O Arrabalde "pasmado" no Centro da Cidade
Cidade de Chaves
Toponimicamente falando bem podemos dizer que a cidade de Chaves é a cidade das contradições, e desde já se diga que nada tenho contra isso, pelo menos na toponímia vamos fazendo e preservando alguma história da cidade que bem poderá despertar a curiosidade de, pelo menos, saber ou querer saber o porquê destas contradições toponímicas que vão buscar ao passado os nomes dos nossos principais largos e até algumas ruas e avenidas, começando por este largo do Arrabalde que fica e sempre ficou no centro da cidade, hoje de uma cidade sem centro, como quem diz, sem ponto de encontro do pessoal da cidade, como durante longos anos o foi a Jardim das Freiras, que perdeu o jardim mas manteve as freiras que por sinal já há muito que não param por lá, nem sequer são da lembrança de ninguém que ainda esteja vivo. Tal como o jardim do bacalhau sem bacalhau, ou ainda, na memória ainda de muitos, a rua da cadeia e do correio velho, sem cadeia nem correios, entre outros exemplos. O facto é que a cidade cresceu, dispersou-se, perdeu o seu centro, apenas, alguns “velhos do restelo”, cada vez mais raros e que já nem servem para amostra, teimam em poisar, ou melhor, a rondar por breves momentos a frente do Sport. Para os mais atentos, este largo que hoje fica na imagem, ao perder o seu quiosque, também perdeu um poiso icástico dos famosos “pasmados” do Arrabalde. Hoje parece outro, agora sem pasmados o largo é que ficou pasmado à espera que alguma coisa aconteça, já nem o Cabanelas vejo por lá.