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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

26
Mar20

Flavienses por outras terras

HERCULANO POMBO


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Herculano Pombo

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até Sintra, nos arredores de Lisboa.

 

É lá que vamos encontrar o Herculano Pombo, um natural de Torres Novas que adotou Chaves como a sua cidade.

 

Cabeçalho - Herculano Pombo - 1024 x 380.jpg

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei o Liceu Fernão de Magalhães e a Escola do Magistério Primário.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Vivi em Torres Novas até aos dez anos e depois fui estudar para Santarém até aos quinze.

 

Cheguei a Chaves, a nova residência da família, no início da Primavera de 1969, viajando no “Texas” e deslumbrado pela primeira nevada da minha vida, mas continuei a estudar em Santarém, de onde só regressava nas férias.

 

Em 1970 mudei para o Liceu Fernão de Magalhães, onde concluí o antigo sétimo ano, em 1972.

 

Viajei depois para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, um curso que não concluí.

 

Em 1975 ingressei no Magistério Primário de Chaves. Mais tarde, fiz a licenciatura no ISCE, em Lisboa, e o Mestrado e Doutoramento em Didática, na Universidade de Sevilha.

 

Fui deputado na Assembleia da República, entre 1987 e 1991, regressando à casa de Chaves aos fins de semana. Depois, fui vereador e Vice-Presidente da Câmara de Sintra, de 1994 a 2001, vila onde passei a viver desde então.

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Os banhos na Galinheira e no Açude, os namoros no Tabulado e no Jardim Público, as tertúlias peripatéticas no Largo das Freiras.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Os verdadeiros valores identitários de Chaves estão ainda por revelar, resgatar ou afirmar, como as ligações de Camões à terra das suas origens, ou a origem e evolução do nome da cidade e as distintas culturas que a foram moldando, o seu património arqueológico diverso, onde há-de avultar futuramente o balneário romano que já lhe deveria justificar a importância universal; as autênticas e diferenciadoras valias gastronómicas, como o caldo de chicharros ou os cabaçotes com carne, que estão ofuscados pelos clichés do presunto que já não há - em quantos povos madrugam ainda as mulheres para cozerem o pote das viandas com que cebar a preceito os recos, com vossa licença?; ou os banalizados pastéis de carne, embora os da Maria sejam ainda capazes de avivar a memória dos originais; ou as deprimentes e vulgarizadas feiras de fumeiro, onde a desvergonha chega a exibir sacrilégios, como a alheira de bacalhau, a linguiça vegan e outras desrespeitosas modernices...

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Muitas saudades, mas vou-as matando... Dos amigos, das geadas e carambinas, das águas limpas dos rios e das trutas, das únicas batatas que consigo comer com gosto...

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Cinco a seis vezes por ano. Nos Santos, para lembrar os que morreram e para abraçar os que, como eu, ainda fazem vida por outras terras e sempre cá voltam para darem de beber às raízes, com uma indisfarçável motivação relacional; na primavera, para tentar caçar umas trutas; nas férias de cada Agosto, como todos os que migrámos; ou quando me convidam para eventos de cultura local, e, mais recentemente, para voltar a dar aulas no Centro Internacional de Ensino e Investigação Fernão de Magalhães,... mas sempre, sempre, a alimentar a ilusão do regresso definitivo.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Chaves tem um potencial de desenvolvimento único, com recursos naturais diferenciadores, com uma localização estratégica, servida por uma rede viária suficiente e, sendo que já foi a mais movimentada e desenvolvida cidade de Trás os Montes, dela se espera que volte a afirmar as suas mais-valias para tornar a ser “bom lugar de viver”. Como sempre, vai depender da visão e arrojo das pessoas que têm responsabilidades de decisão.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Não conheço Flaviense, ainda que adotivo, que não acalente esse sonho!

 

Mapa - 1024 x 510 (16).png

 

O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

Rostos até Herculano Pombo.jpg

 

 

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