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Nem sempre se tem a sorte de abordar uma aldeia em que antes de entrar na sua intimidade já temos uma ideia daquilo que ela é. Não por termos um conhecimento prévio dela, mas porque antes de entrarmos nela, ela faz-se anunciar pelo seu conjunto, ou seja, pelas vistas que ela oferece dada a sua localização.
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Mas claro que uma coisa é vê-la a uma certa distância e outra é entrar na sua intimidade, é que às vezes as aparências enganam, mas não é o caso, pois se ao longe se apresentava como uma aldeia interessante, na sua intimidade o interesse aumenta, não só pelo interesse arquitetónico daquilo que esperamos encontrar, ou seja o casario típico transmontano e barrosão de preferência sem grandes atentados de intervenções recentes sem respeito pelo que as rodeia, mas também interessantes pelo fator humano.
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Claro que o fator humano barrosão ou o povo barrosão tem uma identidade própria, e queremos acreditar nisso, porque sabemos que é verdade por um conjunto de características que são únicas nos barrosões, nem que seja e apenas no seu telúrico modus vivendi, que os torna rijos e resistentes, no seu geral, mas que em cada aldeia tem uma identidade própria dentro da identidade barrosã. Quero com isto dizer que sim, no Barroso são todos barrosões mas cada aldeia é uma aldeia com a sua identidade e pela experiência das nossas incursões no Barroso umas são mais hospitaleiras que outras e esta nossa aldeia de hoje, agradou-nos na sua maneira de receber.
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O discurso do parágrafo anterior surge, e reforçado, na sequência de um episódio pelo qual passámos numa das aldeias vizinhas de uma freguesia vizinha, não muito agradável, que se passou imediatamente antes da nossa entrada em Bustelo, mas sempre que isso nos acontece, raramente, vem-me sempre à lembrança uma passagem dos Diários de Torga, precisamente em terras do Barroso: “Entro nestas aldeias sagradas a tremer de vergonha. Não por mim, que venho cheio de boas intenções, mas por uma civilização de má-fé que nem ao menos lhe dá a simples proteção de as respeitar.”. Isto porque nunca sabemos quem lá esteve antes de nós, porque da nossa parte, entramos sempre com respeito e de boa fé.
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Um episódio que queremos esquecido e que e receção de Bustelo ajudou a esquecer e que nada tem a ver com Bustelo, por isso vamos até à nossa aldeia de hoje, começando pela sua localização. Desde já, isto para o pessoal de Chaves, esta aldeia dé pelo topónimo de Bustelo, mas é do concelho de Montalegre, e não a nossa aldeia de Bustelo, que por acaso fica a caminho de Montalegre, mas mais à frente há um episódio em que faremos disso.
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A melhor maneira de localizar Bustelo do concelho de Montalegre é talvez dizer que fica entre as Barragens dos Pisões (ou Rabagão) e a barragem de Paradela, ou seja, entre o Rio Rabagão e o Rio Cávado, ou alargando mais um poucochinho, entre a Serra de Barroso e a Serra do Gerês, mas acreditem, que embora seja a melhor maneira de a localizar, não é a melhor maneira de se dar com ela, isto para quem vai de Chaves, pois o melhor mesmo é ter a estrada nacional 103 como referência e um pouco antes de chegarmos à aldeia dos Pisões de virar para o paredão da barragem, seguir a placa de Fervidelas, que logo a seguir é Bustelo.
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Se passar o desvio para Fervidelas, então deixe andar mais um pouco, sempre pela Nacional 103 e quando chegar ao desvio de Vila da Ponte, entre na aldeia, atravesse-a e siga em frente, que a próxima aldeia é Bustelo. Já agora Bustelo pertence à freguesia de Vila da Ponte, mas não é a aldeia que tem mais próxima, pois as aldeias de Fervidelas, de Lamas, de Friães e até a dos Pisões são mais próximas de Bustelo. Claro que estamos a falar de distâncias muito pequenas, porque afinal de contas entre Vila da Ponte e Bustelo não chega aos 3 km de distância.
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Coordenadas de Bustelo: 41º 44’ 35,98” N e 7º 53’ 55,79” O. Atitude: entre os 930 e os 960m. A aldeia desenvolve-se ao longo da sua Rua Central e é rodeada de terras de cultivo em planalto. E depois disto, para melhor localização, fica o nosso mapa.
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Quanto às nossas habituais pesquisas encontrámos no Livro Montalegre para além da referência à existência de um cruzeiro e alminhas encontrámos o seguinte: “Há muitas sepulturas líticas móveis, talvez os monumentos mais antigos, e sepulturas fixas. Das móveis temos exemplos em Bobadela, Sapiãos, Bustelo (Vila da Ponte), Tourém, Pitões, Santo Adrião (Montalegre) e, sobretudo, os enigmáticos arcões graníticos de Salto, a merecerem um estudo mais atento.
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Num outro documento a que tivemos acesso de autoria de José Pedro Oliveira Henriques Costa, sobre “Povoamento e organização do território na Proto-História entre as Serras do Gerês, do Barroso e da Cabreira: o caso do Baixo Rabagão” temos a referência que a 500 metros da aldeia teria existido um castelo, Castelo da Lomba, Monte do Castelo. No mesmo documento refere-se: “Informação prestada pelo Sr. Manuel do lugar de Bustelo. A Sul deste povoado existiria ainda a Mina dos Moiros, que supostamente guardava tesouros escondidos e terá levado muitos rapazes, durante a mocidade do Sr. munidos de enxadas e picaretas, sem êxito à procura do referido tesouro.”. Pela indicações do documento, conseguimos localizar o local (do castelo), mas aquilo é coisa para entendidos da arqueologia, pois os nossos olhos leigos nada viram no local.
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Por último, na WEB, encontrámos outra referência a Bustelo/Montalegre, mais propriamente uma notícia de Margarida Luzio, no Jornal de Notícias de 22/9/2009. Ora acontece que este Bustelo da notícia é a aldeia de Bustelo do concelho de Chaves, mas a notícia, baseada em promessa de políticos, não deixa de ser interessante e pressuposto interesse para todos nós flavienses e barrosões, isto se considerarmos que desde a data da notícia até hoje já passaram 8 anos. Mas já lá vamos.
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Pois aqui fica a referida notícia, só o mais importante, mas se quiser ter acesso à notícia toda, basta seguir o link no final do post:
“A estrada entre Chaves e Montalegre vai sofrer uma profunda intervenção. Além de encurtar distâncias entre os dois municípios, a obra, no valor estimado de seis milhões de euros, vai aproximar os barrosões da auto-estrada.
Já foi adjudicada e deverá começar dentro de poucas semanas aquela que será a primeira intervenção da profunda requalificação de que vai ser alvo a estrada municipal entre Chaves e Montalegre, uma velha aspiração das populações de ambos os municípios, que vão arrancar com a obra em conjunto.
Em causa está a construção da Ponte da Assureira, uma intervenção no valor de 450 mil euros, e que faz parte do único troço novo a construir no âmbito do projecto de requalificação da estrada do lado de Montalegre. A ponte demorará seis meses a ser feita. Mas a restante parte da estrada, que sofrerá obras de rectificação e consolidação nos locais onde se encontra mais degradada, não tem ainda calendarização, visto que irá ser feita à medida das possibilidades dos dois municípios. (…) a nova via iniciar-se-á na localidade de Solveira (Montalegre),e prolonga-se até Soutelinho da Raia (Chaves).”
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E continua a notícia:
“No concelho de Chaves estão igualmente previstas obras de melhoramento e ainda a construção de um troço novo, uma variante por Bustelo, que irá substituir um percurso com uma série de curvas, que eram vistas como uma espécie de calvário pelos condutores.
De acordo com o presidente da Câmara de Chaves, João Batista, a autarquia vai aproveitar a obra para construir uma espécie de passeio para os muitos peregrinos que utilizam a actual via, sem quaisquer condições de segurança, para aceder ao Santuário de São Caetano (…)No entanto, para já, as duas Câmaras só têm assegurada comparticipação financeira para a construção da Ponte da Assureira, (…)As restantes obras terão que ser financiadas por cada um dos municípios.
O presidente da Câmara de Montalegre, Fernando Rodrigues, já admitiu que a falta de financiamento não é problema. "Já arrisquei com obras mais complicadas para as quais depois se conseguiu o dinheiro", disse. De resto, Montalegre será o concelho que mais beneficiará com a obra, uma vez que, desta forma, ficará também muito mais perto da A24.”
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Pois, como diz o povo “de boas intenções está o inferno cheio”, mas diga-se a verdade, a referida Ponte da Assureira já foi construída há uns anos, mas está lá, sozinha no meio do monte, sem estrada de acesso a ela, de ambos os lados, e sem estrada, sejamos sinceros, aquela ponte é uma anedota. Agora sem dúvida alguma que uma ligação com o mínimo de decência entre Chaves e Montalegre é de extrema importância para ambos os concelhos e ambos lucram com essa ligação, por isso Srs. Presidentes de Câmara, não os que prometeram, que esses já lá vão, mas os que herdaram a promessa, olhem para essa ligação como um investimento e não uma despesa. E tenho dito, com as devidas desculpas para Bustelo de Montalegre por lhe roubar o seu espaço neste blog com coisas que não lhe dizem direito, pois no caso até pouco beneficiarão com a dita ligação, pois suponho que as suas ligações a Chaves são feitas pela Nacional 103.
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Pois voltando a Bustelo da freguesia de Vila da Ponte, do concelho de Montalegre. Já falámos da simpatia da receção, mas falta falar da vida da aldeia, pois é uma das que a tem. Está certo que também é mais uma das aldeias que sofre do habitual despovoamento e envelhecimento da população, mas suponho que dada a riqueza da terra fértil que rodeia a aldeia, ainda vai mantendo alguns resistentes, que vão dando alguma vida à aldeia, pelo menos no dia em que lá fomos, assim era, uma aldeia com vida, gente e animais na rua.
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Quanto à aldeia, já tivemos oportunidade de dizer que nos agradou. Ao longe, pelo menos de três pontos distintos, vê-se arrumadinha e juntinha. Entrando nela, verificámos que se desenvolve ao longo da Rua Central, com o cruzeiro e alminhas no largo de entrada e a capela quase no final da Rua. Pelo caminho muita casa típica de pedra à vista, algumas ainda com a estrutura de pedra nos telhado de suporte ao colmo de outrora, hoje substituído por telha. Também são visíveis alguns canastros o que vem confirmar que estamos em aldeia de terras férteis, hoje, suponho, que de apoio à criação de gado bovino, aquele que também vai tornando o Barroso famoso pela qualidade da carne que chega aos talhos e a algumas das mesas, que, para quem é apreciador, nota logo a diferença.
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E é tudo, mais uma vez com as devidas desculpas para Bustelo por alguns devaneios e desvios da aldeia. Tempo ainda para as habituais referências às nossas consultas e links às anteriores abordagens a aldeias, lugares e temas do Barroso.
Bibliografia
- “Montalegre” de José Dias Baptista, edição do Município de Montalegre, 2006
- “Povoamento e organização do território na Proto-História entre as Serras do Gerês, do Barroso e da Cabreira: o caso do Baixo Rabagão”, de José Pedro Oliveira Henriques Costa, Seminário de Projecto em Arqueologia - Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Porto, 2006
WEB
http://www.jn.pt/local/noticias/vila-real/montalegre/interior/obras-na-estrada-aproximam-chaves-1368252.html
Links para nteriores abordagens ao Barroso:
A Água - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-a-agua-1371257
Amial - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ameal-1484516
Amiar - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-amiar-1395724
Bagulhão - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-bagulhao-1469670
Cepeda - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cepeda-1406958
Cervos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cervos-1473196
Cortiço - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-1490249
Corva - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-corva-1499531
Donões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-donoes-1446125
Fervidelas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fervidelas-1429294
Fiães do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fiaes-do-1432619
Fírvidas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-firvidas-1466833
Frades do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-frades-do-1440288
Gralhas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-gralhas-1374100
Lapela - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lapela-1435209
Meixedo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixedo-1377262
Meixide - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixide-1496229
O colorido selvagem da primavera http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-o-colorido-1390557
Olhando para e desde o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-olhando-1426886
Padornelos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padornelos-1381152
Padroso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padroso-1384428
Paio Afonso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paio-afonso-1451464
Parafita: http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-parafita-1443308
Paredes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paredes-1448799
Pedrário - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pedrario-1398344
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Sendim - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sendim-1387765
Solveira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-solveira-1364977
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Zebral - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-zebral-1503453