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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

22
Out22

Concerto da Áurea em Chaves


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Sempre que podemos, assistimos e gostamos,  vamos fazendo alguns registos de eventos que acontecem na cidade de Chaves, tal como aconteceu ontem à noite no concerto da Áurea no Pavilhão Expoflávia.

 

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Embora a Áurea seja sobejamente conhecida de todos, nem que fosse e só pela sua participação como júri num concurso televisivo, mas também o é por muitos pela sua música,  Fomos espreitar ao site oficial do município de Chaves, que organizou este evento, o que por lá se diz ao respeito deste concerto e da Áurea, que passamos a transcrever:

 

“A carreira desta conceituada artista nacional começou em 2010 e atingiu até agora dois discos de ouro, um disco de platina e um outro de dupla platina. Além de um globo de ouro como melhor intérprete individual, Áurea conseguiu vencer dois anos consecutivos o prémio de "Best Portuguese Act" da MTV Portugal.

 

A sua voz poderosa e requintada, juntamente com suas atuações energéticas ao vivo, deram-lhe a possibilidade de trabalhar com grandes artistas nacionais e internacionais como Adam Lambert. Além da Hennessy Artisty Tour na China e no Sudeste Asiático, a carreira internacional de Áurea passou também pelo Brasil. Depois de percorrer os principais palcos dos maiores eventos nacionais e alguns dos mais importantes teatros e salas do país, Áurea continua a sua carreira ascendente, afirmando-se como uma das principais vozes da música portuguesa e uma das mais sólidas e promissoras carreiras na indústria da música.

 

O projeto “Tempos Cruzados” é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) – Património Cultural.”

 

Ficam então mais algumas imagens do concerto de ontem:

 

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Para já ficam as imagens do concerto da Áurea, mas hoje ainda vamos ter por aqui mais imagens de uma Feira dos Santos de um ano passado e a rubrica “Alminhas e Afins” de uma das nossas aldeias do concelho de Chaves.

 

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 Até mais logo e continuação de um bom sábado.

 

 

09
Jul21

EMA BERTA

(13 de fevereiro de 1944 – 8 de julho de 2021)


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EMA BERTA (13 de fevereiro de 1944 – 8 de julho de 2021)

 

Ema Berta nasceu em Sintra, destacando-se na pintura a partir da década de 1980, depois de se licenciar em Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

 

As suas obras, caracterizadas por um neo-figurativismo de traço personalizado e surpreendente, traduzem uma profunda convicção de capacidade pictórica e da arte da pintura, como Fernando de Azevedo observou – “Não se trata de sinceridade ou não do artista, mas de convicção, daquele mesmo convencimento com que se pintava outrora a história Santa ou a vida dos príncipes. Não está em questão um plano, uma cor, um signo, uma caligrafia, coisas que, evidentemente, chegam e sobram para se fazer magnífica pintura. Está em jogo, sim, uma intuição narrativa a tal ponto convicta e segura de si, que não precisa de ser exacta, nem deixar de o ser. Esta ambiguidade é fundamental em Ema Berta, porque é nela, ou a partir dela, ou chegando a ela, que o poder transfigurador atinge altura e se significa.”

 

Este seu neo-figurativismo, marcado por uma ousada combinação cromática e pelo recurso ao empastamento do óleo como matéria geradora de brilhos, luzes e sombras, desenvolve-se num universo simultaneamente onírico e encantatório, que não prescinde de um certo traço expressionista ou da estranheza narrativa para nos inquietar.

 

Depois de viver em Sintra, Cascais e Lisboa, adquiriu, já na última década do século XX, casa em Paris, onde também instalou o seu atelier e viveu até ao final da década seguinte. Durante esse período desenvolveu uma relação de proximidade com várias personalidades e artistas de renome, entre os quais Gérard Garouste, Gilles Lipovetsky e Pierre Lévy-Soussan.

 

Comentaram e analisaram a sua pintura diversas personalidades das artes e das letras, como Cristina de Azevedo Tavares, Eurico Gonçalves, Fernando de Azevedo, Jaime Silva, Liberto Cruz, Sílvia Chicó, Vasco Graça Moura ou Vítor Serrão.

 

A obra desta pintora encontra-se representada em diversas colecções de instituições públicas e privadas, como o Banco de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, a antiga Colecção Banco Pinto & Sotto Mayor, a antiga Colecção Crédito Predial Português, a antiga Colecção do ICEP, o Museu da Água, em Lisboa, o Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, o Museu do Desenho, em Estremoz, o Museu Municipal da Figueira da Foz, o Museu Municipal de Sintra ou a Pousada de S. Francisco, em Beja.

 

A sua última grande exposição decorreu entre 2018 e 2019 no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, cujo acervo inclui um significativo núcleo da série Índios. Marcada pela consciência do multiculturalismo e das diferentes realidades humanas, esta derradeira série não abdica dos arquétipos e símbolos que sempre pontuaram a sua obra.

 

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Exposição de Ema Berta no MACNA, em Chaves, 2018-2019

 

Como Pierre Lévy-Soussan afirmou – “Graças à sua arte, Ema Berta permite-nos re-encantar o mundo, o nosso mundo, que depois disso, por toda a eternidade, jamais será o mesmo.”

 

Ema Berta faleceu no Hospital de Cascais, no seguimento de doença prolongada, e o seu velório e funeral decorrerão em local a divulgar ainda pela família.

 

 

 

06
Out20

Arte de Rua - Street Art em Chaves

Jardim do Tabolado com Alfredo Espírito Santo


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Finalmente a arte de rua, ou se preferirem a street art,  assumida, consentida e de autor, chegou a Chaves, com artistas flavienses. Por mim, seja Bem-vinda e espero que continue a embelezar a cidade, os armários de plástico e pt’s elétricos, fachadas degradas ou menos atrativas. Durante esta semana, às prestações, vamos deixar por aqui um desse artistas, que além de pintar, conta estórias ao longo do Jardim do Tabolado – Ficamos com a semana de Alfredo Espírito Santo, hoje com os capítulos I, II e III, sem mais palavras.

 

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Amanhã, continua...

 

 

 

25
Jul19

Arte & Cultura partilham-se no MACNA - Paulo Quintas


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Paulo Quintas (1966 - )

Abstrato 2, 2003

Óleo sobre tela

180 x 120 cm

Da coleção do Novo Banco em exposição no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso - Chaves

 

Paulo Quintas o mais jovem destes pintores(*), tem uma formação artística e uma experiência cultural diferentes, embora não indiferente à obra dos seus predecessores,  trabalhando possibilidades estéticas e técnicas, em registos experimentais com referenciais ao expressionismo abstrato, à abstração, ou à geometria e sinalética. "Abstrato 2" é essencialmente experimental, em torno do exercício da matéria e das inúmeras possibilidades técnicas da pintura e da sua relação com o espaço da tela. O próprio pintor afirma: “As minhas pinturas são sempre objetos inacabados. Prefiro uma arte que me ponha a divagar do que a representar.”

 

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Com Paulo Quintas e o “Abstrato 2”, 2003,  concluímos o conjunto de obras de arte da coleção do Novo Banco expostas no foyer do MACNA, em zona de acesso gratuito, onde para além do conjunto de 5 obras do Novo Banco (Vieira da Silva, Júlio Pomar, Jorge Pinheiro, Ângelo de Sousa e Paulo Quintas), poderá ainda apreciar 3 esculturas do artista flaviense Carlos Barreira, uma escultura de Carlos Pinheiro (Escultores que nos próximos dias passarão por aqui),  e ainda, claro, alguns estudos, óleos e documentos de Nadir Afonso. Estando no MACNA, aqui já com opção a pagar, poderá visitar os 4 salões de exposições, 2 com obras de Nadir Afonso – “Arquitetura sobre tela”, e outros 2 com uma exposição de Helena Almeida – “Habitar a obra”, esta resultante da parceria entre o MACNA e o Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

 

Para saber mais sobre Paulo Quintas:

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Quintas_(pintor_portugu%C3%AAs)

https://contemporanea.pt/edicoes/04-2018/paulo-quintas-pintar-para-dentro

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/paulo-quintas/

 

 

(*) - Vieira da Silva, Júlio Pomar, Jorge Pinheiro, Ângelo de Sousa e Paulo Quintas

 

17
Jul19

Arte & Cultura partilham-se no MACNA - Vieira da Silva


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Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)

Le Pianiste (ou La Musique), 1950

Técnica mista sobre cartão

50 x 37,5 cm

 

Em exposição no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso - Chaves

 

 

Maria Helena Vieira da Silva, cujo percurso artístico é incontornável na história da pintura europeia do século XX, integra na sua obra as mais marcantes experiências artísticas da primeira metade do século. Na pintura Le Pianiste, realizada em 1950, o espaço interior, compacto, compartimentado em múltiplas estruturas intimamente ligadas à cor, em tons castanhos, pretos, cinzentos, beges e brancos, com pequenos apontamentos a azul, remete para a atmosfera intimista de concentração entre o pianista e o seu piano. O pianista, o piano, o teclado, a pauta musical, são representados através de uma linguagem pictórica que explora e reinterpreta as formas essenciais da realidade, oscilando entre a figuração e a abstração. A representação do espaço na sua complexidade estrutural e as inúmeras possibilidades de expressão plástica que este permite, são tema de constantes pesquisas em toda a obra de Vieira da Silva.

 

 

Para ficar a saber mais sobre Maria Helena Vieira da Silva:

 

http://fasvs.pt/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Helena_Vieira_da_Silva

https://gulbenkian.pt/museu/artist/maria-helena-vieira-da-silva/

https://www.escritoriodearte.com/artista/maria-helena-vieira-da-silva

http://ensina.rtp.pt/artigo/helena-vieira-da-silva/

 

 

 

24
Abr19

Cidade de Chaves - Uma proposta cultural...


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Hoje deixo aqui um alerta para os mais distraídos que gostam de arte contemporânea e ainda não viram a exposição de Ema Berta e das 3 Gerações (Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro) que está patente ao público no MACNA - Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso. Pois se ainda não viu estas exposições só terá mais 4 dias para as poder ver, mais precisamente até às 19 horas do próximo domingo.

 

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Mas este alerta não é só para os distraídos que gostam de arte contemporânea, mas para todos em geral, e aqui, além das exposições temporárias como estas que estão de saída, acrescento a restante arte e restantes artistas que estão em permanência, refiro-me a Nadir Afonso e à sua exposição permanente neste espaço, mas também a Álvaro Siza Vieira e o próprio edifício do MACNA, também ele uma obra de arte contemporânea, porque a arte contemporânea não se limita apenas às artes plásticas.

 

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Escultor e Designer João Machado com a Pintora Ema Berta

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De facto esta nova tendência da arte nasce em meados do século passado onde, embora não rompendo de todo com a arte moderna até aí praticada, apresenta expressões e técnicas artísticas inovadoras, incentivando a reflexão subjetiva sobre a obra.

 

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Escultor Carlos Barreira com a Pintora Cristina Valadas

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Uma nova tendência que passou a manifestar-se além das artes plásticas, influenciando também outras artes como as do teatro, música, dança, fotografia, literatura, moda, instalações, etc, ou ainda, com recurso às novas tecnologias e o evoluir da ciência deu origem a vários movimentos como o minimalismo, arte conceitual, híper-realismo, body art, vídeo-art, happening, arte urbana, graffiti, arte póvera, internet art, etc. e outras formas onde os artistas encontrem uma forma de se expressar. A Arte contemporânea passou a valorizar mais o conceito, a atitude e a ideia da obra do que necessariamente o objeto final. A intenção é refletir de modo subjetivo sobre a peça artística, não apenas contempla-la pela sua natureza estética.

 

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Escultura de Carlos Barreira (Fotografia de Filipe Barreira)

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Mas embora a arte contemporânea tivesse encontrado outros espaços para os artistas expressarem e divulgarem a sua arte, tal como espaços ao ar livre, a rua, ou mais alargados e globalizados tal como os espaços que a internet disponibiliza, os museus continuam, cada vez mais, a acolher também todas estas formas de arte e outras que pelas suas características, só aí poderão ser expostas, transformando os museus também num espaço de reflexão que também poderá ser de provocação, exacerbando os sentidos de quem os visita, muito para além da simples apreciação estética da obra de arte.

 

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Pintor João Ribeiro com a Pintora Ema Berta

 

É assim a arte contemporânea, e mesmo que ainda haja por aí algumas mentes conservadoras que lhe queiram resistir em que a arte se limita apenas ao óleo sobre tela, agora a arte é outra, democratizou-se em todos as suas expressões e sentidos.

 

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Oratório e Oklahoma (5 painéis) de João Ribeiro

 

Tudo isto por causa das exposições de Ema Berta e 3 Gerações (Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro) que estão de saída do MACNA, onde, a título de curiosidade está um arista flaviense, o Escultor Carlos Barreira com as suas esculturas com movimentos e sons, onde não falta uma representação da Pedra da Bolideira.

 

 

 

15
Mai18

Passar ao lado de uma grande carreira...


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Nestes momentos de introspeção que às vezes nos invadem, dou comigo a pensar como deixei que grandes carreiras me passassem  ao lado, mesmo ali ao alcance da mão. Hoje arrependo-me de não ter lançado mão a algumas delas, de ter desprezado outras, de minimizar algumas… Hoje já é um pouco tarde para algumas, teria gostado de ser, por exemplo, músico, um bom músico de jazz, dominar a música e alguns instrumentos. Mas enfim, no tempo em que me devia ter dedicado a ela, dediquei-me a outras coisas e hoje tenho de me conformar apenas a ouvir música, o que até nem é mau de todo, mas ser músico, isso é que era… outra coisa para a qual penso que teria jeito era ser artista plástico. Sou bom a imaginar e ver coisas, arte, a vê-la onde ninguém a vê, a senti-la, enfim. Deixo-vos o exemplo daquilo que poderia ser uma tela (ver a foto por cima destas palavras), cujo título seria “o homem que estava a coisar, a fugir de uma onda do mar”. Sim, poderia ser, aparentemente um pouco naif, mas com pormenores de elevado recorte, e haveria de enveredar sempre por títulos que rimassem, transformando-se em poesia pintada, sendo cada tela um ou dois versos, para que os títulos das restantes telas,  encadeados uns nos outros,  pudessem dar  num sublime momento de poesia.  Isso sim, é que seria arte. Não sei, a esta carreira de ser pintor poeta, talvez um dia, se conseguir chegar à reforma, ainda me possa dedicar a ela… penso que ainda poderei ser bom nela! Pelo menos bem melhor que muitos que conheço e que presumem… bem, é melhor ficar-me por aqui que a prosa já vai longa.

 

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Entretanto há também que cair na realidade,  e a minha obra de arte, afinal, não é mais que o nº5 de uma porta qualquer, com um buraco para meter cartas e uma campainha que se calha já não toca para ninguém…  É isso que acontece quando se passa ao lado de uma grande carreira, ou serão puros devaneios!? O melhor é ir-me deitar. Boa noite e até amanhã!

 

 

 

16
Dez16

Exposição Retrospetiva de António Vilanova


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Há muito que o post de hoje deveria ter sido publicado aqui neste blog, mas, sem nunca ter sido esquecido,  foi sendo adiado até uma oportunidade ou um pretexto que lhe desse luz. Em boa hora esse pretexto surgiu e vamos tentar fazer a devida homenagem a um artista flaviense, também ele ilustre, que não o foi mais porque o destino lhe roubou  o tempo de ele subir ao patamar dos mestres, se é que não foi alcançado.

 

António José Rua Vilanova

Chaves, 29 de abril de 1958  -  Chaves, 16 de dezembro de 1997

 

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É verão.

 

O dia apresenta-se magnífico de luz e côr.

 

Num repente, o infinito sol espalha a sua luz, exaltando o recorte dinâmico da agreste paisagem que me rodeia.

 

Quase que me sinto renascer, num ambiente misto de violência e poesia.

 

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Ao mesmo tempo que as cores se multiplicam numa volúpia aparentemente sem fim, os diferentes cheiro emergem do nada, inundando este ambiente carregado de sentimento mágico.

 

O ar revigorante penetra-nos, provocando um clímax indescritível.

 

O olhar, perde-se no pacífico horizonte, fazendo-nos fruir com o silêncio e o esplendor da terra.

 

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Não creio que haja algo tão gratificante, do que observar esta paisagem bela, na qual só interfere do voo de uma ave, o vento, o suave oscilar das plantas ao ritmo de uma reconfortante brisa, os milimétricos reflexos nas calmas águas de uma albufeira, o longínquo som do chocalho de um boi possante e sereno, que aparece entre a floresta de pinheiros. O sol já erecto e dominador, oferece a melhor moldura à majestosidade da paisagem que nos rodeia.

 

O artista, funciona aqui como elo de ligação entre este conjunto dos símbolos visuais e os seus códigos cromáticos, criando uma harmonia de conjunto, através do ritmo das linhas e da sua sonoridade inerente, e a realidade do observador.

 

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Os desenhos que estão presentes neste livro, são memórias, pequenos reflexos, instantâneos dessas paisagens maravilhosas, às quais eu não consegui resistir e que sempre adorarei. São trabalhos do dia a dia, que sob a forma de exercício ou simplesmente de esboço rápido, formam um desenvolvimento diário, sujeito a emoções próprias, a estímulos únicos e concisos, encontrados no mais íntimo do nosso pensar, exaltando toda a essência interior do momento

 

António Vilanova, Chaves, Agosto de 1994

In “ 40 Desenhos do Agreste Transmontano”

 

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Para quem não o conheceu ficam as suas palavras na introdução ao seu livro de 40 gravuras publicadas em 1994, com alguns desenhos ou momentos do Agreste Transmontano ou do Barroso, a jugar pelos três locais que menciona no livro: Pitões das Júnias, Alturas do Barroso e Pisões.

 

Pois dizia eu no início do post que este não tinha acontecido, talvez, por faaltto. Pois o pretexto está agora aí, com uma exposição retrospetiva de António Vilanova  na sala Multiusos do Centro Cultural de Chaves, que abriu no início deste mês e continuará patente ao público até ao final deste mês de dezembro.

 

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E enquanto se vamos  deixando aqui alguns das obras em exposição, vamos dando também a conhecer o seu percurso de vida e artístico ao longo de pouco mais de dez anos.

 

António José Rua Vilanova  frequentou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e, em 1986, ingressou no Curso de Pintura da ESAP.

 

Em finais dos anos 80 torna-se professor de desenho e de fotografia no ensino básico e profissional.

 

Realizou dezenas exposições individuais e coletivas. Obteve alguns prémios em concursos de arte, entre os quais se destaca o Prémio de aquisição na 2ª bienal de Chaves. Está também representado em várias coleções( privadas e públicas) , nacionais e internacionais.

 

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Fica também o registo de alguma da sua obra:

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

 

Galeria do Posto de Turismo de Chaves – 1984/85/88/91

Secretaria de Estado da Comunicação Social – Porto – 1985

Casa de Trás-os-Montes - Porto – 1985/86

Biblioteca municipal de Montalegre – 1985

“VER A BRANCO E PRETO” – Bragança – 1990

“DA CÔR” Instalação – Fin de Siglo – Espanha – 1991

Galeria A Musaraña  - Pontevedra – Espanha – 1991

Pórticos de Noche – “RETRATOS DE UM SOLO LUSO” – Arousa – Espanha – 1992

Galeria do Posto de Turismo – Póvoa de Varzim - 1983

Galeria Galeão – Paredes – 1993

Galeria Labirinto – Porto – 1993

 

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PRINCIPAIS COLECTIVAS

 

Ferreira  Borges – Porto – 1984

Colectiva Internacional de Cartazes – Bagdad .- Rep. Do Irake – 1985

Segunda Bienal  Jovem de Arte Portuguesa – Chaves – 1985

Galeria da Cooperativa Árvore / 24 NOVOS ARTISTAS – Porto – 1989

Fora D’Horas – S.João da Madeira – 1989

Português Suave – Porto – 1989

Espaço Tualca/Novos Artistas da ESAP – Porto – 1989

Museu da Região Flaviense / Arte e Meio – 1990

Intertâmega 91 – Verin – Espanha – 1991

Colectiva Internacional de pintura – A MUSARA^NA – Espanha – 1991

GALAÉCIA 91 – Orense - 1991

Celanova – Espanha – 1991

9  Pintores – Saint Nicholas – Bélgica – 1991

Acervo do Museu da Região Flaviense – Chaves – 1993

Galeria Galeão – Paredes – 1993

 

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TRABALHOS EM VÍDEO

 

“Perfil” – Porto – 1986

“Nada… direcção infinito” – Porto – 1987

“País Real” – Chaves – 1993

“Festa no Barroso” – Chaves - 1993

 

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PERFORMANCES

 

“ UB – GÀ, FOLIE”  - Porto – 1987

Fanzine “DEMOLIR, construir” – Porto 1987

“… VIA ABSINTO” – Juntamente com o Pintor Abel Silva – Ruas do Porto – 1988

 

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PRÉMIOS

 

Prémio de Aquisição – Pintura, na 2ª Bienal Jovem Arte Portuguesa – 1986

Menção Honrosa, C.T.M. – Porto – 1986

 

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REPRESENTAÇÕES

 

Secção de Artes Moderna do Museu da Região Flaviense

A.D.R.A.T. – Chaves

C.T.M. – Porto

GATAT – Gabinete de Apoio ao Alto Tâmega

Município de Sint Nicklas – Bélgica

Ministério da Cultura – Bagdad – Rep. Do Irake

Comissão Regional de Turismo do Alto-Tâmega

Associação Comercial e Industrial de Chaves

Além Portugal, também está representado em Espanha, França, Inglaterra, Bélgica, Alemanha e Brasil.

 

 

 

26
Dez12

Mário Valpaços - Um artista Flaviense


 

Em tempo um amigo dizia-me que “estava morto para que a televisão lá de casa avariasse, para se desfazer do mono e comprar uma nova”. Pois eu por cá, a televisão que tenho serve-me e até sobra, pois pouco lhe ligo, mas o computador, esse, já é outra cantiga. Pois, tal como o meu colega, também eu estava mortinho para que o meu  PC avariasse, não para comprar um novo que as modas não dão para tanto, mas para lhe fazer uma limpeza geral e deixá-lo mais ligeirinho, que às vezes até já parecia o nosso antigo “texas” a subir para a estação de Loivos.  Pois lá me fez a vontade, e depois de uma noite de árduo trabalho, no dia seguinte negou-se a acordar.



Quero com isto dizer que estou sem o meu PC de trabalho e com ele, também ficou a repousar o meu arquivo fotográfico mais recente. Assim, lá tive que ir dar uma voltinha pelas fotos mais antigas, que vão ficando esquecidas, e ainda bem, pois reencontrei uma série de fotos da arte de Mário Valpaços, também ela quase sempre esquecida e nunca apoiada, e é pena, pois embora com muito de arte naïf não deixa de ser rigoroso e bem realista nos materiais que aplica, ou seja, os materiais que aplica nas suas miniaturas são rigorosamente iguais aos existentes na realidade do casario que  lhe serve de inspiração, tanto, que na maior parte das vezes até amostras de cor e outros materiais recolhia. Assim as miniaturas são uma cópia rigorosa da realidade o que, nalguns casos, já faz a história do casario antigo que existiu, pois depois das suas miniaturas executadas ,  algumas já sofreram obras com alteração de formas e materiais.

 


É por estas razões mas também pela sua arte que há muito o Mário Valpaços devia ter um espaço público,  onde a sua coleção de miniaturas pudesse ser apreciada e espaços não faltam. “Chaves dos Pequeninos”, onde o artista poderia alargar a sua coleção, e tanto quanto sei, há disponibilidade por parte do artista e pouco pede em troca, mas como sempre, talvez um dia quando tal seja possível , já seja também demasiado tarde.   

 


Ficam então mais algumas imagens da arte de Mário Valpaços, e digo mais algumas porque outras já por aqui passaram, tal como a sua poesia e um pouco da sua vida, da vida  de um artista singular, longe da fama e do glamour com que os artistas tanto gostam de se fazer acompanhar, pois o Mário Valpaços, com ele, apenas transporta a sua simplicidade e humildade.

 


Para quem quiser saber mais sobre este artista, fica aqui o link para um dos posts que lhe foi dedicado neste blog: http://chaves.blogs.sapo.pt/364102.html

Até amanhã.

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