Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

02
Out13

Resultados Autárquicos - Concelho de Chaves


Câmara Municipal


PPD/PSD – 39.41% - 9.767 votos  - 3 mandatos

PS – 29.71% - 7.363 votos – 3 mandatos

XIII – 14.95% – 3.706 votos – 1 mandatos

PCP – PEV – 6.24% - 1.547 votos

CDS-PP – 3.15% - 780 votos

 

Em Branco – 3.65% - 905 votos

Nulos – 2.89% - 717 votos

Votantes – 24.785

Inscritos – 46.095

 

 

Assembleia  Municipal


PPD/PSD – 39.80% - 9.858 votos  - 18 mandatos

PS – 28.78% - 7.127 votos – 13 mandatos

XIII – 14.95% – 3.578 votos – 6 mandatos

PCP – PEV – 6.24% - 1.619 votos  - 2 mandatos

CDS-PP – 3.15% - 819 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 4.03% - 999 votos

Nulos – 3.10% - 767 votos

Votantes – 24.767

Inscritos – 46.095

 

Assembleias de Freguesia

 

Águas Frias


PS – 46.86% – 254 votos – 4 mandatos

PPD/PSD – 33.76% - 183 votos  -2 mandatos

XIII – 12.92% - 70 votos – 1 mandato

PCP – PEV – 0.74% - 4 votos

 

Em Branco – 2.58% - 14 votos

Nulos – 3.14% - 17 votos

 

Anelhe


PPD/PSD – 54.69% - 169 votos  - 4 mandatos

PS – 29.13% – 90 votos – 2 mandatos

XIII – 11% - 34 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 1.62% - 5 votos

Nulos – 3.56% - 11 votos

 

Bustelo


PPD/PSD – 71.71% - 251 votos  -6 mandatos

XIII – 16% - 56 votos – 1 mandato

PS – 9.71% – 34 votos

 

Em Branco – 0.57% - 2 votos

Nulos – 2% - 7 votos

 

Calvão e Soutelinho da Raia


PS – 57.33% – 215 votos – 5 mandatos

PPD/PSD – 32.53% - 122 votos  -2 mandatos

PCP –PEV – 4% - 15 votos

 

Em Branco – 3.47% - 13 votos

Nulos – 2.67% - 10 votos

 

Cimo de Vila da Castanheira


PPD/PSD – 47.74% - 169 votos  - 4 mandatos

PS – 44.63% – 158 votos – 3 mandatos

CDS-PP – 3.67% - 13 votos

 

Em Branco – 1.41% - 5 votos

Nulos – 2.54% - 9 votos

 

Curalha


PS – 53.29% – 178 votos – 4 mandatos

PPD/PSD – 35.03% - 117 votos  - 3 mandatos

XIII – 7.78% - 26 votos

 

Em Branco – 2.40% - 8 votos

Nulos – 1.50% - 5 votos

 

Eiras, São Julião de Montenegro e Cela


PPD/PSD – 42.19% - 289 votos  - 4 mandatos

XIII – 40.29% - 246 votos – 4 mandatos

PS – 13.14% – 90 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 1.31% - 9 votos

Nulos – 3.07% - 21 votos

 

Ervededo


PPD/PSD – 44.91% - 225 votos  - 4 mandatos

PS – 30.74% – 154 votos – 2 mandatos

XIII – 16.57% - 83 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 3.59% - 18 votos

Nulos – 4.19% - 21 votos

 

Faiões


PPD/PSD – 43.18% - 228 votos  - 4 mandatos

PS – 26.52% – 140 votos – 2 mandatos

XIII – 17.23% - 91 votos – 1 mandato

PCP – PEV – 4.73% - 25 votos

 

Em Branco – 4.17% - 22 votos

Nulos – 4.17% - 22 votos

 

Lamadarcos


PS – 47.89% – 136 votos – 4 mandatos

PPD/PSD – 45.77% - 130 votos  - 3 mandatos

 

Em Branco – 4.23% - 12 votos

Nulos – 2.11% - 6 votos

 

Loivos e Póvoa de Agrações


PPD/PSD – 46.62% - 269 votos  - 5 mandatos

V – 24.61% - 142 votos – 2 mandatos

PS – 21.14% – 122 votos – 2 mandatos

CDS-PP – 1.73% - 10 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 1.73% - 10 votos

Nulos – 4.16% - 24 votos

 

Madalena e Samaiões


PPD/PSD – 34.11% - 602 votos  - 4 mandatos

XIII – 26.46% - 467 votos – 3 mandatos

PS – 24.82% – 438 votos – 2 mandato

PCP – PEV – 4.65 % - 82 votos

CDS-PP – 2.27% - 40 votos

 

Em Branco – 4.48% - 79 votos

Nulos – 3.23% - 57 votos

 

Mairos


PS – 62.80% – 157 votos – 5 mandatos

PPD/PSD – 33.20% - 83 votos  - 2 mandatos

 

Em Branco – 0.80% - 2 votos

Nulos – 3.20% - 8 votos

 

Moreiras


PPD/PSD – 69.08% - 143 votos  - 5 mandatos

PS – 27.54% – 57 votos – 2 mandatos

 

Em Branco – 1.45% - 3 votos

Nulos – 1.93% - 4 votos

 

Nogueira da Montanha


XIII – 46.46% - 210 votos – 4 mandatos

PPD/PSD – 43.14% - 195 votos  - 3 mandatos

PS – 7.08% – 32 votos

 

Em Branco – 1.33% - 6 votos

Nulos – 1.99% - 9 votos

 

Oura


PPD/PSD – 62.59% - 261 votos  - 5 mandatos

PS – 33.57% – 140 votos – 2 mandato

 

Em Branco – 2.40% - 10 votos

Nulos – 1.44% - 6 votos

 

Outeiro Seco


PPD/PSD – 61.51% - 334 votos  - 5 mandatos

PS – 28.55% – 155 votos – 2 mandato

PCP – PEV – 4.60% - 25 votos

 

Em Branco – 2.76% - 15 votos

Nulos – 2.58% - 14 votos

 

Paradela


PS – 60.43% – 113 votos – 5 mandatos

PPD/PSD – 33.16% - 62 votos  - 2 mandatos

 

Em Branco – 5.88% - 11 votos

Nulos – 0.53% - 1 votos

 

Planalto de Monforte (Oucidres e Bobadela)


PPD/PSD – 57.60% - 163 votos  - 4 mandatos

PS – 37.81% –107 votos – 3 mandato

PCP – PEV – 2.47% - 7 votos 

 

Em Branco – 0.71% - 2 votos

Nulos – 1.41% - 4 votos

 

Redondelo


PPD/PSD – 53.99% - 196 votos  - 4 mandatos

PS – 40.22% – 146 votos – 3 mandatos

 

Em Branco –2.20% - 8 votos

Nulos – 3.58% - 13 votos

 

Sanfins


PPD/PSD – 50.26% - 95 votos  - 4 mandatos

PS – 45.50% – 86 votos – 3 mandato

 

Em Branco – 1.06% - 2 votos

Nulos – 3.17% - 6 votos

 

Santa Cruz/Trindade e Sanjurge


PPD/PSD – 37.78% - 643 votos  - 4 mandatos

PS – 32.61% – 555 votos – 4 mandatos

XIII – 13.81% - 235 votos – 1 mandato

PCP – PEV – 6.58% - 112 votos

CDS-PP – 3.06% - 52 votos

 

Em Branco – 3.23% - 55 votos

Nulos – 2.94% - 50 votos

 

Santa Leocádia


XIII – 51.48% - 139 votos – 4 mandatos

PPD/PSD – 35.19% - 95 votos  - 3 mandatos

PS – 8.52% – 23 votos

 

Em Branco – 1.85% - 5 votos

Nulos – 2.96% - 8 votos

 

Santa Maria Maior


PPD/PSD – 37.90% - 2.195 votos  - 6 mandatos

PS – 25.18% – 1.458 votos – 4 mandato

XIII – 17.82% - 1.032 votos – 2 mandato

PCP – PEV – 9.12% - 528 votos  - 1 mandatos

CDS-PP – 3.02% - 175 votos

 

Em Branco – 3.40% - 197 votos

Nulos – 3.56% - 206 votos

 

Santo António de Monforte


PPD/PSD – 46.76% - 159 votos  - 4 mandatos

PS – 44.12% – 150 votos – 3 mandatos

XIII – 2.94% - 10 votos

PCP – PEV – 1.18% - 4 votos

 

Em Branco – 2.65% - 9 votos

Nulos – 2.35% - 8 votos

 

Santo Estêvão


PPD/PSD – 62.12% - 223 votos  - 5 mandatos

PS – 30.64% – 110 votos – 2 mandato

 

Em Branco – 4.18% - 15 votos

Nulos – 3.06% - 11 votos

 

São Pedro de Agostém


PPD/PSD – 46.76% - 367 votos  - 5 mandatos

PS – 30.37% – 249 votos – 3 mandatos

XIII – 14.88% - 122 votos – 1 mandato

CDS-PP – 3.17% - 26 votos

PCP – PEV – 2.20% - 18 votos

 

Em Branco – 2.07% - 17 votos

Nulos – 2.56% - 21 votos

 

São Vicente da Raia


PPD/PSD – 52.17% - 108 votos  - 4 mandatos

XIII – 31.40% - 65 votos – 2 mandatos

PS – 11.11% – 23 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 2.42% - 5 votos

Nulos – 2.90% - 6 votos

 

Soutelo e Seara Velha


PPD/PSD – 63.53% - 263 votos  - 5 mandatos

XIII – 15.94% - 66 votos – 1 mandato

PS – 13.29% – 55 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 4.11% - 17 votos

Nulos – 3.14% - 13 votos

 

Travancas e Roriz


PS – 47.75% – 180 votos – 4 mandatos

PPD/PSD – 20.95% - 79 votos  - 2 mandatos

XIII – 20.42% - 77 votos – 1 mandato

PCP – PEV – 4.51% - 17 votos

 

Em Branco – 3.18% - 12 votos

Nulos – 3.18% - 12 votos

 

Tronco


PPD/PSD – 60.30% - 120 votos  - 5 mandatos

XIII – 20.60% - 41 votos – 1 mandato

PS – 14.57% – 29 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 0.50% - 1 votos

Nulos – 4.02% - 8 votos

 

Valdanta


PPD/PSD – 61.78% - 548 votos  - 7 mandatos

PS – 13.08% – 116 votos – 1 mandato

XIII – 9.70% - 86 votos – 1 mandato

PCP – PEV – 5.52% - 49 votos  

CDS-PP – 3.61% - 32 votos

 

Em Branco – 3.27% - 29 votos

Nulos – 3.04% - 27 votos

 

Vidago (Vidago – Arcossó – Selhariz e Vilarinho das Paranheiras)


PPD/PSD – 47.70% - 602 votos  - 5 mandatos

PS – 34.94% – 441 votos – 3 mandatos

CDS-PP – 9.67% - 122 votos – 1 mandato

XIII – 2.14% - 27 votos

 

Em Branco – 2.77% - 35 votos

Nulos – 2.77% - 35 votos

 

Vilar de Nantes


PPD/PSD – 38.29% - 384 votos  - 4 mandatos

PS – 24.23% – 243 votos – 3 mandatos

XIII – 19.84% - 199 votos – 2 mandatos

CDS-PP – 5.88% - 59 votos

PCP – PEV – 3.89% - 39 votos

 

Em Branco – 3.49% - 35 votos

Nulos – 4.39% - 44 votos

 

Vilarelho da Raia


PPD/PSD – 58.88% - 242 votos  - 5 mandatos

XIII – 19.22% - 79 votos – 1 mandato

PS – 12.90% – 53 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 6.57% - 27 votos

Nulos – 2.43% - 10 votos

 

Vila Boas


PPD/PSD – 75.37% - 101 votos  - 6 mandatos

PS – 17.91% – 24 votos – 1 mandato

 

Em Branco – 4.48% - 6 votos

Nulos – 2.24% - 3 votos

 

Vila Verde da Raia


PPD/PSD – 38.80% - 232 votos  - 3 mandatos

PS – 27.76% – 166 votos – 2 mandatos

XIII – 26.09% - 156 votos – 2 mandatos

 

Em Branco – 4.85% - 29 votos

Nulos – 2.51% - 15 votos

 

Vilela do Tâmega


PPD/PSD – 65.03% - 186 votos  - 6 mandatos

PS – 21.33% – 61 votos – 1 mandato

CDS-PP – 9.09% - 26 votos

 

Em Branco – 1.75% - 5 votos

Nulos – 2.80% - 8 votos

 

Vilela Seca


PPD/PSD – 52.26% - 127 votos  - 4 mandatos

PS – 42.80% – 104 votos – 3 mandatos

 

Em Branco – 2.06% - 5 votos

Nulos – 2.88% - 7 votos



30
Set13

Resultados Autárquicos


Para quem vem por aqui à procura das novidades autárquicas do concelho de Chaves, ficam os resultados para a Câmara Municipal após a contagem terminada:

 

PSD – 9767 votos – 3 Mandatos


PS – 7363 votos – 3 Mandatos


Independentes - MAI – XIII – 3706 votos -  1 Mandato

 

Para mais logo, deixaremos por aqui os restantes resultados.



23
Set13

Coisas simples e pequenas


 

Embora com a minha ausência devidamente justificada, não tenho estado bem comigo porque prometi  trazer aqui algumas palavras de 15 em 15 dias e não consegui cumprir. Mesmos que os motivos que me levaram a tal possam servir de desculpa, nunca há desculpa para uma palavra dada. Fui educado assim e assim terei de morrer – a palavra vale tudo, ou seja a verdade, ou seja, o cumprir a promessa.


Mas mesmo havendo motivos para não poder ter estado aqui,  também a actual situação de estarmos em plena campanha eleitoral me castrava a liberdade de dizer o que tenho a dizer sobre a cidade de Chaves, não vão as más línguas pensar que estou a apelar ao voto a um em detrimento de outros, logo eu que não voto em nenhum. Mas mesmo assim, não resisto a deixar aqui umas breves palavras, isentas, sobre a atual campanha e toda a propaganda que lhe está afecta, a que está visível nas ruas, e a que anda por aí espalhada em panfletos e revistas.


Comecemos pelas palavras que se vão vertendo nos panfletos e revistas, todos  eles com a lengalenga do costume, de tudo prometer e reprometer aquilo que o povo quer ver prometido e que nunca foi nem será cumprido, porque já é mais que sabido e provado que promessa de político não é para cumprir. O que interessa é chegar lá, ao poder, depois logo se vê o que se poderá fazer de acordo com os interesses dominantes dos que verdadeiramente dominam porque têm dinheiro para comprar aquilo que querem e dominar. Claro que há excepções, mas em  Chaves está à vista que não o tem sido.




Mas o que mais impressiona é a luta e ganância pelo poder.  Vale de tudo para o alcançar. Despidos de pudor e moral, não há princípios ou doutrinas que sustentem a corrida ao poder. Com as ideologias  perdidas nos fundos de uma gaveta qualquer que já nem se sabe qual é, os partidos servem apenas como o meio mais fácil de participar na corrida, principalmente os dois que vão alternado no poder, e se num não houver hipótese de se estar entre os que se impõem então despe-se a camisola e veste-se outra de outra cor, ou da mesma cor mas de outra equipa, que agora as cores já de pouco valem ou interessam. E quem diz mudar de equipa também diz mudar de terra, de concelho para poder continuar no poder que a Lei lhe veda, não fosse o tuga especialista em contornar tudo aquilo que parece incontornável – há sempre uma maneira de. E quando todas as equipas se esgotam, forma-se uma, só assim se explica a proliferação dos ditos Movimentos Independentes feito com gente filiada nos dois partidos do arco do poder  e que não foram selecionados para a equipa do respectivo partido de filiação.


Mas também os candidatos parecem querer esconder as suas origens na propaganda eleitoral, fazendo impor a pessoa ao partido, gerando a confusão da identificação partidária, ou do símbolo partidário. Também já lá vai o tempo em que o símbolo e a cor identificavam a léguas os candidatos e os partidos. O vermelho para os partidos de esquerda, o laranja para o do centro e o azul para os de direita. Agora é tudo azul e quanto a esquerdas, centros e direitas, só os mais pequenos vão respeitando as tendências, e só porque lhes dá jeito. Tanto faz ser do PC, do CDS, do PSD, do PS ou Independente, o azul é a cor da moda propagandística e o símbolo do partido – a foice e o martelo (que raramente se vê), o punho fechado que já tentou ser rosa, as três setas viradas ao alto e a bola ao centro, aparecem bem pequenino, disfarçado atrás de sorrisos falsos e rostos (às vezes)  atraentes de Photoshop. Quanto ao  ovo kinder que o chefe do movimento independente já usou quando se candidatava pelo PSD, também vai aparecendo, mas esse tanto faz que apareça como não, não tem qualquer significado, quando muito poderá fazer crescer água na boca aos gulosos que gostam de chocolate.

 

Assim, em Chaves, vote em quem votar, vai votar no azul.


A.Adolfo

06
Set13

Discursos sobre a cidade - Por António de Souza e Silva


 


AUTÁRQUICAS 2013

HONRADEZ. DESÍGNIO. ESFORÇO (TRABALHO)

 

 

I

 

Não sou de pena leve, simples e fácil.


Minhas mãos não trazem o pincel do artista, em prosa ou poesia arrebatada, frases eloquentes, de vibrar plateias.


Não tenho a fibra argumentativa dos interlocutores inflamados do foro quando na barra dos tribunais nem a voz vibrante dos que, através do púlpito, galvanizam a plateia de fiéis, afiançando-lhes a conquista da terra prometida ou a vida eterna!


Meu berço foi a terra dos cavadores da vinha que, com o ferro do monte, a enxada e a picareta às costas, todos os dias, de sol a sol, mourejavam, atacando os fraguedos de uma terra ingrata, que um rio indomável, ao longo de séculos e gerações, moldou, em cerros e cerros sem fim, para os transformar em patamares, verdadeiros jardins suspensos, metendo inveja aos míticos da Babilónia. Produzindo um precioso néctar, orgulho das puras divindades do Olimpo e autêntico deleite do mais comum dos mortais na terra.


Trago, assim, no meu ADN, a história ingrata de sofrimento de muitas gerações que me precederam e que aqui morreram na luta constante contra uma terra dura e árdua e com a qual mal se ganhava o pão para cada dia. Pão feito poeira que respiravam quando o guilho penetrava na terra pedregosa para depositar uma planta que na primavera se vestia de verde, no verão de transformava em frutos cor de sangue, ora adoçando o dia-a-dia rude e triste, ora provocando o esquecimento, encharcando as agruras da vida no sumo acre entretanto produzido, e, no outono, vestindo-se de mil cores, anuncia já o renascer, interminável, de um novo ciclo.


Destes homens, dos quais provenho, sempre lhes vi, estampado no rosto, duas coisas: o suor, produto de uma labuta constante com a terra para ganharem a vida, o seu sustento e o dos seus; e as rugas, cravadas no rosto, sinal de preocupação pelo trabalho e labuta diária na terra que, embora não sendo deles, lhes dava o parco sustento. Rugas cravadas pela constante preocupação pelo cumprimento da palavra dada, resultante de compromissos assumidos, querendo-os cumprir honradamente.


Porque, aquela terra, berço da nossa portugalidade – terra de Egas Moniz e onde se fez homem para a luta Afonso Henriques – não é(ra) palco de facilidades.


Sabemos o quão duro foi encontrarmos uma identidade própria: com luta, trabalho, amor à terra, honestidade e, acima de tudo, uma vontade indomável de prosseguirmos um objetivo, um destino comum – termos uma terra nossa; sermos autónomos; construirmos uma comunidade própria, baseada numa identidade de partilha de ideias e valores comuns.


Por isso não posso estar mais de acordo com um dos nossos maiores quando, numa das suas obras, que muito admiro, – Poemas Ibéricos – faz a apologia da terra (Ibéria) ao afirmar que somos os humildes filhos de uma mãe rude e pobre (a Ibéria) mas dotada de uma grandeza de que nos devemos orgulhar.


É, como afirma Teresa Rita Lopes, no seu escrito “A Ibéria, de Torga e «Nós, Portugal e o Poder Ser», de Pessoa”, ao seu apelo que devemos acudir, não ao do mar, a sereia traiçoeira.


Por isso Torga exorta Sancho a que regresse ao seu arado desta forma:


Olha esta Ibéria que te foi roubada

E que só terá paz quando for tua.”

 

Para que tal aconteça é preciso que Sancho a recupere, de arado em punho, rejeitando traiçoeiros sonhos de grandeza e volte a cultivar os seus campos e a travar a tal quotidiana «batalha de ser fiel à vida». Porque, para Torga, Terra e Vida, equivalem-se.

 

II

 

Estamos debaixo de uma terrível crise.


Que não é apenas económica e financeira.


É, essencialmente, moral, de valores.


E temos à porta as eleições autárquicas.


Para os mais distraídos, a propaganda afixada, a todos nos lembra.


Mas todos sabemos que, a crise de que tanta se fala, não passa verdadeiramente de uma autêntica espoliação que, com a conivência, hipócrita e cretina, dos ilustres dirigentes que nos governa(ra)m, nos estão fazendo. Embora nós nos tenhamos posto a jeito!


Porque fomos nos contos da sereia dos euros que a Europa, dita rica, nos deram. Tal como, no passado, com as Descobertas, aconteceu com a canela e o cravo das Índias e o ouro e os escravos dos Brasis.


É chegado o momento de profunda reflexão. De acabar com os sonhos de grandeza. E descermos, termos os pés bem assentes na terra. A nossa terra, nossa essencial matriz.


É hora de fazermos «orelhas moucas» àqueles que muito nos prometem, quando, se forem verdadeiros e honrados, sabem que nem uma décima parte daquilo que dizem acreditam, ou sequer pensam (ou podem) cumprir.


Há que, tal como o velho Egas Moniz, primeiro, lutar pela nossa honradez, pela palavra dada, cumprindo o que devemos, de forma justa, não espoliativa, lutando contra esses agiotas do capital internacional que outra coisa não pretendem senão obter a nossa terra a preço de saldo. Mas, para que tal aconteça, é necessário que surjam, apareçam, verdeiros portugueses, de fibra, e não estes tripa-moles que, a qualquer ameaça, se borram todos!


Depois, com vontade intrépida e resolutamente determinada, de todos, e em conjunto, arregaçarmos as mangas e voltar ao trabalho, ao amanho da «terra», que tão longamente descurámos!...


E com um verdadeiro desígnio em mente para aquilo que queremos fazer dela.


Modestamente, só com uma postura destas é que nos podemos erguer e voltarmos a poder contar às novas gerações uma nova gesta. Caso contrário, não passaremos de uma simples, humilde e pobre possessão de uma Europa dos ricos, onde mandam os monopólios e ditam ordens as multinacionais…

 

III

 

Encarei com otimismo uma certa postura saída da Convenção Autárquica do Partido Socialista de Chaves do passado dia 1 de Setembro.


O honrar, em primeiro lugar, os compromissos (pagar as dívidas). O trabalhar, todos em conjunto, quer sejam do PS ou de qualquer fação partidária ou anónimo munícipe.


É um bom princípio. É uma correta postura. Tanto mais vinda daquela que se propõe a liderar os destinos do nosso concelho.


Não ouvi, nem li, qual seja o desígnio, na construção da nossa polis (cidade e concelho), que a todos nos deve mover! E esse, há muito tempo, deveria já estar internalizado no coração dos flavienses. E, sem essa internalização, não há adesão, partilha e vontade comum na mobilização para a construção daquilo que designam «Recuperar a Esperança».


«Recuperar a Esperança» não é nenhum desígnio. Apenas um ensejo. Não operacionável.


Por isso se me afigura que o trabalho de casa, que devia ser feito ao longo destes anos de interregno, não foi feito. E, quando assim é, à última hora, não cola!


Mas ainda me sobressaltam algumas dúvidas: será que esta postura é autêntica? Que não é fingida?


Que não passa de uma mera tática de propaganda eleitoral?


Eu bem gostaria que assim não fosse!


Eu bem gostaria de termos em Chaves um partido (ou movimento) bem diferente.


Que, com honradez, primeiro, cumprisse com o que deve.


Que se preocupasse, mesmo, com as pessoas. Pondo-as em primeiro lugar. Independentemente da sua cor política (porque, infelizmente, já estamos fartos desta chaga social que nestes últimos anos se abateu sob a maioria dos nossos concidadãos, transformando-nos em flavienses de primeira, segunda e terceira classe!).


Que não apresentassem promessas. Apenas grande vontade de trabalhar em prole do bem comum.

Vontade de trabalhar em razão de um desígnio. Livremente assente e partilhado por todos os flavienses.


Para quando, em Chaves, um partido e/ou um movimento cívico portador de um efetivo caráter democrático, assente na partilha profunda e quotidiana da vida da nossa polis e assente nos princípios e valores do nosso grande Miguel Torga? Dando verdadeiramente corpo, em pleno século XXI, ao Reino Maravilhoso que ele viu em e para Trás-os-Montes?


Espero bem que, no rescaldo destas eleições autárquicas, saibamos tirar todas as ilações devidas, resultantes de mil devaneios, que resultaram em tantas obras faraónicas e projetos utópicos, em tantos anos, e que também foram causadores da nossa atual ruina!


Há que voltar à matriz da nossa história, pegando em pleno século XXI, nos novos «arados», assentes no amor ao nosso terrunho e no conhecimento, para, com honradez, desígnio e esforço (trabalho), construirmos uma terra em todos possamos afirmar que não deixámos cair o encanto do Reino Maravilhoso que o nosso Poeta Maior tão bem soube cantar!

 

António de Souza e Silva



09
Ago13

Discursos sobre a cidade - Por António de Souza e Silva


 

BREVE REFLEXÃO

SOBRE OS CARTAZES DE PROGANDA ELEITORAL AUTÁRQUICA

EM CHAVES

 

Numa rubrica com esta, e dado o período que atravessamos, não poderíamos, como não podia deixar de ser, falar sobre as eleições autárquicas que se avizinham e daqueles grupos (partidos e movimento) que nos procuram convencer das suas virtudes, aptidões e «programas/promessas» que, com elas, pretendem levar a cabo os destinos do nosso concelho.


Comecemos hoje pelos seus respetivos cartazes propagandísticos.



 

I

 

Reparemos nas cores dos cartazes.


Abordemos a estética.


Quanto à cor. Todos querem assumir as cores próprias do município – o azul e branco. De entre os quatro cartazes afixados pela cidade, há um que, muito embora tenham assumido também o azul e branco, contudo, não se conseguiu totalmente divorciar da sua cor clubística – o laranja do PPD.


Quanto à estética. As novas tecnologias fazem maravilhas! De caras e rostos, no dia-a-dia perfeitamente normais, aqui apresentam faces cândidas, seráficas, ora em enfoques verdadeiramente virginais ora transformando os rostos retesados, que quotidianamente apresentam arrogância e um certo autoritarismo, em verdadeiros meninos do coro, angelicais.


E que dizer de outros, porventura sem os meios financeiros que as máquinas partidárias dos partidos do arco do poder propiciam, sem poderem recorrer a essas grandes empresas «amigas», do design gráfico, e que vivem à custa dos orçamentos (ou favores) partidários, custeadas pelos nossos impostos, tão sofridamente pagos, e tão descaradamente gastos, sem um pingo de vergonha, numa contenção que, também, com conveniência e urgência, aqui deveria ser feita! Porque, desde pequeno, me ensinaram que o exemplo deve partir de cima!... Não admira, pois, que as «fácies» das suas figuras se apresentem como se estivessem «acossadas», tipo «wanted», dos célebres filmes americanos de «cowboys»!

 

II

 

Concentremo-nos agora no conteúdo, ou mensagens, que nos pretendem transmitir.


 


1.- Comecemos pelo partido do atual poder – PPD/PSD


Quais as palavras que apelam à nossa adesão, ao nosso voto?


Em primeiro lugar aparece “TODOS POR CHAVES”. Puro truísmo. Na verdade, qual o verdadeiro flaviense que não seja por Chaves? Não vamos agora querer que outros-terceiros, pertencentes a outros concelhos, venham aqui votar para engrossar as fileiras dos seguidores do partido!


Depois vêm três palavras mágicas:

  • “VERDADE”. Que verdade? Não seria melhor falar de (mais) transparência? Ou será que, durante este tempo todo, nos andaram a mentir e, agora, o toque a rebate, em jeito de «mea culpa» para a necessidade da autenticidade, transparência e jogo limpo? Esta palavra, aposta em cartaz, verdadeiramente intriga-me!
  • Depois vem “TRABALHO”. Será que o partido que nestes anos nos tem «governado» apenas pensa e/ou atuou em termos de “emprego” (obviamente para os seus apaniguados) e só agora é que (em período eleitoral) despertou para uma realidade, pura e dura, - a necessidade de haver, na autarquia, efetivamente “trabalho”? Mas… trabalho para quê? Em prole de quem? Outra dúvida deveras intrigante que se me põe…
  • Finalmente, “COMPETÊNCIA”. Não era suposto que os escolhidos para serem eleitos sejam os mais aptos e competentes, com capacidade de visão e saberem gerir, com eficiência e eficácia, a coisa pública municipal? Será que só agora os senhores detentores do poder autárquico em Chaves é que despertaram para esta realidade, de uma forma verdadeiramente sentida, e real?

Em suma, o conteúdo deste cartaz, para além do puro truísmo que representa, não contém senão meras palavras de ordem, ocas de sentido, sem qualquer referência mobilizadora dos eleitores flavienses. É uma candidatura que se limita, com aquele tipo de palavras,  a usar os rituais frásicos próprios da ideologia neoliberal reinante no nosso país!

 


2.- Viremo-nos para o maior partido da oposição – o Partido Socialista (PS)

  • No cartaz do PPD/PSD, ainda vejo, no reverso, ou melhor, em cartaz à parte, a equipa que acompanha o «menino do coro» (e sem entrar, por agora, em juízos de apreciação da sua capacidade e bondade). Aqui vejo apenas uma mulher, só, e que, ainda por cima, apela a “JUNTOS POR CHAVES”. Um outro truísmo. Obviamente que uma sociedade não é apenas construída por uma única pessoa. É com todos. Irmanados do mesmo ideal e com os mesmos objetivos. Gostaria de uma frase mais parecida com “CONSIGO, JUNTOS, POR (UMA NOVA) CHAVES”.
  • E, agora, a expressão que mais me intriga: “RECUPERAR A ESPERANÇA”. Em que, efetivamente, ela consistiu? Onde é que ela foi perdida?

Um cartaz que, a mim, socialista, me faz pensar profundamente!...

 



3.- Agora a grande novidade destas nossas eleições autárquicas do próximo dia 29 de Setembro – o MAI – Chaves no Coração


É óbvio, como disse, que os meios que dispõe não são comparáveis aos partidos do arco do poder autárquico flaviense. Mas não é isso que agora vem ao caso. O que sempre me intrigou foi a sua génese, o seu aparecimento. Aliás já o afirmei noutros escritos…


Não que seja contra os movimentos, muito pelo contrário, representam uma outra seiva, nova, e um despertar da consciência cívica, do cidadão, do seu empenhamento pessoal, para as coisas da polis. Mas, como digo, o que me intriga é a sua génese.


E parte do seu discurso. É bem verdade que os atuais partidos políticos precisam de regeneração. Todo o cidadão já está consciente disso, face aos acontecimentos recentes e, mais ainda, quanto àquilo que sentimos na pele. Daí não é necessário aparecer um movimento que aja simplesmente em função daquilo que entendo como uma “postura de confronto”!


O que é necessário é que nos diga em que consiste o seu posicionamento face à cidade e ao concelho que pretende tomar nas suas mãos. Porque, só com o coração, não basta! Muitas vezes o coração tem razões que a razão desconhece. E urge que, todas, mas todas as “razões”, sejam postas em cima da mesa. Para bem da transparência. Para uma democracia mais participativa e madura!

 


4.- O CDS/PP


 O CDS/PP tem como cabeça de cartaz António Ribeiro. Que, verdadeiramente, não conheço. É um cartaz simples, austero, aliás em função das espectativas que o partido, a nível nacional, tem em termos de resultados eleitorais para o concelho. E diria mais: enigmático. Pelas suas duas únicas palavras nele afixadas – “IMAGINE” e “ACREDITE”.


Porque, das duas, uma: ou representa um apelo à participação dos munícipes flavienses para, em conjunto, imaginarem uma nova cidade e um novo concelho e, nessa idealização, acreditarem em ordem a uma efetiva mobilização ou, então, simplesmente, não passam de duas palavras de bom recorte retórico…

 



5.- Finalmente, a CDU (PCP-PEV)


Ainda não encontrei qualquer cartaz desta coligação pela cidade. Apenas conheço o que vem aposto na candidatura, constante do Facebook.


O seu , ou perfil, no Facebook, embora estereotipado e à boa maneira comunista, com um cravo contendo as principais corres da bandeira nacional, tem uma coisa de que gosto – o apelo que nos faz à confiança!


Creio que esta coligação está bem consciente das suas possibilidades eleitorais em Chaves. Sociologicamente sabe que as suas hipóteses são um pouco limitadas…


Mas, apesar de estar muito longe dos seus postulados ideológicos, louvo-lhes a militância. Em particular o fervor como um jovem médico – Manuel Cunha – na peugada de seu pai, um democrata e militante comunista convicto, assume, em sucessivas eleições, o desafio de ser o rosto desta coligação em Chaves. O que seria motivo suficiente para um voto de confiança. Tenho para mim que, não estivesse este homem tão conotado, e porque não dizê-lo, com o preconceito que lhe paira sobre as costas, esta candidatura, de um «homem bom», daquilo a que eu lhe chamaria um «justo», no sentido humanista do termo, e iria bem longe. Como cidadãos temos ainda que evoluir muito. Mas a realidade é como é!

 

III

 

Em conclusão poderia dizer que, infelizmente, pela análise dos cartazes propagandísticos das formações políticas e do movimento que se apresenta a sufrágio autárquico, estamos mais perante um habitual, e já estafado, ritual de propaganda eleitoral, sem qualquer ideia que mobilize o munícipe na eleição de um novo poder que leve o munícipe-cidadão a uma maior participação nos destinos e gestão da coisa pública municipal em ordem a uma melhor qualidade de vida de uma terra com vastos pergaminhos consolidados ao longo da sua história milenar.


Enfim, palpita-me, que vamos estar perante um doloroso dilema: Votar em quem? Para quê?


Com o sentimento de, uma vez mais, termos deixado passar ao lado mais uma oportunidade. Perdida!


E Chaves merecia bem mais e melhor!

 

António de Souza e Silva


29
Abr13

Quem conta um ponto...


 


Pérolas e diamantes (35): contemplações e algumas deduções

 

 

Foi num fim de semana que finalmente descobri a destrui… desculpem, a transformação do Jardim das Freiras numa praça rasa com um tanque ao fundo. Afinal o seu destino, ou melhor, a sua função, é converter-se num terreiro militar, numa montra de propaganda das nossas forças militares.

 

Em vez de passearmos em redor dos canteiros de flores, vimo-nos, eu e a Luzia, a deambular entre provectas viaturas do exército português, metralhadoras e pistolas com aspeto de serem já do tempo da primeira guerra mundial. Também contemplámos G3 do período da guerra colonial. Ai que saudades!

 

Observámos ainda pais babados a fotografar os seus filhotes alindados com capacetes militares ao volante de carros de assalto blindados. Foi enternecedor observar crianças a brincarem às guerras, os militares a fazerem de animadores culturais e os pais a servirem de repórteres fotográficos, como se estivessem no Afeganistão dos Pequeninos. Uma lágrima rebelde esteve mesmo para me correr pela face abaixo, mas eu, para não dar parte de fraco, consegui aguentá-la. Porra, um homem não chora.

 

Mas não era disto que hoje vos queria falar, mas sim de mais uma apresentação (acho que já vamos na sétima ou oitava) de António Cabeleira como candidato à Câmara de Chaves. Desta vez veio a terreiro afirmar que é o “candidato da verdade”. Mas era escusado, porque no senhor candidato isso é uma redundância. Todos o sabemos.

 

Desta vez veio comunicar que o seu lema é “Todos por Chaves”. O que quer dizer que também me inclui a mim na sua ideia, no seu lema e na sua vontade. Desde já lho agradeço. Mas tenho de lhe pedir desculpas, pois não consigo acompanhá-lo nem na vontade, nem na verdade, nem no lema. Não consigo, não é porque não queira. É mesmo por manifesta incapacidade para o seguir em tão difícil desiderato. Neste caso, desculpe-me senhor candidato, serão “Todos por Chaves”, menos um. No entanto, desejo-lhe as maiores felicidades.

 

Igualmente afirmou que pretende “unir a família social-democrata”. Então ela está desunida? Má notícia nos transmite. Mas acho que exagera. Nós não acreditamos. Que eu saiba ela está mais unida do que nunca. E, como todos sabemos, o povo unido jamais será vencido.

 

Promete ainda “fazer o melhor possível pelos flavienses”. Disso ninguém duvida. Os doze anos de gestão autárquica do PSD são disso a melhor prova: o centro da cidade é hoje um espaço privilegiado de comércio e turismo, a população residente aumentou significativamente, o nosso tecido industrial amplificou-se como nunca. E até já temos uma fábrica de pastéis de nata no imenso complexo construído em Outeiro Seco. E, como se isto fosse pouco, o Hospital de Chaves aumentou as suas valências, o Tribunal ganhou um estatuto de dignidade que a todos enche de orgulho e o Ensino Superior vai ser substancialmente ampliado, pois a UTAD está a pensar seriamente em transferir os seus melhores cursos para Chaves.

 

Além disso, o senhor candidato é um estratega experimentado, sagaz e audacioso. Ora vamos lá às evidências. António Cabeleira, passa de segundo na lista da Câmara a primeiro. João Batista, atual presidente, passa a candidato a presidente da Assembleia Municipal e António Vicente, o atual presidente da AM, passa para 14º na lista da candidatura do PSD. Basta este pormenor para nos apercebermos que quem mexe assim nas listas, é um jogador de xadrez espantoso.

 

Do resto das suas promessas nem é bom falar, pois elas são tão boas, tão atuais e inéditas, que encheríamos páginas e páginas de jornais e mesmo assim, estamos em crer, não conseguiríamos dar-vos nem sequer uma pálida imagem da sua pertinência e profundidade. 

 

Sobre o combate político, AC limitou-se a criticar o PS por ter levantado “suspeitas sem qualquer sentido” em relação à dívida da Câmara, que para o PSD é de 40 milhões e para o PS é de 50 milhões. A nós, seja qual for a cifra parece-nos uma cratera do tamanho das que a chuva provocou em Marvão. A verdade é que o PS de Paula Barros não veio ainda a público apresentar os seus números. Ao que nos disseram, o “aparelho” partidário anda entretido a compor as listas autárquicas. Pelos vistos não consegue fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

 

Chegou-nos aos ouvidos que foi constituído em Chaves o “Movimento Autárquico Independente”, mas deve ser boato, pois se nem o PSD nem o PS dizem nada é porque não existe. Nós até vimos um cartaz na sua sede. Mas pode tratar-se apenas de uma alucinação. João Neves não era capaz de fazer uma desfeita dessas aos partidos do sistema.

 

 João Madureira

 

Sobre mim

foto do autor

320-meokanal 895607.jpg

Pesquisar

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

 

 

20-anos(60378)

Links

As minhas páginas e blogs

  •  
  • FOTOGRAFIA

  •  
  • Flavienses Ilustres

  •  
  • Animação Sociocultural

  •  
  • Cidade de Chaves

  •  
  • De interesse

  •  
  • GALEGOS

  •  
  • Imprensa

  •  
  • Aldeias de Barroso

  •  
  • Páginas e Blogs

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    X

    Z

    capa-livro-p-blog blog-logo

    Comentários recentes

    • LUÍS HENRIQUE FERNANDES

      *Jardim das Freiras*- De regresso à cidade-Faltam ...

    • Anónimo

      Foto interessante e a preservar! Parabéns.

    • Anónimo

      Muito obrigado pela gentileza.Forte abraço.João Ma...

    • Anónimo

      O mundo que desejamos. O endereço sff.saúde!

    • Anónimo

      Um excelente texto, amigo João Madureira. Os meus ...

    FB