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Isto do coleccionismo tem os seus adeptos, mas há colecções que mais ou menos toda a gente fez, pelo menos o pessoal da minha geração. Uma dessas colecções que todos fazia-mos logo em putos, era a dos cromos da bola, que vinham enrolados num tosco rebuçado e que nós comprávamos por uns tostões na taberna que havia sempre junto às escolas. Esses cromos eram tão importantes, que nos intervalos da escola e nos tempos livres eram jogados e trocados pelos mais apetecíveis e raros. Um desses que todos queria-mos, era do Pantera Negra, o Rei Eusébio…. Mas isto era o comum “coleccionista”, que os amontoava e andava com eles no bolso e raramente comprava a caderneta para os colar e guardar, mas havia quem o fizesse e assim iniciasse as suas primeiras colecções de cromos. Da minha parte lamento ser um dos que os amontoava e guardava no bolso para os jogar nos intervalos da escola, enquanto a moda durava.
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É disto que o coleccionismo também nos traz, recordações do passado e com elas também faz alguma história, como no caso dos cromos de hoje, que fazem parte de uma colecção com 260 cromos da 1ª Divisão Nacional da época de 1988/89. No que nos toca, ficamos a saber que o Grupo Desportivo de Chaves, há 20 anos atrás, militava na divisão maior do futebol português, onde dando uma vista de olhos rápida pela caderneta se encontram muitos nomes que ainda hoje são sonantes no futebol, porque foram nome que fizeram também alguma história, como o Madjer, o João Pinto e Vitor Baía do FCP, o Bento, o Silvino o Veloso e o Mozer no SLB, o flaviense Adão no Belenenses ou o Oceano, o Carlos Manuel e o Silas no SCP.
No Desportivo de Chaves, há pelo menos dois nomes que para sempre ficarão ligados à história do clube, o Diamantino e o Radi.
Pois desfrutem então das dos cromos da bola do Desportivo de há 20 anos atrás.
Até amanhã, com mais um discurso sobre a cidade.