Boa Páscoa
Estive a rever um pouco do que tenho publicado no blog nestes domingos de Páscoa e a imagem sobre a qual recai a minha escolha segue sempre o mesmo padrão, o mesmo colorido ou falta dele, pois acaba por ser sempre uma imagem taciturna com o símbolo da cruz a marcar um forte presença. Refletindo também um pouco sobre este estado de espírito que me leva a isso, regresso forçosamente ao passado, ao tempo de criança em que a igreja se impunha pela força/poder que tinha na/sobre a sociedade de então, muito alinhada com o poder político, como se dele fizesse parte. Hoje vendo essa situação à distância e a frio, mais que o respeito quase divino de então pela igreja havia o medo de um castigo, também ele divino, pelo não cumprimento das regras da igreja ou por um pensar de discordância, já nem digo falar, sobre essa tal força/poder que a igreja tinha. Felizmente que a Igreja Católica ao longo dos anos da nossa democracia também ela se foi democratizando um pouco no seu pensamento e adaptando à sociedade atual. Bem, mas isto é um assunto que merecia um apontamento muito mais completo e uma discussão mais aprofundada que não combina muito bem com a brevidade de um post num blog, mesmo porque podemos ser mal interpretados naquilo que queremos dizer ou ser traídos pelas nossas palavras e se puxei aqui este assunto, foi apenas e só para justificar as imagens taciturnas que trago aqui pela Páscoa, talvez um “trauma” de infância em que a penitência e tristeza pela morte de Cristo tinha mais força que a alegria da Sua Ressureição.
Boa Páscoa!