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Vamos então até mais uma aldeia do Barroso, do concelho de Montalegre, da Chã, mais propriamente até Castanheira ou Castanheira da Chã para não haver dúvidas ou confusões com outras localidades com o mesmo topónimo.
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Vamos desde já à sua localização que ao ser uma das aldeias da Chã, está mais que localizada, sendo mesmo uma terra da chã, do chão do planalto barrosão todo ele a rondar os 1000 metros de altitude, de terra coberta de verde e aparentemente fértil onde os terrenos de cultivo vão alternando com pastagens e algumas manchas de arvoredo característico das terras altas (carvalho, castanheiro…).
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Mas sejamos mais precisos. É mais uma aldeia das proximidades da Estrada Nacional 103, a 800 metros e também próxima da Barragem do Alto Rabagão (Pisões) com o ponto mais próximo a cerca de 1500m. A cerca de 5 300 metros da Vila de Montalegre, em linha reta pois por estrada é mais um pouco e, como não poderia deixar de ser, pertence à freguesia da Chã. Quanto a coordenadas temos 41º 46’ 19.12” N e 7º 48’ 27.21 O, mas como sempre fica o nosso habitual mapa para uma melhor localização.
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Quanto ao casario há um pouco de tudo, construções tradicionais barrosãs de granito à vista (que outrora tiveram colmo nos telhados), novas construções, construções abandonadas/degradadas e algumas também antigas que aparentemente foram grandes casas agrícolas em perpianho de granito.
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No livro Montalegre, de José Dias Baptista encontrámos o seguinte:
Riqueza paisagística
É absolutamente única e lamenta–se que há milhares de pessoas que nos visitam e não tomam conhecimento destas riquezas ! Locais a visitar:
- Margem esquerda do Alto Cávado ( entre S. Pedro e Paradela) – o carvalhal espontâneo;
- O Ourigo (entre Castanheira, Montalegre e Cambezes ) – mancha de folhosas exóticas;
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A respeito do Ourigo, na rede dos percursos pedestres de Motalegre existe o Trilho do Ourigo (PR 2 – MTR) que tem como um dos pontos de passagem a nossa aldeia de hoje – Castanheira da Chã. Daí, não resistimos e fomos ao panfleto deste trilho à disposição no Ecomuseu do Barroso retirar alguma informação, bem interessante no que respeita à fauna e flora da região. Informação que passamos a transcrever:
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Descrição do Percurso
O trilho do Ourigo é um percurso de pequena rota (PR). Tem 23 quilómetros de extensão, de forma circular, de nível médio/alto, com início e fim em Montalegre. Passa por diversos pontos de interesse, entre os quais caminhos antigos dos pastores e por núcleos rurais de Torgueda, Castanheira e Cambeses. Este percurso faz-nos atravessar paisagens verdejantes, áreas de carvalhal, manchas de arvoredo autóctone e campos de cultura.
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Ficha Técnica
Partida e chegada: Ecomuseu de Barroso em Montalegre
Âmbito: Cultural, ambiental e paisagístico
Tipo de percurso: PR pequena rota / Circular
Distância a percorrer: 23 km
Duração do percurso: Cerca de 8 h Grau de dificuldade: médio/alto
Desníveis: mediamente acentuados, com um grande ascendente
Altitude máxima: 1190 m
Altitude mínima: 920 m
Época aconselhada: todo o ano
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Património natural
Este percurso é maioritariamente florestal, atravessando manchas de carvalhal autóctone (com exemplares de azevinho e lamagueira), e extensas zonas de bosque plantados em meados do séc. XX. Neste espaço predominam as árvores exóticas, resinosas (pinheiro e cedros) e folhosas (carvalho-americano e vidoeiro). Aqui podemos encontrar aves florestais como o açor, o gavião, o pica-pau, uma enorme diversidade de pássaros e mamíferos, como o corço, o lobo, a geneta e o esquilo. Também ocorrem grandes manchas de mato alto e rasteiro, resultantes da degradação das florestas, devido ao fogo e aproveitamento de madeira. As zonas de mato são dominadas pelas giestas, tojo, queiró, urzes e carquejas onde habitam várias espécies de répteis, como o sardão e cobra-rateira, assim como de aves de rapina que deles se alimentam, como é o caso da águia-deasa-redonda e a águia-cobreira.
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Geologia
Deste percurso temos vários contactos geológicos. Com saída da vila é possível encontrar o granito de Montalegre, que é porfiroide, de grão grosseiro e médio. Este tem duas micas, biotite (negra) e a moscovite (branca), no entanto predomina a biotite. Na aldeia de Castanheira encontramos o granito da Vila da Ponte, semelhante ao granito de Montalegre, apresentando este grão médio. Ao passar em Cambeses do Rio podemos encontrar xistos pelíticos. Ao longo do percurso também podemos ver pegmatitos, com quartzo, feldspatos, moscovite e turmalina. É ainda importante que todos os interessados pela geologia da região se encontrem atentos às alternâncias entre o xisto e o granito durante todo o percurso, onde é possível visualizar alguns contactos.
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E como nas nossas pesquisas não encontrámos mais informação sobre a aldeia de Castanheira da Chã, vamos dando por finalizado o nosso post, mas ainda com tempo para deixar aqui aquilo que retivemos sobre esta aldeia. A paisagem envolvente da aldeia é digna de realce. Muito verde e as tais manchas de arvoredo autóctone fazem o conjunto da composição agradável de ver e de registar em fotografia. Os caminhos de terra que se vão desenhando ao longo desse verde dão vontade de ser percorridos.
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Quanto ao casario, há pormenores que nos agradaram, mais que o conjunto que, como já dissemos atrás, é uma mistura de vários tipos de construção. Falta-lhe a harmonia do conjunto de algumas aldeias que conhecemos no barroso, mas mesmo assim não é desinteressante, principalmente quando as ruas da aldeia são compostas com gente e animais na sua lide diária, a nosso ver o património mais valioso das aldeias barrosãs, pois sem vida, não há aldeias e na Chã, que embora também sofra desse mal do despovoamento e envelhecimento da população que ataca todas as aldeias da região, nota-se ainda ter vida quer nas ruas, quer na envolvência da aldeia, vida essa bem espelhada na forma e na cor dos campos.
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Para finalizar ficam as habituais referências às nossas consultas e os links das anteriores abordagens às aldeias e temas do Barroso.
Bibliografia
“Montalegre” de José Dias Baptista, edição do Município de Montalegre, 2006
Sítios na WEB
http://www.cm-montalegre.pt/
Links para anteriores abordagens ao Barroso:
A Água - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-a-agua-1371257
Amial - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ameal-1484516
Amiar - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-amiar-1395724
Bagulhão - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-bagulhao-1469670
Bustelo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-bustelo-1505379
Cepeda - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cepeda-1406958
Cervos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cervos-1473196
Cortiço - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-1490249
Corva - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-corva-1499531
Donões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-donoes-1446125
Fervidelas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fervidelas-1429294
Fiães do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fiaes-do-1432619
Fírvidas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-firvidas-1466833
Frades do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-frades-do-1440288
Gralhas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-gralhas-1374100
Ladrugães - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ladrugaes-1520004
Lapela - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lapela-1435209
Meixedo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixedo-1377262
Meixide - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixide-1496229
Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-negroes-1511302
O colorido selvagem da primavera http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-o-colorido-1390557
Olhando para e desde o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-olhando-1426886
Padornelos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padornelos-1381152
Padroso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padroso-1384428
Paio Afonso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paio-afonso-1451464
Parafita: http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-parafita-1443308
Paredes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paredes-1448799
Pedrário - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pedrario-1398344
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