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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

14
Dez15

Quem conta um ponto...


avatar-1ponto

 

269 - Pérolas e diamantes: o estrondo

 

Vaidoso, vulgar, manipulador, demagogo, narcisista, cínico, estatista, burocrata, maníaco, altivo, autocrata, despótico, carismático, egocêntrico, justiceiro, pseudo-iluminado, bimbo, banal, curto, limitado, paroquial, parolo, prepotente, medroso, sem brilho, sem dimensão, arrivista, reacionário, obtuso, confuso, cego, surdo, esquálido, interesseiro, inepto, simplista, oportunista, populista, mediano, salazarzinho de subúrbio, imitação barata, vingativo, tosco, arrogante, um bom hipócrita, pequeno, piroso, pusilânime.

 

Desta forma lisonjeira foi Cavaco Silva caraterizado pelo extinto jornal Independente, dirigido então pelo “irrevogável” Paulo Portas e pelo menino do laço, Miguel Esteves Cardoso.

 

Os autores da compilação são os jornalistas Filipe Santos Costa e Liliana Valente, autores do livro O Independente – A Máquina de Triturar Políticos.

 

Desafio os leitores mais ousados a tentarem riscar um único desses atributos imputados ao senhor presidente Aníbal sem que lhes não pese a consciência por estarem a faltar à verdade.

 

De uma coisa temos a certeza, é que tanto Cavaco Silva como Pedro Passos Coelho, bem assim como o inexprimível Paulo Portas, sempre acreditaram que a governação de um país tem de ser de indiferença face ao empobrecimento generalizado dos portugueses, com a ideia peregrina de que o empobrecimento é moralmente bom pois não só purifica como regenera.

 

No fundo, para eles a pobreza é uma virtude… nos outros. O Estado, qual demónio incandescente, tudo o que toca torna impuro. No fundo sentem que a troika, que eles ajudaram a entrar no país, é uma espécie de castigo divino para redimir os portugueses.

 

Contas feitas, o senhor Passos e o inefável Portas, retiraram a centenas de milhares de portugueses cerca de 25% do poder de compra, gente que está longe de poder ser apelidada de remediada. E nem uma palavra de consolo conseguiu transmitir-lhes.

 

Para eles, o desemprego é apenas uma abstração numérica, uma estatística, uma infelicidade, enfim: o destino.

 

Claro que os tempos são duros e o espaço de manobra acanhado, mas, santo Deus, o entusiasmo verbal com que anunciavam a aplicação das medidas mais gravosas era quase obsceno.

 

O Governo anterior caiu com enorme estrondo porque a maioria dos portugueses percebeu que o discurso fleumático de PPC e PP esteve sempre prisioneiro de meia dúzia de generalidades e vacuidades sobre o país, o seu tecido económico e social, cativo de outra meia dúzia de ilusões, refém de convicções pífias sobre receitas económicas e colado a lugares-comuns sobre a necessidade dos sacrifícios.

 

Estou em crer que não sugeriram a flagelação, o látego e o cilício por considerarem que ainda não se encontravam reunidas as condições para a purificação dos portugueses ser aceite sem alguma revolta. Mas vontade não lhes faltou.

 

A sua estratégia assentou sempre no medo, pois sabem que ele é eficaz como garante da passividade. Depois de interiorizado, o medo conduz à ideia da sua inevitabilidade. Mas o medo é também uma arma de dois gumes, quando termina ou enfraquece, potencia a vingança.

 

Manuel António Pina sempre esteve convicto de que um bom verso tem certamente mais hipóteses de durar do que um primeiro-ministro, ou um presidente. Escreveu numa das suas crónicas que “daqui a 50 ou 100 anos, o mais que algum rato de Universidade provavelmente conseguirá dizer sobre Cavaco Silva depois de ter vasculhado em todos os arquivos, é que foi um primeiro-ministro do tempo de Eugénio de Andrade”. Sobre a sua presidência, estou certo de que nem em nota de rodapé algo será encontrado.

 

No fundo, são eles os responsáveis pelo triunfo da mediocridade e da vulgaridade. Os sonhos de liberdade, de justiça e paz estão hoje reduzidos ao tamanho de um cartão de crédito nas mãos dos empresários de sucesso.

 

Os nossos políticos e governantes são como os chefes de uma repartição do Estado. No fundo limitam-se a executar as decisões tomadas por outros.

 

O corretor da Bolsa de Londres, Alessio Rastani, definiu bem o seu sonho de lobo em relação aos cordeiros que somos todos nós: “O nosso trabalho é ganhar dinheiro com a crise. Todas as noites sonho com mais uma recessão”.

 

Faço votos para que o programa do atual governo não seja mais um exercício de ficção. Não quero que o sonho de Alessio Rastani se transforme outra vez no nosso pesadelo.

 

João Madureira

 

 

09
Mai10

Em memória do velho texas e da linha do Corgo em Chaves - Portugal


 

 

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A saudade e a memória andam quase sempre de braço dado, pois assim seja. Hoje é por aí que vou: Saudade e Memória de um comboio que carinhosamente lhe chamávamos Texas.


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Quase desde bebé  e até que o velho Texas (já a diesel) deixou de existir retenho na memória largas dezenas, talvez centenas, de viagens que fiz por essa linha do corgo fora. Partidas desde Chaves até Parada do Corgo (terra do meu pai) e vice versam, eram frequentes, várias vezes por ano. Até à Régua (e vice-versa), entre algumas, retenho a grande viagem que fiz pela segunda vez com 7 anos de idade. Até Vila Real, algumas viagens semanais durante o tempo de tropa. Tantas, que o Texas quase fazia parte da minha vida das pequenas viagens deste Trás-os-Montes.


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Conhecia de cor as passagens de nível sem guarda, com guarda, as travessias das estradas, onde metia água, onde descansava, onde metia e deixava gente… eu sei lá!


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Foi durante poucos anos, já na sua morte anunciada, o meu despertar ou embalar do sono nas partidas das 5H30 (são da manhã as horas).

 

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Alegrias e desgraças (também as houve) o Texas fazia parte da vida flaviense. Era o nosso Texas, final de linha, que trazia até nós gentes de fora, gentes de cá, militares, mercadorias e até malucos que diziam embarcarem no Porto tipo encomenda para desaguavam em Chaves.


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Pouca-terra-pouca-terra, truz-truz seguido de apitos estridentes a fazer-se anunciar enquanto semeava faúlhas de fogo e fumo espesso por todo o lado, faziam do Texas as delícias de turistas e não só, de um acompanhar a paisagem à varanda e, descidas e subidas em todas as estações… Saudades e memórias de todo um Texas que durante anos a fio fez o transporte, delícias e ligação até (o então) nosso Portugal.


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Ficou velho, velhote, ultrapassado, nem o diesel foi a sua salvação e à boa moda que hoje ainda se pratica, em vez de se modernizar e adaptar aos novos tempos, ditou-se a sua morte e aos poucos,  o encerramento da linha do Corgo. O seu carrasco tem nome e hoje até é Presidente da República que dá pelo nome de Aníbal Cavaco Silva, mas não é o único, pois também o poder local por essa linha do Corgo acima (ou abaixo) não mexeu uma palha para manter e fazer força para modernizar a linha e o comboio, aliado a outros lobbies (que os houve pela certa) dos transportes e transportadores por estrada. Com uma decisão de Lisboa, ainda por cima de Economista que até ensinava na universidades, acabou-se com aquele que está provado ser o melhor meio de transporte de pessoas e mercadorias. Começou aí o desprezo pelo interior  norte transmontano que se viria a repetir noutras linhas com o fecho sucessivo de vários troços até à morte final e noutros encerramentos vitais para o viver democraticamente em igualdade.


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Hoje fala-se em TGV e, por muita crise que haja não se prescinde dele. Ilusões e a mania de parecer-mos e queremos ser grandes, mesmo que esteja provado que é para dar prejuízo e contribuir para a nossa desgraça, mas insiste-se no TGV, talvez para levar a Inês de Medeiros até Paris e outros políticos que tais pagos por todos nós, enquanto que o interior norte, desgraçado, já sem pérolas e anéis nos dedos, cada vez mais é saqueado nos recursos que temos (vêm aí as barragens para sugar e matar o Tâmega) enquanto esquecidos e desprezados em termos de saúde, ensino, cultura,  agricultura e sobretudo, futuro, mesmo que,  aqueles que nos deveriam defender em Lisboa, como a Srª Deputada flaviense (!?) e o Pavão de Castelões,  digam que tudo vai bem no reino da Tamagânia…. com a qual fazem inchar o seu ego e vão vivendo com os dividendos e mordomias do poder à custa dos papalvos da paróquia…


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Pois hoje proponho-vos uma viagem não possível e sem qualquer partida ou regresso pela linha do Corgo acima/abaixo, ou o que resta dela, onde a custo ainda se consegue adivinhar ou rebuscar na memória que por aqui existiu um comboio, onde, com excepção para a estação de Curalha (Tâmega) que graças a um particular amante do Comboio preserva a sua memória, o comboio parece nunca ter existido e o que resta da sua memória está tristemente abandonado à espera que as intempéries acabem de vez com a memória do comboio no concelho de Chaves, nem para a preservação das antigas estações e apeadeiros há ou é demonstrado qualquer interesse. Dizem querer fazer da velha linha uma ciclovia como se a brincar com bicicletas de meia dúzia de adeptos se fizesse a memória de um comboio, quando, ainda é possível, senão termos de volta o comboio (bem  é possível, assim haja interesse e inteligência de Lisboa) pelo menos termos uma linha turística com o velho Texas a carvão de regresso, para fazer a delícia de muita gente. Imaginação e inteligência, pouca que seja, precisa-se!


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Loivos, Oura, Salus, Vidago, Campilho,  Vilarinho das Paranheiras, Vilela do Tâmega (em Moure), Curalha (Tâmega), Fonte Nova e Chaves, um troço de linha que tanto custou a fazer (em tempo e dinheiro) para o Sr. Aníbal numa decisão leviana com desprezo pelas gentes do interior,  tomada comodamente em 1989 desde S.Bento, no palácio do poder em Lisboa dizer: Feche-se!

Nunca esqueço quem nos faz bem, mas também não esqueço que nos faz mal. Mas a seguir a ele (Anibal) outros lhe seguiriam os passos, o último, chama-se Sócrates, para dar mais que razão à bocarra de “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”, principalmente Trás-os-Montes…


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Pois hoje em imagens, fica o que resta da nossa antiga linha do Corgo, os seus apeadeiros e estações (quase todos a caminho da ruína, nem a dignidade e memória do seu passado persiste), e à excepção da estação de Loivos, pois não sei nem nunca soube como lá chegar sem ser por comboio, uma estação, diga-se a verdade (pois tudo leva a crer tal) que foi construída graças a uma boa cunha, pois durante todo o meu tempo de utente da linha (praí 19 anos), o comboio fazia sempre a cerimónia de lá parar, mas nunca vi um único passageiro subir ou descer naquela paragem e, sempre mostrou o seu aspecto de abandono sem alma viva no edifício da estação. Coisas de cunhas, que os políticos tão bem conhecem para os da sua cor e que não são de hoje, pois sempre existiram, mas antes, estava instituída pelo alinhados ao regime, eram (digamos) legais, e hoje, embora oficialmente não exista e se repudie, quem não  tiver cartão do partido e não abanar a bandeirinha (seja qual for a cor), está tramado, é mais um a fazer número de percentagem no desemprego e do desespero.


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Fiquem então com aquilo que resta da memória de um comboio que existiu na linha do Corgo e que tinha fim de linha em Chaves, na estação, onde hoje se faz cultura com rapazes da Venda Nova e concertinas. Não sei porquê, mas preferia o meu velho Texas à cultura que lá se pratica…


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Para terminar. Sei que existe um Museu (armazém) do comboio, é certo, mas para uma cidade que gasta tanto com a imagem, festimagens e outros devaneios, um museu digno do comboio precisa-se, pois a grande maioria dos flavienses (já nem falo dos turistas) nem sequer sabem que existe um armazém do comboio.


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É tudo por hoje, aproveito esta última imagem para enviar uma carta a quem queira entender ou saiba ler aquilo que por aqui se escreve  com votos que passem bem o que resta deste fim-de-semana, pois amanhã  há mais!


 

Nota: Hoje não tenho (tive) pachorra para aplicar a cena do novo acordo ortográfico, continuo à moda antiga que também é actual.

 

 

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30
Mar09

Arte Tamagani à margem do 25 de Março


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Deixando de parte algumas questões a respeito das comemorações dos 200 anos das Invasões Francesas, vamos ainda ao rescaldo do seu dia grande, o dia 25 de Março e daquilo que parece que aconteceu à margem das comemorações oficiais, ou seja, quase parece que havia dois programas de festividades e comemorações, um, anunciado e aberto ao grande público, com cobertura dos jornais e televisões, e outro em privado como de um segredo se tratasse ou não merecesse ser do conhecimento do público em geral, dos jornais e televisões.

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Não sei quem foi o responsável pelo programa do dia 25 de Março, se a Câmara Municipal, o Regimento de Infantaria ou a Presidência da República ou talvez até todos juntos, mas houve alguns momentos que por terem sido tratados à margem do grande público quase que parece que são clandestinos e que embora com fotografia de família, não passaram de um acontecimento aparte das comemorações.

 

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Claro que me refiro aos dois painéis que foram pintados pelos 16 artistas TAMAGANI, que embora tivessem tido a presença do Sr. Presidente da República, do Ministro da Defesa, do Presidente da Câmara e das entidades militares, com direito até à respectiva fotografia de família, não passou de uma cerimónia à margem das comemorações, fora do programa oficial do dia e sem a presença da imprensa e já se sabe, que nestas coisas da arte e de artistas, se existem, é para serem partilhadas com todos e com o público em geral, senão, não tinham razão de existir.

 

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Claro que também eles, artistas TAMAGANI mereciam o seu momento de glória e de visibilidade, e pela certa que a sua arte fazia melhor figura que outra arte que foi inaugurada com pompa e circunstância e imposta à população, às custas de todos e com sacrifícios de algumas das nossas maravilhas…mas enfim, já estamos habituados, esses eram artistas de fora que foram bem pagos para fazer o “bonito” e o povo ajoelhar. Os santos da terra, já se sabe, além de terem de actuar de borla, não fazem milagres…

 

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Da minha partem, com a cumplicidade de alguém que tirou as fotos de família e a cumplicidade de alguém que as fez chegar até ao blog, deixo por aqui aquilo que não passou para a imprensa, que não fazia parte do programa e que doeu aos artistas Tamaganis que com todo o carinho e arte trabalharam para estas comemorações, mas que lhes foi negado um pequeno momento de glória, que também mereciam…

26
Mar09

Os 200 anos do Cerco e Tomada de Chaves - Portugal


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O PR falou e falou bem, devagar, toda a gente o entendeu, mas para quem o ouviu com atenção, e/ou para quem era dirigido o recado, que não siga textualmente a sua recomendação,  aquela de “termos de estar à  altura dos nossos antepassados e de hoje como há 200 anos, ter a capacidade para vencer as lutas que Portugal tem pela frente” pelo menos, não devemos seguir o exemplo do General Silveira, ou seja, fugir às lutas como aconteceu em Chaves, porque, a seguir o seu exemplo, bem tramados estamos, pois não é fugindo da crise, que uma crise se resolve… e não me venham com estratégias!

 

Mas enfim, festa é festa e o Silveira continua a ser o maior… razão tinha Torga quando dizia que por Chaves não há raças, há castas … começo agora a entender o que ele queria dizer com estas palavras e, acrescentaria eu agora: há castas sim senhor, e algumas são dominantes…

 

Mas vamos lá à festa.

 

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O dia começou com o nascer do sol que também se quis juntar à festa mostrando-se em pleno céu azul, como que recordando as cores da época em celebração. Dia até,  quente demais para a época, mas, para mais um dia muito nebuloso para o esclarecer da história flaviense, principalmente dos feitos dos homenageados, mas ao que parece também pouca gente se preocupou ou preocupa com as verdades dos acontecimentos, o que interessa mesmo é festejar e celebrar, mesmo que não ou nem se saiba o quê! Mas já vamos estando habituados a desprezar os nossos para enaltecer os de fora e basta dar uma olhadela a quem dá nome a algumas das nossas ruas para ficarem a saber do que estou a falar… mas enfim, isso até são contas de outro rosário.

 

A festa, como festa, valeu pela diferença dos restantes dias, pois não é todos os dias que temos por cá o Presidente da República, ministros, entidades civis, engravatados e todas as altas patentes militares, que aliás, foram eles que fizeram a festa (os militares, não as patentes), que além dos desfiles, da música, do aparato com “tanques”, “canhões” e desportos radicais, deram movimento salutar à cidade e à monotonia da eira das Freiras.

 

Engraçado como sem querer se vai fazendo justiça, pois por mais que oficialmente insistam em chamar de Silveira ao agora largo do Liceu, é como Freiras que toda a gente o conhece, tal como num ou noutro escrito se vai dizendo que são as celebrações dos 200 anos do cerco e tomada de Chaves… é preciso coragem, virem os franceses, cercarem e tomarem a cidade, e EIA!... celebramos o acontecimento. Enfim!

 

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Bom gosto também se precisa por cá, não só para os acontecimentos a celebrar, como para os motivos com que se celebram e também os locais que se escolhem para os celebrar, além dos efeitos secundários que os mesmos provocam. Claro que estou a falar do muro, do pónei e do Silveira de crista levantada, ou seja uma infeliz reprodução tridimensional de uma gravura da época em que, SEM NINGUÉM DAR CONTA, ou assim parece, se reproduzem os feitos junto à ponte de Amarante como sendo os feitos de Chaves em que se toma um forte cheio de doentes e feridos de guerra… e viva a glória, glórias destas são fáceis de amar, aliás no local de todos os acontecimentos, foi este o escrito que mais deu nas vistas… o amor pela glória! Seja ela que for, também teve o seu momento de glória e, por um momento, todos te amamos, Glória.

 

 

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Festa é festa, mas não é para toda a gente, e se até a Glória teve quem lhe escrevesse e demonstrasse amor no muro do liceu (sortuda), nem todos tiveram direito à glória que mereciam neste dia, que o digam os TAMAGNI, artistas flavienses que pintaram um painel alusivo à data, 16 artistas ao todo pintaram para o evento, e não tiveram a glória de ser mencionados em programa ou sequer falados e, indignados, contentaram-se com a presença do PR numa olhadela, como se duma actividade à margem se tratasse…indignados e com razão, que lá vem dar razão ao baixarmos as calcinhas prós de fora e desprezar os da terra, excepção para o Mestre Nadir Afonso, que também com mestria, partiu mundo fora, onde depois de reconhecida a sua arte, Chaves lha reconhecesse também, mesmo assim, parece custar em aceitar os brindes que o mestre nos quer dar…claro que falo da sua Fundação. Enfim, nem todos têm estatura para ver além de simples barreiras…curiosamente para ultrapassar o muro e ver aquilo que todos ouvem e tudo cai na emoção da geometria do mestre Nadir, nos seus sentidos e na quadratura do circulo que os quer juntos, como no ver e ouvir onde não basta dizê-lo  para o ser, mas há também que o ver…. Coitados dos que não têm estatura para ver além de….

 

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E resta irmos de encontro do, finalmente,  ponto alto, em que (infelizmente) se supõe que lá terá que ficar para sempre, mesmo que alguns (coitados) até mostrem a sua cara resignada  e despromovida à triste condição de parecerem aquilo que não são, em que para levantarem a crista a uns, amocham a condição a outros. Coitado do cavalo que passou a um gordo pónei desajeitado para outros mais facilmente o montem… ó prá cara dele de um simpático infeliz:

 

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E voltando à emoção das geometrias do Mestre,  que a bem de Chaves,  talvez devesse ser consultado quando de geometrias, alinhamentos e enquadramentos se trata, pelo menos quando parece ninguém entender patavina da matéria, pelo menos a julgar pelas posições dos planos e dos layers, bem como do backgroud…pois é, a globalização dá-lhe para pôr as coisas em língua estrangeira e depois ninguém percebe nada…mas há que admiti-lo e não presumir que se percebe de tudo… enfim, há vezes em que o ditado tem mesmo razão de ser e em que a imagem vale mesmo mais que mil palavras!

 

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Mas estamos contentes e felizes, foi festa em dia de feira e embora se possam apontar falhas e algum amadorismo nas poses e esquecimentos de organização, só faltou mesmo o arraial e o foguete no ar e quanto ao PR, agradecemos-lhe o cumprimento e as festas às criancinhas e o repórter de serviço, agradece-lhe em especial aquele gesto de mão, que diz tudo… Obrigado PR pela visita a Chaves.

 

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Entretanto vamos aguardar que os franceses agradeçam esta homenagem e que daqui a 100 anos, alguém se lembre de falar de um Ilustre Flaviense que dá pelo nome de Francisco Pizarro e do heróico povo flaviense de então e já estejam de parte velhas quezílias de famílias e castas e politiquices, liberais, absolutistas, monárquicas ou republicanas, para não falar das cores da democracia. Não estarei cá para ver, mas a bem da verdade, espero que seja a verdade a vir ao de cima, que a não ser assim, o homenageado futuro ainda calha ao Marques de La Romana…

 

Já a seguir vem aí o coleccionismo, desta vez a condizer com as celebrações!

 

Inté!

25
Mar09

Vem aí o chefe...


 

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Não quero ser o mau da fita e deixar passar sem uma referência o dia de hoje em Chaves, porque hoje, dia 25 de Março de 2009, por cá, acontecem coisas para além do comum dia semanal de feira em que, nos restaurantes, há feijoada.

 

Pois para quem ainda não deu conta, cá pela terrinha, tem-se andado a comemorar o 2º centenário das Segundas Invasões Francesas. Comemorações que até ao dia de hoje têm passado despercebidas para a maioria da população, mas que hoje, prometem sair à rua e dar um pouco do ar da sua graça, nem que seja pelo aparato que sempre é montado em torno de uma visita oficial presidencial, porque hoje vem aí o chefe, o patrão, o nosso Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.

 

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Independentemente da razão de ser destas comemorações e de quem se homenageia, pois já vamos estando habituados ao deturpar oficial das coisas, o que interessa mesmo é a festa e o foguete no ar, é disso que o povo gosta, a verdade dos acontecimentos, são coisas da e para a história, daquela em que nós, à nossa boa maneira, damos a volta e ficamos sempre por cima para parecermos os maiores, sendo estas comemorações um bom exemplo disso mesmo, pois se formos a ver bem, Chaves foi o ponto fraco que os Franceses encontraram para invadir Portugal pela segunda vez e o Silveira, que hoje se homenageia, foi o que deixou as portas abertas para que os franceses entrassem por  Portugal adentro. Dos flavienses e do nosso ilustre Francisco Pizarro, os únicos que tiveram coragem para se oporem aos franceses (pelo menos tentaram), não reza a história…  quanto mais homenagens!... mas está bem, este nosso povo também vai tendo o que merece, e tal como dizia Torga “Que povo este! Fazem-lhe tudo, tiram-lhe tudo, negam-lhe tudo, e continua a ajoelhar-se quando passa a procissão.”

 

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Pois hoje por cá também há procissão, que embora não seja religiosa, lá terá as suas cerimónias, quase todas concentradas no Largo da Lapa, onde estará o Presidente da República e toda aquela cambada de engravatados a que chamam entidades civis, militares e religiosas. Festinha para o povo ver e ajoelhar de novo ao passar da procissão, com batimento de palmas quando for inaugurado aquele que para mim não passa do nosso muro da vergonha.

 

Mas tá bem, pode ser, e já estou por tudo porque a mim tanto me faz, pois se os que podem fazer nada fazem, quem sou eu, simples cidadão comum vir para aqui armar-me aos cucos!?

Gostamos de ilusões, pois gostamos, então deixemos que nos iludam!

 

Bem, mas no meio disto tudo, alguma coisa de positivo ainda vai ficando e se vai fazendo de onde realço alguns pontos altos do dia:

 

- As tropas vão sair à rua, com desfile ao som da fanfarra e, embora bem longe de anteriores desfiles militares a que esta cidade já assistiu, são sempre interessantes de ver, principalmente para quem gosta de fardas a marchar!

 

- A exposição “ A Emoção da Geometria” do Mestre Nadir Afonso, na Biblioteca Municipal.

 

 

E por hoje vai sendo tudo. Talvez um dos nossos repórteres de serviço ainda traga hoje por aqui alguma imagem, mas não é garantido, pois embora hoje seja dia de festa para alguns, para o comum flaviense é um dia de trabalho como outro qualquer.

 

Fica para os devidos efeitos o programa para a manhã de hoje:

 

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Inté!

 

 

 

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