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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

17
Abr10

Soutelinho da Raia - Um Blog


 

 

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Já sei que nem todas as aldeias passaram por aqui enquanto outras, já são repetentes várias vezes, por uma ou outra razão, pois há sempre uma para estarmos de regresso.

 

Soutelinho da Raia é uma dessas aldeias aqui repetente e não existem laços de qualquer espécie que me liguem particularmente a esta aldeia, embora, confesso, que é sempre com agrado que vou até lá e aqui, já há muitas razões que fazem o meu agrado.

 

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Agrada-me a sua história de aldeia da raia, agrada-me a sua arquitectura e a beleza do seu casario antigo, agradam-me os seus ares barrosões de terra fria, agrada-me a proximidade do Deus Larouco, agrada-me ir lá sentir as primeiras neves e agrada-me mostrá-la aos amigos fotógrafos porque sei que lá, há sempre boas fotografias à espera de um clique.

 

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Mas a razão de hoje irmos novamente até Soutelinho da Raia é outra, também agradável, pois (embora tardiamente) descobri que Soutelinho da Raia também tem um blog, feito por autor da terra, Carlos Laje. É mais uma aldeia do nosso concelho na Net. Um blog que já existe desde 2007 e que se nota ser feito com amor à terra, mas também um bocadinho preguiçoso, pois menos de 2 posts por mês (em média) é muito pouco para uma aldeia que merece muito mais.

 

Fica então o link para o bolg Soutelinho da Raia que está neste endereço:

 

http://soutelinho.blogspot.com/

 

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E foi mais uma passagem por Soutelinho da Raia e uma passagem por mais uma das nossas aldeias, que, pode ser que abra o apetite a que outras aldeias se juntem aquelas que já estão representadas na INTERNET. Basta um bocadinho de vontade e qualquer um poderá ser um file representante da sua aldeia.

26
Jan10

Dois eventos de e para flavienses


Ontem prometia o anúncio de dois eventos, pois aí vão:

 

Primeiro evento:

 

Jantar Convívio dos Flavienses de 1960

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Há números e datas que têm um significado especial. No decorrer deste ano de 2010, todos os nascidos em 1960 fazem 50 anos, meio século, uma data que é costume festejar com alguma pompa e circunstância e, também,  uma óptima oportunidade ou pretexto  para toda(o)s a(o)s flavienses da colheita de 1960 se reunirem à mesa e festejarem esta data comum, revendo velhos amigos de brincadeira, de escola, de trabalho, mas também o regresso (por um dia que seja) à terra que nos viu nascer.

 

Estão assim convocados todos os flavienses nascidos em 1960 para um jantar convívio a realizar em Chaves no dia 30 de Outubro.

 

E quem são os flavienses de 1960!? – Claro que são todos aqueles que nasceram em Chaves (cidade e concelho) no ano de 1960. Mas não somos mesquinhos ou puristas ao ponto de excluir muitos outros flavienses que embora não tenham Chaves como terra de nascimento, viveram ou vivem em Chaves, partilharam as nossas brincadeiras de putos e jovens, dividiram connosco a carteira da escola, em suma, os flavienses de alma, muitas vezes mais puros que os flavienses de gema. Assim, também esses flavienses nascidos nos concelhos de Boticas, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Montalegre, etc, que por uma ou outra razão debitaram os seus passos por esta cidade, aqui estudaram ou trabalharam, estão convocados como flavienses de 1960 para o jantar de 30 de Outubro.

 

Uma festa em grande com a grandiosidade da colheita de 1960.

 

Está na hora de passar a palavra e começarem a fazer as inscrições, existindo para o efeito um mail, onde além de qualquer esclarecimento, poderão desde já fazer a vossa inscrição. Aqui fica o mail:

 

Flaviensesde1960@sapo.pt

 

Para inscrição, deverão indicar:

 

Nome

Dia e mês de nascimento

Telemóvel ou telefone de contacto

Endereço de correio electrónico (mail)

 

Os Flavienses de 1960 também já têm rosto no Facebook, em flavienses de Sessenta

 

2º Evento

 

XII Encontro Convívio da Blogosfera Flaviense e Fotógrafos Flickr

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Como já vem sendo habitual, a blogosfera flaviense e os fotógrafos flickr da região reúnem-se em convívio duas vezes por ano num encontro de Verão e outro de Inverno. Está chegada a altura de realizar o encontro convívio de Inverno, este ano, com uma tarde fotográfica e um jantar convívio no Hotel Rural Casas Novas. As inscrições estão abertas para todos os blogues e páginas flavienses, colaboradores da blogosfera, fotógrafos flickr e aos amigos e convidados do costume.

 

Informações e inscrições (até dia 6 de Fevereiro) através do mail proart@net.sapo.pt

 

19
Nov09

O Repórter de Serviço e o blog Chaves estão solidários


 

 

Porque sei o quão importante é os nossos jovens sentirem o apoio dos mais velhos nos seus projectos, não poderia deixar de responder ao apelo de um grupo de trabalho de alunos do 12º ano da Escola Dr. António Granjo, na divulgação do seu blog e do seu projecto “Pintar a Solidariedade”.

 

E já que é de solidariedade que se trata, o blog Chaves está solidário com o vosso trabalho e com o vosso blog, ainda para mais quando o que é tratado pelo tema, deveria fazer parte da formação de todos nós.

 

Felicidades para o vosso projecto e, no final do ano lectivo, quero de novo vir aqui, com as conclusões do vosso trabalho.

 

Para acompanhar o trabalho, siga o link:

 

http://pintarasolidariedade.blogs.sapo.pt

 

 

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24
Fev09

Entroido, Carnaval ou Entrudo...


 

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Entroido, introido, Entrudo, Antroido, Entruido, Entrudio ou Carnaval, em galego e português que vem a ser a mesma coisa, pois fomos beber à mesma fonte, duas línguas ou uma só cuja origem é a mesma – o latim.

 

Mas vamos ficar pelos termos mais comuns em galego e que penso ser o Entroido ou Carnaval e os portugueses Entrudo e também Carnaval.

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Pois dizem por aí, que o Entrudo está mais associado às tradições antigas, onde por cá entram os caretos e pela Galiza, mais propriamente aqui nas terras galegas mais próximas, como Laza, Verin ou Xinzo de Limia e Manazaneda entram os Boteiros e os Cigarróns  ou Peliqueiros. O Entrudo por cá (e entenda-se por cá as terras da raia de um e outro lado da fronteira)tradicionalmente também estava associado a brincadeiras sujas com água, farinha, carvão e a própria “bosta” à mistura, existindo mesmo para os lados de Vigo os “merdeiros”, cujo nome é bem sugestivo. Embora actualmente estas tradições ainda se vão mantendo, mais acentuadas na Galiza (em Laza e Verin, por exemplo), tendem a dar espaço aos desfiles organizados e a outras festas associadas ao Entroido, como a já famosa “Noite das Comadres” em Verin, ou segundo os entendidos locais, dizem que o Entroido ou Entrudo começa a dar lugar ao Carnaval.

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Pois por cá (discussão entre entendidos) o Carnaval é mais a festa do desfile, como se faz no Brasil, em Itália ou com as versões portuguesas de Ovar, Torres Novas …do centro e Sul deste Portugal além da velha Galaécia. Ou seja, e esta dedução é minha (tendo en conta a dedução entre entendidos) o Entrudo ou Entroido é de terras da velha Galaécia e, além Galaécia, festeja-se o Carnaval.

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Pois penso que todos têm razão (entendidos ou não) e ninguém a tem, pois uma e outra coisa é a mesma coisa e até descendo à origem dos termos, vamos cair no mesmo, e ambos nos levam e nos fazem depender da Páscoa, senão vejamos:

Entrudo ou Entroido, o termo tem origem no latim “introitu” e que significa “entrada” no período pascal em que se diz adeus à carne, ou adeus carne,  que em latim de dizia “carne, vale” que é precisamente onde tem origem o termo Carnaval.

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Pois por cá (Chaves)  tendo em conta a tradição, a bem dizer, deveríamos continuar a referirmo-nos ao Entrudo, não o dos festejos onde nunca tivemos tradição, mas ao da gastronomia, pois embora se entre em período de Carnaval, é na carne que temos alguns dos bons pratos  tradicionais de carne associados a este período, excepto as sextas-feiras do peixe.

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Quanto a festa, e agora que somos eurocidade Chaves-Verin (embora aparentemente tudo continue na mesma, mas é mesmo só aparente porque o povo anda distraído, pois eurocidade acontece todos os dias) agora temos o entrudo/entroido dividido em duas partes, com a festa maior em Verin, onde a festa é mesmo festa, de todos, com desfiles, copos, tradições e brincadeira que nalguns dias (como na noite das comadres) entra pela noite fora até ao nascer do dia e concentra em Verin milhares de pessoas em todos os seus festejos.

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A parte didáctica e intelectual do Entrudo acontece em Chaves, com o habitual desfile dos putos da escola, temático (este ano foram as “Invasões Francesas”), onde sobretudo se inventa num desfile que ora sobe ora desce a rua principal (depende do ano) e onde umas dezenas largas (centenas escassas) de crianças mais ou menos acompanhadas pelos transtornados dos pais (leia-se transtornados como transtorno que provoca nos pais), provocam algumas dores de cabeça aos professores…

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um verdadeiro sucesso para os putos (mais pequenos) por mais um dia de brincadeira sem aulas. Quanto às lições temáticas ficamos a saber que a invasão francesa era azul,

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pois o desfile é sempre tão rápido que apenas se aprendem as cores. Um sucesso! Até os grelos, os espigos e as nabiças se fizeram amarrar de fio azul (que já o conhecemos como o melhor), só faltaram mesmo os “Rapazes da Venda Nova”.

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Quem aproveitou o Entrudo foi a blogosfera flaviense para fazer mais um dos seus encontros/convívio, o 10º encontro que coincidiu com o encontro de Inverno (pois também há do de Verão). Não éramos tantos como os putos a desfilar as “Invasões Francesas”, mas éramos muitos, mais que nunca, num encontro que promete ter cada vez mais adeptos, pois o convívio à mesa sempre foi salutar. Puro convívio onde o mundo virtual da NET se comunga à mesa por umas horas e sempre termina na fonte das digestões difíceis das Caldas de Chaves.

Encontro que agora é alargado também aos fotógrafos flickr flavienses e da alta Tamagânia, tal como à blogosfera, que neste encontro contou já com um representante do concelho de Montalegre (Ourigo – fotógrafo flickr) e Valpaços (Lamadeiras (Flickr)/Blog de Pedome) e lamenta-se a ausência do Blogex de Boticas, cujo autor justificou a falta com a sua ausência em terras de sua majestade.

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Da blogosfera da terrinha, os habituais marcaram presença (Chaves Antiga, Blogoflavia, Terçolho, Chaves, Um Olhar através da Objectiva, Arco-Iris, Espelho Mágico e  Lai-lai-lai), também os temáticos Cruzeiros e Pelourinhos, Cancelas e Chaminés marcaram presença. As aldeias também lá tiveram os seus representantes com Valdanta sempre presente (falta justificada para o amigo Pereira do qual sentimos a ausência e para o 5 de Maio), Granjinha atenta acompanhada da habitual e respectiva amarelinha (escondida da ASAE), Águas Frias com os seus profs, Outeiro Seco, Argemil da Raia, Segirei e Eiras (acompanhada da sempre boa, também amarela e doce).

E de entre outros amigos, convidados, disfarçados, sportinguistas felizes (o encontro foi sábado à noite), comentadores e seguidores tivemos ainda o Romeiro de Alcácer com as flores para as meninas e senhoras bloguistas.

 

E resta apenas publicar as conclusões do encontro de Inverno, o 10º, com um único ponto e que diz respeito à marcação do encontro de Verão, que ficou para data ainda a definir, mas com local marcado: Segirei

 

Uma palavra de apreço também para o Aprígio (restaurante) que como sempre nos soube receber e aturar.

 

E fica assim adiada para a próxima terça-feira a rubrica de “outros olhares” que deveria hoje passar por aqui. Mas penso que estou desculpado, pois por cá o carnaval ainda é Entrudo, nem que seja e só à mesa e em Verin.

06
Fev09

Nadir pelo mundo, neve por cá e a Rua Onze para descobrir - Notícias


 

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Ainda antes de irmos para o discurso sobre a cidade de hoje e enquanto o nosso jornalista anda por paradeiro incerto, cabe-me a mim ir fazendo as notícias que acontecem e têm a ver aqui com a terrinha.

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A Neve

A primeira, que tem sido uma constante dos últimos dias, é o frio e a neve, que como acontece por cá e já vai sendo habitual neste inverno, não é notícia em e desde Lisboa. Se fosse por lá, já tinha ardido o Carmo e a Trindade, como é por cá, já estamos habituados. Seria bom para a informação e para o conhecimento do Portugal real que um qualquer jornalista ou média nacional se instalassem dois ou três dias que fossem numa das nossas aldeias altas de montanha para saberem o verdadeiro sabor do frio e os seus custos.

Ontem (e quem sabe se não está a acontecer neste preciso momento) caiu mais um nevão nas nossas terras altas, e pelo que sei, será para se repetir no dia de hoje.

 

Paixão pelas formas e harmonias continua a inspirar Nadir Afonso

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Foto de Dinis Ponteira

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Mas a notícia de ontem, foi mesmo o Mestre Nadir Afonso ter sido mais uma vez notícia a nível nacional e em vários órgãos de informação (digital e papel), estando agendada e ainda para sair a notícia no semanário Sol, edição de Sábado.

 

É uma notícia da LUSA que entretanto também nos dá a conhecer mais uma exposição do Mestre Nadir a levar a efeito na Assembleia da República.

Para aqueles que ainda não tiveram acesso à notícia, aqui fica ela na íntegra:

   A paixão pelas formas e o prazer de criar proporções harmoniosas continuam a inspirar a pintura de Nadir Afonso. Aos 88 anos, não se arrepende de ter abandonado a arquitectura, uma arte que lhe criava problemas por ser «utilitária»

Mas talvez a arquitectura nunca tenha abandonado o artista nascido em Chaves, em 1920, porque as paisagens urbanas, na sua essência, mantêm-se vivas em inúmeras telas do artista.

Para assinalar os 70 anos de carreira do pintor, a Assembleia da República inaugura segunda-feira uma exposição intitulada As Cidades no Homem, com vinte telas produzidas desde a década de 1940 até à actualidade.

Em entrevista à Agência Lusa na residência e ateliê em Cascais, Nadir Afonso falou das fontes de inspiração e da essência da sua obra plástica.

Com uma obra representada dentro e fora de Portugal, em espaços privados e públicos, como por exemplo, os grandes painéis de azulejos da estação de metro dos Restauradores, em Lisboa, admite que continua a desconhecer por que razão as cidades o fascinam tanto.

«Sei apenas que me fascina alguma coisa que me toca. Nós somos atraídos pela harmonia e pela proporção das coisas. Posso não compreender, mas sinto, e o artista transmite aquilo que sente» , descreveu.

Admite que nunca viu algumas das cidades que pintou. «Para documentar uma obra tive que escolher alguns nomes de cidades, mas nunca as vi na realidade. O que me interessa é a sua essência», reiterou, sobre a sua visão das paisagens urbanas.

Para o pintor flaviense - que teve a sua primeira formação académica em arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, e depois em pintura na École des Beaux-Arts de Paris - o mais importante na obra de arte é a essência, e essa «é constante, não muda com o tempo».

«Por isso ainda hoje sentimos satisfação estética nas obras de arte egípcias, gregas ou do Renascimento» , exemplificou.

A matemática e as formas geométricas continuam a ser as maiores fontes de fascínio. «Um quadrado tem quatro ângulos perfeitamente iguais! Um círculo é um ponto central equidistante dos pontos periféricos. Isto é uma fantástica lei matemática que nos cria emoção», observou.

«São leis que ressoam no espírito e dão uma forte sensação de plenitude» , insistiu.

Classifica a estética da sua obra como «rudimentar» e considera-a muito «fácil de compreender», apesar de «muitos não estarem de acordo».

«O filósofo acredita que o artista transmite para a tela o que está na sua alma. Mas esta concepção da arte está errada. Vem tudo da natureza - contrapõe - e o espírito do homem é um receptor dessas leis que sente intensamente» .

Depois de ter estudado arquitectura, ainda chegou a trabalhar com Le Corbusier, em Paris, e Oscar Niemeyer, no Brasil, ambos arquitectos de grande renome que lhe permitiram sempre dedicar algum tempo à pintura, o que lhe proporcionou um grande prazer e até alívio.

Recordou que abandonou a arquitectura em 1965 justamente por sentir que lhe trazia «problemas».

«Se uma forma está harmoniosa não pode ser utilitária porque a proporção matemática é exigentíssima, e não permite que a forma suporte qualquer utilidade» , justificou, admitindo ter-se sentido incapaz de conciliar ambas.

«Eu sou muito exigente na composição. É sagrada» , disse, convicto.

No dia 09 de Fevereiro, pelas 18h00, o pintor Nadir Afonso estará na Assembleia da República para inaugurar a exposição As Cidades no Homem, que ficará patente até 20 de Março.

Lusa, 2009-02-05

 

Rua 11

E já diz o ditado que não há duas sem três, pois a terceira notícia do dia (de ontem) é que temos on-line mais um blog de autoria flaviense: O blog da rua onze que surge na sequência e é de autoria do Blog da Rua Nove.

 

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Mais um blog a ter debaixo de olho, conjuntamente com os restantes blogs de autoria do mesmo autor (“Capas & Companhia”, “Ilusões Urbanas” e “Blog da Rua Nove” – todos com link na barra lateral). Autor que é também colaborador deste blog Chaves e do blog Chaves Antiga.

 

Ainda só com 1 dia on-line, mas já com muita coisa para ver e apreciar.

 

É mais um blog de visita obrigatória que eu recomendo.

 

Já a seguir mais um Discurso Sobre a Cidade de autoria de Tupamaro.

 

 

01
Fev09

Pelourinhos, fios azuis, ventos, chuvas, neves e trovoadas


Entre freguesias rurais e aldeias e o post de segunda-feira, há tempo ainda para vir por aqui deixar algumas novidades da blogosfera flaviense, com mais dois blogs temáticos e um terceiro que bem se pode considerar de utilidade pública.

 

Depois do  nosso conhecido  blog pioneiro dos temáticos  o “Cancelas”, apareceu o “ Vinhas de Chaves”, seguiu-se o  “Chaminés” , o “Capas & Companhia”, o “ Mapas de Chaves”  todos made in Chaves ou com autores flavienses.  Desde Alfândega da Fé, uma amiga da blogosfera flaviense traz à NET as “Fontes e Fontanários” e muitos mais haverá por aí que a falta de tempo não me deixa descobrir.

Blogs  tão saudáveis como interessantes  estes de aliar a fotografia, ou imagem,  a um tema que nos é querido e que promete cada vez mais ganhar adeptos,. Pois acabam de surgir mais dois blogs temáticos  made in Chaves.

O primeiro dá pelo nome de “Cruzeiros e Pelourinhos”  é de autoria de Albano do Nascimento e promete trazer à NET tudo que é cruzeiros  e pelourinhos, de Chaves e outros locais.

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O segundo é o  “Fio Azul”, mais um  filho cá da casa, talvez uma nóia pelo fio azul que insiste em ficar em tudo que é fotografia do nosso mundo rural. É o emplastro dos fios, é azul, multi-funções e é o melhor.

 

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Mas como dois são poucos, fica mais um que há muito deveria ter anunciado aqui, não só por ser de autoria de mais um flaviense de Paradela de Monforte, o Márcio Santos, mas também pela utilidade que dele podemos tirar com as previsões meteorológicas do tempo para Chaves e para o Norte. Previsões que se tornam reais ou que costumam andar muito próximas da realidade e que fazem com que o link na barra lateral nos Blogs de utilidade Pública.

Meteo Norte, é este o blog das previsões do tempo para Chaves, de Márcio Santos, nome já nosso conhecido por ser também co-autor do blog Paradela de Monforte.

Pois enquanto por aqui não aparece mais uma aldeia de Chaves, deixo-lhe estas dicas de novos espaços na NET para visitar.

 

 

 

05
Jan09

Hoje deveria ser dia de um Ilustre Flaviense, mas tinha prometido que quando acontecessem o cantar dos Reis de S.Sebastião na Freguesia de Valdanta, era para lá que este blog ia, e foi. Pois entre outros assuntos, vamos desde já até à freguesia de Valdanta.

 

 

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Já há dias, quando por aqui passou a aldeia e freguesia de Valdanta, eu abordava o tema e a tradição do cantar dos Reis de S.Sebastião, que se realizam todos os anos em Janeiro, nas aldeias da freguesia de Valdanta (Abobeleira, Cando, Granjinha e Valdanta).

 

Diz a lenda ou pelo menos tem passado de geração em geração que este cantar dos reis se deve a uma promessa colectiva feita a S.Sebastião para que a peste cessasse de dizimar a população. Os mais velhos da freguesia ainda ontem me diziam o mesmo e garantiam-me que já os avós deles se referiam a esta tradição sem saberem quando tinha começado. Pois vamos recorrer à História onde podemos tentar deduzir a origem deste cantar dos Reis a S.Sebastião, partido da promessa feita para que a peste cessasse.

 

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Reis de S.Sebastião em Valdanta e imagem do Padroeiro da Freguesia - São Domingos

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Segundo reza a história, o grande surto de peste em Portugal e que dizimou entre um terço a metade da população, iniciou-se em 1348  e que ficou conhecida como a peste negra. No entanto existem dados de que Portugal teria sido acometido por pestes epidémicas em outras ocasiões onde se salienta a data de 1599 e que, se viu livre desse mal, após actos públicos suplicando a intervenção de S.Sebastião. Actos públicos esses que seriam copiados ou inspirados em Itália, pois anos antes tinha sido acometida também por pestes epidémicas onde as súplicas ao S.Sebastião teriam tido bons resultados. Sendo S.Sebastião um Santo Mártir nascido no final do século III, tudo encaixa em questões de datas. Poder-se-á no entanto estranhar que tais súplicas tenham sido feitas a S.Sebastião e não a S.Roque, que é o Santo que se evoca contra a Peste e as doenças em geral, mas mais uma vez a história poderá ter resposta para a intervenção de S.Sebastião, pois já no grande livro medieval da vida dos santos a «Legenda Aurea» (em Latim) ou «Legenda Dourada» (tradução para português) de Jacobus de Voragine, nascido no Séc. XIII se mencionam as súplicas (bem sucedidas) da população italiana a S.Sebastião, culminando com a construção de um altar em Pavia em devoção a S.Sebastião.

 

Uma vez que não há documentação escrita quanto a esta tradição dos Reis de S.Sebastião na freguesia de Valdanta, todos estes dados são preciosos e levam-me a deduzir, que tal promessa teria acontecido com a peste de 1599 em que estes actos públicos de súplica a S.Sebastião se reproduziram um pouco por todo Portugal e que, a ser assim, esta tradição terá mais de 400 anos de existência.

 

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E como se vai cumprindo essa tradição!?

 

Todos os anos a Padre da paróquia nomeia os mordomos para o ano seguinte, que são geralmente um ou dois casais, casados numa das aldeias da freguesia há mais de 20 anos, sendo esta nomeação dos mordomos rotativa pelas aldeias da freguesia. Cabe aos mordomos organizar o grupo de cantadores de reis, que casa-a-casa, percorrem todas as casas das quatro aldeias da freguesia, recolhendo as oferendas para mais tarde entregar à igreja. São também os mordomos encarregues de nesse dia alimentar não só os cantadores, mas também todos os comensais ou população que se apresente para o “banquete”. Dizem que para os mordomos funciona como uma segunda festa de casamento. Teoricamente é assim que se cumpre a tradição, mas nem sempre assim acontece, pois a tradição tem elevados custos para os mordomos e nem todos a conseguem suportar e outros não aceitam a incumbência e, quando assim acontece, (como foi o caso de este ano cujos mordomos seriam do Cando), a Junta de Freguesia e a Comissão da igreja substitui-se aos mordomos e os Reis de S.Sebastião lá se vão cantando e a tradição lá se vai cumprindo e continuando.

 

Bem de manhãzinha começam os cantares numa das aldeias da freguesia e só à noite é que terminam, formando-se às vezes mais que um grupo de cantadores para poderem percorrer todas as casas. Algumas queixas dos cantadores e da freguesia para os novos moradores sem origens na freguesia, pois por desconhecerem a tradição, a maior parte das vezes “não estão em casa”.

 

E também a minha promessa de trazer aqui os Reis de S.Sebastião da freguesia de Valdanta foi cumprida. Faltamos à parte da manhã, acompanhamos um dos grupos de cantadores durante a tarde e faltamos ao banquete da noite, que as mulheres no forno público do povo, em Valdanta, se foram encarregando durante a tarde, de assar os leitões, os cabritos, as aves e outras carnes, que pelo menos o grupo de cantadores pela certa agradeceram por tanto trabalho e tantos cantares num só dia.

 

Em tempo (7-01-09) – Em comentário a este post o Blog da Rua Nove chama a atenção para a imagem do Santo que aparece na primeira fotografia deste post não ser o S.Sebastião. De facto assim é, ou seja, a imagem que aparece na foto é de São Domingos, Padroeiro da freguesia de Valdanta. Embora o Blog da Rua Nove (no comentário) já nos descreva a imagem do santo (representado atado a um poste, ou tronco de árvore, com o peito nu crivado de setas), nem há como uma imagem da iconografia de S.Sebastião, neste caso duas imagens, a primeira de autoria de Gregório Lopes (c.1490-1550) pintor português, pintada em 1536 para o Convento de Cristo em Tomar e actualmente no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa. A segunda imagem cujo autor desconheço, faz parte da colecção de arte antiga do Museu Grão Vasco em Viseu.

 

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Desde já as minhas desculpas por vos induzir em erro com a introdução despropositada da imagem do padroeiro de Valdanta na primeira foto e por não o mencionar na mesma. As correcções já estão feitas.

 

E por Valdanta e Reis de S.Sebastião é tudo, mas hoje ainda há tempo para anunciar aqui páginas e blogs que dizem respeito a Chaves e ao concelho e/ou com autores de Chaves, começando pela página dos Tamagani:

 

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Os Tamagani ou a Associação Tamagani, é uma associação de artistas plásticos de Chaves e Vale de Monterrei, que conta já com dezenas de associados e que tem galeria com exposições permanentes e abertas ao público no antigo foyer do Cine-Teatro de Chaves, na Ruas de Stº António:

 

Aqui fica o respectivo link para uma visita aos Tamagani e também o respectivo link na barra lateral na secção dos artistas.

 

http://www.tamagani.pt/

 

E de Chaves para Vidago, pois há algum tempo atrás apareceu um blog intitulado “Meu Vidago”, de autoria de Júlio Silva onde podermos encontrar interessantíssimas fotos de Vidago de outros tempos, bem como calendários, rótulos e outros objectos de interessante coleccionismo, todos dedicados a Vidago e com os quais o autor vai fazendo também um pouco da história da Vila.

 

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Um blog a não perder e que merece a nossa visita pela sua qualidade. Um bem haja para o seu autor e as devidas desculpas por só agora o linckar e anunciar.

 

Poderá ser visto aqui e fica também com linck na barra lateral na secção Vidago:

 

http://vidagoimagens.blogspot.com/

 

E por último mais uma companheira de viagem na arte de blogar e da fotografia com o seu blog “Espelho Mágico”, de autoria da flaviense Ana Maria Borges. Um blog a ter debaixo de olho e que poderá espreitar aqui:

 

http://imaginacao-ana.blogspot.com/

 

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E por hoje é tudo. Amanhã cá estarei de novo com outros olhares sobre a cidade de Chaves

 

 

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