Pecados e picardias
Sentada nas ruas da amargura
Sem tempo ainda no rosto
A mulher padecia a loucura
De quem se perdeu no sol posto
O homem olhava com pena…
Onde se teria urdido?
Decerto não nessa verbena,
Onde já lhe tinha sorrido.
Deixou-a ser deixou-a estar
Deu-lhe as costas a saudade
No banco de pedra a chorar
A morte, e a liberdade
Sem dó, nada, nem piedade
O vento a puxar-lhe o cabelo
Escreveu na terra a maldade
Um guiço a lápis com zelo
Puxou pro lado as melenas,
Queria ver, o que escrevia
Só, só uma palavra apenas
A que a mãe lhe pedia…
Bênção,
dê-me a sua bênção…
Isabel seixas