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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

11
Mar23

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Rebordondo

Aldeias do Concelho de Chaves


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O nosso destino de hoje à procura de temática religiosa no que diz respeito a património arquitetónico contruído no nosso concelho e aldeias é a aldeia de Rebordondo.

 

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Aldeia de Rebordondo que sendo abordada a partir da cidade de Chaves é habitual tomarmos a estrada de Chaves-Braga (N103) até Casas Novas onde se apanha a estrada municipal até Rebordondo, passando por Redondelo, no entanto, pertence à freguesia de Anelhe, cujo acesso, a partir também da cidade de Chaves, costumamos fazer pela N2.

 

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Esta situação de fazermos a acesso a Rebordondo por uma estrada e a sede da sua freguesia por outra, poderá parecer estranho, tanto mais que as duas estradas nos levam em direções diferentes, no entanto, a nível de território esta pertença à freguesia de Anelhe até tem a sua razão de ser, quer pela curta distância entre ambas as aldeias (1,4Km) quer pela floresta comum que as une e/ou separa. Contudo, se pertencesse à freguesia de Redondelo e pelas mesmas razões, também não estranharia. Seja pela razão que for, pertence à freguesia de Anelhe.

 

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Mas regressemos ao nosso tema de hoje, que nada ou pouco tem a ver com a localização da aldeia ou da sua freguesia. Então e tal como vem sendo habitual, fomos ao nosso arquivo fotográfico à procura de alminhas, nichos, cruzeiros, igrejas, capelas, etc., localizadas na aldeia de Rebordondo. Passámos por lá com alguma frequência, de passagem mas também com a intenção de fazer uma recolha fotográfica da aldeia, neste último caso a primeira vez aconteceu em 2006, depois em 2009 e a última, já em 2014.

 

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Nas três vezes que passámos pela aldeia em recolha fotográfica, fizemo-lo ainda sem a preocupação de alimentar esta rubrica de alminhas e afins… daí poder haver falhas na recolha de elementos e sabemos que a há, pois temos conhecimento de construção de um nicho, mais recente, logo na entrada da aldeia, no entanto avançamos na mesma, pois esta temática vai continuar em aberto até uma nova ronda pelas nossas aldeias, onde, aí sim, teremos a preocupação de recolher tudo que haja na aldeia, e aí faremos uma adenda a este post com o que falta.

 

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Assim, para já ficam imagens da igreja , da capela do Solar dos Braganças, umas alminhas datadas de 1856 e um nicho. De seguida fica também o nosso mapa de localização/inventários com mais estes quatro elementos.

 

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Até amanhã, se possível, com mais uma aldeia do Barroso da freguesia de Ruivães e Campos do concelho de Vieira do Minho.

 

 

04
Set22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Couto de Ervededo

Aldeias do Concelho de Chaves


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Nesta ronda pelo património religioso edificado no nosso concelho de Chaves, hoje vamos até a aldeia do Couto, freguesia de Ervededo.

 

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Localizámos no nosso arquivo da aldeia do Couto, pois nesta ronda não demos à volta às nossas aldeias, uma igreja, uma capela, um cruzeiro (sem cobertura) duas portas carrais e o que resta de umas alminhas. É possível que haja mais, mas no nosso arquivo temos o que hoje deixamos e, comparativamente com outras aldeias, já não é pouco.

 

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Se olharmos para o mapa do nosso concelho, a aldeia do Couto localiza-se numa área onde o nosso território é menos ocupado, com as aldeias mais dispersas, no entanto em termos de símbolos religiosos/património edificado, é das mais ricas do concelho, pois nas suas redondezas, na freguesia e freguesias vizinhas, há três santuários, várias igrejas, capelas, capelinhas, etc.

 

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Existe por aquelas bandas património religioso para todo um dia de passeio e visitas, que bem poderia ser explorado para oferta turística, mas para isso, seria necessário mais qualquer coisinha, pois só o património religioso, por muito interessante que seja, não leva lá os turistas em geral, poderá levar os que tem interesse no género, mas não leva o turista comum.

 

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Também todas as aldeias que têm este património, são todas elas interessantes como aglomerado e arquitetura tradicional das aldeias típicas transmontanas, e aqui, também barrosãs, mas só isso também não chega, pois tem que haver qualquer coisa que cative os turistas, e para além de outras coisas que todos sabemos que o turista gosta (gastronomia local, artesanato, usos e costumes, etc.), também gostam de ver as aldeias cuidadas e asseadas, sem grandes aberrações que firam a sua tipicidade e genuinidade, e aqui haveria muita coisa a fazer.

 

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Pois uma das coisas que mais me irrita nas nossas aldeias, são a quantidade de postes de cimento com cabos elétricos e de comunicações pendurados que fazem uma malha ao longo de todas as aldeias, sem o mínimo respeito pelo matrimónio aí existente, e aqui não é só o religioso, mas outro património de interesse, Pode parecer um mal necessário, pois todos necessitamos de corrente elétrica e comunicações, mas estamos no século XXI, e este tipo de infraestruturas, tal como acontece com a água, o saneamento e o gás (onde o há), também podem ser enterradas. Podem, e neste caso de aldeias com interesse, deveria ser obrigatório. Claro que aqui o povo e os seus representantes (as junta de freguesia) também têm uma palavra a dizer e a exigir, têm esse direito, mas também esse dever…

 

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A P&B o existente, a cores como deveria ou gostaria de ver

 

Ora ficou atrás um bom exemplo da companhia que o inestético poste(s) de cimento que serve(m) também para iluminação pública, faz(em) ao cruzeiro e igreja. É só um exemplo e este até nem é dos piores que por aí se veem, e claro que as ruas também não podem ficar sem iluminação, mas há no mercado muitos postes de iluminação bem interessantes que os poderiam substituir… mas isto são apenas ideias que nos vão ocorrendo e que até podem contribuir para o despovoamento rural, é que umas coisas, trazem as outras, e existem por aí (mesmo no nosso Portugal) exemplos que se poderiam seguir.

 

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Mas hoje até nem estamos aqui para desabafar ou mandar palpites e abébias, mas sim pelos nosso património e símbolos religiosos e existe nas nossas aldeias, no caso, na aldeia do Couto, da freguesia de Ervededo, e também para irmos atualizando o nosso mapa inventário co todo esse património. Aqui fica:

 

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Hoje, não tivemos tempo de preparar, para trazer aqui, mais uma aldeia do Barroso. Fica para o próximo domingo. Assim este post, que deveria ter sido publicado ontem, fica para hoje e vale pelos dois.

Resto de um Bom fim de semana!

 

 

20
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Matosinhos


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O nosso destino de hoje é Matosinhos, não aquele Matosinhos à beira mar com praia, mas também um Matozinhos que se encontra bem no meio de um mar de montanhas, das nossas montanhas do concelho de Chaves.

 

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E nesta rúbrica vamos às nossas aldeias à procura de símbolos religiosos que se manifestam das mais variadas formas, e em Matosinhos, nas nossas passagens por lá, encontrámos alguns, mais propriamente umas alminhas e três capelas, uma no largo da aldeia e duas particulares, embora uma, não temos bem a certeza se é ou foi capela, embora de uma, não temos a certeza se será mesmo capela, mas parece-nos que sim, da próxima vez que passarmos lá tramos as dúvidas.

 

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As alminhas, por sua vez, também não nos parece estarem na sua forma original, pois pelo pequeno recinto à volta delas é vedado com um muro de pedra, com uma entrada virada para a rua, e nas esquinas do muro existem ainda 4 pilares, também em pedra, que parecem terem suportado uma cobertura, pelo que teriam sido bem mais interessantes que hoje.

 

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Para terminar fica o nosso mapa/inventário com mais estas três capelas e umas alminhas.

 

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O resto de um bom fim-de-semana.   

 

 

13
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Parada

Aldeias do Concelho de Chaves


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O nosso destino de hoje é feito de dois destinos, um é a aldeia de Parada e o outro é o São Gonçalo, um pequeno santuário na foz do rio Mousse, santuário esse que é partilhado com a aldeia de Orjais, pelo menos nas celebrações dos atos religiosos que lá se praticam, isto pela sua localização geográfica de ficar equidistante das duas povoações.

 

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Contando com o Santuário de São Gonçalo, onde existe uma pequena capela e um nicho de construção mais recente, hoje podemos contabilizar cinco representações religiosas, contando o santuário como uma delas, mais duas representações em Parada, um cruzeiro descoberto no largo da aldeia, com uma coluna de granito assente num cilindro e encimado por uma cruz simples, sem qualquer imagem. Também sem imagens se encontra um pequeno nicho de granito, incrustado numa parede, aparentemente de uma antiga construção, e que tudo indica terem sido umas antigas alminhas pintadas na própria pedra ou em madeira, mas não existem quaisquer vestígios de tal.

 

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A simplicidade impera em todas estas representações religiosas, incluindo no santuário que outrora se resumia à pequena capela, mas que consta ser muito concorrido pelo pessoal das redondezas e outros forasteiros quando tem a sua festa. Embora localizado num lugar ermo, onde hoje, penso, que não vive ninguém, pelo menos da última vez que passei por lá assim acontecia, vai recebendo durante o ano algumas visitas e residentes temporários, pescadores, mas também outro pessoal que vai para lá, sobretudo de verão, para desfrutar do parque de merendas e das águas do rio Mente, onde desagua o rio Mousse.

 

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Fica também a referência que este santuário está mesmo no limite do concelho de Chaves (Rio Mente) mas também no limite do distrito de Vila Real, pois do outro lado do rio Mente já são terras do concelho de Vinhais, distrito de Bragança. Por sua vez o território da aldeia de Parada também confronta com o concelho de Valpaços.

 

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Para terminar, ficam uma palavrinhas para o pessoal de Orjais, pois eu sei que o São Gonçalo fica no vosso território administrativo da freguesia, como também sei que a partilha com o pessoal de Parada é apenas de celebração, de fé e festa do santo, daí que fica prometido que na passagem desta rubrica pela aldeia de Orjais, o santuário do São Gonçalo não será esquecido.

 

Por último fica o nosso mapa/inventário devidamente atualizado.

 

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Resto de um bom fim-de-semana!

 

 

06
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Aldeias de Chaves - Santiago do Monte


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Para o nosso destino de hoje vamos tomar a E314, estrada que nos liga ao concelho de Valpaços, como quem vai para Carrazedo de Montenegro, subimos a Serra do Brunheiro e logo após Lagarelhos, deixamos a E314, virando à esquerda, na estrada municipal que nos levará até Santiago do Monte, sempre a subir quase até o ponto mais alto da serra do Brunheiro. Logo à entrada da aldeia, temos um dos motivos que hoje nos levam até lá, ou seja, um cruzeiro (?) coberto, recente, pois apenas tem cerca de 20 anos, mas que “abriga” umas alminhas com a figura de São Miguel, estas datadas de 1788, que até há coisa de 20 anos atrás tinham outro poiso, próximo do local onde hoje se encontram. Assim sendo, talvez seja mais correto dizer que são alminhas e não cruzeiro, embora por cima delas o remate seja feito com uma pequena cruz com cristo pintado, embora possa ter sido colocada após a construção das alminhas, mas isto sou eu a supor, pois não tenho qualquer documento que o comprove.

 

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Este, da imagem que fica atrás, poderá não ser cruzeiro, mas aldeia tem um cruzeiro, já noutra estrada que passa pelo centro histórico da aldeia e que nos leva até a Alanhosa. Aí sim, à saída da aldeia (no sentido da Alanhosa) temos então o cruzeiro da aldeia, também coberto, com cristo pintado na cruz, uma pintura também recente, mas penso que com mais de 20 anos, já quanto ao cruzeiro em si, não consegui apurar qual a data da sua construção. Este cruzeiro é vedado com um gradeamento de ferro fundido com um pequeno portão para acesso à cruz, que está assente sobre um bloco de granito, com um pequeno nicho, sem qualquer pintura ou imagem, mas que em tempos também poderia ter tido umas alminhas pintadas. Mais uma vez sou eu a supor, pois também não tenho nenhum documento que o prove.

 

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No centro da aldeia temos uma pequena capela em granito à vista, a confrontar com a estrada que atravessa a aldeia, mas ligeiramente elevada sendo necessário subir 4 degraus para lhe ter acesso e mesmo ao lado da entrada um pequeno púlpito exterior. Fica a imagem.

 

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Numa das nossas visitas à aldeia, alguém nos chamou a atenção para as ruínas de uma das construções, bem próxima da capela e igualmente a confrontar com a estrada, onde numa das paredes exteriores, mas virada para o interior da antiga habitação, se podia ver um nicho com a concha de santiago a fazer o remate superior. Apenas o nicho, sem imagens ou figuras, fazendo o nicho parte da parede e sua estrutura.

 

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E por último o nosso habitual mapa/inventário com a localização da aldeia e a devida atualização do inventário das alminhas e afins.

 

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Um bom fim de semana!  

 

 

 

23
Jul22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Nogueirinhas

Nogueirinhas - Chaves - Portugal


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Ao longo da vida deste blog, os sábados, têm sido reservados para o nosso mundo rural flaviense. Já fizemos várias rondas pela totalidade das nossas aldeias, quer com posts simples, pelo menos um post completo por aldeia, depois fizemos a ronda do post vídeo, em que cada aldeia teve direito ao seu vídeo e, ultimamente, estamos com a rubrica “Alminhas, nichos, cruzeiros e afins”, em que a ideia inicial era fazer jus ao título e deixar as capelas e igrejas para uma segunda série só a elas dedicada. Mas, embora os temas iniciais deem panos para mangas a verdade é que, mesmo assim, algumas aldeias iriam ficar de fora desta ronda, pelo que, vimo-nos obrigado a alargar a temática às capelas e igrejas, dividindo as igrejas em românicas e restantes.

 

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Estes posts tentarão ser completos para cada aldeia, ou seja, trazerem aqui tudo que nas aldeias existe sobre a temática, mas, pois há sempre um mas, o post poderá não ser completo, por uma razão, a de que no nosso arquivo poderemos não ter registos de todos esses símbolos religiosos, isto porque quando fizemos as nossas visitas às aldeias, e a última já lá vai há uns anos, esta rubrica ainda não existia e daí não termos tido a preocupação de andarmos à procura deles ou perguntar nas aldeias se tais existiam. Hoje e nos próximos tempos fazemos fazendo os posts com aquilo que temos em arquivo, mas fica prometido que haverá uma nova ronda pelas aldeias flavienses e aí já teremos em atenção esta temática.

 

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Acrescentámos e alterámos também na legenda do nosso mapa de localização/inventário os símbolos das capelinhas e capelas, igrejas, igrejas românicas e cruzes/padrões funerários, estas(es) últimos não são os dos cemitérios, onde naturalmente abundam, mas antes aquelas cruzes/padrões que aqui e ali se vão erguendo à beira dos caminhos e estradas, ou outros locais, assinalando mortes violentas, devido a acidentes viários, atropelamentos, afogamentos ou mesmo assassinatos. Mortes que em geral são de pessoas mais jovens, que aconteceram fora de tempo e do seu meio mais familiar. Estes símbolos funerários são também um dos traços da cultura portuguesa, erguidos pelos familiares das vítimas em sua homenagem e lembrança, apelam também orações aos crentes implorando pela salvação dos que aí morreram. Cruzes/padrões funerários que alguns são erguidos sem qualquer registo de identificação dos que aí tombaram, mas que noutros têm os nomes das pessoas, o dia da morte e às vezes até fotografias, assemelhando-se em tudo uma lápide fúnebre de cemitério.    

 

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Depois desta introdução explicativa e mais longa que o habitual, entremos então nas Nogueirinhas, onde já para trás deixamos em imagem a sua capela e uma cruz funerária em cima de uma rocha da barragem das Nogueirinhas. Já de seguida fica um cruzeiro sem cobertura, de construção recente (já deste século), junto à estrada entre as Noguerinhas e Curral de Vacas, que foi construída aquando da construção da barragem, um cruzeiro descoberto, com uma cruz com cerca de 3 metros de altura, em granito, com cristo crucificado numa imagem metálica tridimensional, a cruz é assente numa base também em granito (cubo), assente num pequeno patamar quadrado, servido em todas as faces por dois degraus.

 

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O Santuário de Santa Luzia

 

Já por aqui tinha dado notícia da existência deste santuário em honra de Santa Luzia. Trata-se de um santuário privado, implantado em terrenos privados, mas com acesso público. Pelas informações que então obtive, trata-se de um santuário erguido recentemente (as imagens são de 2016) por uma pessoa natural da aldeia, então residente nas proximidades, e que eu saiba, é mesmo um santuário erguido por devoção dessa pessoa. Se o termo de arte naïf  se pudesse aplicar aos santuários, este seria um santuário naïf, pois embora seja erguido em honra de Santa Luzia, nele temos representada a aparição e Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, com a imagem da Senhora e dos três pastorinhos sem faltarem as ovelhas, mas pelo meio temos ainda imagens do Cristo Rei, de Santo António e num ponto mais elevado as três cruzes do Calvário, estas simples, em troncos de madeira, sem as figuras de cristo e dos dois ladrões que o acompanhavam na crucificação.

 

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O lugar é bonito, quando lá fomos o verde da erva, bem aparada, cobria todo o chão, pelo meio umas oliveiras e sobreiros compunham o espaço, ao fundo alguns pinheiros rematavam o santuário. As rochas e elevações foram aproveitadas para colocar as imagens, à exceção das ovelhas que estava um pouco dispersas a pastar pelo recinto. A Norte o santuário remata num talude encimado por um caminho de terra batida, excelente para ver todo o conjunto. No meio, existia ainda uma pequena plataforma em cimento, sem degraus, apenas elevado do solo em cerca de 10 cm, coberto com um toldo, que segundo informações era um espaço reservado para celebrações religiosas, onde segundo apurei também na altura da nossa visita, já se celebrou lá missa campal.

 

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Para terminar, fica o nosso mapa de localização/inventário com mais uma capela, um cruzeiro, uma cruz funerária e um “Santuário”.

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

 

25
Jun22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Assureiras

Nicho e Cruzeiro


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Cruzeiro nas Assureiras de Baixo - Chaves

 

Continuando com os símbolos religiosos do nosso concelho de Chaves, no seu registo e inventário, hoje vamos até os das Assureiras, mas apenas em duas Assureiras, nas de baixo com um cruzeiro coberto de aparência recente (últimas dezenas de anos) localizado no largo frontal do cemitério e umas alminhas, que também não me parecem muito antigas, em azulejo colorido assente numa estrutura de pedra, estas junto à estrada nacional, próximas do cruzamento que no leva até às Avelelas, por um lado, e até ao centro da aldeia, pelo outro.

 

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Nicho nas Assureiras do Meio - Chaves

 

Fica também, como habitualmente, o mapa do concelho com a localização destes símbolos publicados até hoje neste blog.

 

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Continuação de um bom fim de semana.

 

 

 

11
Jun22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Agrela

Aldeias e Chaves


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Nesta nova ronda pelas aldeias do concelho de Chaves, temos vindo a deixar aqui os símbolos religiosos que todas as aldeias vão tendo para além das capelas e igrejas.

 

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Alminhas, cruzes, cruzeiros, nichos, etc. vão passar por aqui e em simultâneo vamos atualizando o mapa do concelho com a sua localização.

 

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Claro que alguns desses símbolos não irão aparecer aqui, tudo porque ou não os vimos ou ainda não existiam quando fizemos a recolha de imagens, ou porque não estavam visíveis, ou por outra qualquer razão, mas se existirem mais e tivermos oportunidade de as fotografar, um dia estará aqui, pois este tema não se vai esgotar depois de fazermos a passagem por todas as aldeias.

 

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Hoje calha a vez aos símbolos religiosos de Agrela, freguesia de Ervededo, onde encontrámos alminhas, cruzes a encimar entradas carrais, em muros e em largos e um nicho de Nossa Senhora, este de construção mais recente.

 

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Pena que às vezes outros símbolos da modernidade, embora necessários, a sua localização nem por isso respeitem aquilo que têm à volta, tal como acontece no post de cimento de energia elétrica, que só não tapou a cruz na totalidade porque não calhou.

 

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Referimos atrás que o nicho era de construção recente, tal como muitos outros que nas últimas dezenas de anos passados têm sido construídos em muitas localidades, não só nas aldeias, mas também nas vila e cidades, quase todos nichos dedicados a Nossa Senhora, principalmente a de Fátima. De certa maneira vieram substituir a construção dos tradicionais cruzeiros, mesmo na escolha da sua localização, em largos, cruzamentos ou entroncamentos.

 

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E vai sendo tudo por hoje, apena nos resta desejar-vos um bom fim-de-semana, se possível ao fresco para vos proteger desta onda de calor.

 

 

 

14
Ago21

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

4- Alminhas de Agrela, Aveleda e Roriz


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Agrela, 2008

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ALMINHAS

 

Hoje trazemos três alminhas que encontrámos em três das nossas aldeias, Agrela, Aveleda e Roriz. Em geral as alminhas eram construídas nas bermas de caminhos e estradas, em pontos de passagem mais concorridos, no entanto, menos vulgares, também eram incrustadas em muros e em paredes de construções de habitações, albergues e outras. As três alminhas de hoje são precisamente três exemplares incrustados em construções, parecendo-me, pelo menos uma delas, a de Roriz, que as alminhas foram construídas conjuntamente com a construção. As outras, poderiam existir no local ou na proximidade e terem posteriormente sido incrustadas na construção. Mas isto são suposições, pois não tenho qualquer documentação em que me possa apoiar.

 

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Aveleda, 2013

As alminhas da Agrela, são as que se apresentam mais simples e detém ainda uma pintura de Cristo crucificado. Não sei se é ainda a pintura original ou restaurada a partir da original. Por sua vez as alminhas de Roriz, hoje sem qualquer pintura ou imagem, para além de alminhas a pedra foi cortada para fazer parte da própria parede/estrutura da construção, daí eu ter afirmado atrás terem sido construídas aquando da construção. Esta, no seu arco tem esculpida uma concha de Santiago, pelo que esta construção poderia ter sido um albergue dos caminhos de Santiago, mas mais uma vez sou eu a supor, pois não tenho qualquer documento ou informação de que tal se tratasse. Existe um inscrição na sua base que talvez possa fazer alguma luz sobre o assunto, mas parte dela está enterrada. Já a inscrição na padieira da porta nos remete para o ano de 1782, supomos que seja o ano de construção.

 

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Aveleda, 2013

 

As mais curiosas e para mim mais interessantes, são as alminhas de Aveleda, incrustadas numa construção da rua principal. Fotografei-as em dois momentos distintos, em 2008 e 2013 e são um misto de construção em pedra e madeira, com peto e cristo crucificado esculpido em madeira. Como pode verificar numa das imagens não têm a figura de madeira de Cristo, Pensei inicialmente que com o tempo a figura teria desaparecido, mas o facto é que ela consta na fotografia que tirei em 2013, ou seja, a fotografia de 2008 é a que não tem o cristo, pelo que, supomos, pois não temos fotografias recentes nem temos ido por lá ultimamente, que as alminhas ainda tenham a figura de Cristo esculpidas.

 

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Aveleda, 2008

As alminhas da Aveleda são as mais naif das três, quer pela irregularidade da construção, quer pelas cores e pinturas e pelo próprio cristo em madeira e ainda pelos vestígios de uma imagem pintada no nicho (parece-me de Nossa Senhora) , bem como pelo adorno do coroamento em madeira e cores utilizadas, o que faz desta alminhas, para mim, as mais interessantes.

 

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Roriz, 2008

Pena mesmo é o estado de degradação em que se encontram a maioria das alminhas que chegaram até aos nossos dias, sem qualquer tipo de proteção que vá para além da boa vontade dos cuidados dos vizinhos ou proprietários das construções onde estas estão incrustadas, mas só com boa vontade elas não se conservam ou são protegidas e muitas vezes, com a própria boa vontade de as restaurar com curiosos jeitosos, principalmente as pinturas.

 

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07
Ago21

3 - Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Fontes e Fontanários - Casas Novas, Castelões e São Vicente da Raia


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Casas Novas

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Fontes e Fontanários

Casas Novas – Castelões – São Vicente da Raia

 

 

Hoje vamos até mais três das nossas aldeias, com as manifestações religiosas que vão acontecendo um pouco por todo o lado e de várias formas, além das capelas e igrejas, embora haja manifestações mais comuns e outras mais raras. Pois hoje vamos até as mais raras, que são as que se manifestam nas fontes e fontanários, para já, ficam três, em três aldeias.

 

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Casas Novas

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São Vicente da Raia

 

Então temos duas fontes de mergulho, uma em Casa Novas com uma cruz esculpida por cima do arco da fonte. A outra localiza-se em São Vicente da Raia com uma cruz colocada sobre a cobertura da fonte de mergulho, mas esta última, não me parece ser a original, se é que a fonte originalmente tinha cruz. Seja como for, agora está lá.

 

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Castelões - N.SRª do Engaranho

 

O fontanário é está localizado em Castelões, mais propriamente no Santuário de Nossa Senhora do Engaranho. Trata-se de um nicho sobre uma fonte, tendo no nicho esculpido em granito o São Tiago. Na base do nicho tem uma inscrição com quatro iniciais JFMC – 2001.  

 

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