De regresso à cidade... e às aulas
Pela Rua do Poço
Hoje o nosso regresso à cidade é feito pela rua do Poço, um topónimo antigo “desde os tempos imemoriais” segundo Firmino Aires da “Toponímia Flaviense” e que se mantém, mesmo não se sabendo se realmente existiu por lá algum poço, pois a única coisa que existe sobre a sua existência, ainda segundo Firmino Aires é um documento oral que chegou até nós pela “tradição popular”, mas em nada contesto o que quer que seja ao respeito deste topónimo, aliás sempre conheci esta rua por esse nome e até gosto, para além de permitir aos historiadores locais os arbítrios do costume.
Hoje é uma rua essencialmente destinada a habitação, exceção para o Quim Sapateiro que tem lá a sua oficina, mas foi nesta rua que nasceu o Liceu de Chaves, inaugurado a 5 de outubro de 1903 e ocupava dois edifícios, um em cada lado da rua, mas ligado por um passadiço superior que, infelizmente, não chegou até aos nossos dias, e o infelizmente é apenas, e só, porque sempre os achei interessantes como uma solução arquitetónica de unir construções. Infelizmente também se perdeu o único que eu conheci ma cidade, mais precisamente na Madalena que unia a antiga capela de Santa Maria Madalena ao edifício adossado à ponte romana e confrontante com o rio, mas este da Madalena, ao contrário do da Rua do Poço, não era coberto. De ambos, hoje, apenas existem fotografias.