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Neste Chaves de ontem ficamos com uma imagem da Ponte Romana num dia com neve. Na tentativa de localizar esta imagem no tempo conseguimos, pelo menos, enquadrá-la entre ao década de 40 e o ano de 1962, tendo como indicadores o modelo do automóvel que no momento atravessava a ponte em direção à Madalena, mas principalmente o do paredão da margem direita do rio cuja construção se iniciou na década de 40, deixando apenas 2 arcos livres da ponte entre as colunas comemorativas e o paredão, tal como se vê na imagem, mas ao que parece na altura abusaram em demasia no estreitamento do leiro do rio. Na verdade, a ponte foi construída há quase 2000 anos pelos romanos com 18 arcos (eu penso que até eram 19) mas fiquemo-nos pelos 18, e por alguma razão seria, pois, os romanos eram exemplares no dimensionamento daquilo que construíam, e que me conste, a atual bacia hidográfica que abastece o rio Tâmega, é a mesma de há dois mil anos. Abusivamente, já há muito tempo, as construções de edifícios foram nascendo adossadas à ponte nas duas margens, deixando apenas livres 12 arcos dos 18 iniciais, 6 para cada lado das colunas, embora na altura estas ainda não existissem. Vai daí que com a construção do paredão, dos 12 arcos que ainda estavam desimpedidos, 4 foram abafados e restaram apenas 8 para leito do rio, ou seja 10 arcos da ponte inicial foram até aí abafados, o que manifestamente se mostrou insuficiente, tendo em 1959 havido um despacho ministerial para desafogar 3 arcos da ponte. Não sei o que se passou, as obras realmente iniciaram-se em 1962 tendo sido concluídas em 1964, mas dos 3 arcos, apenas 1 (um) foi desafogado, pois atualmente entre as colunas e o paredão apenas existem 3 arcos desimpedidos.