Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

29
Nov13

Discursos Sobre a Cidade - Por António Tâmara Júnior


 


COMO É ÓBVIO...

I


Realizou-se, nos passados dias 21 a 23 do corrente, Em Vila Nova de Cerveira, o Congresso Internacional com o «pomposo» nome “TEATRO DO OPRIMIDO - Teorias, Técnicas e Metodologias para a Intervenção Social, Cultural e Educativa no século XXI”.


A realização foi da Intervenção - Associação para a Promoção e Divulgação Cultural da qual é presidente Marcelino de Sousa Lopes, um homem generoso, dinâmico e que já nos tem habituado, ao longo dos anos, a eventos desta natureza, face ao seu compromisso pessoal, social, académico e científico que tem com a Animação Sociocultural.


Infelizmente só pude estar lá um dia! E, pelo ambiente inicial que se gerou, dava para entender, face à presença e qualidade dos participantes, que aquele Congresso iria «aquecer».


Um amigo que, religiosamente, assistiu a todas as intervenções e debates, acabou por me confirmar o óbvio - que «aquilo» não só «aqueceu» mesmo como alguns dos intervenientes/protagonistas até «se passaram dos carretos» (no bom sentido, é claro!).


Tenho a confessar a minha total ignorância quanto ao cerne do tema central do Congresso - «O Teatro do Oprimido». Mas, quer pelo título, quer pelos intervenientes/palestrantes da sessão inaugural, era óbvio que tinha a ver, essencialmente, com duas questões centrais: o teatro como manifestação de arte e como forma de intervenção social modificadora da «realidade opressora» que nos rodeia.


Para mim, era óbvio que a terminologia «oprimido» cheirava-me a «coisa» dos finais da década de 60 e décadas de 70 e 80 do século passado, tanto mais que o «arranque» inicial do Congresso teve como protagonistas exatamente alguns dos «atores» dessa época. E, como era óbvio, houve uma personagem, incontornável, embora ausente, que pairou sobre este Congresso - Augusto Boal.


Apesar, como disse, da minha ignorância quanto a este tema específico - o teatro como arte e, principalmente, a intervenção social, pareceu-me óbvio que o tema «oprimido», face aos tempos que correm, já se encontra um tanto ou quanto fora de uso, talvez até desadequado. Mas, como é óbvio, parece que veio para ficar! Embora, na minha modesta opinião, parece-me óbvio que é um tema que hoje já não «arrasta» tanto as pessoas quanto «arrastava» multidões naquelas referidas décadas.


Porque, é óbvio, entretanto as coisas movem-se, alteram-se, vão-se modificando.


E, como é óbvio, nas constantes mudanças a que assistimos com o passar do tempo, e nestas sucessivas décadas, forçosamente, tirámos, extraímos algumas conclusões.


Em primeiro lugar, como é óbvio, que a teoria e, subsequente, metodologia marxista, de encarar o homem e a sociedade dos «oprimidos» não era uma teoria única e exclusiva de interpretar e, tão pouco, modificar a sociedade.


E também, como é óbvio, todos sabemos o que, na prática, a teoria marxista deu nas mãos dos seus mais «ferrenhos» defensores e executantes ao apregoarem uma sociedade sem classes e sem homens e mulheres oprimidas.


Obviamente que os estados que criaram, ditos comunistas, outra coisa não fizeram que inventar novas opressões, com mais oprimidos e mais repressão.


Todos sabemos - e é óbvio - que com a queda do Muro de Berlim e subsequente desmoronamento dos estados ditos comunistas/socialistas, houve profetas, do lado do Ocidente, que começaram por apregoar «o fim da história» e a aclamar a vitória do capitalismo e da economia de mercado.


Mas todos sabemos - e também é óbvio - que, ao entrarmos, profusamente, numa sociedade em que impera o conhecimento e as tecnologias da informação e da comunicação, que a temática da globalização e daquelas técnicas «anestesiou» o Homem e a Sociedade dos finais do século XX e inícios deste XXI, alertando-nos que, hoje em dia, não podemos ver e gerir a vida e a sociedade com os mesmos pressupostos e métodos do antigamente.


Estamos, como é óbvio, imersos numa sociedade mais complexa, muito heterogénea e, obviamente - contradição das contradições -, muito mais igual mas, simultaneamente, muito mais diversa e mais desequilibrada, abrindo-se um fosso de desigualdades gritantes.


E, perante este estado de coisas, era óbvio, essencialmente, pelo menos, duas coisas: que os indivíduos (pessoas) acompanhassem o ritmo do avanço das ciências e das tecnologias (sendo mais instruídos) que trouxeram alterações profundas à sociedade e que, obviamente, o poder (político) sofresse uma profunda alteração no seu modus operandi face aos novos e ingentes problemas e desafios da nova sociedade.


Ora, é óbvio, que muito poucas sociedades se aperceberam e acompanharam estas novas mudanças (debalde tantas promessas e paixões pela educação que ficaram pelo caminho) e se prepararam para o que aí vinha.


Como também, e é obvio, que o poder político, na sua forma de abordar e resolver os problemas da nova sociedade, permaneceu fiel aos princípios e pressupostos de atuação herdados da primeira e segunda revoluções industriais. Ou seja, como é óbvio, ficaram cada vez mais ultrapassados.


Não repugna, assim, aceitar, e dar como óbvio, o que muitos «profetas» prediziam - que a função política na sociedade era completamente inútil. E o que era, obviamente, mais importante, supremo e sagrado era o valor da liberdade e da livre concorrência dos mercados.


Mas também para muitos era óbvio que não foi a política que se esgotou. Obviamente o que se esgotou foi uma determinada forma política e, como diz Innerarity, concretamente aquela que corresponde à era da sociedade delimitada territorialmente e integrada politicamente. Porque, é óbvio, e na perspetiva ainda deste mesmo autor, “a política deve passar da hierarquia para a heterarquia, da autoridade direta para a conexão comunicativa, da composição central para a composição policêntrica, da heteronomia para a autonomia, da regulação unilateral para a implicação policêntrica”.


Ou seja, e como é óbvio, o poder político terá de estar em condições de gerar o saber necessário - de ideias, instrumentos ou procedimentos - para moderar, sublinho, moderar uma sociedade do conhecimento que opera de maneira reticular e transnacional.


Numa sociedade complexa, com a que hoje em dia vivemos, é óbvio, que a sua unidade não se pode fazer com uma integração à custa da pluralidade. Mas sim, como é óbvio, pela otimização das condições para uma libertação da diversidade. A nova sociedade em que vivemos, como é óbvio, não suporta as contrições de uma coesão forçada.


Porque - que fique claro - é óbvio ser uma ilusão entender a política como o lugar da unidade social ou como esfera do geral perante as imensas particularidades imperantes na sociedade.


Sendo assim, e como é óbvio, não se pode atribuir à política uma tarefa que não pode executar e que, obviamente, provocará, necessariamente, o chamarmos incompetentes a quem usa o poder político. Porque, como é óbvio, o poder político não representa, de forma alguma, a unidade da sociedade.


 Desiluda-se, obviamente, quem entender ser esse o seu papel!...


É óbvio, tal como Wilke afirma que “hoje já não é possível salvar o estado na sua, até agora, tradição de herói da sociedade”. Porque, obviamente, diz que “como forma heroica, envelheceu; como garante do bem comum, está sobrecarregado; como centro de governo, já não se vê perante uma periferia mas perante um exército de outros centros”.


E, infelizmente, como é óbvio, o cidadão porque não devidamente instruído e formado, não dá conta deste estado de coisas e, consequentemente, não se organiza, mesmo.


Porque não é com manifestações que se lá vai, como é óbvio, e se tem visto. Embora obviamente, também seja uma «arma». É, como é óbvio, demonstrando, pela denúncia e luta sistemáticas do grupo dos «novos oprimidos» contra estes novos (e perigosos) neoliberais de pacotilha que nos governam. Que, como é óbvio, e mentirosamente, nos dizem que estão a criar todas as condições para a nossa melhor qualidade de vida, e nem sequer condições criam, ou tão pouco estão preocupados, na existência de um mercado verdadeiramente livre.


Porque, é óbvio, que estes senhores que nos governam não passam de «lacaios». Com o supremo desplante e sem vergonha de nos quererem fazer crer que são os «fazedores», construtores dos verdadeiros interesses gerais da sociedade, do bem comum. Suprema ironia! Mas, como é óbvio, eles outra coisa não fazem senão prosseguir os interesses de grupos particulares, concorrências desleais, concentração de poder de grupos financeiros e de opinião. Será preciso dar exemplo? Até mesmo os órgãos de comunicação que os «acobertam» e protegem, na sua ânsia de, com a notícia, ganharem mais e mais, perderam o pudor de dar a conhecer e relatar a «porcaria» que anda por debaixo do tapete.


E, como é óbvio, estão vendendo tudo ao desbarato. Tudo quanto durante anos criámos com sacrifício, não se importando em saber, obviamente, que nos estão a transformar em «novos escravos» às mãos do capital financeiro internacional concentracionário. São estes que, todos os dias, despudoradamente, à frente das mais diversas câmaras de televisão, nos dizem que são os verdadeiros patriotas. Obviamente, «eles» é que são os bons; os outros, os maus. E, como é óbvio, desta forma tão simples - como se tudo fosse tão simples hoje em dia! - assim nos apresentam a nossa vida: a preto e branco. Como se não houvesse matizes!...


Sejam claros, porque, como é óbvio, esta é a realidade: não vivemos numa verdadeira e autêntica economia de mercado! E a democracia? Há que a questionar seriamente!


Como é óbvio, os grandes consórcios são os menos interessados na existência de um mercado verdadeiramente livre.


E, se como é óbvio, quanto a esta dita «direita» que nos governa estamos conversados, não pensemos que a salvação está no outro lado - na dita «esquerda», seja «light», «pura» ou «dura». Porque, obviamente, a dita comunista, essa sim, só os cegos é que ainda não repararam, já «passou à história». Mas ela aqui está! Obviamente, coisas que só acontecem em Portugal... Não é por acaso que temos uma Senhora de Fátima!


Como é óbvio, de quem quero agora falar é do Partido Socialista (PS) que temos. Alguém sabe o seu «norte»?


Infelizmente, pela Europa dos tecnocratas, obviamente, o desnorte é o mesmo!


Mas vamos ao que interessa, intramuros.


O PS, como é óbvio, deveria assumir-se como a verdadeira alternativa a estes senhores que nos desgovernam, despojando-nos de tudo e deixando-nos quase sem esperança, mexendo, inclusive, até com a nossa própria dignidade como seres humanos em pleno século XXI! Deveria, como é óbvio, o PS revelar-se, no sistema democrático, com as enormes falhas que tem (mas é o que temos) como o último reduto de esperança dos portugueses. Qual é a sua mensagem, audível, falando verdade, mobilizadora de todos nós? Alguém na entende?


Temos um PS que reconhece, como é óbvio, o que os movimentos da história nos trouxeram até aqui - a vitória da economia de mercado como um facto assente?


Como é óbvio, uma globalização autenticamente liberal significaria o fim dos consórcios dos meios de comunicação, da finança e da indústria. Porque, como é óbvio, o facto de assim não acontecer, não resulta da inamovível «lógica do capital» mas do intervencionismo do estado. E é óbvio que, nesta matéria, e até aqui, o PS quando no(s) governo(s) não foi senão «la même chose que les outres»!...


Será mesmo, e como seria óbvio, que o PS, como corpo, aceitasse este facto histórico. Porque, como é óbvio, combatê-lo é um disparate.


O PS, como é óbvio, reconhece que a crise do estado de bem-estar social não é apenas «culpa» destes novos vendilhões do nosso sagrado «templo», que é o nosso património, mas também, e obviamente, da crise de solidariedade por que passamos? Que, obviamente, está patente no cooperativismo, na economia subterrânea, na resistência às quotizações sociais ou a generalização e o recurso à queixa que não atende e entende as consequências públicas das nossas reivindicações? Porque, obviamente, andámos quase quarenta anos só a apregoar e a exigir direitos, esquecendo-nos que um cidadão é um sujeito simultaneamente portador de direitos mas também de deveres.


O PS, como é óbvio, reconhece, tal como o neoliberalismo, a recusa de dominar estatalmente a economia, a disciplina orçamental ou a independência do banco central?


O PS, como é óbvio, considera que o estado deve ser, ou ter, na sua essência, um verdadeiro papel de supervisor (dos sistemas) e atuar como um quadro, inevitável, e regulador, da vida social, gerador dos elementos não contratuais do pacto social e protetor do tecido social, simplesmente?


O PS, como é óbvio, reconhece, tal como a falsa social-democracia que maioritariamente nos governa, que outra coisa também não fez senão «mascarar» as relações sociais e criar a irresponsabilidade difusa e cega do indivíduo quanto às consequências sociais dos seus atos?


O PS, como é óbvio, reconhece que promoveu um estado intermediário que obscureceu as relações sociais, recobrindo a solidariedade real com mecanismos anónimos e impessoais e que, obviamente, dispôs e promoveu, junto dos cidadãos, todos os meios para que este reconheça as relações entre as contribuições individuais e a sua utilização coletiva? Porque, óbvia, e naturalmente, a isto se chama transparência do estado perante os cidadãos!


Transparência esta que, como é óbvio, tem o seu custo. Pode gerar tensões e conflitos. Mas, obviamente, tem de se reconhecer que a conflitualidade, quando reconhecida, está na origem da autogeração do social. Porque, como é natural, e óbvio, o ideal democrático não consiste em negar ou ignorar os conflitos mas em torná-los produtivos?


O PS, como é óbvio, reconhece que os movimentos da história que nos trouxeram até aqui levaram à valorização sem precedentes do sujeito e à consequente criação de uma sociedade diversa, heterogénea e plural em que o valor da liberdade é absoluto? E tem contado com esta diversidade toda, esta pluralidade e heterogeneidade para se imiscuir, a partir da base, no tecido social e, a partir daqui, promover a transformação social de que carecemos? Onde estão os socialistas - nos aparelhos, tratando da sua vidinha, procurando prebendas e outras coisas menos «recomendáveis» ou junto dos problemas das pessoas, preocupando-se com elas e com elas encontrar as melhores soluções para o «coletivo» do qual fazemos parte, nos mais diversos setores da comunidade, fazendo jus, na prática, ao verdadeiro e autêntico sentido de solidariedade?


O PS, como é óbvio, tem-se assumido como um partido social democrata, liberal, prevenindo o cidadão contra a ilusão de ver na justiça social a simples igualdade e não uma igualdade complexa (Michael Wlazer) que, obviamente, não põe a tónica no nivelamento mas na igualdade de oportunidades?


O PS, como é óbvio, acredita que a criação de uma maior igualdade de oportunidades no mercado livre, em vez de uma redistribuição centralizada, é um objetivo que se deve prosseguir, numa combinação entre as históricas ideias liberais e sociais?


E, como é óbvio, O PS reconhece que seria esta reconversão radical da social-democracia, ao não se resignar a que os conservadores monopolizassem uma dimensão da liberdade e a gerissem sem apreço pela igualdade, seria a melhor forma, face aos novos movimentos sociais, de mostrar a superioridade que lhes é outorgada pelo malogro das estratégias da redistribuição estatal?


Sinceramente, e como é óbvio, parece-me bem que, muitas das interrogações acima formuladas, não são bem reconhecidas.


E, na minha modesta opinião, ao não serem reconhecidas, o PS contribui, na sociedade em crise, profunda, em que estamos para ser parte do nosso problema em vez da solução.


Porque esta mudança, necessária e urgente, mexe demais com o aparelho e com os grupos instalados. Que não querem perder os seus privilégios, prebendas e mordomias. O que me deixa verdadeiramente perplexo num partido que, constantemente, apela à solidariedade... A verdadeira solidariedade, para ser eficaz, tem de começar no interior de nós mesmos. Porque, tudo o resto, não passa de pura hipocrisia, de verdadeiro farisaísmo.


Esta, como é óbvio, é a reflexão que aqui vos deixo, suscitada e a propósito do tema do Congresso Internacional “TEATRO DO OPRIMIDO”.


Porque, obviamente, para além de interessar saber quem, em que momento, e onde está o opressor e o oprimido (e todos, em qualquer momento, fomos ora opressores ora oprimidos!), mais importante que isso é que o teatro, como arte que é, desempenhe a sua verdadeira função comunicativa e social - que nos informe; que nos forme e, como é óbvio, que nos divirta!


Porque é, como é óbvio, desta forma, que cumpre a sua verdadeira vocação revolucionária e transformadora.


Porque, obviamente, há muitas formas de revolucionar e de transformar a sociedade.


É necessário, como é óbvio, que também, pelo teatro, as reconheçamos para que, obviamente, as pessoas as saibam usar como «arma».


Para isso é, obviamente, fundamental que os cidadão as assumam com verdadeira coragem. Porque, sem coragem, a luta pode ter como resultado o insucesso. E todos sabemos a que leva o insucesso...

Pensem só um pouco. Vamos supor que mais de 75% dos cidadãos não votavam em partido nenhum.


Obviamente que muita coisa mudaria! Que tal? (Obrigado, Saramago, pela sugestão).

 

II

 

Vejam só! Queria falar da política caseira do nosso burgo e, de Vila Nova de Cerveira, onde fui parar! Mas, verdadeiramente, vale a pena falar do que se está passando no nosso burgo flaviense?


É óbvio que todo o cenário que aí está, muito antes das eleições, e face ao correr dos acontecimentos, já era espectável!...


Obviamente o que me admira é como alguns «ilustres flavienses» embarcaram nesta farsa.


É óbvio que aqui, localmente, melhor se vê o interesse «mesquinho» que, na maioria dos casos, a política partidária promove.


Seria admirável - e então eu passaria a acreditar em milagres - que um «sujeito», que da sua história, digna desse nome, apenas conhecemos a sua carreira de militância político-partidária, por mais de trinta anos, no PSD/PPD, que, de um momento para o outro, tivesse a capacidade de mudar os pressupostos e métodos da nossa infeliz, improdutiva e desastrada política autárquica.


Obviamente que só quem fosse muito ingénuo é que acreditaria em semelhante coisa!...


Mas é como diz o ditado: «o coração tem razões que a razão desconhece»...


O que o «sujeito» queria - daí a sua desavença com os seus correligionários - era, digamo-lo frontalmente, o «tacho». Ou como estatuto - O Senhor Vereador - ou como «fonte» de riqueza ou... sabe-se lá o que vai na mente humana! Mas tudo em proveito próprio. Porque para salvar o município de um presuntivo caos não precisaria, honradamente falando, de qualquer «penacho».


Mas, como é óbvio, o que me deu mais gozo (porque há gozos tristes, se os há!) foi a expressão empregue pelo senhor arquiteto (paisagista) António Cabeleira - «Acordo de Governação». A expressão é gira, não acham? E pomposa!


Eu não sei bem se o dito arquiteto - hoje presidente da edilidade flaviense - sabe o que é ser-se democrata e, acima de tudo, sério.


Agora é óbvio, que não tem absolutamente nenhuma noção do que seja um acordo! Ou se o sabe, age, propositalmente, de má-fé.


Onde estão os termos ou pressupostos das partes para esse tão precioso «Acordo de Governação»? Obviamente totalmente destituída de qualquer sentido. Só «paisagem»... para turista ver!


Mas nós não somos turistas! Somos, como é óbvio, pessoas concretas, que vivem num local concreto. Que, obviamente, exigem honradez e seriedade. Que, obviamente, não deveriam aturar «canalhices». E que, obviamente, para além da «canalhice», e pelas palavras da líder do PS, pelos vistos reconhecido pelo presidente, a tal proposta para o tal «Acordo de Governação» não passou de «pura mentira».


Com gente desta, obviamente, não se vai a lado nenhum. Falta-lhes, como é óbvio, um pressuposto essencial - seriedade no porte.


Pressuposto que, como é óbvio, deve ser extensível ao partido da oposição.


Seriedade que, obviamente, pressupõe que saiba fazer - e bem - o seu trabalho de casa. Como é óbvio, desde já. Deixando-se, obviamente, de entrar em quezílias em que a política, de baixo valor, é perita.


E, como é óbvio, se concentrar no essencial. Obviamente, no futuro da cidade e do concelho.


Executando, como é óbvio, com dignidade o papel que assumiram como vereadores, fazendo uma verdadeira, autêntica e construtiva oposição, sem cedência a princípios e valores essenciais do socialismo do século XXI, digno desse nome.


Mas, essencialmente, descendo todos, vereadores e militantes, até ao nosso povo. Ouvindo-o, apresentando-lhe propostas. Discutindo-as. Mostrando que são, acima de tudo, e como é óbvio, cidadãos interessados nos destinos da nossa polis.


Porque, se assim acontecer, óbvia e naturalmente, poder-se-á, então sim, daqui a quatro anos, colher os frutos e «Recuperar a Esperança»!

 

António Tâmara Júnior



Sobre mim

foto do autor

320-meokanal 895607.jpg

Pesquisar

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

 

 

20-anos(60378)

Links

As minhas páginas e blogs

  •  
  • FOTOGRAFIA

  •  
  • Flavienses Ilustres

  •  
  • Animação Sociocultural

  •  
  • Cidade de Chaves

  •  
  • De interesse

  •  
  • GALEGOS

  •  
  • Imprensa

  •  
  • Aldeias de Barroso

  •  
  • Páginas e Blogs

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    X

    Z

    capa-livro-p-blog blog-logo

    Comentários recentes

    • LUÍS HENRIQUE FERNANDES

      *Jardim das Freiras*- De regresso à cidade-Faltam ...

    • Anónimo

      Foto interessante e a preservar! Parabéns.

    • Anónimo

      Muito obrigado pela gentileza.Forte abraço.João Ma...

    • Anónimo

      O mundo que desejamos. O endereço sff.saúde!

    • Anónimo

      Um excelente texto, amigo João Madureira. Os meus ...

    FB