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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Ago13

Repositório - Roubaram o Cândido




Porque o Cândido continua desaparecido e nesta altura do campeonato duvido que apareça, porque a taça continua sem água, porque o jardim continua sem bancos, porque o post escrito em 29 de dezembro de 2011 continua tão atual como se tivesse sido escrito hoje, aqui fica o mesmo em repositório e só para avivar memórias esquecidas.


 



29.Dez.2011


ROUBARAM O CÂNDIDO


Pois é, tinha prometido vir aqui com fotos do dia, mas hoje e dadas as circunstâncias, além de duas fotos do dia cedidas pelo repórter de serviço, também trago algumas de arquivo e tudo porque roubaram o Cândido. Não, não foi o Cândido da Rua da Tulha, nem tão pouco o Cândido da Praça do Duque, mas sim, o Cândido do Jardim Público ou se preferirem, o Cândido Sotto Mayor.


Imagem de arquivo


Hoje pela manhã fui dar uma volta à procura das fotos de hoje. Decidi começar pela Madalena, atravessei a Ponte Romana, subi a Rua de Stº António, passei pelas Freiras, desci a Rua do Olival e retomei a Ponte Romana, mas ainda antes de me despedir dos cliques, dei uma voltinha pelo Jardim Público, pois mesmo depenado, gosto de passar por lá, é vício antigo desde as saudosas verbenas e tempo de namoros, e claro, aproveito sempre para ir cumprimentar o Cândido, e hoje também fui, mas ele não estava lá…

 

- ãhhhh! E o Cândido!?, perguntei eu ao meu parceiro de cliques.

- Então não sabias que foi roubado, vinha no jornal desta semana. Disse-me o parceiro de cliques.

- Eu não! Respondi-lhe ainda incrédulo.

 

 

Pois é, às vezes dá jeito comprar os Jornais da terra, pelo menos vamos sabendo quem morre, ou quem é roubado. Claro que logo de seguida fui consultar a “Voz de Chaves”, onde dizia:

 

imagem de arquivo

 

“- Na passada madrugada de terça-feira, o busto desapareceu, e, ao que tudo indica, por furto, ficando à vista os ferros que o suportavam. A situação foi comunicada à PSP, que tomou conta da ocorrência.”

 

Imagem de arquivo

 

Claro que foi roubado, pois pela certa que o Cândido não foi tomar café, nem me consta que a Câmara Municipal o tivesse retirado de lá (mas esta última hipótese não a confirmei), e ainda vos digo mais, o roubo não se ficou apenas pelo busto do Cândido, pois também roubaram a água e os repuxos da taça do jardim público, a não ser que se tivesse sumido por um buraquinho qualquer. Como a fome apertava, também não fui confirmar o que aconteceu à água da taça, mas logo que tenha oportunidade vou saber.

 

 

Nestes últimos anos o Jardim Público tem sido roubado indecentemente. Com a desculpa das obras, roubaram-lhe uma porção de árvores, bancos, canteiros, verde e sobras, roubaram-lhe a essência. Mas aqui o roubo foi consentido e até avalizado por técnicos que dão pelo nome de Arquitectos Urbanistas, que pouco se importam com o sentimento das pessoas, que nunca lá foram às verbenas, que nunca lá namoraram, que nunca lá se refrescaram nos verões de inferno da nossa cidade e, se lá foram, são curtos de memória. A sua única preocupação parece ser a de receber umas chorudas notas pelo projecto e marcar pontos no currículo, além da ambição de ficar na história das cidades, e vão ficar, pelos maus serviços prestados. Ainda gostaria de saber se o Cândido Sotto Mayor fosse vivo consentiria a desfeita. Quem sabe se por artes do além ele não partiu com o desgosto…

 

Imagem de arquivo

 

Deixo-vos a seguir duas últimas imagens para testemunhar aquilo que aqui digo. A primeira, de autoria de Dinis Ponteira, é dos inícios dos anos 80 do século passado. A última, é de hoje, às 12H51, segundo o registo da minha câmara fotográfica.

 

Aproveitem e contem os bancos da primeira foto e os da segunda, e tenham em conta que a foto foi tomada do mesmo local. Se não quiserem estar com o trabalho, e digo-vos o resultado da minha contagem: 34 na primeira e cinco na segunda. Já agora, descubra as diferenças nas árvores.

 

Fotografia de Dinis Ponteira

 

Ficam também para memória futura as fotos do busto de Cândido Sotto Mayor, e também com a esperança de que o busto ainda esteja inteiro e possa ser reconhecido lá onde ele quer que esteja.

 

 

Até mais logo.



29
Dez11

Roubaram o Cândido...


Pois é, tinha prometido vir aqui com fotos do dia, mas hoje e dadas as circunstâncias, além de duas fotos do dia cedidas pelo repórter de serviço, também trago algumas de arquivo e tudo porque roubaram o Cândido. Não, não foi o Cândido da Rua da Tulha, nem tão pouco o Cândido da Praça do Duque, mas sim,  o Cândido do Jardim Público ou se preferirem, o Cândido Sotto Mayor.


Imagem de arquivo


Hoje pela manhã fui dar uma volta à procura das fotos de hoje. Decidi começar pela Madalena, atravessei a Ponte Romana, subi a Rua de Stº António, passei pelas Freiras, desci a Rua do Olival e retomei a Ponte Romana, mas ainda antes de me despedir dos cliques, dei uma voltinha pelo Jardim Público, pois mesmo depenado, gosto de passar por lá, é vício antigo desde as saudosas verbenas e tempo de namoros, e claro, aproveito sempre para ir cumprimentar o Cândido, e hoje também fui, mas ele não estava lá…

 

- ãhhhh! E o Cândido!?, perguntei eu ao meu parceiro de cliques.

- Então não sabias que foi roubado, vinha no jornal desta semana. Disse-me o parceiro de cliques.

- Eu não!  Respondi-lhe ainda incrédulo.

 

 

Pois é, às vezes dá jeito comprar os Jornais da terra, pelo menos vamos sabendo quem morre, ou quem é roubado. Claro que logo de seguida fui consultar a “Voz de Chaves”, onde dizia:

 

imagem de arquivo

 

“-  Na passada madrugada de terça-feira, o busto desapareceu, e, ao que tudo indica, por furto, ficando à vista os ferros que o suportavam.  A situação foi comunicada à PSP, que tomou conta da ocorrência.”

 

Imagem de arquivo

 

Claro que foi roubado, pois pela certa que o Cândido não foi tomar café, nem me consta que a Câmara Municipal o tivesse retirado de lá (mas esta última hipótese não a confirmei), e ainda vos digo mais, o roubo não se ficou apenas pelo busto do Cândido, pois também roubaram a água e os repuxos da taça do jardim público, a não ser que se tivesse sumido por um buraquinho qualquer. Como a fome apertava, também não fui confirmar o que aconteceu à água da taça, mas logo que tenha oportunidade vou saber.

 

 

Nestes últimos anos o Jardim Público tem sido roubado indecentemente. Com a desculpa das obras, roubaram-lhe uma porção de árvores, bancos, canteiros, verde e sobras, roubaram-lhe a essência. Mas aqui o roubo foi consentido e até avalizado por técnicos que dão pelo nome de Arquitectos Urbanistas,  que pouco se importam com o sentimento das pessoas, que nunca lá foram às verbenas, que nunca lá namoraram, que nunca lá se refrescaram nos verões de inferno da nossa cidade e, se lá foram, são curtos de memória. A sua única preocupação parece ser a de receber umas chorudas notas pelo projecto e marcar pontos no currículo, além da ambição de ficar na história das cidades, e vão ficar,  pelos maus serviços prestados. Ainda gostaria de saber se o Cândido Sotto Mayor fosse vivo consentiria a desfeita. Quem sabe se por artes do além ele não partiu com o desgosto…

 

Imagem de arquivo

 

Deixo-vos a seguir duas últimas imagens para testemunhar aquilo que aqui digo. A primeira, de autoria de Dinis Ponteira, é dos inícios dos anos 80 do século passado. A última, é de hoje, às 12H51, segundo o registo da minha câmara fotográfica.

 

Aproveitem e contem os bancos da primeira foto e os da segunda, e tenham em conta que a foto foi tomada do mesmo local. Se não quiserem estar com o trabalho, e digo-vos o resultado da minha contagem: 34 na primeira e cinco na segunda. Já agora, descubra as diferenças nas árvores.

 

Fotografia de Dinis Ponteira

 

Ficam também para memória futura as fotos do busto de Cândido Sotto Mayor, e também  com a esperança de que o busto ainda esteja inteiro e possa ser reconhecido lá onde ele quer que esteja.

 

 

Até mais logo, ao meio-dia,   com o Homem sem memória, de João Madureira.

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