De regresso à cidade, depois de uma procissão e um jogo da bola com os americanos
Na minha habitual visita dominical de fim de tarde à cidade deparei-me com um movimento estranho ali para os lados da Madalena e Jardim Público. Para uma cidade onde aos Domingos geralmente nada acontece, ali havia coisa… e havia sim senhor – uma missa campal a celebrar o Corpo de Deus, que manda a tradição religiosa ser feriado nacional na quinta-feira a seguir ao Domingo da Pentecostes, 60 dias após a páscoa, mas que os hereges dos nossos governantes disseram que não senhor, que este povo o que tem é de trabalhar, mesmo em dia santo, que esta coisa das tradições não dá dinheiro para os gajos que lhes garantem o poleiro. Mas se a Igreja amouxou e disse que sim senhor, quem sou eu para vir para aqui com este paleio, ainda para mais, que embora católico com catequese, comunhões e crisma (com chapada do bispo e tudo), não sou lá muito de ir à missa e muito menos ajoelhar ao passar da procissão, mas gosto de as ver passar e até com todo o respeito, nem que seja pelo respeito àqueles que têm mesmo respeito a sério e fé, que não há coisa mais bonita que isso – acreditar em qualquer coisa…
Pois já que lá estava aproveitei para fazer alguns registos fotográficos que a dado tempo me dei conta de repetidamente serem iguais aos dos anos anteriores, quando neste dia da procissão sou sempre surpreendido com ela, mas já que lá estava… e claro, neste dia, também não sei porque, repetidamente tomo uma foto à ponte romana, mais ou menos do mesmo local, mas aqui, de ano para ano, sou surpreendido com diversas condições meteorológicas, queria eu dizer diferentes , o que fazem com que o boneco também seja ligeiramente diferente e às vezes com algum interesse acrescentado. E prontos (sei que há muitos que se irritam com o prontos, mas eu gosto), é assim que regresso de novo à cidade e já a saber que Portugal, depois de terem levado no corpo dos alemães, agora com os americanos já reservou o bilhete de regresso à terrinha, pois só um milagre os salvará, mas com os hereges de Lisboa a tirar a santidade aos dias santos, duvido que haja milagre. E com esta me vou!