Cidade de Chaves - Um olhar...
Apenas um olhar, um pormenor do nosso casario do Centro Histórico de Chaves, com o Brunheiro de fundo, sempre a querer ficar na fotografia...
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Apenas um olhar, um pormenor do nosso casario do Centro Histórico de Chaves, com o Brunheiro de fundo, sempre a querer ficar na fotografia...
Os da minha geração pela certa que se lembram do tempo da fotografia analógica, da fotografia dos rolos com 12, 24 ou 36 fotografias, que se tinha de pagar para as ver, daí, a fotografia então, era só para momentos especiais (férias, aniversários, casamentos, etc), e com olhares seletivos que nem todos passavam a papel. Para os que não são da minha geração, só para terem uma ideia de como se lidava com a fotografia, em geral, quando se ia de férias (por exemplo), levava-se um rolo de 36 fotografias e passadas as férias, regressava-se a casa, muitas das vezes ainda com uma dúzia de fotografias por bater que, seriam guardadas para um próximo momento especial. Ou seja, havia vezes em que as fotografias das férias só eram vistas passados 2, 3 ou mais meses após terem sido batidas. Felizmente com o aparecimento da fotografia digital a fotografias ficou mais acessível, primeiro por ser de borla e hoje em dia mais ainda, porque além de ser de borla, vulgarizou-se ou banalizou-se até, ao termos ao dispor câmaras fotográficas nos telemóveis, nos tablets ou ipads, etc. Ou seja, em geral andamos sempre com uma câmara fotográfica no bolso, ou sempre à mão… não havendo desculpas para não podermos registar e congelar todos os momentos que acharmos interessantes, úteis, para trabalho, para o que quisermos. O único senão destas novas câmaras fotográficas incorporadas, por exemplo em telemóveis, é o de nem sempre garantirem a qualidade pretendida, especialmente em condições de pouca luz. Registam o momento que eles querem e não o que nós queríamos ou desejaríamos, mas de vez em quando, surpreende-nos fazendo registos bem interessantes, que excedem mesmo as nossas expetativas, mesmo que o registo desvirtue um pouco a realidade em cor, luz e efeitos, que exacerbados com um pouco de tratamento dão excelentes momentos, como o que hoje partilho aqui. Pelo menos eu gosto do calor e colorido do que afinal era um dia chuva bem cinzentão... e com esta me bou!
Já há uma temporada que não parava pelas escavações arqueológicas do Arrabalde. Embora aparentemente continue tudo na mesma como há meses atrás, na realidade os trabalhos tem prosseguido com o ritmo que é característico neste tipo de trabalhos e também dia a dia tem aumentado a importância daquilo que se vai descobrindo. Pois dos iniciais restos de muralha seiscentista logo se chegou àquilo que se julgava ser uns balneários termais romanos, o que se veio a confirmar, tal como a sua importância e grandeza que se estende muito para além daquilo que está à vista. Pena é que as escavações se limitem ao actual espaço em escavações e não possam por a descoberto tudo que ainda resta e existe do balneário romano que se prolonga para o resto do Largo do Arrabalde e Rua do Olival (por baixo da actual praça de táxis). Pena é também que não haja um placar informativo no local ou um boletim informativo quinzenal ou mensal que vá dando conta do que por lá se faz e por lá se vai descobrindo, pois assim em vez de a população flaviense em geral e a população que nos visita se por a adivinhar e a mandar palpites sobre o “buraco”, ficava a saber que o “buraco” afinal tem mais importância do que aquela que aparenta ter.
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Mas em termos de andar a “mexer” naquilo que é Romano, temos também as obras na Ponte Romana, que se iniciaram há uns dias. Também aqui aparentemente as obras não irão ter grande significado ou importância. Pode parecer, mas também aqui as obras são importantes, pois tudo que se possa fazer para a preservação e manutenção da Ponte, é para o seu bem e é de acarinhar e louvar. Os seus quase 2000 anos de existência merecem-nos muito respeito. É um monumento nacional, é o nosso ex-libris, é o orgulho de qualquer flaviense. Só espero que impere o bom senso e que se dê o dinheiro que agora se vai lá aplicar como dinheiro bem gasto e, que para além do embelezamento do pavimento, seja proibido de vez o trânsito automóvel sobre a ponte. Estou em crer que é isso que vai acontecer, porque a não ser assim, as actuais obras não têm qualquer justificação.
Onde não há novidades é no nosso antigo e velho Centro Histórico, de casario, ruas e ruelas. Lá se vai reconstruindo aqui e ali, mas coisa muito pouca para aquilo que a maioria do casario está a pedir ou até mesmo a implorar. Faltam as tais políticas e os incentivos, e depois a porcaria da crise actual também nada ajuda e nada encoraja. Resta-nos a sua beleza e muitos lamentos.
Toda a gente se lamenta, ainda ontem à tarde foi um mar de lamentações por parte dos professores flavienses. Mas ao que parece, também esta crise é aparente, pois segundo dizem os nossos governantes (os tais de Lisboa), tudo está no bom caminho e tudo está melhor que há 4 ou 5 anos atrás e, a magreza aparente da minha carteira, afinal deve-se ao valor do euro, ou seja, como vale mais, são precisos menos. Claro que sim e, tal como defendia ontem o Bruno Nogueira, o nosso derrotismo e pessimismo apenas se deve à mania de nos comparar-mos com o resto da Europa, pois se nos comparássemos com a maioria dos países africanos, somos os maiores! Aparentemente o Bruno tem razão!
Até amanhã, com mais um discurso sobre a cidade de autoria de José
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Foto interessante e a preservar! Parabéns.