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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

03
Jan24

De regresso à cidade

Com o gelo do ano velho


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Cá estamos com mais um regresso à cidade, desta vez, graças às festas, a acontecer só hoje, quarta-feira, dia de feira semanal, a primeira do ano.

 

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Com neste ano novo ainda não tivemos oportunidade de andar por aí a colher fotografias, ficam as últimas que tomámos no ano velho, no dia 27 de dezembro, ao fim da tarde, lá em cima no alto do Brunheiro, mais propriamente de Maços, Carvela e Tresmundes, já com o gelo a derreter, mas mesmo assim ainda com muito frio do caraças, daquele de engaranhar as mãos, o nariz, as orelhas e até a fala, mesmo com luvas e garruço. Imaginem o que é viver nestas aldeias… só de ver, dói.

 

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Fica assim três imagens do gelo do último ano que cobriu as aldeias mais altas do concelho de Chaves durante os últimos dias do ano.

 

Foi-se o gelo, regressou a chuva, agora só falta nevar…

 

Até amanhã!  

 

 

04
Mar20

Carvela - Chaves - Portugal

aldeias de Chaves - Com vídeo


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Carvela

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje aqui esse resumo, hoje da aldeia de Carvela.

 

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O vídeo mas também algumas imagens de arquivo que escaparam às seleções anteriores.

 

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Imagens com pormenores apenas, pormenores que só por si são arte tal qual se nos apresentam.

 

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Ou também elogios, como é o caso do elogio ao fio azul, que nós no decorrer das nossas andanças pelas aldeias, reparámos ser um fator comum a todas elas. Um elogio, porque ao que parece, é o melhor, e depois mostram também o à frente que estão as nossas aldeias em termos de ambiente, reciclagem e reutilização. Sempre foi assim, o que é bom não é lixo, e pode fazer jeito em muitas situações.

 

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Mas também imagens que são memórias de um passado cada vez mais distante e que deixa algumas saudades, como é o caso das telescolas onde as nossas crianças, aprendia à porta de casa, os primeiros ensinamentos até ao 6 ano de escolaridade.

 

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Claro que era no tempo em que havia crianças nas aldeias, crianças e gente jovem de um tempo que cada vez mais se distancia. Crianças e artesãos ou artistas naifs:

 

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E agora sim, o vídeo com todas as imagens de Carvela publicadas até à presente data neste blog. Mas com isto, não queremos dizer que Carvela se despede deste blog, não senhor(a), vai continuar a vir por aqui quando tiver de vir, e calhar a vez.

 

 

E ficam também os links para posts que o blog Chaves ao longo destes 15 anos foi dedicando à aldeia de Carvela:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/carvela-chaves-portugal-1565474

https://chaves.blogs.sapo.pt/carvela-chaves-portugal-1440072

https://chaves.blogs.sapo.pt/226682.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/171442.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/11534.html

 

 

 

 

29
Jul17

Carvela - Chaves - Portugal


1600-carvela (167)

 

Sempre tive um certo fascínio pela Serra do Brunheiro e este sempre é mesmo desde puto, penso mesmo que será desde que nasci, e a razão é muito simples, as janelas da minha casa davam diretamente para o Brunheiro, praticamente sem qualquer barreira física entre o meu olhar e a imponência da serra, não que ela seja muito alta, mas é a forma como se dá à apreciação para quem está na veiga de Chaves.

 

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Pois desde miúdo que a Serra do Brunheiro tem sido também o meu barómetro. Digamos que ela é o meu boletim meteorológico diário, quando logo pela manhã abro a janela do quarto  e lhe lanço um olhar para fazer as previsões  do dia.  É, as minhas janelas continuam a ter o Brunheiro por companhia e agora muito mais do que em puto, pois com o tempo fui-me aproximando das suas faldas. Bem , mas tudo isto tem a ver com a nossa aldeia de hoje, Carvela, uma das três aldeias (conjuntamente com Maços e Santiago do Monte) que ficam logo após o dobrar da croa[i] da serra, mas sem vistas para a veiga.

 

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Esta localização das três aldeias mencionadas faz com que elas gozem, ou melhor – sofram, com um fenómeno meteorológico que se repete muitas vezes ao longo do ano. Ontem mesmo quando acordei esse fenómeno estava a acontecer, fenómeno esse  que faz com que essas aldeias fiquem mergulhadas num espesso nevoeiro, tudo acontece quando existe uma diferença de pressão atmosférica entre  o vale de Chaves e o planalto do Brunheiro, que faz com que as nuvens baixas ou nevoeiros e neblinas matinais subam a encosta da serra e estacionem no planalto. De verão e em dias quentes como os que estamos a atravessar, este fenómeno até talvez se agradeça, mas de inverno, dói a valer, principalmente quando as temperaturas lá no alto são negativas e os nevoeiros que sobem se convertem em gelo, criando um ambiente de uma beleza sem igual, mas que só se pode desfrutar desde dentro do carro com o aquecimento ligado ou desde as casas da aldeia com a lareira bem abastecida de lenha.

 

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Carvela é uma das onze aldeias a freguesia de Nogueira da Montanha e uma (freguesia) que mais tem sofrido com o despovoamento, em parte pelo rigor dos invernos mas também pela falta de políticas para a agricultura e floresta que façam com que a sua população possa fazer delas um modo de vida. E isto embora aconteça lá em cima a uma cota de 900 metros de altitude, a terra é generosa para como produtos agrícolas, pelo menos na qualidade daquilo que de lá sai, principalmente na produção de batata.

 

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Aliás é vergonho que na cidade de Chaves onde a batata da montanha é reconhecidamente de qualidade superior, tenhamos que comprar batata espanhola e francesa nas grandes superfícies. É como o presunto de Chaves, o famoso presunto de Chaves, tão falado por esse Portugal fora, mas são poucos os que o avezam.   

 

 

[i] Já sei que o termo croa não existe na língua oficial portuguesa, mas por cá é assim que se vai dizendo e pronuncia e não é mais que a palavra coroa abreviada.

 

 

24
Set16

Carvela - Chaves - Portugal


1600-carvela (148)

 

Já perdi a conta às vezes que fui ou passei por Carvela, quase sempre com a intenção de conseguir novas fotos, mas nem sempre fui bem sucedido, ou melhor, apenas uma vez o fui, a primeira, e já lá vão 10 anos.

 

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Exceção para as fotos de inverno, do gelo ou carambelo, ou da aldeia submersa em nevoeiro, que dessas sempre trago algumas, ou muitas, quando esses fenómenos atmosféricos acontecem, mas em tempo de verão, pouco tenho acrescentado ao meu arquivo e, a razão é simples, não tenho encontrado novos motivos para além daqueles que registei há 10 anos.

 

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Talvez seja falta de inspiração minha, talvez porque na aldeia, nos últimos anos, não tenha havido grandes alterações, tal como acontece na maioria das nossas aldeias devido ao despovoamento e envelhecimento da população. Não sei, o facto é que nas passagens mais recentes pouco tenho acrescentado ao meu arquivo.

 

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Contudo, no arquivo de Carvela ainda tenho alguns motivos de interesse para trazer aqui hoje e ainda há mais para poder vir por aqui de novo e, pela certa, que os dias mais rigorosos de inverno, os tais do gelo e carambelo levar-me-ão lá de novo. Eu sei são dias frios e não muito agradável para quem tem conviver com ele, mas que é um espetáculo digno de ser visto, lá isso é.

 

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Pode ser que numa dessas próximas idas por Carvela surjam novos motivos que despertem a atenção da objetiva, acredito que sim, mesmo porque os nossos interesses e o nosso olhar também está sempre em constante evolução.

 

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Entretanto ficam hoje mais seis motivos de Carvela que escaparam ou sobraram dos últimos posts em que aldeia passou por aqui.

 

 

04
Jan14

Pelo Planalto do Brunheiro


 Carambelo no Planalto do Brunheiro - imagem de arquivo

 

Tarde de 30 de dezembro do ano que recentemente nos deixou. Desde o vale, olhei para a coroa da Serra do Brunheiro e estava num daqueles dias de coroa coberta com nevoeiro quando às vezes acontece um fenómeno meteorológico, quando ar húmido do vale sobe pela encosta fora e quando chega à coroa da serra, em contacto com as temperaturas negativas, congela contra tudo que é obstáculo, criando um espetáculo de verdadeiras esculturas de gelo que por cá também se conhece por carambelo e/ou carambina. Pois é, às vezes acontece esse fenómeno, mas só às vezes, pois na maioria das vezes o nevoeiro que se vê na coroa da serra, não passa mesmo de nevoeiro. Foi o que aconteceu na tarde de 30 de dezembro.

 

 Entrada do adro da igreja de Carvela

Já não é a primeira vez que recorro ao pretexto do carambelo para subir a serra e pela certa que não foi a última vez. O que eu queria mesmo era ir à coroa da serra, monitorizar que o despovoamento é também um fenómeno que aconteceu ao longo destes últimos anos 30 anos, mas contrariamente às causas naturais dos fenómenos meteorológicos, este do despovoamento, é por outras causas des(humanas), politicas e económicas, e bem longe de serem naturais, antes resultado de perversidades de quem nada se interessa pelas pessoas, pelo povo, pela nossa cultura, pela nossa história.

 

Rua da aldeia de Maços  

Nogueira da Montanha é uma freguesia composta por 11 aldeias e os números não enganam, pois segundo os últimos Censos a população da freguesia (das 11 aldeias) pouco mais é do que 500 pessoas o que se estivessem repartidas equitativamente pelas aldeias da freguesia, daria pouco mais de 45 pessoas por aldeia, só que, algumas destas aldeias já hoje estão praticamente despovoadas na sua totalidade, como é o caso da sede de freguesia – Nogueira da Montanha.

 

Largo principal da aldeia de Nogueira da Montanha

 

Parece que também a natureza se quer associar a este fenómeno do despovoamento, mandando para lá o nevoeiro para compor o quadro da melancolia que já por si faz as horas melancólicas dos dias de quem resiste na montanha e no planalto do Brunheiro, nevoeiro que parece também toldar a visão e as mentes dos que se sentem iluminados pelas luzes da ribalta das cidades e do poder.

 

Rua principal da aldeia de Nogueira da Montanha

Enfim, como eu costumo dizer -  com uns bons estadulhos resolvia-se depressa isto tudo – mas infelizmente já não há que os faça e,  com o tempo, vai acontecer o mesmo que aconteceu ao engaço de outros tempos, nem sequer vão saber o que é um estadulho. E com esta vos deixo e com ela me vou.

 

As fotos, com exceção da primeira que é de arquivo, as restantes são do dia 30 de dezembro passado.

 

 

12
Dez12

O Gelo do Planalto


 

 

Ontem foi dia de frio, daqueles frios que se entranha e que acontecem sempre que o nevoeiro se lembra ficar por cima de nós em forma de nuvens e não deixa que o frio da noite se “evapore” na atmosfera. Nestes dias, o nevoeiro sobe um pouco acima das nossas cabeças, mas não o suficiente para subir além do planalto do Brunheiro.





Pois quando estes dias de frio acontecem e cá em baixo no vale a temperatura, embora positiva, ronda os zero graus, é certo e sabido que lá em cima no planalto a temperatura é negativa e, com o fenómeno da subida de ar do vale, misturado com a humidade, proporciona um espetáculo de formações em gelo digo de ser visto, embora duro de ser suportado por quem lá reside, principalmente nas três aldeias onde este fenómeno costuma acontecer: Santiago do Monte, Maços e Carvela.





Pois ontem em pleno meio-dia ou quase, as condições estava reunidas para que o espetáculo de gelo estivesse a acontecer, e aconteceu. Os 2 graus positivos na cidade eram transformados em 2.5 negativos lá em cima, no planalto, e o resultado fica nas fotos de hoje, e é só uma amostra em relação ao que costuma acontecer por lá.



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