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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

07
Mar21

O Barroso aqui tão perto - Antigo de Curros

Aldeias do Barroso - Concelho de Boticas


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Antigo de Curros - Boticas

 

Seguindo a metodologia que adotámos para o concelho de Boticas de abordar as aldeias do concelho por ordem alfabética das freguesias e dentro destas a ordem alfabética das aldeias, e concluída que está a freguesia de Beça, segue-se a freguesia de Boticas e Granja, no entanto, por esta ser a freguesia da sede do concelho, que ficará para o final desta série, passamos à freguesia seguinte, que é a freguesia de Codeçoso, Curros e Fiães do Tâmega, que resultou da união das antigas freguesias de Codeçoso,  de Curros e de Fiães do Tâmega, conforme reorganização administrativa do território das freguesias (Lei n.11-A/2013).

 

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Ao todo, esta nova freguesia, tem 7 aldeias, sendo a primeira (por ordem alfabética) a aldeia de Antigo de Curros, pertencente à antiga freguesia de Curros. Esta freguesia localiza-se a sul de Boticas e confronta a nascente com o rio Tâmega/Concelho de Vila Pouca de Aguiar e a Poente com a freguesia barrosã de Canedo, mas do concelho de Ribeira de Pena.

 

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Vamos deixar a descrição da freguesia para o seu devido post, no final da abordagem de todas as aldeias da freguesia, e vamos passar para a nossa aldeia de hoje – Antigo de Curros, iniciando também pela sua localização, onde mais uma vez utilizamos o caminho do costume, pelo menos até à Carreira da Lebre, onde devemos sair da N311 e tomar a N312 em direção de Ribeira de Pena, mas apenas durante 4km, onde devemos tomar o desvio à esquerda em direção a Antigo de Curros, a 1km de distância.

 

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Como sempre o nosso ponto de partida é a cidade de Chaves e como quase sempre para Botica tomamos a N103 até Sapiãos onde devemos tomar a N312 até Boticas, onde devemos tomar a R311 (ou N311) até à Carreira da Lebre e aqui sair (novamente) para a N312. O novamente é apenas porque a estrada entre Sapiãos e Boticas também é N312, ou seja, o traçado entre Boticas e a Carreira da Lebre é comum à N311 e N312, tal como acontece em Chaves com a N2 e a N103 entre o Raio X e o Km0 da EN2, apena uma curiosidade de poder circular em duas estradas em simultâneo.

 

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E finalmente estamos em Antigo de Curros, já no início de um outro Barroso com algumas diferenças em relação aos outros Barrosos que temos abordado aqui, este já com vertentes a descaírem diretamente para o Rio Tâmega e onde geograficamente se começa a fazer a transição da Terra Fria para a Terra Quente, por um lado, mas também onde o Barroso começa a perder a predominância do verde minhoto para entrar já bem dentro de terras transmontanas.

 

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Antigo de Curros é uma aldeia pequena que cabe toda dentro de um circulo com 120m de raio, mas graças ao seu aldeamento concentrado à volta de um grande largo no centro da aldeia onde se encontra o tanque/bebedouro do povo, consegue meter nesse circulo as cerca de 100 construções que a aldeia tem.

 

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A rua principal da aldeia liga o largo da entrada, onde se encontra a capela de São Brás cujo santo é o orago da aldeia que tem celebração no dia 3 de fevereiro, ao largo do tanque, este funcionando como se fosse uma rotunda de onde saem 4 ruas, a principal que liga à capela de São Brás e outras 3 que acabam em caminhos de acesso aos campos de cultivo que hoje em dia estão maioritariamente convertidos em pastagens para o gado bovino, onde pelo que pudemos observar in loco  já não é a raça barrosã que se alimenta naquelas pastagens.

 

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Para além do tanque do povo onde junto tem erguida uma cruz, tem também como comunitário o forno do povo, onde como na maioria das aldeias do Barroso, hoje já não é de utilização diária e habitual, embora ainda seja utilizado ocasionalmente, aliás quando o visitámos não estava a ser utilizado, mas estava cheio de lenha prontinha para entrar e aquecer o forno. Ainda no Largo de São Brás, existe também um lavadouro público coberto.

 

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Quanto às construções privadas, a aldeia mantém a sua integridade de aldeia típica transmontana, com a maioria das construções erguidas com pedra solta (junta seca) de granito, de maiores ou menores dimensões, algumas com pedra aparelhada, outras tantas com junta argamassada e algumas (poucas) rebocadas, bem como algumas (também poucas) reconstruções com novos materiais, mas sem destoar muito, ou melhor, sem ferir muito o conjunto, aliás a única coisa que destoa mesmo do conjunto, são alguma coberturas em placas tipo sanduiche que nem mesmo pintadas de cor de telha, deixam de destoar, mas antes as “sanduiches” que as ruinas, pois é sinal que ainda são utilizadas ou habitadas, ao contrário das ruinas onde se dão apenas as eras, silvas e gatos.

 

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Também na arquitetura privada o destaque para os canastros, alguns apenas em madeira mas a maioria a seguir a tipologia dos canastros tradicionais, a maioria duplos (com três bases e três conjuntos de colunas) e entre outros,  3 seguidos construídos junto a uma grande eira, quase parecendo um comboio com três carruagens, só lhe falta mesmo a locomotiva para parecer mesmo um comboio.

 

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Quanto ao resto, temos a paisagem envolvente, onde felizmente é ocupada por pastagens e por algumas árvores de fruto, castanheiros e carvalhos, só ao longe é que o pinheiro aparece, infelizmente estes, mais que serem para servirem a população, são para alimentar incêndios, parece-me…

 

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E como nas minhas pesquisas não encontrei nenhuma documentação sobre a aldeia, e pouco mais há a dizer a não ser que gostei da aldeia no seu conjunto e por manter a sua integridade de aldeia típica, ainda com alguma vida e trânsito na rua, incluindo o bovino a caminho das pastagens. Para rematar é sem dúvida uma aldeia a visitar, mas também nas suas redondezas para parar nos pontos mais altos e contemplar a paisagem que se perde no horizonte. Agora fica o nosso, já tradicional, vídeo com todas as imagens aqui publicadas. Vídeo que também poderá ver diretamente no youtube ou no MeoKanal nº 895 607. Espero que gostem.

 

 

Até ao próximo domingo, na mesma freguesia, mas com a aldeia de Codeçoso.

 

 

 

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