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Mostra bibliográfica com obras dos colaboradores do blog Chaves
Vamos lá então ao rescaldo da inauguração da exposição comemorativa dos dois milhões de visitas a este blog com toda a suspeição do costume de quando se fala daquilo que é nosso.
Começo já pelos agradecimentos a todos quanto estiveram presentes na festa, porque de facto foi de festa que se tratou, com a reunião de muitos amigos, com boa música e a leitura de alguns textos do livro “Chaves – Olhares sobre a cidade” a terminar com um Chaves de honra com aquilo que Chaves vai produzindo de melhor – vinhos da Quinta de Arcossó, pastéis de Chaves e bola tradicional da Padaria do Zé – a publicidade é merecida, não só pela qualidade dos produtos (flavienses) mas também pela boa combinação que fazem estas deliciosas iguarias flavienses e depois também não posso esquecer há a amizade e o apoio que ambos têm dado aos eventos que em estive envolvido.
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Quanto à música foi do melhor. A projeção de imagens foi acompanhada com música de um grupo transmontano (com origem em terras de Bragança) que surpreendeu pela qualidade todos os presentes. Trata-se do Grupo LACRE ao qual agradeço por ter emprestado a música do seu álbum Opus O. Não exagero se disser que é um dos melhores grupos nacionais da atualidade e se duvidarem, oiçam-nos e depois digam de vossa justiça.
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Com música ao vivo tivemos um dos seus melhores representantes flavienses, o Alfredo Espírito Santo, rapaz do meu tempo, que também não exagero ao dizer que fez a delícia dos presentes com os temas que interpretou e com o acompanhamento que fez aos leitores dos textos. Chaves é e sempre foi terra de artistas. O Alfredo é uma prova disso e embora seja um flaviense orgulhoso do seu berço, teve, artisticamente falando, o azar de ter nascido em Chaves, onde os santos da terra nunca fazem milagres.
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A apresentação do livro “Chaves – Olhares sobre a cidade” teve uma breve apresentação por parte de António Sousa e Silva, também colaborador deste blog e autor de um dos textos do livro, que também leu alguns textos do mesmo. António Roque e Gil Santos, também eles colaboradores do blog e com textos no livro, leram os textos de sua autoria, cabendo a António roque ler mais alguns textos de colaboradores do blog que não puderam estar presentes. Os restantes textos foram apresentados por Paula Chaves, Jorge Medeiros e Reis Morais.
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Paula Chaves no momento da leitura de um texto
A última leitura ficou a meu cargo, com as citações do texto lidas por António Roque. Trata-se de um texto que se intitula Mimos e Pantominas e foi encenado com a presença de um mimo (Catarina Miranda) recém licenciada em Animação Sociocultural pelo Polo de Chaves da UTAD. Um texto, um mimo e encenação que pretende fazer memória futura da existência deste curso em Chaves, pois está em vias de extinção. Mais um roubo, este silencioso, à cidade de Chaves, pois com a promessa de trazer para Chaves aquilo que nunca veio, há dois anos que este curso não abre vagas em Chaves, e não foi por falta de procura, mas antes por políticas que mais uma vez vêm de fora com a aceitação e silêncio dos responsáveis pela nossa cidade. É um pronúncio do fim do Pólo de Chaves da UTAD. Curiosamente esta encenação ocorreu num dos edifícios que era pertença da CP, do comboio, aquele que acabou por ser o primeiro de uma lista de roubos à cidade de Chaves. O meu agradecimento especial à Catarina Miranda por ter contribuído para a diferença da festa.
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Jorge Medeiros no momento da leitura de um texto
E é este o resumo da festa da celebração da festa dos dois milhões de visitantes a este blog, o resto fica para os que estiveram presentes dizerem de sua justiça, mas que espero terem saído de lá agradados com o que viram e ouviram. De lamentar só lamento mesmo a ausência de alguns colaboradores do blog e amigos que não puderam estar presentes, pois a festa era de toda a família do blog, não só de quem participa nele mas também de quem o visita.
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Alfredo Espírito Santo num momento musical. À mesa António Sousa e Silva e Américo Peres
Por último fica a imagem do visitante dois milhões, logo após lhe ter entregue o livro “Chaves – Olhares sobre a cidade”. Curiosamente foi para um companheiro da blogosfera flaviense do Blog Granjinha Cando, que também é fotógrafo Lumbudus e amigo, que simbolicamente acabou por ser o responsável da festa ao ser o visitante 2.000.000.
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António Cruz (o visitante 2.000.000) com Fer.Ribeiro,
Fica o texto de apresentação do livro, de autoria de Autoria de António Sousa e Silva.
Durante os próximos dias também irão ficar aqui algumas das fotografias do livro e os respetivos textos.
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Um momento musical com leitura de um texto
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “CHAVES - OLHARES SOBRE A CIDADE”
Este momento que agora vivemos, para além de meramente simbólico, e que nos leva a estar aqui reunidos, celebrando os dois milhões de visitantes do blog “CHAVES”, de Fernando DC Ribeiro, é não só um momento de celebração mas também de orgulho para o seu autor.
Por isso aqui estamos a festejar. A partilhar em clima de vivência cultural.
Que deve também ser aproveitado para se fazer uma pequena reflexão sobre o conteúdo que o blog “CHAVES”, de Fernando DC Ribeiro, todos os dias, nos dá a conhecer. Nos obriga a questionar.
Gil Santos e Fer.Ribeiro
Hoje, através das fotografias, a preto e branco, de Fernando DC Ribeiro, publicadas no seu blog, os seus antigos e atuais colaboradores, em espírito de verdadeira comunhão, expressam as suas ideias e emoções, que aquelas imagens sugerem.
De uma cidade cheia de pergaminhos. Com História. E cheia de histórias. Mas também de um outro mundo, antigo, como José Carlos Barros, na Introdução ao livro, nos diz. Que é feito de ausências. Abandonos. Silêncios. Partidas e chegadas. Chegadas quase sempre fugidias.
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António Roque (leitura), Alfredo (músico) e Catarina Miranda (ASC-mimo)
Sim, mundo antigo... De paisagens ricas. De cortar a respiração! Mas onde as portas e as janelas de uma «outra paisagem» se encontram fechadas ou já se encontram em plena ruína. E, aquelas que muito esporadicamente, e a medo, se abrem, exibem rostos, já muito poucos, mirrados por anos de sofrimento, isolamento, lembranças de muita miséria, de muita solidão. Mas, contudo, prenhes de tanta esperança!
“CHAVES”, blog, mostra-nos essa Paisagem, essa História e essas histórias, o nosso Património, a nossa cidade e as suas aldeias, ou seja, o mundo rural e o mundo urbano. Em suma, o território flaviense que todos nós habitamos.
António Roque e Alfredo
E, através da câmara, da objetiva do seu autor, acompanhada da sua palavra e da dos seus colaboradores, discute, questiona a terra que nos é dado viver. Ora com orgulho; ora, e muitas vezes, de uma forma crítica. Nua. Sem «papas na língua», sem deslumbramentos.
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Mário Esteves (col. do Blog), Pablo Serrano (Lumbudus) e Fer.Ribeiro
Já um dia escrevi, sugerindo, na rubrica do blog - Discurso Sobre a Cidade - da necessidade de se passar para uma outra fase da existência - e vivência - de “CHAVES”, blog. Abrindo-se ainda mais à cidadania, à participação cidadã. Não transformando-se num palco político partidário, seja que de partido ou movimento for, mas num verdadeiro fórum da sociedade flaviense. Cumprindo, assim, e em plenitude, o seu autor, o papel de verdadeiro cidadão, amante da sua terra flaviense.
Fer.Ribeiro, João Madureira (col. do Blog) e Amilcar Salgado (Vinhos Qtª de Arcossó)
Por isso me regozijo com esta iniciativa que, para além do mais, contribui para a realização deste mesmo desiderato.
O homem das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC), criou um novo mundo - a que chamamos de virtual - o da blogosfera e das redes sociais. E, com esse mundo, os conceitos de amizade, partilha e relação redefiniram-se, mitigando o universo do narcisismo em que todos estamos submersos, do pleno e desenfreado consumismo, e também da solidão em que a pós-modernidade lançou o Homem.
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Fer.Ribeiro, Catarina Miranda (mimo) e António Roque, na cena final.
Mas o mundo da blogosfera e das redes sociais, se nos aproxima e enriquece em termos de informação e conhecimento, não nos completa contudo em termos de emoções e de sentimentos. Para isso, necessitamos do calor de um aperto de mão, do aconchego de um abraço, da emoção de um beijo, do estar frente a frente, olhos nos olhos, enfim, da aproximação dos corpos na relação, para a partilha e a amizade serem totais, verdadeiramente humanas.
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Fer. Ribeiro, Alfredo, António Roque e Catarina Miranda
Porque, ao contrário de Deus, que no princípio era apenas o Verbo, o Homem é, assenta, todo ele no Corpo, transformado em matéria-prima a partir da qual se gerou o Espírito.
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Luís Alves (Luís de Boticas) e Fer. Ribeiro, MºJoão Chaves e Otília Fernandes
As comunidades virtuais só têm sentido apenas como auxiliares, instrumentos fundamentais, nos tempos que correm, na ação e/ou aprofundamento das comunidades humanas, aproximando as pessoas por forma a ombrearem, lado a lado, projetos de vida com sentido, portadores de verdadeiro significado humano. É, deve ser, essa a sua principal função. Doutra forma não passam de mais um instrumento de alienação humana.
O mundo da blogosfera flaviense e das suas associações é, deve ser, um palco privilegiado para se discutir Chaves, os seus desígnios e o seu futuro.
Porque tal tarefa é de todos, sublinho, de todos os flavienses.
Porque a sua história milenar, o seu património e as sua gentes bem no merecem.
Porque, em síntese, e desta forma, “CHAVES”, blog, e toda a blogosfera e redes sociais que tratam e se referem a Chaves, cumprem três das grandes funções que qualquer órgão de comunicação social, digno desse nome, - e mesmo um blog -, deve prosseguir:
Hoje, e agora, divirtam, pois!...
António de Souza e Silva
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Alfredo Espírito Santo e o mimo Catarina Miranda
E por hoje é tudo. O blog continua mais logo com “Quem conta um ponto…” de João Madureira.
Falta ainda agradecer ao Humberto Ferreira pela reportagem fotográfica e por ter cedido as fotos de hoje para publicação.
E por último os agradecimentos também para a Paula Dias, a Lara e a Luísa, à Gráfica Sinal e aos funcionários da Chaves Viva e todos os amigos presentes sem a ajuda e a presença dos quais não seria possível ter feito a festa.