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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

06
Jul22

As Freiras, o calor e a arte

Exposição de Cerâmica de Marta Malheiro


1600-(55056)

 

Chaves, julho de 2022, estamos em tempo de calor, muito calor, num dos três meses de inferno habituais, com mais ou menos alterações ou perturbações e como habitualmente, porque já estamos habituados aos frios rigorosos dos “9 meses de inverno”  e aos calores infernais dos “3 meses de inferno”, lá nos vamos protegendo como podemos. Nas freiras, os mais pequenos, em jeito de brincadeira,  lá se vão refrescando com os jatos de água dos repuxos enquanto que dentro de portas das instituições vão acontecendo coisas, tal como acontecia neste momento congelado em imagem, outros momentos aconteciam na sala polivalente da Biblioteca Municipal com a inauguração da exposição de cerâmica de Marta Malheiro, integrada no ciclo de exposições de artistas flavienses que a Câmara Municipal de Chaves tem levado a efeito mensalmente. É para esses momentos que agora vamos.

 

cartaz-mar.jpg

 

Marta Malheiro nasceu a 19 de Abril de 1989 em Chaves. Licenciou-se em Design pela Universidade de Aveiro e tirou Mestrado em Ilustração na Camberwell College of Arts em Londres. Participou em exposições colectivas de fotografia, desenho e cerâmica em Londres, Leipzig, Amsterdão e Porto. Iniciou o contacto com a cerâmica em 2017 num kibbutz no deserto do Negev em Israel, consolidando mais tarde a sua aprendizagem de técnicas de modelação manual com artesãs locais na Cordilheira do Atlas em Marrocos. Recentemente criou a marca Barro Alto, com apoio do programa StartUp Voucher, com o objectivo de dar nova vida ao barro local do vale de Chaves.

 

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Segundo Teresa Szepes, artista e curadora “No trabalho da Marta é clara a sua apreciação pelos elementos que compõem a beleza natural das coisas. O olhar dela permite-lhe transferir detalhes daquilo que a rodeia para as suas peças e é desta forma que consegue dar vida à matéria: criando uma ligação entre o objecto e a paisagem, a terra literal e metafórica.

Este conjunto de peças produz uma composição que atravessa barreiras devido à intersecção de contextos distintos cujo resultado é uma viagem sob a forma de texturas e cores. Uma vez mais a questão sobre se será um objecto utilitário ou artístico perde a importância no momento em que a peça se destaca pela sua estética e cuidadoso trabalho manual.

 

 

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Ficam alguns momentos da inauguração da exposição de Marta Malheiro, exposição essa que estará patente ao público, nos horários da Biblioteca Municipal, até 29 de julho.

 

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Vice-Presidente da CMC Francisco Chaves Melo e Artista Marta Malheiro 

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15
Abr10

 

Medalha comemorativa do cinquentenário da Cerâmica Flaviense, celebrado em 15 de Abril de 1972. Modelada por Ramos de Abreu (datas desconhecidas), foi cunhada em bronze pela Gravarte, Lisboa. A medalha reproduzida tem o módulo de 80 mm e é a número 185 de uma tiragem não especificada.

 

Aníbal Xavier, o fundador da empresa, nasceu em 1888 e faleceu em 1972. De acordo com as informações disponíveis, faleceu a 19 de Maio, antes de lhe ter sido concedido o título de comendador, facto que apenas terá ocorrido a 28 de Setembro desse ano. A ser assim, esta medalha só terá sido cunhada depois dessa data.

 

 

Abaixo encontra-se a imagem de um pequeno (7,5 x 5 x 2 cm) pisa-papéis, um tijolo promocional da Cerâmica Flaviense, produzido na década de 1980.

 

14
Jan10

Coleccionismo de temática flaviense - Lápis


Teria eu os meus 7 anos de idade quando comecei, sem saber, a coleccionar os primeiros cromos da bola e, sempre à espera que o Eusébio me saísse na “rifa”. Infelizmente todas essas colecções de puto se perderam no tempo. Na altura, para além dos cromos, apenas conhecia (por que via os mais velhos) as colecções de selos, de moedas e de rochas no entanto, um dia, ainda aí pelos meus 7 anos, vi uma colecção de lápis e fiquei tão espantado, como maravilhado com tanto lápis junto, alinhadinhos num expositor feito à medida, aquilo era uma autêntica obra de arte. Não sei quantos eram, mas eram muitos, umas centenas.

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Poder-me-ia então ter entusiasmado com as colecções de lápis, mas não o fiz, porque os da escola eram para gastar e outros não abundavam. Mesmo assim, com o tempo, fui juntando alguns, não muitos, mas o suficiente para entre eles encontrar algumas preciosidades do meu tempo de puto ou até talvez anteriores à minha existência. São lápis de casas comerciais que também fazem a história dos sítios, das actividades e dos tempos, principalmente daqueles em que casa comercial que se prezasse, usava ao balcão um lápis dos seus que também serviam de oferta aos clientes e funcionários.

 

Hoje deixo-vos com dois desses lápis (em primeiro plano), de duas casas comerciais de Chaves.

Um , o de cor rosa, era da Cerâmica Flaviense Ldª, onde além da inscrição com o nome da casa, também tem em desenho a imagem da cerâmica, além de constar ainda:

“Escritório e depósito : LARGO DAS FREIRAS – Telefone 46”

“Fábrica: CAMPO DA RODA – Telefone 59”

 

Curiosos números de telefones, do tempo em que os telefones em Chaves, não ultrapassavam os 3 dígitos e as chamadas eram pedidas à operadora dos CTT. A título de curiosidade, diziam na minha altura de puto, que o telefone com o nº 1, era do posto público do Café Geraldes. Não sei se verdadeiro ou não, o facto é que me lembro de então referir-se isso.

 

O segundo lápis, de cor pérola, era da casa FRANCISCO RODRIGUES ALVES, onde além do nome, contava ainda:

“Armazém de Mercearia”

“Produtos da Região”

“Telef.114 – CHAVES”

 

E é tudo por hoje em que ficam com os lápis de ontem. Amanhã, há discursos sobre a cidade.

 

Até amanhã!

 

Hoje, em Devaneios as sombras que nos invadem.

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