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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

23
Set18

Pergaminho dobrado em dois


pergaminho

 

Fui muito feliz em Chaves, tal como fui no Porto ou em Lisboa. Mas está na hora de partir.

 

Depois de ter nascido no Porto e por lá ter vivido onze anos, depois de uma passagem por Lisboa de sete anos, seguido de quatro anos por Chaves, soma-se agora, com grande entusiasmo a quarta cidade – Vila Real. E eu acredito que muitas mais cidades se seguem e outras tantas novidades virão.

 

Estou em Vila Real já faz uma semana. Já queria mudar-me fazia algum tempo. A minha colocação na Universidade ajudou o processo a ser mais rápido. Eu sabia também que já estava na minha hora. Não tenho nada contra as cidades em que vivi, aliás, são todas minhas e eu sou louco por elas como Pessoa era louco por Lisboa, Hemingway por Paris ou Hitler pela Alemanha (Ó Herman, agora lixaste tudo com essa última comparação). É disso que falo. Cada pedaço de mim é de cada canto do mundo. Mas Chaves... Chaves vai ser sempre a minha terra pela simples razão que encontrei o amor da minha vida lá. Estarei sempre ligado às termas romanas, à ponte romana, ao café Abade e ao “Sala de estar”, às Caldas, ao rio Tâmega e por aí adiante. Para não falar das pessoas. Poucas, mas suficientes para ansiar descobrir outras como elas.

 

Há amores na vida que têm que chegar ao fim para fazerem parte de nós para sempre. A mudança, a vida mais ou menos nómada é para mim uma maneira de viver. Precisamos de dar oportunidades a nós mesmos de sermos livres, entregar o coração a paisagens diferentes, mergulhar em novos rios, conhecer os mais bonitos vales e admirá-los como se fosse a paisagem de Giotto.

 

O mundo é a minha casa e eu preciso de andar, de explorar, de conhecer, de viver para me sentir vivo, preciso de ter sempre uma resposta consciente à pergunta que me assombra: se eu não existisse que falta faria? Todas as minhas ações, valores assentam nessa pergunta simples. Preciso mesmo disto. Cervantes dizia que se andarmos por terras distantes e conversarmos com diversas pessoas torna-nos homens ponderados, e é disso que falo. É preciso ver para além do que foi visto. É uma busca incessante ao fundo do meu ser. Tudo muda, tudo é fluxo e nós devemos apanhar o barco e ir. Eu apanho sempre que posso e vou continuar assim. Agora, não posso explicar como é isto de morrer e nascer várias vezes. Aventurem-se.

 

Herman JC

 

 

 

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