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Enquanto não retomamos a nossa volta pelas aldeias do Barroso, fica uma panorâmica à volta do castelo de Montalegre.
Aos domingos vem sendo hábito neste blog dar uma volta, nem que seja virtual ou em imagens, por localidades que nos são próximas. Temos andado pelo Barroso e embora já tivéssemos trazido aqui umas dezenas de aldeias barrosãs, entre as quais todas as aldeias do concelho de Montalegre e quase a totalidade de Boticas, e ainda nos falta abordar tantinhas do concelho de Vieira do Minho e de Ribeira de Pena que também fazem parte do território barrosão, mas para hoje tínhamos prometido trazer aqui mais uma aldeia de Boticas, a Granja, que é uma das três aldeias de Boticas que nos falta abordar, mas não tivemos tempo de selecionar e preparar as imagens e reunir a documentação sobre a aldeia, acontece que também há vida para lá deste blog e às vezes termos outros afazeres urgentes e inadiáveis que ocupam o nosso tempo, no entanto arranja-se sempre algum para uma imagem deste Barroso que nos fica aqui tão perto e que bem merece um passeio, nem que seja feito num pulinho até Montalegre, por exemplo, onde não faltam motivos interessantes, como alguns que hoje ficam em imagem, com a igreja da misericórdia em primeiro plano e o castelo lá ao fundo, onde ao lado poderá apreciar outra igreja bem interessante e lançar vistas privilegiadas sobre o Larouco. Se hoje não tem nada que fazer hoje à tarde e lhe apetece dar um passeio, pode ir até lá, principalmente se ainda não conhecer. Verá que não se vai arrepender.
Resto de um bom domingo e até amanhã, de regresso à cidade.
Iniciámos na semana passada estas visitas breves à Vila de Montalegre, que tal como então dissemos, iriamos trazer aqui em três momentos com: O Castelo, a Vila e a Portela. Sem que seja obrigatoriamente por esta ordem, embora hoje até fique aqui uma imagem do Castelo, mas vista desde o adro da Igreja Paroquial de Montalegre/Igreja do Castelo de Montalegre, que é essa a que hoje queremos realçar.
E o realce fica, nem que seja e só, pela beleza desta igreja, não apenas pelo edifício em si, mas pelo conjunto do edifício e o seu enquadramento, com vistas privilegiadas para o castelo, para a Portela, para o rio Cávado e para a Serra do Larouco.
É um dos locais que quase sempre visito quando vou por Montalegre, sendo também de visita obrigatória para quem descobre Montalegre, pois sem uma visita a esta igreja, a descoberta ficará incompleta, não só pela igreja, como atrás já realcei, mas também pelas vistas que desde o seu adro se alcançam.
Para ficar a saber mais sobre esta igreja, fica um pequeno apontamento que retirámos da página Património Cultural da Direção-Geral do Património Cultural:
Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave e capela-mor, mais estreita, interiormente com tectos de madeira e iluminada axial e lateralmente. Fachadas em cantaria aparente, com cunhais apilastrados coroados por pináculos piramidais, e terminadas em cornija. A fachada principal termina em empena e é rasgada por portal de verga recta, moldurado, e óculo, e as laterais são rasgadas por vão no topo da nave, abrindo-se ainda na lateral direita porta travessa de verga recta e vão na capela-mor. Fachada posterior terminada em empena. No interior possui coro-alto de madeira, púlpito de bacia circular e guarda plena em madeira, pintada, retábulo lateral e dois colaterais maneiristas, em talha dourada de planta recta e um eixo ou três respectivamente. Arco triunfal de volta perfeita e na capela-mor retábulo-mor em barroco nacional, de talha policroma e dourada, de planta recta e três eixos. Possui separado, disposto lateralmente, campanário terminado em dupla sineira, seguindo o esquema comum das igrejas da região Barrosã.
(…)
séc. 16 / 17 - provável construção da igreja e do campanário;
Em duas pequenas colinas que nascem no mesmo vale ergueram-se dois castelos, o de Chaves no então Reino de Portugal e o de Monterrei, mesmo ao lado de Verin, no Reino de Espanha, ambos com vistas privilegiadas para o mesmo ponto do vale onde ele estreita, precisamente onde se encontra a raia entre Portugal e a Galiza.
Do nosso castelo flaviense apenas resta a Torre de Menagem e parte das muralhas que o protegiam, por seu lado, o de Monterrei mantém-se na íntegra com a sua Torre de Menagem, o Paço dos Condes (hoje convertido em museu), a Torre das Damas e a Igreja de Santa Maria Gracia.
Destacado deste conjunto temos ainda o Hospital do Peregrinos e a Atalaia, no estremo oeste, esta em ruinas e tinha como objetivo defender a acrópole das investidas vindas de oeste.
Pois a nossa proposta desta semana é uma visita a todo este conjunto, mas para ver exterior e interior, sem perder a belíssima igreja de Santa Maria Gracia, erguida na primeira metade do século XIV, e toda a arte sacra nela existente, também digna de ser apreciada.
E desta vez não deixamos o roteiro para lá chegar, pois basta atravessar a raia de VilaVerde da Raia/Feces de Abajo para o Castelo de Monterrei se mostrar, depois basta segui-lo com o olhar até lá chegar, ou seja, terá de ir até Verin e na avenida principal que atravessa Verin, vira à esquerda em direção a Orense e no sentido contrário a Madrid e logo a seguir a Verin tem o desvio para o Castelo. Também pode ir a pé a partir de Verin. Se gosta de caminhadas, deixe o popó em Verin, atravesse o Tâmega e junto à Casa do Escudo há um caminho pedonal que nos leva direitinhos ao Castelo, que fica a apenas 600m de distância (mas sempre a subir).
Para ficar a saber mais sobre este castelo e conjunto, dê uma vista de olhos ao que está na wikipédia, pois lá conta-se quase toda a história deste conjunto. Ah!, falta referir apenas, que a partir da cidade de Chaves, basta uma manhã ou tarde para conhecer todo o conjunto, ainda fica com o resto do dia para as tapas e copas…
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Monterrei
Castelo de Monforte
Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando do seu post neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje aqui esse resumo do Castelo de Monforte.
Já sei que os Castelo de Monforte não é uma aldeia, mas já teve um povoado dentro das suas muralhas e, também como tal, nas anteriores abordagens às aldeias de Chaves, o Castelo de Monforte teve sempre aqui um post e continuará a ter, daí, estar perfeitamente justificada a sua vinda aqui hoje, tal como tem acontecido com as restantes aldeias às quartas feiras.
Tempo de ter aqui o seu vídeo, mas também mais quatro imagens inéditas que até hoje ainda não tinha passado por aqui.
Ei sei que o motivo é repetitivo, mas mesmo assim penso que tem o seu interesse, e depois é um monumento nacional que tão desprezado tem sido, daí nunca ser demais mostrar aquilo que temos de bom, ou que resta de bom, nem que seja em memória da nossa História e da nossa nacionalidade.
Fica o vídeo:
Poste do blog Chaves dedicados ao Castelo de Monforte:
https://chaves.blogs.sapo.pt/castelo-de-monforte-chaves-portugal-1579009
https://chaves.blogs.sapo.pt/castelo-de-monforte-chaves-portugal-1414877
https://chaves.blogs.sapo.pt/castelo-de-monforte-chaves-em-cinco-1312362
https://chaves.blogs.sapo.pt/castelo-de-monforte-chaves-portugal-1098037
https://chaves.blogs.sapo.pt/767024.html
https://chaves.blogs.sapo.pt/675935.html
https://chaves.blogs.sapo.pt/675935.html
https://chaves.blogs.sapo.pt/514272.html
https://chaves.blogs.sapo.pt/419013.html
https://chaves.blogs.sapo.pt/157872.html
https://chaves.blogs.sapo.pt/81463.html
Não sei se é verdade nem tenho dados concretos para o poder afirmar, mas penso que o castelo, ou melhor, a nossa torre de menagem, é o monumento mais fotografado em Chaves por turistas, pelo menos, sempre que passo por lá, rara é a vez em que não há uma objetiva virada para ele. Já nós por cá, os fotógrafos caseiros, temos como top model a nossa Ponte Romana. Quanto aos porquês, eu tenho algumas teorias, mas apenas isso. Um bom dia para todos!
Olá, sou eu que chamo, aqui atrás, por cima desses telhados todos, costumam chamar-me castelo mas sou apenas a sua torre de menagem, ou fui, daquele que outrora foi um castelo, já não sei bem há quantos anos, pois a memória já me vai atraiçoando, penso que foi por alturas do nosso Rei D.Dinis que nasci, mais ano menos ano, já devo ultrapassar os 700 anos de idade, e já vi muita coisa acontecer nesta terra, muitas batalhas, destruições, não sei como, mas lá me fui safando com vida, embora do meu castelo quase só eu ainda resisto, e já tive muitos donos, quase todos Reis e quase todos me estimaram e em mim se recolhiam para se defenderem. Agora não sei bem quem é o meu dono, os Reis, já lá vão mais de cem anos que nenhum aparece por cá, às vezes oiço dizer que pertenço ao Estado e à República, não sei bem quem esses são, mas sei que nunca cá vieram, vêm às vezes uns que lhe chamam presidentes, devem ser importantes, pois vêm sempre muita gente atrás deles, todos bem vestidos, mas sinceramente, pouco me ligam e demoram cá pouco tempo, tão depressa entram como saem, mas também isso, pouco me interessa, o que sei, é que durante longos anos fui o maior aqui das redondezas, agora não, apareceram para aí uns putos que já me ultrapassam em altura, putos modernos, esquisitos, nem pedra têm como eu e os meus parentes, aqui próximos ainda tenho um em Montalegre, outro no Pontido alí pros lados de Vila Pouca, outro em Monterrei, mas os mais próximos, são o meu primo de Stº Estêvão e o de Monforte com os quais sempre tive contacto, vejo-os todos os dias, menos nos dias de nevoeiro, o de Stº Estêvão ainda está bem conservado, agora o meu primo de Monforte, coitado, está pra lá abandonado sem ninguém que lhe dê uma mãozinha. Eu não me queixo, é certo que os anos já pesam, mas têm-me tratado bem e dizem que até sou Monumento Nacional, penso que é uma coisa importante, também não me queixo por falta de visitas, recebo-as todos os dias e dentro de mim instalaram umas coisas, armas, fardas, etc, e dizem que sou Museu Militar, que as pessoas vão vendo e apreciando, também deve ser coisa importante, senão não vinham cá, mas há muito que vêm mais pelas vistas que desde mim alcançam quando sobem até à minha cabeça, e agora todo arranjadinho que estou por fora, com um jardim sempre tratadinho, às vezes até me sinto um pouco vaidoso, confesso, embora já nem tenha idade para essas coisas, mas quem é que não gosta de ser bem tratado!? Tchiu! Vem aí alguém, o melhor é calar-me pois se me ouvem a falar convosco ainda vão pensar que estou maluco e ainda me internam num lar, coitados, presumem sempre ser jovens, mas duram cá pouco, a maioria nem aos cem anos chega, isto agora, pois antes, chegavam aos cinquenta os que chegavam e eu, com os meus setecentos aninhos, cá continuo e se me deixarem, continuarei por muitos mais, olhai para a minha amiga Ponte Romana que quando eu nasci já ela tinha 1300 anos e continua lá como uma rapariga nova que deixa as outras todas invejosas. Agora é que vou mesmo…tchiu! já me estão a subir as escadas… ah!, e não digam a ninguém que estiveram a conversar comigo, senão também vos vão chamar malucos...
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Foto interessante e a preservar! Parabéns.