Ocasionais
“Ir prò galheiro!”
Não temos Ministério da Saúde; temos ministério do Covid!
Não temos Ministra da Saúde; temos Ministra do Covid!
Não temos Secretário de Estado da Saúde; temos Secretário de Estado do Covid!
Não temos Directora-Geral de Saúde: temos Directora-Geral do Covid!
Portugal é um País salutar; cheiinho de gente com saúde para dar e vender: a excepção do surto de Covid até tem piada e mete graça!
Os velhos, asilados, exilados, confinados, esquecidos, ignorados, desprotegidos, afinal a «peste grisalha» tão desdenhada e odiada por um reles escaravelho da política portuguesa são realmente mercadoria NÃO-RENTÁVEL!
“Ainda bem que estão a cair como tordos” - estará a rir de gozo o tal que profetizava, em voz alta, a eliminação da velhada, enquanto os contabilistas do Governo esfregam as mãos de contentes pelo oportuna poupança nas despesas com a doença e a enfermidade da dita «peste grisalha» a “ír pró galheiro”!
CÁ, neste Portugal traído, continua-se a considerar um Orçamento para a SAÚDE como uma DESPESA em vez de um INVESTIMENTO!
Indignei-me quando ouvi os nossos governantes, armados em valentes, inchar o peito e falar de «guerra» e de «bazucas», diante da expansão do vírus chinoca!
Os sírios, os curdos, os norte-moçambicanos, entre outros, se, por acaso, viram algum dos canais de Televisão tugaleses, decerto que assinaram um cessar-fogo, tal o espanto pela notícia de haver «guerra» num tal «jardim da Europa»: todos queriam ver, afinal, como seria uma verdadeira e real guerra pós-moderna!!!
Cheios de garganta, com o quartel-general a «dar palpites» a toda a hora nos palanques televisivos, os guerreiros e os guerrilheiros de todo o mundo pasmavam como é que as forças armadas mobilizadas para a «guerra» declarada pelo Governo «tuga» combatiam com armas, munições e equipamentos fora de «stock», e viam os milhões de €uros a voarem à força dos ventiladores chineses!
Com munições sem pólvora, as secções e os pelotões da linha da frente, mesmo sem municiadores, lá foram fazendo frente, e sem descanso, ao avanço do “vírus XI JINPING”.
Entretanto, o Governo «tuga» arranja uns milhões para banqueiros, mas nem um «chavo» para os cientistas portugueses ajeitarem uma vacina para meter a «maleita chinesa» na ordem!
E, perante este acto de desdém, bem me lembro da verdade e da realidade de «chegou-se aqui por irresponsabilidade criminosa das autoridades chinesas e por generalizada negligência política dos dirigentes políticos», dito e escrito por Manuel Maria Carrilho, no seu “Pensar o Mundo”!
Bem pensado e melhor dito!
Regime de excepção e de contingência; tiques de autoritarismo por parte de autarcas (nenhum quer ser menos autoritário que outro!), intrusão na vida pessoal, privada e íntima, vigiando os cidadãos com aplicações e uso de tecnologia digital, e, habilidosamente, as novas normas de conduta social encaixotam a população na doutrina totalitária e social-fascista do «homem novo»!
Fica o recado de Albert Camus: “O único meio de combater a praga é a honestidade.”
M., vinte de Julho de 2020
Luís Henrique Fernandes, da Granginha