Pecados e picardias

A taverna
A taverna silenciosa
Ávida pela noite
Que descanse cautelosa
Ensombrada pernoite
Ingenuidade pecaminosa
Que magnetismo irradia
Que química desafia
Interacção contundente
Influência na vida de gente
Compulsão vadia errante
O misto aliciante marginal
Decadente na noite
De manhã expurga o mal
Expia com cefaleia matinal
Pecados do anoitecer trivial
Alheada dos fluidos
Que entranha no seu corpo
Etéreos gemidos
Vendidos transfundidos a copo
Insólitos comprimidos
Analgésicos acessíveis ao povo
Um poder num mausoléu oco
Ainda há quem a subestima
Ah! Que vulgar heresia
A taverna Ela a que prima
Capturar toda a primazia
De toda a emoção, da que rima
Do Teatral em demasia
Da sua expressiva auto estima
Merece um repouso peculiar
O da maratona do descansar
Poucas horas para recuperar
O encanto do desencantar
Mágoas resilientes limpar
Adormece no ombro da madrugada
Escondendo uma face extenuada
Disfarçada de indiferença no nada
Alvorece do crepúsculo da noitada
Rejuvenescida acorda revigorada
Isabel Seixas


