Pedra de Toque
GOSTO MUITO DE ABRIR PORTAS
GOSTO MUITO DE ABRIR PORTAS
Portas para a rua, que me levam à sociedade onde me insiro, que me conduzem ao mundo, que me aproximam dos amigos e me deixam na cidade que eu amo.
Nesta, as esquinas, os becos, as ruas e as ruelas, são-me familiares e estão intimamente ligadas às minhas memórias que estão vivas e são muitas.
Apesar dos contratempos, das maleitas espectáveis que vão aparecendo, da pandemia que nos bateu à porta e que nos vai alterar a forma de pensar o mundo, vale sempre a pena viver.
Nada vai ser igual dizem os experts em todos os Continentes, apesar do desconhecimento que todos têm sobre o futuro que aí vem.
Temos de ter a capacidade para reinventar.
E não podemos permitir que a pandemia que nos angustia e amedronta, esconda o verde e a água que estão nos montes e nos prados e as flores com que a primavera todos os anos nos brinda.
E claro que também não belisque o amor que brilho nos olhos dos amantes e em todos os braços abertos aos abraços.
E nas bocas sequiosas terá de continuar a nascer a seiva do amor.
A história sempre nos apontou a arte, a poesia, a beleza e o amor como o caminho, o reduto, o baluarte, o refúgio para combatermos com êxito por um mundo melhor.
E temos sido capazes.
Com muita esperança não podemos desistir.
António Roque