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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

17
Mai10

Final da Taça de Portugal 2010 * Chaves-Porto


Tinha prometido vir aqui com a reportagem da Taça de Portugal 2009-2010 e cá estou.


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Pois é, para se chegar a Lisboa a tempo e horas, ainda há que levantar de noite e partir ao nascer do sol.

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Claro que para tão longa viagem, haveria que fazer várias paragens de abastecimento. Esta foi a primeira e o abastecimento foi feito com uma das melhores coisinhas que Chaves tem.

 

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De novo a caminho e depois de longa viagem, era tempo de entrar nas matas do Jamor, esticar as pernas, fazer a chamada e montar a tenda enquanto daqui e dali iam chegando outros flavienses de outras paragens.

 

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Tenda montada, havia que  sacar das merendas. Claro que foi tudo merendas simplificadas. O tempo não era muito mas a fome começava a apertar. Presuntos inteiros, ao naco ou fatiados, alguns garrafões de vinho, folar, mais pastéis, bolos (ou bolas) de bacalhau, empadas e salpicões, linguiças e mais meia-dúzia de iguarias lá iam confortando os estômagos já saudosos de qualquer coisa para triturar.

 

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Claro que havia por lá que se contentasse com coisas mais simples e pequenas. Umas febras  de um requinho no espeto, ia servindo… claro que mesmo coisa simples, tem que ser ajudada a digerir, por isso também estas lá iam sendo empurradas com um vinhinho ou uma cervejinha da arca.

 

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Barriguinha cheia, continuava a festa. Os rapazes da “venda Nova” também lá estavam por todos os lados. Bombos e cabeçudos até. Mas desta vez tudo vestido a rigor com o colorido azul-greá.

 

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Era tempo também de sacar das bandeiras, dos cartazes, dos panos e das bocas, mesmo que fora ou desenquadradas do seu ambiente. Claro que já estávamos bem para lá do Marão mas no caso, por acaso, até mandavam os que para além do Marão lá estavam a povoar as matas daqueles que mandam em nós (infelizmente e mal). Mas o dia não era de queixinhas, era de festa flaviense em Lisboa.

 

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Até as nossas mulheres foram a Lisboa mostrar como é. Vestiram a camisola e disponibilizaram-se até para serem o 12º jogador azul-grená.

 

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As horas iam passando e aproximava-se o início do jogo. Era tempo de começar a caminhar para o estádio, que embora não fosse longe, a confusão da entrada adivinhava-se.

 

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Já dentro do Estádio Nacional era tempo de tomar assento e ir apreciando o encher das bancadas debaixo de um sol intenso e quente que ainda fazer aquecer mais a alma flaviense. Nunca ali tínhamos estado…

 

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Durante quase duas horas o recinto ia-se compondo. A um lado o domínio do Azul-Grená, do outro o Azul e Branco.. Cornetas, palmas e bandeiras iam fazendo a festa no meio daquele mar de gente do Norte.

 

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No meio de tanta gente, ia-mos deitando o olho aqui e ali como quem procura alguém sem sabermos muito bem quem.

 

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Também o pessoal vizinho mostrou a sua solidariedade e se juntou à festa flaviense. Montalegre e Valpaços quis mostrar a sua presença nesta festa do Norte, mas sobretudo transmontana. Também por lá vi a Casa de Trás-os-Montes e é natural que outras terras também tivessem marcado presença, mas a objectiva não chegava a todo o lado.

 

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Chegou a taça, vimos a taça. Bonita, foi por ela que lá fomos e, como ficaria bem em Chaves.

 

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Mas a festa continuava e tudo servia para fazer barulho, dizer presente, elevar bem alto os decibéis do festejo.

 

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Entretanto também se ia deitando o olho às passagens de modelos e cantantes da moda Lisboeta… que durante alguns momentos nos deram música e dança.

 

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Havia quem aproveitasse para fazer o registo para mais tarde recordar…

 

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Era a festa flaviense, transmontana e do Norte.

 

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E eis que entram os nossos rapazes seguidos do gesto bonito de logo à entrada agradecer a quem os acompanhou até ao Jamor.

 

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Ergueram-se as bandeiras bem alto para o momento como altos seriam os momentos que estariam para chegar..

 

 

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Entretanto, nas bancadas, por entre bandeiras, cachecóis, buzinas e barretes, também se faziam homenagens. Bonita homenagem póstuma que os netos quiseram fazer  e fizeram ao avô fundador do Grupo Desportivo de Chaves.

 

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Nos entre tantos também houve quem quisesse fazer uma foto com o “inimigo” infiltrado e disfarçado.

 

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E entraram as meninas das bolas e das bandeiras…

 

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Os de lá de cima, que vestiam fatos e gravatas,  fizeram o sacrifício de se porem de pé para assistir aos actos solenes que se seguiriam. Continua tudo na mesma. Os desgraçados na arena ou no relvado a defrontar a fera, a correr de um lado para o outro. O povo a assistir ao sol debaixo de um calor abrasador e os senhores, lá do alto lá do alto da tribuna, a assistir ao espectáculo, comodamente à sombra. Tá mal, ainda por cima para o povo, já nem sequer havia cerveja no bar…

 

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Está mal, mas está bem, o que interessava era mesmo a festa flaviense em Lisboa, à qual, imagine-se, até o pessoal do Porto se juntou aos milhares…

 

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Depois do aquecimento, ao som do Hino Nacional,  a apresentação das equipas. É sempre um momento alto que nos pica a pele e nos enche de respeito.

 

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Começou o jogo, um jogador do Chaves chutou para outro, este outro para outro, gera-se a confusão e quando vai a dar por ela, a bola, levada por Edu,  esbarra-se contra o poste  e, pouco faltou para o Desportivo de Chaves se inscrever na história da Taça de Portugal com o golo mais rápido… só faltou um danoninho ao Edu.

 

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Flavienses ergueram-se, gritaram, centenas estiveram à beira do desmaio, foi a loucura no Jamor… os outros que se cuidassem, pois não era para brincar que tínhamos feito milhares de quilómetros num autocarro velho e de Vizela (imagine-se só…) Diz quem os contou, que eram oitenta e tal.

 

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E se as cornetas que me sopravam ao ouvido quase me deixavam mouco já as bandeiras que constantemente cortavam o ar nunca correram o risco de me deixarem cego, antes pelo contrário, faziam crescer o ego e o olhar do importantes que os flavienses são.

 

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E cada um ou cada uma lá ia fazendo o que podia para não perder pitada do jogo, mesmo as de mais baixa estatura, escarrapachavam-se em cima dos ombros dos homens e ficavam paralisadas e mudas a assistir … foi uma grande festa…

 

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E aqueles que nem um segundo pararam de abanar a bandeira…saíram de lá cansadinhos, exaustos de tal maneira, que nem o sono roncativo da viagem de regresso chegou para repor as forças. Mereciam um Oscar!

 

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Claro que já se sabe que ooos pequeninos têm que obedecer ÒOOOOS grandes… mas (imaginem a cor) o senhor vestido de branco (e não era o papa) e que mandava no apito, foi ouvido daquelas que não gosta. Aliás nem era jogo de futebol se tal não acontecesse!

 

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Eia o grande momento depois de já terem acontecido duas jogadas que puseram a bola no centro do relvado,  chegou o momento de um fotógrafo da paróquia, com uma máquina manhosa do século passado,  fazer o registo da sua vida, ou seja, o preciso momento em que a bola ultrapassa a linha da baliza e dá golo ao Desportivo de Chaves. Venham daí os fotógrafos profissionais, os festimagens todos e mostrem-me uma fotografia do momento preciso, H, em que a bola faz golo…são muitos anos a fazer registos da bola desde a bancada…Eia! Eia lá! Atenção que a foto está assinada!

 

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E prontos, foi mais ou menos assim que correu a festa no Jamor. O resultado nem interessou. Os “desgraçados” depois de 90 minutos a correr de um lado para o outro, a darem o litro, ainda tiveram que subir toda a escadaria do estádio para receber a medalha de participação, pois os tais do fato e gravata, comodamente sentados e à sombra, nem sequer se dignaram a poupar a subida aos rapazes da bola para  lhe entregarem as medalhas no relvado…está mal, não gostei… mas enfim, como o dia era de festa, também esta perdoo.

 

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Agora gostar, gostei mesmo de ver bem erguida, lá em cima na ponta do pau, a bandeira do Desportivo de Chaves no Estádio Nacional. Eia que fomos grandes.

 

E com esta me vou!

 

Desculpem lá a interactividade do post, mas uma posta destas tinha de ser mastigada devagarinho. Agora está completa.

 

Até mais logo, ao meio dia, com uma nova rubrica que inaugura hoje no blog Chaves.

 

 

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