordar o que será o futuro de Chaves.
Quanto ao balanco do ano flaviense que passou, mesmo com muito ruído que ande à sua volta, penso que o mais importante que aconteceu, foi a abertura do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso. E ao respeito vem-me à lembrança o primeiro e último verso do primeiro poema da “Mensagem” , “O Infante”, de Fernando Pessoa, onde diz “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.// (…) // Senhor, falta cumprir-se Portugal!” Pois com o MACNA , que teve a felicidade de ter sido projetado por Siza Vieira, Deus ou outro poder também quis, o homem sonhou e a obra nasceu, agora há que cumprir o Museu de Arte Contemporânea… para não termos de, como Fernando Pessoa, ter de dizer “falta cumprir-se”.
Agora o merecido agradecimento a todos os que colaboram direta ou indiretamente com este blog, sem os quais não seria possível chegar aos 12 anos de existência. Agradecimento que vai além dos atuais colaboradores, pois é extensível a todos os colaboradores que desde o inicio do blog deram o seu contributo com as suas rubricas e também àqueles que por fortes razões meteram férias sabáticas e que quando menos esperarmos estarão aí de novo. Ao todo, segundo as minhas contas, o blog conta já com 26 os colaboradores, contando com os 14 que estão no ativo com as suas colaborações. Um muito OBRIGADO a todos, e repito, sem os quais este blog não teria chegado até aqui.
A respeito de colaborações, escusado será dizer, que o blog continua aberto a todos que com ele queiram colaborar.
E já que agradeci aos que estão deste lado, há também um agradecimento especial aos que estais ai a ver e ler o que por aqui se faz. Aliás este blog só existe porque vós existis. Claro que há um agradecimento ainda mais especial para os que estão desse lado e que vai para todos os que acompanham e são fiéis a este blog desde o início da sua existência e aos que ousam deixar aqui o seu comentário, que é sempre importante para nós e para o rumo do blog. Gostava-mos de ter mais comentários, mas já estamos habituados.
Agrada-nos também saber que ao longo destes anos o Blog tem servido como ponto de encontro e reencontro, principalmente dos “netos” que através desta casa têm encontrado, reencontrado e até descoberto familiares que não sabiam existir. Tal como nos agrada saber que os nossos post levam recordações a muita gente e provocam curiosidades sobre nós, flavienses e transmontanos. Coisas, despertares, curiosidades e sentimentos que não são visíveis no blog mas que, com frequência, nos são manifestadas por mail e que a todos tentamos dar ser resposta, mas o mais gratificante é saber que este blog provocou a vinda a Chaves e à região de muita gente. Também não deixa de ser gratificante saber que já passámos a barreira dos dois milhões e quinhentas mil visitas e que estamos a caminho dos 3.000.000 de visitas.
E que mais dizer!? Pois não sei. Quanto ao futuro, vamos continuar por aqui. Para já com as rubricas habituais e todas as semanas com as imagens de Chaves e do Barroso de Montalegre. De vez em quando com imagens de a Galiza aqui ao lado e de outros locais. Para o futuro, se tivermos tempo e condições, tal como estamos a fazer com o Barroso de Montalegre, passaremos aos tais outros vizinhos a que me referia no início do blog.
E fico-me por aqui. Quanto às imagens de hoje, como já vem sendo habitual, são algumas de uma seleção aleatória das imagens que mais gostei de publicar.
Fernando DC Ribeiro
PS - A habitual rubrica das segundas- feiras "Quem conta um ponto..." de João Madureira será publicado às 13 horas, e, ainda hoje, teremos também uma crónica "Ocasional" de Luís Henrique Fernandes, esta programada para as 19 horas.