Cidade de Chaves, uma imagem e algo mais...
Já farto do Inverno, fui à procura de uma imagem com sol, cor e vida. Encontrei esta que vos deixo. Não sei como cada um de vós, que estais para além deste ecrã que tenho à frente, vê e lê estas imagens. Da minha parte, quando seleciono uma foto para trazer aqui, há um clique inicial que me incentiva à escolha, só depois passo aos retoques, e enquanto os faço, vou vendo a imagem, alguns pormenores que à primeira vista nos escapam, e só depois passo à sua leitura, ou seja, aparentemente entro em modo de pasmaceira a olhar para ela em silêncio, mas a cabecinha não para de reflexionar sobre o que os olhos vão vendo. Na imagem de hoje, por exemplo, a reflexão caiu sobre em como o edifício dos antigos Bombeiros se transformaram em Biblioteca Municipal e sobre o Forte de São Francisco, como de uma unidade militar passou ao ensino, depois ao abandono, depois à sua ocupação por desalojados e finalmente a sua recuperação para uma unidade hoteleira, e chego à conclusão que em ambos os casos, a reciclagem foi feliz, exemplar até. Mas a minha cabecinha e reflexão acabou por aproveitar o portão do Liceu aberto, para entrar nele e perder-se nas salas e corredores, tal como quando andei nele perdido quando o frequentei, com um sistema de ensino que valoriza o marranço e decoranço, sem deles tirar grandes ensinamentos, mas que dão médias altas para poder ingressar no ensino superior, num curso em que, na maioria das vezes, os jovens desconhecem, não gostam e nem têm vocação para ele. Enquanto, no entretanto, na mesma escola, alunos menos dedicados ao marranço e decoranço, que também se dedicam a outras atividades extracurriculares, são desvalorizados e penalizados por essas ações e eventos em que participam e organizam, quer na escola quer na sociedade, onde aprendem informalmente a desenrascar-se, a ganhar outras competências e a levar a bom porto as suas tarefas e objetivos, acabando muitas das vezes marginalizados e mesmo rejeitados pelo ensino formal e professores formais, sendo, em casos extremos, dados como “casos perdidos”. Claro que não há regra sem exceção, e também há bons professores, poucos, que além de ensinarem, partilham conhecimentos e despertam, valorizam e incentivam os alunos a explorar as suas aptidões, conciliando-as com o ensino formal, abrindo-lhes outos horizontes e caminhos e percorrer. Mas claro que nestas coisas da escola, atualmente, o sistema e a maioria dos paizinhos, cada vez mais incutem nos filhos o espirito da concorrência e do egoísmo, para os filhos atingirem um futuro pensado por eles (pais), que dê dinheiro e posição, pouco interessando a vocação e a felicidade de uma vida, e já nem quero falar em profissionalismo ou falta dele que hão de ter. E fico-me por aqui. Até amanhã!