Roriz
Hoje ficam três olhares sobre Roriz. Como de costume deixo também umas palavras sobre os locais e aldeias que vou visitando. Geralmente são as imagens que sugerem as palavras e hoje também não é exceção, mas, depois de repetidos olhares sobre os motivos, em todos eles me surge a sensação de faltar alguma coisa.
Um caminho entre muros de granito de pedra solta com um trecho da aldeia ao fundo. As sempre curiosas soluções construtivas ou os pormenores mais nobres da arte da cantaria. O granito, quase sempre à vista, como rei e senhor a impor a sua presença e imagem de marca das nossas aldeias tradicionais, com um ou outro pecado de modernices que nunca se conseguem evitar.
Enfim, mas isto são palavras que apenas reproduzem aquilo que se vê nas imagens e que pouco ou nada acrescentam . Mantenho a mesma sensação de faltar alguma coisa ao bucolismo vazio de alma destes motivos, como se de uma paisagem natural se tratasse sem que nela houvesse a mão do homem.