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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

27
Jan19

O Barroso aqui tão perto - Montalegre e a Feira do Fumeiro


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Vamos lá até ao Barroso aqui tão perto, num dos dias em que todos os caminhos vão dar a Montalegre, desta vez para a Feira do Fumeiro, a 27ª edição. Assim sendo, hoje não há aldeias, pois também elas estão em Montalegre, e também não há itinerários recomendados, pois qualquer um serve desde que se chegue até à Vila de Montalegre e à feira do fumeiro.

 

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Embora o nosso destino seja a feira, há tempo ainda para umas recomendações, pois a feira hoje no seu 4º dia, abrirá as portas pelas 10h da manhã e só encerrará às 20h. Há, portanto, muito tempo para feirar e para muito mais. Assim não vale a pena irmos cegos pela feira e até à feira, quero eu dizer, que pelo caminho também podemos ir em maré de apreciação, se lhes apetecer, têm tempo para passar e até parar algumas aldeias que nos vão ficar pelo caminho. Digo passar pelas aldeias, pois se formos simplesmente pela estrada que dá acesso a Montalegre, e suponho que desta vez todos irão via São Caetano, a estrada passa ao lado das aldeias. Se as quiser visitar, terá mesmo de sair da estrada principal, depois é só passar e parar se assim o entenderem, sem ser necessário voltar para trás, pois todas elas têm entrada e saída para a estrada principal.

 

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Chegados a Montalegre há também algumas visitas obrigatórias, que tanto poderão ser feitas de manhã como de tarde. Claro que o castelo é uma dessas visitas obrigatórias e a caminho dele o Espaço Padre Fontes do Eco-Museu do Barroso. Castelo que na sua intimidade tem uma leitura, mas à distância tem outro encanto, nem melhor nem pior, simplesmente diferente. Um dos pontos de apreciação obrigatória é logo imediatamente antes de entrarmos em Montalegre, após passarmos Meixedo. Vale a pena parar para uma foto, que esteja sol ou chuva, com neve ou sem ela, pois, a não ser que esteja nevoeiro cerrado, dá sempre uma boa foto. Tal como desde o miradouro da Corujeira, se não souber onde é, pergunte, pois também é um dos locais de visita obrigatória e desde onde se podem lançar olhares para muito mais além de Montalegre.

 

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Com isto tudo já devemos estar na hora do almoço, onde neste dia é obrigatório comer o cozido à barrosã, que até poderá ser parecido ao cozido à portuguesa, mas que fica a léguas de distância. E perguntarão em que é o cozido à barrosã é diferente do cozido à portuguesa? - Pois em nada, mas em tudo. Começando pela qualidade do fumeiro, das batatas e das couves, e porque não, da água que vai cozer tudo. É que há fumeiro e fumeiro, batatas e batatas, e couve e couves. E no Barroso não se brinca com os sabores, têm de ser genuínos, com batata barrosã, couve barrosã e fumeiro barrosão. E nisto do fumeiro, quem é apreciador, sabe que de terra para terra (local para local ou região para região) o fumeiro é diferente, é assim um bocado como o vinho, é todo bom, mas diferente. Por falar em vinho, o Barroso não produz vinho, mas nos restaurantes e nas casas dos barrosões, em geral, bebe-se do melhor vinho que vai à mesa. Eles sabem sempre onde há para se abastecerem.

 

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Mas mesmo sendo parecido, o fumeiro é sempre diferente e de terra para terra os gostos também diferem. Claro que os produtos alimentares de cada região vão fazendo parte da nossa dieta alimentar desde que nascemos, pois começámo-los logo a comer, ou melhor, a mamá-los da teta das nossas mães. Eles irão ser responsáveis pelos nossos sabores e gostos.

 

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Pessoalmente, na minha dieta, sempre esteve o fumeiro de Chaves e o do Barroso, ambos de excelência, mas com pormenores que faziam toda a diferença e que só mais tarde comecei a entender. Um deles, são por exemplo as filhoses de sangue, que no Barroso fazem a delícia dos pequenos almoços e vão enganando o estomago durante todo o dia, e que em Chaves não se fazem e, a grande maioria do pessoal, nem sequer sabem que existem ou como são. Sorte a minha, que com mãe de Montalegre, pai de Vila Pouca e descobertos os sabores de Chaves, lá em casa fazia-se uma mistura de fumeiro com os sabores que mais gostávamos, onde as filhoses de sangue nunca faltavam. Quanto à batata e a couve, nestas três regiões aqui faladas (Barroso, Chaves e Vila Pouca) são de qualidade, e são estes produtos, em geral, que também fazem a diferença à mesa.

 

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Há ainda outras iguarias que fazem a diferença nestas coisas do fumeiro da região, algumas delas ligadas e nascidas nas necessidades das barriguinhas de tempos felizmente passados, em que era preciso inventar um pouco para levar comida com sabor à mesa, com o pouco que havia para comer. Hoje, algumas delas,  são consideradas iguarias, como por exemplo os milhos, mas outros há, que ainda hoje fazem parte da dieta, sabores e gostos de alguns, que ainda não chegaram às mesas dos restaurantes…  

 

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E ficamos por aqui, já com água na boca. Fica também o destaque do programa da feira para hoje, pois a qualquer hora, estando cá na terrinha ou na proximidade do Barroso, ainda lá podem dar um pulo.

 

 

 

 

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