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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

23
Set13

Coisas simples e pequenas


 

Embora com a minha ausência devidamente justificada, não tenho estado bem comigo porque prometi  trazer aqui algumas palavras de 15 em 15 dias e não consegui cumprir. Mesmos que os motivos que me levaram a tal possam servir de desculpa, nunca há desculpa para uma palavra dada. Fui educado assim e assim terei de morrer – a palavra vale tudo, ou seja a verdade, ou seja, o cumprir a promessa.


Mas mesmo havendo motivos para não poder ter estado aqui,  também a actual situação de estarmos em plena campanha eleitoral me castrava a liberdade de dizer o que tenho a dizer sobre a cidade de Chaves, não vão as más línguas pensar que estou a apelar ao voto a um em detrimento de outros, logo eu que não voto em nenhum. Mas mesmo assim, não resisto a deixar aqui umas breves palavras, isentas, sobre a atual campanha e toda a propaganda que lhe está afecta, a que está visível nas ruas, e a que anda por aí espalhada em panfletos e revistas.


Comecemos pelas palavras que se vão vertendo nos panfletos e revistas, todos  eles com a lengalenga do costume, de tudo prometer e reprometer aquilo que o povo quer ver prometido e que nunca foi nem será cumprido, porque já é mais que sabido e provado que promessa de político não é para cumprir. O que interessa é chegar lá, ao poder, depois logo se vê o que se poderá fazer de acordo com os interesses dominantes dos que verdadeiramente dominam porque têm dinheiro para comprar aquilo que querem e dominar. Claro que há excepções, mas em  Chaves está à vista que não o tem sido.




Mas o que mais impressiona é a luta e ganância pelo poder.  Vale de tudo para o alcançar. Despidos de pudor e moral, não há princípios ou doutrinas que sustentem a corrida ao poder. Com as ideologias  perdidas nos fundos de uma gaveta qualquer que já nem se sabe qual é, os partidos servem apenas como o meio mais fácil de participar na corrida, principalmente os dois que vão alternado no poder, e se num não houver hipótese de se estar entre os que se impõem então despe-se a camisola e veste-se outra de outra cor, ou da mesma cor mas de outra equipa, que agora as cores já de pouco valem ou interessam. E quem diz mudar de equipa também diz mudar de terra, de concelho para poder continuar no poder que a Lei lhe veda, não fosse o tuga especialista em contornar tudo aquilo que parece incontornável – há sempre uma maneira de. E quando todas as equipas se esgotam, forma-se uma, só assim se explica a proliferação dos ditos Movimentos Independentes feito com gente filiada nos dois partidos do arco do poder  e que não foram selecionados para a equipa do respectivo partido de filiação.


Mas também os candidatos parecem querer esconder as suas origens na propaganda eleitoral, fazendo impor a pessoa ao partido, gerando a confusão da identificação partidária, ou do símbolo partidário. Também já lá vai o tempo em que o símbolo e a cor identificavam a léguas os candidatos e os partidos. O vermelho para os partidos de esquerda, o laranja para o do centro e o azul para os de direita. Agora é tudo azul e quanto a esquerdas, centros e direitas, só os mais pequenos vão respeitando as tendências, e só porque lhes dá jeito. Tanto faz ser do PC, do CDS, do PSD, do PS ou Independente, o azul é a cor da moda propagandística e o símbolo do partido – a foice e o martelo (que raramente se vê), o punho fechado que já tentou ser rosa, as três setas viradas ao alto e a bola ao centro, aparecem bem pequenino, disfarçado atrás de sorrisos falsos e rostos (às vezes)  atraentes de Photoshop. Quanto ao  ovo kinder que o chefe do movimento independente já usou quando se candidatava pelo PSD, também vai aparecendo, mas esse tanto faz que apareça como não, não tem qualquer significado, quando muito poderá fazer crescer água na boca aos gulosos que gostam de chocolate.

 

Assim, em Chaves, vote em quem votar, vai votar no azul.


A.Adolfo

28
Jan10

Coleccionismo de temática flaviense - Cartazes


 

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Como há tempos atrás dizia numa das publicações do coleccionismo, os coleccionadores agradecem os eventos que se vão realizando e vão produzindo objectos, medalhas, pins, moedas, selos, e um sem ror de coisas coleccionáveis. Um desses eventos que aconteceu em Chaves e foi rico em coisas coleccionáveis, das quais algumas já passaram por esta rubrica, como os pins, os porta-chaves, uma réplica em bronze do Padrão dos Povos e medalhas (Ouro, Prata e Bronze) foi ou foram os III Jogos do Eixo Atlântico que se realizaram na cidade de Chaves e que decorreram durante os dias 6 a 10 de Julho de 1999, onde participaram cerca de 1000 atletas em representação da maioria das cidade do Norte de Portugal e da Galiza, incluindo a cidade de Chaves, contando na cerimónia de abertura com o Primeiro-ministro de Portugal de então - António Guterres e com o Presidente da junta da Galiza, também de então - Fraga Iribarne, além dos presidentes de Câmara das cidades participantes.

 

Pois hoje fica o Cartaz dos III Jogos do Eixo atlântico que serviu também de capa ao livro da calendarização dos jogos.

 

Um cartaz de autoria de um designer Galego – Roberto, que antecipava um pouco a competição mas também a alegria dos jogos, onde não faltam os nossos principais ex-líbris da cidade mas também onde são caricaturados o então Presidente da Câmara, Alexandre Chaves, o Coordenador dos Jogos, A.Sousa e Silva e o Secretário-Geral do Eixo Atlântico Juan Mau. Jogos que também engrandeceram e animaram as Festas da Cidade do ano de 1999.

 

05
Nov09

Coleccionismo de Temática Flaviense * Cartaz e Postal livres de armas nucleares


Movimento ZLAN – Municípios pela Paz, Ambiente e Cooperação

 

Tal como apareceu por Chaves, também desapareceu, ou seja, exceptuando os dias 11 e 12 de Junho de 1993, nunca mais se ouviu falar de movimentos Zlan’s cá na terrinha.

 

CARTAZ

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Ignorância minha, pois nem sei se o movimento ainda existe, mas pesquisando na NET, no « O Mirante – Dossiers », encontrei um curioso texto que talvez elucide um pouco sobre a sua existência e o seu ser:

 

 

Se houve coisa boa que ficou no nosso país dos tempos loucos do pós-25 de Abril e da guerra-fria foram os concelhos livres de armas nucleares. Concelho que se prezasse ostentava logo à entrada, para passante ver, que estávamos a entrar numa zona livre de armas nucleares (ZLAN). Aquilo era uma espécie de redundância folclórica, porque Portugal era todo ele livre de armas nucleares - tomara nós um submarino em condições e meia dúzia de G3… Mas dava um sinal de que estávamos perante gente pacífica e pouco dada a bombardeamentos.

 

Entretanto caiu o muro de Berlim, foram-se as zonas livres de armas nucleares mas mesmo assim continuámos sem as ditas armas. O que prova que o movimento ZLAN não fazia falta nenhuma. Mas eis que agora aparecem uns sucedâneos: os concelhos livres de produtos transgénicos. Salvaterra de Magos e Rio Maior são os mais recentes aderentes ao clube. Infelizmente para o povo, ainda não surgiram os concelhos livres de idiotia e parvoíce. Nem os municípios livres de autarcas megalómanos, autistas, broncos e afins… Haja fé: por este andar havemos de lá chegar.

 

POSTAL ILUSTRADO

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Exista ou não, em Chaves realizou-se o VI Encontro Nacional de Municípios do Movimento Zlan que trouxe a Chaves autarcas de todo o nosso Portugal, do Algarve a Trás-os-Montes e, do encontro, pelo menos resultou um cartaz e um postal ilustrado que fazem a memória desse encontro e também mais dois elementos para o enriquecimento do coleccionismo de temática flaviense.

 

20
Ago09

 

Reproduzindo uma imagem do castelo de Monforte de Rio Livre, este cartaz foi impresso em Junho de 1984 e integrava a trilogia de cartazes alusivos ao Alto Tâmega e a Chaves – Monforte, Ponte Romana e Rua Direita, editados pelos serviços centrais de turismo nesse ano.

 

Com as dimensões de 98 x 61,5 cm, o cartaz foi impresso na Lito Of. Artistas Reunidos, em S. Mamede de Infesta, Porto, e teve uma tiragem de 10.000 exemplares.

 

Foi reimpresso poucos meses depois, com dimensões reduzidas (70 x 50 cm) e sem a legenda Alto Tâmega Portugal, para anunciar o 1.º Encontro Transmontano do Clínico Geral, realizado entre 21 e 23 de Março de 1985 no Balneário das Caldas de Chaves, tendo o calendário do programa sido sobreposto à imagem.

 

(É... Os posts pré-programados e aqueles que não dependem apenas da PT lá vão conseguindo escapar às inexplicáveis distorções [vide legenda do cartaz] terceiro-mundistas que atingem o Alto Tâmega e o deixam em baixo e a fumegar de despeito por todos os lados [vide cartaz]...)

 

12
Mar09

 

 

 

Pequeno cartaz (32,2 x 24,4 cm) alusivo à exposição de Nadir Afonso (n. 1920) realizada no Museu da Cidade em 1978, durante as comemorações dos XIX séculos de município.

 

Um cartaz de maiores dimensões, reproduzindo uma outra obra de Nadir Afonso criada propositadamente para o evento, foi também editado na ocasião como cartaz oficial das comemorações. 

 

19
Fev09

Coleccionismo de Temática Flaviense * Cartazes


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Já sabem que em termos de coleccionismo, tudo é coleccionável  e por mais estranha ou esquisita que seja, não pensem que são os únicos a fazer essa colecção.

 

Os cartazes também são coleccionáveis mas sobretudo têm a sua importância porque também fazem história e marcam épocas. História da própria história, mas também outra história associada ao próprio design, impressão, papel, cor, etc.

 

Quando no tema das colecções entra a nossa terrinha, então aí a colecção ou alguns objectos dessa colecção têm um sabor distinto. É o caso destes dois cartazes que hoje vos deixo, editados nos finais dos anos 70 do século passado, penso que pelo então Turismo e que despertaram os olhares atentos de todos os flavienses, não só pela sua beleza, mas também pela simplicidade.

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Desconheço quem é o autor dos cartazes e fotos, sei que com esta simplicidade (aparente) de oferecer Chaves em imagem, a mensagem passou com aquilo que Chaves tinha de melhor e mais interessante, o seu casario, monumentos e até o rio, onde não poderiam faltar os barcos de madeira do Lombudo ou do Redes, pois também eles faziam parte da paisagem e de bons momentos. Curioso são os cartazes identificarem logo Chaves, sem que a cidade seja mencionada, pois em texto apenas aparece PORTUGAL e muito bem, pois Chaves na altura ainda era um bom exemplo de cidade antiga e mais ou menos conservada sem as invenções e mamarrachadas do betão e outras modernidades. Note-se na imagem das Rua Direita a quase ausência de publicidade exterior, e a que existe, está perfeitamente enquadrada no conjunto. Só um pormenor dos muitos que então existiam.

 

Para que este post estivesse completo em imagem, tinha de ter aqui a outra imagem deste conjunto e que apresentava o Castelo de Monforte atrás de um longo e inclinado campo de centeio maduro. Uma imagem que já não vejo há mais de 20 anos mas que a conheço de memória, com quase todos os pormenores. Pode ser que por aí alguém tenha esse cartaz e nos possa ceder a imagem para uma próxima publicação.

 

Quanto mais não fosse por estes pequenos regressos ao passado, o coleccionismo já tinha o seu interesse.

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