Redial, Chaves, Trás-os-Montes, Portugal
E porque hoje é sábado temos uma promessa a cumprir, que cumprimos sempre com muito gosto, ou seja a promessa de trazer aqui ao blog o nosso mundo rural, as nossas aldeias e hoje, toca a vez a Redial.
Redial que se não me engano muito já passou por aqui uma três vezes. A razão de ser uma das aldeias que marca aqui presença menos vezes apenas se deve ao facto de Redial não ser uma aldeia que calhe nos nossos itinerários frequentes, ou de não ser uma aldeia de passagem para outros destinos, por outro lado, o facto de ser uma aldeia pequena, também não oferece muitos motivos para fotografar, embora esta última razão não seja muito de considerar, pois há sempre pormenores e composições possíveis.
Desde as primeiras vezes que passámos por lá, registamos com agrado a reconstrução do solar existente, um dos poucos solares brasonados existentes no concelho. Embora com alguns pecados, bem visíveis como o são as caixilharias das janelas, digamos que se perdoam por toda a recuperação em si, de um edifício nobre que retoma agora a sua nobreza e função para que inicialmente foi previsto, Antes assim com alguns pecados que o estado de ruina em que antes se encontrava.
Um pequeno planalto fértil e cultivado também é agradável de ver, principalmente as hortas na proximidade das construções que não são mais que jardins rurais que, para além de enfeitarem dão ainda algum sustento de coisas boas e genuínas para à mesa de quem as colhe.
Por último um registo da fonte de mergulho à qual alguém se lembrou de acrescentar e coroar com uma “ninfa” e proteger com uma vedação. Mesmo com as alterações, embora até simpáticas e o seu abandono devido à falta de uso, louva-se a intenção de a querer preservar, ao contrários de muitas outras existentes no nosso concelho, que com pavimentação das ruas e a subida de cota dos pavimentos, ficaram enterradas e desprezadas sem o mínimo de consideração pela sua existência, e é pena, pois tanto estas fontes de mergulho como os antigos fontanários e tanques são símbolos da nossa cultura, com muitas estórias para contar e que no mínimo, embora aposentadas, deveriam manter a sua dignidade pelas funções nobres que tiveram no passado, algumas vezes ainda bem próximo.