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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

18
Jun19

Contrastes flavienses


1600-(25057)

 

Se ontem estava numa de irritação, hoje estou numa de contrates. É, a vida é assim, cada dia é um dia e o destino, no dia de hoje, quis e juntou estas duas imagens, uma que respira vida por todos os poros, outra que é pura nostalgia em todos os seus pixels, numa com toda a exaltação das cores, noutra a ausência dela, uma toda popularucha, a outra, é pura poesia Underground que, nem sequer sei se existe, mas imagino-a assim, apenas porque é escura, subterrânea, que presume ser intelectual…

 

1600-(25121)

 

Enfim, pois sejam aquilo que forem aqui ficam, para o dia de hoje, com contrates ou sem contrates, são imagens dos nossos dias, dos dias flavienses, dias que são apenas diferentes, e agora sem tretas, dias que cada um lá tem a sua beleza, ou transformemos a coisa em verbo, no embelezar, para assim podermos embelecer a coisa como quisermos. Acho que o melhor é ir-me deitar…até amanhã! Ah!, só falta uma coisa, a primeira imagem é da freguesia de Santa Maria Madalena a segunda é de Santa Maria Maior… isto sem quaisquer segundas intenções, apenas para constar.

 

 

30
Abr08

Contrastes de Stº Amaro - Chaves - Portugal




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Há dois dias atrás trouxe aqui o bairro de Casas dos Montes, ou um bocadinho do que ainda restava do antigo bairro. Pois hoje deixo por aqui um bocadinho do antigo Bairro do Stº Amaro e mesmo ao lado o novo.

 

Os novos bairros na periferia eram inevitáveis, a modernidade exigia-o. Sem regras e ao acaso, nasceram verdadeiros monstros aos lado de casas simples de um ou dois pisos como se em Chaves não houvessem mais terrenos para construção, mas tudo dentro da legalidade. A mesma que permitiu que se construíssem mamarrachos em cima de muralhas.

 

É assim a modernidade, toda ela feita de contrastes ou com trastes!

 

Até amanhã, de novo em Chaves, do romano à modernidade!

20
Fev08

Chaves, em dia de chuva molha-tolos!




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Eu sei que tenho andado por aqui meio cinzento. Solidariedade com o tempo de chuva, com o Inverno, talvez. Mas não tarda ai a Primavera, e na Primavera tudo em nós desperta.

 

Hoje que trago aqui alguns contrastes, curiosamente esteve um dia cinzento, estúpido, daqueles que aparentemente temos um céu escuro, carregado de água e apenas molhou tolos. Um dia sem qualquer contraste, desinteressante até. Um daqueles dias em que apetece estar em casa, à lareira, de pantufas e sem fazer nada. Enfim, um dia pasmado.

 

Mais que contrate é a contradição dos dias.


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Então hoje resolvi entrar nos contrastes da cidade. Apenas contrastes de luz de um dia da cidade. Falta-lhe o amanhecer, eu sei, mas não podemos ter tudo. Apeteceu-me contradizer o dia e deixar também um pouco da noite parda de Chaves.

 

Estou num daqueles dias em que me apetece escrever (com modos de quem fala), sobretudo divagar nas entrelinhas de uma conversa também parda, como se pudesse falar, falar, falar e não sair do cinzentismo das palavras, ou seja, não dizer nada. Mais um contraste portanto, pois o que a mente me dita, transforma-se em devaneios pelas letras do teclado que tenho à minha frente. E chegamos ao virtual.


 

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Tudo é virtual. Em Chaves também tudo vai sendo virtual. Aliás em todo o nosso querido Portugal tudo é virtual. Tão virtual são as coisas (apanhem toda a amplitude de coisas) que até o virtual é uma virtude. Não sei porque raio neste país até o virtual é da família da virtude, pelo menos na forma.

 

Pelas manhãs já se vai substituindo o tradicional bom-dia por um Tudo bem!?. A resposta é invariavelmente a mesma: Tudo bem!. Ontem, resolvi propositadamente trocar o “tudo bem?” por um “Bom-dia!” e recebi como resposta: Tudo bem! . Contrastes da contradição, diria eu, pois todos sabemos quem ninguém gosta de lamechices e lá vamos aviando as pessoas com um “tudo bem”.

 

Sinceramente que não me apetece dizer nada daquilo que estou a dizer, pois apetecer mesmo, apeteciam-me outros devaneios que até nem são devaneios…….. definitivamente desisto por aqui enquanto ainda me resta alguma luz.

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Sempre encontrei conforto nas palavras dos poetas. Torga é para mim um grande poeta, que fez poesia dos dias simples, vividos pelos passos dos lugares que percorria. Era Transmontano que vivia Trás-os-Montes à distância de umas centenas de quilómetros e que como qualquer emigrante não dispensava espraiar por estas terras o verdadeiro significado dos seus dias e que nunca dispensou também uma visita à nossa cidade, mais que na procura de um conforto das nossas águas quentes estou em crer que procurava aqui um conforto espiritual em que a revolta das coisas simples vêm ao de cima. Torga era simples, era Transmontano, era transparente e descarregava nas palavras intensas a revolta dos dias. Lamento que Torga já não esteja entre nós. Cumpriu uma vida, mas simultaneamente sinto-me feliz, por Torga e por ter “desistido” dos seus passos no tempo certo em que uma montanha esconde o sol dos dias e nos deixa apenas com o pardo de uma noite de Inverno em que nunca sabemos como o dia vai nascer.

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Passo as palavras a Torga, com as quais me despeço com um até amanhã, em Chaves.

 

Que cada um leia o que quiser ler nas suas palavras.

 

 

Chaves, 31 de Agosto de 1987

 

Sabe tanto de mim como o poeta que quando nos encontramos sinto-me transparente.

 

Miguel Torga, In Diário XV

 

 

Chaves, 1 de Setembro de 1987

 

Sim, acredito na acção nefasta das pragas. Se a bênção tem efeitos benéficos, por igual lógica a maldição tem de os ter maléficos. Os numes do absurdo podem todos o mesmo.

 

Miguel Torga, In Diário XV

 

 

Chaves, 2 de Setembro de 1983

 

Disse-lhe:

- As coisas boas esquecem. As más é que não. É que só elas deixam cicatrizes.

 

Miguel Torga, In Diário XIV

 

 

 

 

 

Aos do costume, este blog disse nada!

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