Flavienses por outras terras - Augusto Fernandes
Augusto Fernandes
Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até aos arredores de Lisboa.
Em Agualva – Cacém vamos encontrar o Augusto Fernandes.
Onde nasceu, concretamente?
Nasci na Rua Verde. Residi até aos 4 anos no Bairro Operário e depois, até vir para Lisboa, residi no Beco do Trem, junto à atual esquadra da PSP.
Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?
Fiz a 1ª e 2ª classe na Escola da Lapa e a 3ª e 4ª classe na Escola da Estação, devido ao facto da Escola da Lapa ter encerrado para dar lugar ao Magistério Primário. Fiz o 5º e 6º ano nas instalações do Forte de São Francisco, o 7º ano no Liceu Fernão de Magalhães e do 8º ao 10º frequentei a Escola Secundária Dr. Júlio Martins.
Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?
A minha saída começou em 1985/87 para cumprir o serviço militar na Marinha de Guerra Portuguesa. Depois, e de forma definitiva, em Novembro de 1987, saí para Lisboa para ingressar na PSP, onde permaneço até à presente data.
Em que locais já viveu ou trabalhou?
Desde que vim viver para Lisboa sempre residi em Agualva-Cacém. Em relação aos locais de trabalho, apesar de ter estado em vários serviços foi sempre em Lisboa que trabalhei.
Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:
Para além das brincadeiras daquela época e das "futeboladas" com os amigos, recordo com saudade a cidade e as pessoas que ali habitavam.
Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:
Irem a Chaves sem grandes pressas, ficarem pelo menos 2 ou 3 dias (é o tempo que eu aconselho a todos os meus amigos que lá vão de visita) para poderem apreciar com calma e tranquilidade todos os monumentos históricos que a cidade tem. Deliciarem-se com a rica e variada gastronomia que se pode encontrar em Chaves e arredores.
Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?
Saudades da minha juventude que passei naquela linda cidade, saudades dos bailaricos aos Domingos, saudades da chegada dos emigrantes em Agosto, saudades dos arraiais das aldeias vizinhas.
Com que frequência regressa a Chaves?
É inevitável dizer que desde que a A24 começou a ter portagens passei a ir com menos frequência do que aquela a que estava habituado a ir. Tento sempre ir a Chaves na Páscoa e na Feira dos Santos.
O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?
Gostava de voltar a encontrar o antigo Jardim das Freiras.
Gostava de ver o comércio local da Rua Direita repleto de lojas abertas e cheias de gente.
Gostava de ver o Açude de Vila Verde da Raia a funcionar como uma verdadeira praia fluvial, tal e qual como tantas outras que se veem pelo país fora.
Gostava de ver o Rio Tâmega limpo e cuidado.
Gostaria de voltar para Chaves para viver?
Por aquilo que vai no meu coração diria redondamente que sim, mas a minha vida profissional, a da minha esposa e a vida familiar não me permitem dizê-lo com tanta clareza.
A família começou a aumentar em Lisboa com o nascimento de duas netas.
O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.
Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.