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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

07
Ago21

3 - Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Fontes e Fontanários - Casas Novas, Castelões e São Vicente da Raia


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Casas Novas

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Fontes e Fontanários

Casas Novas – Castelões – São Vicente da Raia

 

 

Hoje vamos até mais três das nossas aldeias, com as manifestações religiosas que vão acontecendo um pouco por todo o lado e de várias formas, além das capelas e igrejas, embora haja manifestações mais comuns e outras mais raras. Pois hoje vamos até as mais raras, que são as que se manifestam nas fontes e fontanários, para já, ficam três, em três aldeias.

 

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Casas Novas

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São Vicente da Raia

 

Então temos duas fontes de mergulho, uma em Casa Novas com uma cruz esculpida por cima do arco da fonte. A outra localiza-se em São Vicente da Raia com uma cruz colocada sobre a cobertura da fonte de mergulho, mas esta última, não me parece ser a original, se é que a fonte originalmente tinha cruz. Seja como for, agora está lá.

 

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Castelões - N.SRª do Engaranho

 

O fontanário é está localizado em Castelões, mais propriamente no Santuário de Nossa Senhora do Engaranho. Trata-se de um nicho sobre uma fonte, tendo no nicho esculpido em granito o São Tiago. Na base do nicho tem uma inscrição com quatro iniciais JFMC – 2001.  

 

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24
Jul21

Cruzeiros


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Enquanto não fazemos uma nova ronda pelas aldeias de Chaves, vamos fazer um ronda pelos símbolos religiosos do nosso mundo rural, mais propriamente pelos cruzeiros, alminhas, cruzes, calvários, santuários, etc.

 

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Não vamos abordar tudo de uma vez, nem de aldeia em aldeia. Uns mais antigos, outros com maior riqueza arquitetónica, outros muito simples, onde os haja, e nós fizemos o registo, ficarão por aqui, aos sábados.

 

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Hoje iniciamos com dois cruzeiros, que embora mais ou menos semelhantes, todos são diferentes. Uns cobertos, outros descobertos, outros nos largos das aldeias, outros isolados num cruzamento ou entroncamento.

 

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Hoje com um cruzeiro coberto, de Castelões, por sinal um dos mais curiosos que conheço, não só pelas pinturas mas pelas figuras, bem naïfs. Ao contrário, o outro cruzeiro, de Vilela Seca, localizado à entrada do cemitério da aldeia, também com figuras esculpidas na cruz, esta já executadas com bastante mestria e perfeição.

 

 

08
Abr20

Castelões - Chaves - Portugal

Aldeias de chaves - C/Vídeo


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CASTELÕES

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo da aldeia de Castelões.

 

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Aldeia de Castelões que até à última reestruturação das freguesias pertencia à freguesia de Calvão, que hoje está unida à antiga freguesia de Soutelinho da Raia. Curiosamente, Castelões, agora, acabou por ficar a meio das duas aldeias que dão nome à freguesia.

 

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É uma das nossas freguesias que confronta com o Barroso oficioso e que outrora foi parte integrante desse mesmo Barroso, daí serem aldeias que têm características barrosãs, sendo também terras altas, principalmente Castelões e Soutelinho, ambas a atingir os 860 metros de altitude.

 

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Terras também de santuários, três num raio de 2 km, um em Calvão, Srª da Aparecida, outro em Castelões, Srª do Engaranho e o mais concorrido e com mais tradição no concelho, o Santuário do São Caetano.

 

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Castelões que tem sido uma das aldeias que mais tem passado neste blog e à qual gostamos de ir de vez em quando, por duas razões, a primeira porque é uma aldeia que nos recebe bem a outra, porque tem motivos de sobra para sairmos de lá sempre com boas imagens.

 

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Claro que o Santuário da Srª do Engaranho, só por si, também nos leva até lá, um dos Santuário que Miguel Torga também visitava e ao qual ainda dedica umas linhas nos seus diários.

 

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Mas sobre Castelões já fomos dizendo tudo nos posts que lhe dedicámos, hoje estamos aqui pelo vídeo e para deixar mais umas imagens que escaparam às anteriores seleções. Fica o vídeo, espero que gostem:

 

 

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Castelões:

https://chaves.blogs.sapo.pt/casteloes-chaves-portugal-1576390

https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-carvalho-1623928

https://chaves.blogs.sapo.pt/um-passeio-pelo-barroso-flaviense-1315511

https://chaves.blogs.sapo.pt/casteloes-chaves-portugal-1174686

https://chaves.blogs.sapo.pt/casteloes-uma-vez-mais-1131276

https://chaves.blogs.sapo.pt/casteloes-mais-uma-vez-1100553

https://chaves.blogs.sapo.pt/959637.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/485377.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/466555.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/201241.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/196331.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/136231.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/33528.html

 

26
Ago17

Castelões - Chaves - Portugal


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Mais um sábado e mais três imagens sobre uma aldeia do concelho de Chaves, que segundo o critério que temos seguido, hoje toca a vez a Castelões.

 

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Pois é, deveriam ser três imagens, mas vão ser mais algumas, por duas razões: - Primeira porque Castelões oferece tantos motivos fotográficos que não resistimos a selecionar mais uns tantinhos; Segundo porque a foto geral do cruzeiro ficaria incompleta se não deixássemos aqui mais dois pormenores do mesmo.

 

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Na realidade trata-se de um cruzeiro muito singular, principalmente pela sua cruz com imagens nas duas faces, que embora não seja caso único aqui na região fronteiriça, é-o quanto arte das peças e das pinturas, principalmente porque estes cruzeiros seguem todos um certo padrão e este é uma exceção, quer no colorido utilizado, quer na pintura das figuras da cruz, quer nas formas das próprias figuras,  tudo do mais naïf que há.

 

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Quem acompanha o blog sabe que Castelões é uma das aldeias que mais vezes têm passado por aqui, por uma das razões já atrás apresentada mas também porque é um trunfo nosso, a par de mais duas ou três aldeias do concelho, ou seja, aos sábados quando não tenho muito tempo para dedicar ao blog passo pelo arquivo de imagens de uma dessas aldeias e tenho a escolha facilitada porque quase todas as imagens são interessantes.

 

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Castelões que segue também as características das aldeias do Alto Barroso que tem ali mesmo ao lado.

 

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Para finalizar, era também uma das aldeias que Miguel Torga visitava e que registou no seus diários, não propriamente a aldeia e pela aldeia, mas pela água do seu Santuário, a Senhora do Engaranho, à qual são atribuídas curas para algumas maleitas.

 

 

 

31
Jan15

Castelões - Chaves - Portugal


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Hoje a porta abre-se mais uma vez para Castelões, uma aldeia à qual gostamos sempre de ir e de deixar aqui no blog.

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E gostamos de ir por lá porque há sempre motivos de interesse a registar e pormenores que sempre vamos encontrando e nos escaparam nas visitas anteriores.

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Tal como me referia há dias a Seara Velha, Castelões é também uma das aldeias que tenho como trunfo para quando não há muito tempo para procurar imagens no arquivo do nosso mundo rural, o tal que é obrigatório ficar por aqui todos os fins-de-semana.

 

 

22
Out14

Chá de Urze com Flores de Torga - 57


 

Castelões, Chaves, 9 de Setembro de 1982

 

Visita à Senhora do Engaranho, pobremente recolhida numa ermidinha tosca da serra, com lindas vistas e muita solidão. É um consolo verificar como o nosso povo teve artes de arranjar em todas as horas advogados para todas as aflições. A desgraça é que os arranjou sempre no céu.

Miguel Torga, In Diário XIV

 

 

02
Ago14

Castelões, mais uma vez...


 

Hoje vamos mais uma vez até Castelões, e é sempre com agrado que o fazemos, não só aqui virtualmente, como sempre que vamos por lá, em carne e osso, de verão ou de inverno.

 

 

E gostamos de ir por lá porque ainda há muitas preciosidades para registar em imagem, além da simpatia com que somos recebidos e porque tem sempre gente nas ruas, o que já começa a rarear na maioria das aldeias de montanha.

 

 

Pois hoje trago-vos quatro registos de momentos e imagens que gostei de uma das últimas vezes que subi até lá.

 

 

Sempre o granito, a madeira, algumas engenhocas, utensílios, alfaias e soluções arquitetónicas curiosas que fazem sempre a diferença e a singularidade das nossas construções rurais tradicionais.

 

 

11
Jan14

Palavras para a História das nossas aldeias


 

É difícil de explicar os sentimentos que ocorrem quando vemos a intimidade de um lar esventrado. Mesmo que abandonado, sente-se primeiro a curiosidade, depois ternura, carinho, vergonha, revolta, raiva, sem ser obrigatoriamente por esta ordem, pois às vezes estes sentires acontecem em simultâneo. O quadro que se nos apresenta com a intimidade assim escancarada,  mesmo sem voz, conta-nos coisas, estórias, talvez segredos, e de novo a vergonha de estarmos ali, de, sem entrar,  termos entrado sem ter sido convidados, mesmo que,  a nossa intrusão seja feita com a mesma inocência que o sol o faz desde que a ausência de um telhado lhe deixou de toldar a luz e calor.

 

 

Demoramo-nos com carinho nos pormenores do croché que adornava o pequeno altar da fé, ainda com os santos no caixilho ou na fotografia rasgada, com Jesus na cruz tombado ao lado da Nª Senhora de Fátima que também não resistiu de pé. E de novo muda o sentimento, chega a interrogação ao ver como tanta santidade junta não impediu que um lar fosse esventrado e vem-me à memória as palavras de Torga – “Que povo este! Fazem-lhe tudo, tiram-lhe tudo, negam-lhe tudo, e continua a ajoelhar-se quando passa a procissão”.

 

 

Rua acima, rua abaixo, as portas repetitivamente fechadas, com testemunhos de há muito não se abrirem à luz do dia, à renovação do ar. Por cima quase sempre janelas de vidros partidos, às vezes ainda com a moldura da madeira que não esconde ser o elo mais fraco daquilo que foi a robustez da casa, deixando bem à vista em feridas profundas as agressões do rigor dos frios, da neve, das chuvas mas também do sol abrasador, às vezes com ares do barroso, outras vezes galegos. Só a pedra, o granito, vai resistindo, e mesmo que não resista à queda de um desmoronamento, mantém a sua integridade de resistente jazida em terra até que alguém de novo a ressuscite.

 

 

Quanto ao povo, à vida que ainda resta daqueles que continuam a gastar os degraus de granito, a abrir e fechar religiosamente todos os dias as portas e janelas, aqueles que nos dias frios fazem sair o fumo pelas chaminés adivinhando-se o aconchego do lar, esses, são como o granito - resistentes. Resistem à partida dos que partem, às portas fechadas, aos desmoronamentos dos abandonos. Aproveitam todas as nesgas do bom sol para sair à rua onde protegidos pelas paredes saboreiam momentos, tendo sempre conversas para conversar e um olhar e uma fala para receber quem se intromete. Esperam pela noite enquanto o domingo ou o verão de agosto não chega com os filhos, os netos que sem o saberem, são o alimento da resistência para mais uma semana ou um ano de esperas. 

 

As fotografias que ilustram esta História são da aldeia de Castelões, por mero acaso, pois para ilustrar as palavras,  poderiam ser  de uma qualquer das nossas aldeias.

 

 

01
Set13

O Galo de Castelões


 

 

 

Algures num qualquer telhado de Castelões um galo empoleirado, sempre  de atalaia, vigia os ares barrosões. Já não canta, mas vai virando a crista conforme o sabor do vento.


 


Mas Castelões é Castelões, aldeia barrosã flaviense, com(vida)pelos seus traços de uma aldeia genuína, feita de gente genuína que felizmente ainda gosta de partilhar a rua e deixa a chaves na porta de casa. Deve ser dos ares ou, quem sabe,  da proteção da N.ª Senhora do Engaranho que os desengaranha a todos.


 


Logo da primeira vez fiquei fã da aldeia e da santa, não pelos engaranhos ou pelas águas santas, mas pela tranquilidade , pelos ares, por aquele pequeno oásis ou pequena ilha no mar de montanhas.



25
Mar12

Mosaico da Freguesia de Calvão - Atualização


 

Vamos então à atualização do mosaico da freguesia de Castelões.


A caracterização completa da freguesia foi feita no seu mosaico publicado neste blog em 3 de Abril de 2010 (link no final do post para esse mosaico). Conhecidos que são os números do CENSOS 2011 é tempo de ver como se comportou a população residente da freguesia.


Calvão - N.Sª da Aparecida


Quem costuma andar por Calvão e Castelões, ou seja pelas duas aldeias da freguesia, sabe que em ambas as aldeias há sempre vida nas ruas. Claro que a vida atual já está longe da vida de há 30 anos atrás, mas mesmo assim há sempre gente nas ruas e também algumas crianças, o que poderia ser um indicativo de que a sua população se manteria estável, sem grandes variações no número de habitantes residentes. Mas tal não aconteceu e a freguesia é mais uma que pertence à grande maioria da população do concelho que mais uma vez perdeu população e digo mais uma vez porque desde há 50 anos atrás que a freguesia regista perda de população em todos os CENSOS.

 

 Uma rua de Castelões

 

Mas vamos aos números que até nem são nada animadores pois se no período de 1991 (465 hab.) a 2001 (450 hab.) perdeu apenas 15 habitantes, de 2001 (450 hab.) a 2011 (350 hab.),  perdeu 100.  Os números falam por si e falam da triste realidade das nossas aldeias e do mais triste ainda abandono e esquecimento a que tem sido sujeitas por parte dos poderes políticos e quando falo em poderes políticos, excluo apenas o da Junta de Freguesia, que esses, em regra, ainda vão sendo os poucos que se vão, mesmo sem meios, preocupando com as suas populações. Claro que também há exceções.

 

Calvão

 

Mas passemos à atualização dos números e do gráfico da freguesia.

 

 

População Residente:

 

 

Em 1864 – 923 hab.

Em 1890 – 1284 hab.

Em 1920 – 856 hab.

Em 1940 – 983 hab.

Em 1960 – 1240 hab.

Em 1981 – 624 hab.

Em 2001 – 450 hab.

Em 2011 – 350 hab.

 

 

 

Mas vamos ver os números respeitantes a famílias, edifícios e alojamentos.

 


Nº de famílias por local de residência

 

 

Em 2001 – 195 famílias

Em 2011 – 160 famílias

 

Menos 35 famílias

 

Nº de alojamentos

 

 

Em 2001 – 402 alojamentos

Em 2011 – 428 alojamentos

 

Aumentaram 26 alojamentos

 

 

Calvão

 

Nº de edifícios

 

 

Em 2001 – 396 edifícios

Em 2011 – 427 edifícios

 

Aumentaram 31 edifícios

 

 Castelões

 

Números são números e eles falam por si, mesmo assim merecem uma interpretação e a minha é de que estes números ajudam a compreender a realidade de crise atual e já sabemos que são os culpados.

 

 

Para ver o mosaico completo da freguesia (sem os dados de 2011) siga o link:

http://chaves.blogs.sapo.pt/485377.html - de 3.Abril.2010

 

 

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