Crónicas de assim dizer
Acto de contrição
Não sabíamos que o tempo era limitado
Tínhamos a eternidade por certa
Numa convicção interior
Desde a infância
Do tempo das cegonhas
Acreditávamos no que nos parecia lógico
Óbvio
Com bom senso
Até descobrir que o contrário é que era verdadeiro
Agora sem chão imploramos aos céus
Por uma remissão sem pecado
Desadequada nos tempos que correm
Onde até Deus se cansou de nós
É o vazio
Meu Deus
Porque não sois sempre bom
Quando dentro dos Homens
De má vontade?
Tenho muita pena…
Cristina Pizarro