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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

25
Jun22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Assureiras

Nicho e Cruzeiro


1600-assureiras-b (51)-cruzeiros

Cruzeiro nas Assureiras de Baixo - Chaves

 

Continuando com os símbolos religiosos do nosso concelho de Chaves, no seu registo e inventário, hoje vamos até os das Assureiras, mas apenas em duas Assureiras, nas de baixo com um cruzeiro coberto de aparência recente (últimas dezenas de anos) localizado no largo frontal do cemitério e umas alminhas, que também não me parecem muito antigas, em azulejo colorido assente numa estrutura de pedra, estas junto à estrada nacional, próximas do cruzamento que no leva até às Avelelas, por um lado, e até ao centro da aldeia, pelo outro.

 

1600-assureiras-c (25)-alminhas

Nicho nas Assureiras do Meio - Chaves

 

Fica também, como habitualmente, o mapa do concelho com a localização destes símbolos publicados até hoje neste blog.

 

assureiras.png

 

Continuação de um bom fim de semana.

 

 

 

07
Dez19

As Três Assureiras de Chaves

ou portelas das tês vilas - (vídeo)


3-1600-assureiras-b (70)-video.jpg

Assureiras de Cima com Castelo de Monforte ao fundo

 

As Três Assureiras ou Portela das Três Vilas

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que não tiveram o seu resumo fotográfico em vídeo, aquando do seu post, trazemos hoje aqui o vídeo das aldeias das três Assureiras: Assureira de Baixo, Assureira do Meio e Assureiras de Cima .

 

 

 

 

Link para ver diretamente no youtube no tamanho original ou para partilhar:

https://youtu.be/Z99ztEqBNDw

 

 

22
Abr17

Assureiras de Baixo - Chaves - Portugal


1600-assureiras-b-26 (19)

 

Inevitavelmente ao deixarmos o vale de Chaves temos de subir às montanhas que o rodeiam. Se subirmos em direção a terras de Monforte, depois de Faiões, temos de atravessar as três vilas ou as três Assureiras, começando pelas de baixo, de onde são as três imagens de hoje.

 

1600-assureiras-b (13)

 

Assureiras de Baixo que se arrumaram ao lado da E.N.103, estrada  que atravessa Portugal desde o litoral minhoto (Neiva) até ao limite de Trás-os-Montes (Bragança), atravessando também o concelho de Chaves numa extensão de trinta e poucos quilómetros, mas curiosamente, das nossas cento e cinquenta aldeias, apenas dez aldeias a “quiseram” por companhia.

 

1600-assureiras-b (62)

 

Ficam então as três habituais imagens com três modos diferentes de ver mais uma vez esta aldeias. As outras duas Assureiras, ficam para os próximos sábados.

 

 

22
Mar15

Assureiras de Baixo - Uma das três vilas


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 Já há muito que tinha chegado à conclusão que são as coisas simples as que mais me apaixonam. E entenda-se por coisas simples tudo que é simples, não só aquilo que é material, mas também o imaterial, os sentimentos por exemplo, as atitudes, os atos, os gestos, e as coisas que as pessoas fazem quando são simples, com sonhos simples, apenas do tamanho da necessidade e mais um bocadinho, mas apenas se puder ser.

 

É na simplicidade que se encontra a beleza, o amor, a felicidade. É um pouco como ser criança durante toda a vida, comer quando se tem fome, adormecer quando se tem sono. É por isso que gosto dos fins de semana e de regressar às aldeias, a um mundo que já não existe.

1600-assureiras-b (8)

E com tudo isto chego também à conclusão que é complicado entender as coisas simples, ser-se simples, com essa simplicidade que hoje só se encontra às vezes esquecida ou ignorada no meio de tanta complexidade. Digo eu, que de vez em quando também gosto de dar liberdade à escrita para dizer o que penso que me vai na alma para justificar e explicar coisas que às vezes não têm explicação.

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Não sei se entenderam o discurso, mas se não entenderam, não se preocupem, que eu, o próprio que o escreveu ainda estou pra ver se o entendo. Mas uma coisa vos garanto, é sincero, mesmo que não tivesse dito nada daquilo a que me propunha dizer. Há dias assim!

 

 

20
Mar11

Assureiras de Baixo - Mais uma vez


 

 

 

Aqui as promessas cumprem-se e há que cumprir esta, a de trazer por aqui as nossas aldeias aos fins-de-semana.

 


 

E depois da ronda por todas as aldeias, agora e enquanto a nova ronda também prometida não acontecer, vão acontecendo por aqui as aldeias, um pouco ao acaso.

 


 

Hoje, Assureiras de Baixo, com mais três olhares que não couberam no post que foi dedicado à aldeia.

 

 

 

 

 

06
Jun10

São Quase da Família


Cada vez há menos e, estes, não aderiram ao fenómeno do despovoamento do nosso mundo rural, pois não partiram para parte alguma, antes, foram-se extinguindo com a partida dos donos e por não fazerem parte dos planos dos novos mundos, também eles, vão sendo resistentes e também guerrilheiros nos seus pequenos territórios que também são as aldeias (as suas) que o destino lhes ditou para viverem. Animais de trabalho, de estimação de companhia de sobrevivência.

 

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Quem conhece o mundo rural, sabe que os animais fazem quase parte da família e, embora não comunguem da mesa e do berço desta, têm também direito ao seu espaço, à sua mesa e à sua cama e,  tal como à família, é-lhes dado amor, amizade, carinho e até um nome e respeito, mas também se lhes exige fidelidade, a colaboração no trabalho, as suas responsabilidades do dia-a-dia e também a contribuição para o orçamento familiar.

 

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Com a devida diferença de amores, amam-se como a um filho, aprecia-se-lhes a força, o carácter ou a esperteza, mas também a amizade, a companhia e sobretudo a fidelidade.

 

Quase nada conversadores, são no entanto bons ouvintes. Ouvem sonhos e lamentos, segredos, devaneios e certezas, quase sem pestanejar, ouvem, e ouvem, vão ouvindo sempre, parecem indiferentes, mas ouvem e, desde sempre, é-lhes apreciada a confidencialidade. Nunca nenhum traiu o seu dono e amigo com ditos e não ditos ou o contar de um segredo…também por isso se lhes aprecia a amizade e companhia.

 

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São como da família e não admira que os resistentes os queiram com orgulho e encaixilhados ao seu lado no retrato… mas é preciso subir ao nível dos valores do mundo rural para se entender tudo isto…

 

Ficam três imagens do nosso mundo rural flaviense, pedidas e consentidas que farão o orgulho da resistência por um dia terem aparecido na INTERNET, mesmo sem saberem e perceberem muito bem o quê isso é…

12
Abr08

Portela das Três Vilas - Vila de Baixo - Chaves - Portugal




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Portela das três Vilas

 

Hoje vamos até à Vila de Baixo das três Portelas, que é como quem diz, vamos até às Assureiras de Baixo.

 

Como sempre a literatura sobre as nossas aldeias é escassa ou nula e se a há, está dispersa. Assim, temos que entrar aldeia adentro e ir perguntado o que a aldeia tem ou não tem, do que vive, quantos são, o que de interessante tem para oferecer, etc.

 

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Hoje iniciei precisamente o post com o nome de Portela das três Vilas em vez de Assureiras e, fi-lo propositadamente, pois foi uma das coisas que por lá aprendi, ou seja, quando tentei compreender os limites das três Assureiras, lá me foram explicando,  mas terminaram dizendo-me: - Isso é agora, pois na escola ensinaram-me que eram as Três Vilas, a Vila de Baixo, a do Meio e a de Cima.

 

Na realidade e consultando a cartografia do exército mais antiga (1954) e mais recente (1995) e também toda a cartografia actual, não há consenso quanto às Assureiras, pois numas cartas apenas aparecem Assureiras (sem baixo, meio ou cima), noutras, apenas aparecem as Assureiras do Meio e numa delas até aparece Porto de Assureiras. Consensual (em todas) só mesmo o lugar da Portela das Três Vilas que, estas sim,  aparecem em todas as cartas militares.

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É apenas um pormenor curioso das Três Portelas ou das Três Assureiras, pois oficialmente na divisão politico-geográfica do concelho, apenas existe a aldeia das Assureiras, como pertença da fregueisia de Águas Frias. A Portela das Três Vilas só existe no mapa e na memória dos mais velhos que as aprenderam na escola primária e por último, as Assureiras de Baixo, do Meio e de Cima, que são as que existem na realidade, são reconhecidas pelos respectivos populares e até estão assinaladas na placas de trânsito da Estrada Nacional, realidade que parece ser bem conhecida pelas Estradas de Portugal, pois até já teve o cuidado de substituir o sinal de perigo das tradicionais criancinhas a correr para a (ou) da escola, por dois velhinhos, já vergados pela idade e apoiados numa bengala. Aliás, na maioria das nossas aldeias,  todos os sinais das criancinhas,  deveriam ser retirados e substituídos pelos do casal de velhinhos, uma vez que a grande maioria das escolas fecharam ou vão fechar ainda e nas nossas aldeias apenas restam os tais casais de velhinhos. É uma triste realidade da qual tenho dado por aqui conta e que é conhecida por todos e ignorada por muitos, principalmente por quem tem responsabilidades na matéria e nada faz contra o desertificar das nossas aldeias e do nosso interior. É tudo, ao que parece, uma questão de moda e modernidade de tudo concentrar em grandes centros, com as pessoas nas grandes cidades, o turismo no Algarve e na Madeira, o comércio nas grandes superfícies, o dinheiro nos bancos, etc, coisa e tal… e viva a modernidade, que é porreira, pá. As tradições, a identidade (singular) de um povo, a genuinidade, são coisas que não interessam e são apenas pertença de um povo atrasado e ignorante que nada tem a ver com a modernidade, que graças aos filhos que esse mesmo povo criou, educou e estudou (sabe-se lá com que sacrifícios) e agora o condena, assim, a uma espécie em vias de extinção.

 

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Quando chego a uma aldeia, costumo perguntar onde está o povo daquela terra e todas me respondem que antigamente havia muita gente, mas partiram todos e só ficaram os velhos, mas, dizem-me sempre: - Venha cá em Agosto e vai ver como estas ruas se enchem de gente. Eis a prova, provada e conhecida por todos nós, de que quem parte leva sempre a terrinha no coração e só partiu, porque foi obrigado e, as suas aldeias nada lhe ofereceram para que nela possam constituir a sua família e dar-lhes alguma dignidade, porque as (novas) oportunidades, estão todas nas cidades (nas grandes).

 

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O engraçado disto tudo é que os boys responsáveis por esta situação estão atentos e, a questão da cultura e educação do nosso povo já a começaram a resolver com  “as novas oportunidades” (pelo menos em números para a CEE) e não vai tardar nada e toda a gente vai ter pelo menos o 12º ano. Quanto à resolução de fundo do problema da desertificação do interior, também não podemos dizer que não estão atentos, pelo menos a julgar pelos projectos megalómanos que têm em agenda, como o TGV, a nova ponte de Lisboa e o novo Aeroporto Internacional de Lisboa. Tudo aponta para que dentro de uma dezena de anos, com a gente que vai vir de TGV ou de avião para o novo aeroporto, basta-lhe atravessar a nova ponte e termos o problema do interior resolvido, ou quase, só falta mesmo mandarem a ASAE actuar e entrar nas aldeias, com as suas “campanhas de sensibilização”, pois não tarda nada e o pouco presunto de Chaves que ainda há, não poderá ser produzido se o reco a “cebar” não tiver água canalizada e casa de banho privativa, para além (claro) de não poder comer directamente da gamela nem as suas refeições serem preparadas sem luvas… lá chegaremos.

 

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Desculpas, mil desculpas mesmo para as Assureiras de Baixo da qual me aproveitei para deixar por aqui alguns dos meus lamentos.

 

Pois vamos lá às Assureiras de Baixo ou se preferirem até à Vila de baixo das Três Portelas, que embora não se enquadre totalmente nas aldeias desertificadas pelos bons acessos que tem até à cidade, onde a maioria da sua população mais jovem trabalha, também é habitada nos seus dias pelos mais idosos e reformados que lá vão cuidado dos campos como podem, mas mais por distracção ou para consumo próprio. Jovens agricultores, um ou dois a tempo inteiro, lá se vão aventurando com algum gado, vacas e ovelhas, para além de outras culturas.

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Assureiras de Baixo, pertencem à freguesia de Águas Frias, ficam a 10 quilómetros de Chaves e acomodam-se do lado direito da Estrada Nacional 103, como quem vai de Chaves para Vinhais. Agrícola por excelência, nela se produz boa batata, algum centeio, vinho bom sem ser muito encorpado e cereja, esta última pegou na moda dos últimos anos por aquelas terras. No entanto a sua maior riqueza talvez seja mesmo aquela que guardam nas adegas frescas e secas, o presunto, do genuíno presunto de Chaves, mas que não é para todas as bocas. Pois enquanto lá para baixo vão comendo o presunto de Chaves made in spain, aqui o povinho ainda come do bom e muito bem, pois cada um come aquilo que merece.


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Presunto de Chaves

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Pessoas, nestas Assureiras, são à volta de 60, escola não há, mas em todas as Assureiras ainda se conta 8 crianças em idade escolar que são repartidas pelas escolas de Chaves e Águas Frias.

 

Festa, já festejaram o Stº Amaro a 15 de Janeiro, agora só já há gente e dinheiro para a missa que se vai rezando na data.

 

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E quanto à história da aldeia o que temos!? Talvez alguma coisa ou pouca coisa, depende dos entendidos, pois se há quem defenda que por aqui passou uma das seis vias romanas que partiam ou passavam por Chaves, como a importante via militar de Bracara Augusta a Asturica Augusta, outros há que contestam. Eu nisso, não me meto.

 

Quanto ao topónimo e pondo de parte a questão da Portela das Três Vilas, o Padre João Vaz de Amorim, referem que o nome Assureiras provém de Azoreiras, topónimo que alguns documentos de Oviedo do Século VIII, IX e X, empregam para designar matas, montes ou devesas, destinadas essencialmente para a produção de lenhas.

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E pelas Assureiras de Baixo ou Vila da Portela de Baixo,  vai sendo tudo. Fica a promessa que também passaremos pela Vila do Meio e pela Vila de Cima.

 

Resta agradecer a simpatia com que fomos recebidos e o “copo” que numa tarde quente de primavera,  pode-se dizer que caiu que nem ginjas, para fazer jus a terra de cereja.

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