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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

13
Mar16

O Barroso aqui tão perto... Vilar de Perdizes/Padre Fontes


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Cá estamos de novo no Barroso de Montalegre. No último fim de semana não passámos de Meixide que, para quem vai de Chaves, é a primeira aldeia do Concelho de Montalegre, logo a seguir a Soutelinho da Raia. Aliás Soutelinho é a aldeia mais próxima de Meixide e esta, a mais próxima de Soutelinho da Raia. Apenas uma curiosidade.

Vamos então deixar para trás Meixide com a promessa de lá voltarmos, tudo porque apenas tenho imagens desta aldeia com neve, junto à estrada, pois como o nosso destino geralmente é sempre mais além e os nossos regressos são sempre tardios, a aldeia tem-se esquivado à nossa objetiva, mas num destes dias não escapa, a paragem está prometida.

 

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Logo a seguir a Meixide temos de tomar a nossa primeira grande decisão, pois a estrada divide-se em duas opções para chegar a Montalegre, quer via Pedrário, quer via Vilar de Perdizes, vamos lá dar. Há muito que a minha opção é via Vilar de Perdizes para fazer o regresso via Pedrário. Assim, hoje, também é por Vilar de Perdizes que vamos e por lá ficaremos, aliás muitas das vezes é mesmo o nosso destino.

 

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Se o Barroso fosse um colar de pérolas, Vilar de Perdizes seria uma pérola desse colar. Razões, muitas, desde as ligadas à história, à arqueologia, à raia, às lendas, mas sobretudo e para mim com mais valia, a comunidade em si composta pela aldeia (casario) e as pessoas que a habitam, em suma, o povo/povoação.

 

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Padre Lourenço Fontes no alto da Serra do Larouco acompanhando Professores da UTAD e Animadores Socioculturais

 

Voltando outra vez ao Barroso colar de pérolas e a Vilar de Perdizes ser uma das suas pérolas, todos os colares têm uma pérola principal, a maior, mais vistosa, a que ocupa o centro do colar e, também para mim, essa pérola principal está, ou vive, em Vilar de Perdizes e dá pelo nome de Padre Lourenço Fontes. Tanto assim é que me atrevo a dizer, sem qualquer pudor, que o Barroso tem duas épocas, a APF e a DPF em que a primeira é Antes do Padre Fontes e a segunda, Depois do Padre Fontes. Padre, Etnólogo, antropólogo, historiador, guia turístico, é de tudo um pouco, mas sobretudo é um grande Animador Sociocultural que abanou o Barroso e o despertou para constar no mapa de Portugal com letras grandes. No fundo e na realidade, despindo-o de todos esses rótulos, o seu segredo está em ser um Homem simples, do povo, que o ama e tem orgulho nele, que ama o berço e o enaltece partilhando com todos, a sua história, os usos e costumes, saberes e sabores de um povo, mas também as crenças e mezinhas que curavam todos os males de uma terra que sempre foi agreste e difícil de viver, terra fria onde o frio além de congelar, doía.

 

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Padre Lourenço Fontes no miradouro da Corujeira em Montalegre acompanhando Fotógrafos da Associação Lumbudus

 

Curiosamente vamos associando o Padre Lourenço Fontes como um Barrosão de Vilar de Perdizes quando na realidade ele é natural de Cambezes do Rio. Melhor, penso eu, será dizer que ele é filho e natural do Barroso. Para a história, além de uma basta obra publicada ficará o Padre que afrontou a Igreja com os “Congressos de Medicina Popular” e o Padre das “Noites das Bruxas” que desde 2002 acontecem em Montalegre em todas as sextas-feiras 13 e o Ecomuseu de Barroso que o Município de Montalegre atribuiu o nome de Espaço Padre Fontes, como um espaço de memória do Barroso. Para quem o conhece, é um Homem simples, divertido, amigo e sempre pronto para enaltecer e dar a conhecer o Barroso.

 

 

 

3 comentários

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    Fer.Ribeiro

    16.03.16

    Caro João André, desde já obrigado pelo seu comentário onde tem quase razão, ou teria razão se esta rubrica do "Barroso aqui tão perto" não fosse de encontro àquilo que o Sr. diz, pois nesta segunda fase da rubrica eu disse que iria iniciar esta viajem pelo Barroso a partir de Chaves, levando tudo a eito, ou seja começando por Meixide, a primeira aldeia, passando depois a Vilar de Perdizes, a segundo aldeia e assim sucessivamente até chegarmos a Montalegre, depois de lá estarmos logo se verá que direção tomaremos tendo em conta que também iremos por terras de Boticas, também do Barroso. Vamos pela certa ter muitos domingos dedicados ao Barroso, pois ainda estamos a começar com regularidade de vir aqui todos os domingos, pois já há anos que, ocasionalmente, vamos trazendo aqui o Barroso.
  • Sem imagem de perfil

    João Andre

    16.03.16

    Caro Fernando Ribeiro,obrigado pela resposta.Sabe eu sou natural de Solveira,tenho casa em Chaves onde vivo há mais de 30 anos no verão,porque verdadeiramente vivo em Franca.Mas o que me causa tristeza e que não haja ninguém em Chaves,porque em Chaves há muita gente natural de Solveira,que puxe um pouco a brasa a nossa sardinha.Sempre ouvi dizer que não formos nós a puxar essa braza,ninguém o vai fazer por nós.O que eu não gosto mesmo nada e que só se fale da minha aldeia por maus motivos.Uma vez mais agradeço e mesmo estando longe venho sempre dar uma espreitadela ao blogue.Obrigado.
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