Ribeira das Avelãs - Chaves - Portugal
Começo por aqui, com linhas baralhadas e planos desencontrados parecendo querer desconstruir a exatidão da geometria e já nem quero falar da confusão das cores, que aqui reduzo a uma, isto se considerarmos o branco e o preto como cores neutras, e se não fosse por querer ou ter mesmo necessidade de cumprir com a promessa de trazer aqui uma aldeia todos os sábados, ter-me-ia ficado por esta imagem… Mas vou continuar, mesmo porque a nossa aldeia de hoje me leva até territórios da minha infância que nos últimos dias tenho andado a povoar, recordando momentos que há muitos anos não saiam dos baús escondidos nos cantos menos procurados da memória.
Ficamos então, hoje, com imagens da Ribeira das Avelãs, a um passo das minhas berças e do meu berço da Casa Azul, com mais uma imagem carregada de simbologia, pela neve, pelo frio, pelo pinheirinho de Natal que estas terras sempre me guardavam para em família podermos enfeitar, podermos adorar e podermos consoar, todos. Momentos e verbos hoje impossíveis de conjugar em todos os tempos.
Fiquemos então com algumas imagens da Ribeira das Avelãs, ali onde a veiga termina e a serra começa e é esventrada pela força e teimosia da vida de um pequeno ribeiro que teima sempre em chegar até aos braços de quem o vai acolher e abraçar. Sem mais palavras, na certeza porém de que cada imagem despertará um momento ou uma estória esquecida num cantinho da memória.
Até amanhã!